Textos
de Ana Carolina Bona Busarello,Ana Carolina Largura, Caroline Hoffmann, Emely
Lais Tiegs, Fernanda Barma Leitzke e Jéssica Marcielly de Novaes. Orientado e
revisado por Jonathan Kreutzfeld.
1. INTRODUÇÃO
O
estudo das águas é bastante abrangente, dentre eles se destacam as águas
oceânicas, águas subterrâneas e as bacias hidrográficas. A água é um assunto de
grande relevância pois a mesma faz parte do nosso cotidiano em inúmeras
atividades. Neste trabalho veremos as principais características sobre os mais
diversificados usos que fazemos deste importante recurso mineral que é a água.
As águas oceânicas influenciam no clima e em nosso sustento como ser humano
através do oxigênio e da pesca. As águas subterrâneas são encontradas
expandidas no solo, no ar e nas rochas; ambos os temas estudados em geologia e
presentes neste trabalho. As bacias hidrográficas por sua vez, são nosso
principal contato com esse elemento vital para nossas vidas seja através da
agricultura, pecuária, consumo direto, industrial entre outros inúmeros usos.
As
pesquisas utilizaram como referência diversas fontes da internet.
2.
CONCEITO DE BACIAS HIDROGRAFICAS
Bacias
Hidrográficas ou Bacias de drenagem, são o conjunto de terras
que fazem a drenagem da precipitação de uma determinada área. Sendo medida
dentro de tais limites é uma área geográfica medida em Km².
A
bacia hidrográfica é comumente definida como a área onde ocorre a drenagem
de água para um rio principal e seus afluentes, devido às suas
características geográficas e topográficas.
A
formação da bacia hidrográfica acontece em função do desnível do
terreno que orienta determinado curso d’água sempre das áreas mais altas para
as mais baixas.
Essa
área é limitada por um divisor de águas que a separa das bacias adjacentes, e
que pode ser determinado nas cartas topográficas.
Podemos
então concluir, que bacia hidrografia é uma are a drenada por um rio ou um
sistema concentrado de cursos d’água (riachos e córregos), tal que toda a vazão
efluente é descarregada a partir de uma simples saída.
2.1
TIPOS DE BACIAS HIDROGRAFICAS
As
Bacias Hidrográficas podem ser classificadas, segundo especialistas em
geografia como:
-
Exorréica, quando as águas são drenadas para o mar.
-
Endorréica, as águas caem em um mar fechado ou um lago.
-
Arréica, quando as águas alimentam aquíferos e lençóis freáticos.
-
Criptorreica, quando a água evapora ou infiltra-se no solo.
Ás
vezes, as regiões hidrográficas são confundidas com “bacias hidrográficas”.
Entretanto, as bacias hidrográficas são menores, porém passam a se fragmentar
em sub-bacias, e as regiões hidrográficas podem englobar mais de uma bacia.
2.2
O CICLO HIDROLÓGICO EM UMA BACIA HIDROGRÁFICA
O
ciclo hidrológico dentro de uma bacia hidrográfica dá-se pela
precipitação da água que evapora dos leitos dos rios, lagos, lagoas, e toda a
água superficial pertencente a mesma.
A
água precipitada, em parte infiltra-se no solo, e por sua vez abastece os
aquíferos, que por sua vez fazem com que a água flua novamente para a
superfície através das nascentes.
A
água presente nas bacias hidrográficas tendem sempre a irem dos locais mais
altos, nos morros, onde se encontram a maioria das nascentes, para os locais
mais baixos, como o leito e posteriormente a foz dos rios, sempre deslocando-se
para um rio maior, com o desígnio de chegar ao oceano.
Abreviações:
P
= Precipitação
R
= Escoamento superficial ou chuva excedente
B
= Fluxo subterrâneo
F
= Infiltração
E
= Evapotranspiração
T
= Transpiração
S
= Alterações do armazenamento na zona saturada – solo ou
água subterrânea
2.3
PARTES DE UMA BACIA HIDROGRÁFICA
Nascente:
Segundo resolução do CONAMA nº 04, de 18.09.85, olho d’água ou nascente é o
local onde se verifica o aparecimento de água por afloramento de um lençol
freático, entretanto a resolução nº 303 de março de 2002, que substitui a precedente
caracteriza o olho d’água como “local onde aflora naturalmente, mesmo que de
forma intermitente, a água subterrânea.”
