segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A crise no Oriente Médio

Não posso deixar de prestigiar o aluno do 2o ano EM do Cetisa (Timbó), no que diz respeito ao assunto. Os ditadores do Oriente Médio começam a ser desmascarados, o norte da África e possívelmente a Ásia vêem a crise política iminentemente. Por este motivo o petróleo sobe, sobe, sobe e quem será que vai ganhar com isso? Mais detalhes no Artigo abaixo publicado no dia 28/02/2010 no Jornal de Santa Catarina.

O destino bate à sua porta

Consideráveis acontecimentos no Oriente Médio vêm sendo observados pela comunidade internacional. A onda de protestos populares iniciada em dezembro de 2010, que exigia a saída do ditador Zine Ben Ali na Tunísia e sua posterior queda em janeiro de 2011, acarretou em um efeito-dominó: protestos populares vêm ocorrendo em diversos países como Argélia, Iêmen, Jordânia, Marrocos e até mesmo no impenetrável Irã dos aiatolás clamando por democracia e respeito à dignidade humana. Logo após os tunisianos, centenas de cidadãos egípcios derrubaram Hosni Mubarak, no poder há 30 anos.

Delicada situação enfrenta a Líbia, onde revoltosos opositores são massacrados pelo excêntrico Muammar Kadafi: estadista que conta com um considerável contingente de apoiadores, podendo até mesmo muni-los com o arsenal bélico de que dispõe o governo. Num país onde praticamente inexistem instituições sociais e há uma grande rivalidade entre as tribos, a clã Kadafi submete o povo líbio aos seus caprichos. Há um sério risco da ocorrência de uma guerra civil no país.

Com o curso da história destes países mudando, é válido revermos conceitos erroneamente pré-estabelecidos como: árabes são contra tudo que remete ao ocidente. Entretanto, no Egito, a internet foi uma ferramenta importante aos manifestantes que na sua maioria organizaram-se pelas redes sociais. Outro pré-conceito é de que os árabes são fanáticos religiosos. Porém, são poucos os manifestantes que levantam bandeiras com slogans de cunho religioso.

Questionamentos também importantes são: estes chefes de estado governaram e governam isolados ou têm apoio internacional? Até onde vai o oportunismo de países dominadores como EUA e Inglaterra? Países estes que não estão preocupados com as populações subjugadas, mas sim, como e quando suas economias poderão ser afetadas. E o Brasil, ficará na retaguarda ou defenderá os ideiais democráticos inerentes à natureza humana?

MATHEUS ANDRÉ CARNEIRO|Estudante

Originalmente em: http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,182,3223346,16588

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