domingo, 6 de novembro de 2011

Crise na Grécia: como aconteceu e o que foi feito

Bruna, Douglas, Fernanda, Ricardo e Tanise

Crise na Grécia: como aconteceu e o que foi feito



A Grécia, que criou um pacote de medidas de ajuste fiscal para receber ajuda financeira da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) - plano aprovado em 6 de maio, tem enfrentado dificuldades para refinanciar suas dívidas e despertado preocupação entre investidores de todo o mundo sobre sua situação econômica.


Mas como um país pequeno (pouco menor que o Estado do Amapá), de 10,6 milhões de habitantes, considerado o berço da civilização ocidental, se tornou de repente uma ameaça aos mercados financeiros internacionais? 

O endividamento da Grécia é resultado de duas irresponsabilidades: a fiscal, do governo, e a especulativa, dos bancos. 

Um modo fácil de entender isso é comparar com o orçamento doméstico. Qualquer dona de casa sabe que precisa equilibrar as contas entre os gastos com a família (alimentação, vestuário, contas a pagar etc.) e os rendimentos. A regra é não gastar mais do que se ganha. Quando isso não acontece, contraímos dívidas. 

Foi o que aconteceu com a Grécia. O país gastou muito além do que seu orçamento permitia nos últimos dez anos - em programas sociais, na folha de pagamento dos servidores públicos (um em cada três gregos é funcionário público) e em pensões ou outros benefícios. Para pagar as contas da casa, o Estado adquiriu empréstimos com instituições bancárias. 

Para piorar a situação, a crise do mercado imobiliário dos Estados Unidos, em 2008, que afetou o mundo todo, também atingiu o bolso dos gregos, resultando em desemprego e na consequente queda na arrecadação de impostos. 


O pacote, exigido pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional, inclui corte de gastos no valor de US$ 28 bilhões e prevê aumento de impostos, ajustes e privatizações, quesitos imprescindíveis para o recebimento de mais ajuda internacional.


Num momento em que os custos de financiamento se encontram nos níveis mais altos dos últimos 12 anos e sua economia afunda pelo segundo ano consecutivo, a Grécia está tentando cortar seu déficit fiscal com dolorosas medidas de austeridade para convencer os mercados de que não dará calote na dívida.






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