As
nascentes localizam-se em encostas ou depressões de terrenos, podendo ser
permanentes, de fluxo continuo, temporárias, de fluxo nas estações chuvosas, ou
ainda efêmeras, que duram apenas algumas horas durante a chuva.
Pode-se
ainda, dividir as nascentes em dois tipos quanto à sua formação. Segundo
Linsley e Franzini (1978), “Quando a descarga de um aquífero se localiza em uma
pequena área localizada, tem-se a nascente ou olho d’água”. E quando “A
superfície freática ou um aquiferp artesianp interceptar a superfície do
terreno e o escoamento for espraiando numa área o afloramento será difuso,
formando um grande numero de pequenas nascentes”.
Divisores
de Água: Podendo também ser conhecidos como espigões, são linhas imaginarias
que separam as águas pluviais. Entende-se por uma linha de cumeada, ou seja,
uma linha formada por altas montanhas.
Fundos
de Vale: Ponto mais baixo de um relevo acidentado, por onde escoam as águas das
chuvas. O fundo de vale forma uma calha, que recebe a água proveniente de todo
seu entorno e de calhas secundárias.
Sub-Bacias:
Sub-bacias: São áreas de drenagem dos tributários do curso d’água principal,
entretanto pode levar conceitos diferentes que dependem da literatura. “Segundo
Faustino (1996), por exemplo, são “- bacias com áreas maiores que 100 km2” e
menores que 700 km2”. Já segundo Rocha (1997, apud Martins et al.,
2005), caracteriza as bacias com áreas entre 20.000 ha e 30.000 ha (200 km2 a
300 km2).
2.4
BACIAS HIDROGRAFICAS E AS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES
Desde
as primeiras civilizações o ser humano tende por suas necessidades de consumo e
pelo conforto que ela imprime ocupar regiões próximas a locais com água em
abundância.
Os
sumérios se desenvolveram na Mesopotâmia, banhada pelos rios Tigre e Eufrates,
local onde hoje se encontra o Iraque.
O
Egito, também floresceu ao longo do vale do rio Nilo, uma vez que o povo tinha
características agropastoris, e o rio, nas cheias fertilizava as terras da
bacia.
A
China, outra grande civilização milenar, estabeleceu-se na bacia do rio Huang
He, também sendo bastante desenvolvida em comparação as demais de sua época em
relação ao uso da roda, seda, além das técnicas de criação de animais e
agricultura.
Sendo
assim podemos concluir que os povos desde o inicio das primeiras comunidades
sedentárias, e posteriormente as primeiras cidades, procuram bacias
hidrográficas e locais que tenham quantidades significativas de água para se
estabelecer.
2.5
AS PRINCIPAIS BACIAS HIDROGRAFICAS DO MUNDO
Atualmente
a maior bacia hidrográfica fluvial do mundo é a Bacia do Rio Amazonas,
entretanto, ao redor do mundo existem várias outras bacias hidrográficas, que
se encontram em todos os cinco continentes.
3.
AS BACIAS HIDROGRAFICAS BRASILEIRAS
3.1
BACIA DO AMAZONAS:
Está
localizada no norte do Brasil, com uma área de aproximadamente 5.846.100km2.
Corresponde a maior bacia hidrográfica do mundo, assim como o rio que ela
comporta, o Rio Amazonas, e possui diversos divisores de águas, como a
Cordilheira dos Andes, O Planalto da Guianas e o Planalto Central Brasileiro. A
Bacia deságua no atlântico, e sua nascente encontra-se na Cordilheira dos
Andes, que forma o Rio Solimões, que por sua vez encontra-se com o Rio Negro e
forma o Amazonas propriamente dito.
3.2
BACIA DO SÃO FRANCISCO
Tem
presença marcante na história do território brasileiro. Foi através do São
Francisco que ocorreu a ocupação das terras mais distantes do litoral.

Quando
chega a estiagem (período mais seco) é feito o cultivo e a colheita é
programada antes da nova cheia. Esse ciclo se repete a cada ano.
Veja mais sobre a Bacia do São Francisco em:
3.3
BACIA DO TOCANTINS
Compreende
todos os recursos hídricos que deságuam nos rios Tocantins e Araguaia,
ocupando uma superfície de 967.059 km2, o que a torna a maior
entre aquelas que se encontram totalmente dentro do território brasileiro.
Envolve
os estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Pará e o Distrito
Federal.
Diversos
lugares nos quais os rios Tocantins e Araguaia percorrem possuem um baixo
povoamento, por isso os mesmos são de grande relevância para as pessoas,
principalmente para a comunicação, apesar de não serem Na bacia existe a
Hidroelétrica do Tucuruí, de que tornou-se a segunda maior usina
hidrelétrica do Brasil.
Para
que fosse executada, houve grandes impactos ambientais, como as represas e o
lago de Tucuruí.
3.4
BACIA DO PARANÁ
Abastece
o reservatório da Itaipu Binacional, abrange seis Estados brasileiros e o
Distrito Federal, com uma área 820.000 km² inclui a região mais industrializada
e urbanizada do Brasil.
Concentra
um terço da população brasileira em centros urbanos como São Paulo.
É
a bacia hidrográfica com a máxima capacidade instalada de energia elétrica do
país e também a de maior demanda.
As
usinas com maior capacidade instalada são Itaipu, Furnas e Porto Primavera.
Seus
principais afluentes são os rios Grande, Paranaíba, Tietê, Paranapanema e
Iguaçu.
Há
um grande consumo de água para abastecimento, e também para indústria e
irrigação. Já a poluição orgânica e inorgânica, efluentes industriais e
agrotóxicos, e a eliminação da mata ciliar contribuem para a deterioração da
qualidade da água de grandes extensões dos principais afluentes.
3.5
BACIA PLATINA
Com
cerca de 3,1 milhões de quilômetros quadrados de superfície, quase metade em
território brasileiro produz a maior parte da energia consumida no país.
As
nascentes dos principais rios pertencem ao Brasil. Aqui, três
bacias compõem a Bacia Platina: Paraguai, Uruguai e Paraná. Os nomes
das bacias correspondem aos três principais rios que a formam.
A Bacia
do Paraguai corre pelas terras planas no Pantanal. É navegável e tem
como destaque o porto de Corumbá, no Mato Grosso do Sul que,
combinado a outros meios de transporte, leva ferro e manganês explorado no
Maciço de Urucum e é porta de entrada de outros produtos dos demais países da
bacia platina.
3.6
BACIAS COSTEIRAS
Bacia
Hidrográfica do Parnaíba: está presente nos estados do Piauí, Maranhão e na
porção extremo oeste do Ceará, totalizando uma área de 344.112 quilômetros
quadrados.
Bacia
Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental: com extensão de 287.348
quilômetros quadrados, a bacia hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental está
presente em cinco estados nordestinos: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Pernambuco e Alagoas.
Bacia
Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental: seus principais rios são o Gurupi, Pericumã,
Mearim, Itapecuru Munim e Turiaçu. Essa bacia de drenagem possui 254.100
quilômetros quadrados, compreendendo áreas do Maranhão e Pará.
Bacia
Hidrográfica Atlântico Leste: com extensão de 374.677 quilômetros quadrados,
essa bacia hidrográfica engloba os estados de Sergipe, Bahia, Minas Gerais e
Espírito Santo. Em sua região é possível encontrar fragmentos de Mata
Atlântica, Caatinga, Cerrado e vegetação costeira.
Bacia
Hidrográfica Atlântico Sudeste: presente nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais,
Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, a região hidrográfica Atlântico Sudeste
apresenta 229.972 quilômetros quadrados. Ela é formada pelo rio Doce,
Itapemirim, São Mateus, Iguape, Paraíba do Sul, entre outros.
Bacia
Hidrográfica Atlântico Sul: com área de 185.856 quilômetros quadrados, essa
bacia hidrográfica nasce na divisa entre os estados de São Paulo e Paraná,
percorrendo até o Rio Grande do Sul. Com exceção do Itajaí e Jacuí, os rios que
formam essa bacia de drenagem são de pequeno porte.
4.
DIVISÕES DO OCEANO
O
Planeta Terra é, em grande parte, recoberto por água (hidrosfera) e, por isso,
é comum que seja denominado Planeta Água. A área total da
superfície terrestre é de cerca de 510 milhões de quilômetros quadrados, dos
quais 361 milhões de quilômetros são ocupados pela massa líquida
(oceanos).
As
águas oceânicas, além de afetar o clima e a renovação do oxigênio na atmosfera,
são importantes no transporte em vias marítimas e na obtenção de alimento por
meio da pesca.
Na
realidade, há somente um único e extenso oceano recobrindo o planeta Terra, o
qual está dividido (por linhas imaginárias) em: oceanos Pacífico, Índico,
Atlântico.
O
oceano Pacífico é o mais extenso de todos os oceanos, com uma área aproximada
de 165 milhões de quilômetros quadrados, tendo as maiores profundidades
conhecidas. Localiza-se entre a Ásia, Austrália e as Américas.
O
oceano Atlântico situa-se entre a Europa, a América e a África, com área de
cerca de 82 milhões de quilômetros quadrados, sendo o melhor para a navegação.
O
oceano Índico possui área aproximada de 73 milhões de quilômetros, estando
localizado entre a Oceania, Ásia, África e Antártica.
4.1
TIPOS DE MARES
Pode-se
dizer que mar é a parte do oceano que está em contato com o continente, pois o
primeiro é uma continuação natural do segundo. Os mares são classificados das
seguintes formas:
- Mares abertos ou costeiros
Interagem
de maneira ampla com os oceanos. Um exemplo é o Mar da China.
- Mares continentais
Situam-se
dentro dos continentes; sua ligação com os oceanos se dá por meio de canais e
estreitos, como, por exemplo, o Mar Vermelho, cuja comunicação com o oceano
Índico acontece devido ao estreito de Bab-El-Mandeb.
- Mares isolados
Não
possuem qualquer forma de comunicação com os oceanos ou mesmo com outros mares.
Como exemplo, pode-se citar o mar da Galiléia.
4.2
CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA DOS MARES E OCEANOS
4.2.1
Salinidade
Durante
bilhões de anos, a ação erosiva das águas sobre os solos e rochas fez com que
sais minerais se aglomerassem nos mares e oceanos, estando dissolvidos no meio
líquido.
Os
sais podem originar de determinadas fontes antes de aparecerem nos oceanos; há
sais que ocasionam após ocorrer o desgaste de rochas da crosta através de
fenômenos erosivos ou que derivam de gases poluentes; outras substâncias
químicas podem surgir através de erupções vulcânicas, após vir à superfície
águas antes encontradas em camadas no interior do planeta... processos que
envolvem modificações na atmosfera, em rochas e entre rios e mares, mas que
equilibram a concentração de sais nos oceanos. Além do cloreto de sódio, há
mais uma série de fatores contribuem para que os mares e oceanos sejam
salgados; depende da sua temperatura (que por sua vez depende dos raios de
sol), quantidade de chuva e rios da região (que destinam nos mares). A
quantidade de sais diluídos na água está sujeita também a evaporação que há na
superfície dos mares e oceanos; onde há mais evaporação, maior a quantidade de
sais assim como quanto mais alta a temperatura, menos rios e menos chuvas,
maior é a salinidade.
A
concentração de sais na água do mar não é a mesma em todo o planeta. A água do
Golfo da Finlândia é a menos salina de todas, enquanto que a do Mar Morto, no
Oriente Médio, possui dez vezes mais salinidade do que a dos outros oceanos.
Por esse motivo, as águas do Mar Morto são excelentes no tratamento de
problemas respiratórios e doenças de pele, por exemplo.
4.2.2
Densidade
Dependendo
da quantidade de sais presentes na água do mar, este pode ser mais ou menos
denso. Considerando que a água salgada é mais densa do que a doce, se esta
última fosse representada com densidade 1, por exemplo, a densidade da água
salgada seria 1,3.
4.2.3
Temperatura
Pode
variar conforme a latitude, as correntes marítimas e a profundidade do oceano.
Quando a superfície da água está em contato com a atmosfera, a temperatura de
ambos é a mesma. A partir de -2ºC para baixo, a superfície começa a se
solidificar e o gelo flutua, sendo chamado de “banquisa”, pois é menos denso do
que a água. É o que acontece nos mares glaciais.
4.2.4
Cor
A
coloração das águas oceânicas pode variar em função da origem e da quantidade
de sedimentos presentes nelas. Próximo à foz de grandes rios, pela presença de
sedimentos que se acumulam na água, esta costuma adquirir uma coloração
amarelo-barrenta ou avermelhada. Em contrapartida, quando em alto mar, não há
presença desses sedimentos, assim, a água possui uma coloração azul-escura.
Quando próxima de costas, a água é de um tom esverdeado, pois ali se encontram
sedimentos de origem vegetal e restos animais.
4.3
MOVIMENTOS DAS ÁGUAS OCEÂNICAS
As
águas oceânicas possuem três formas de movimento: ondas, marés e correntes
marítimas.
4.3.1
Ondas
São
movimentos decorrentes, principalmente, de abalos sísmicos no fundo dos oceanos
e da ação eólica, os quais agitam a água, formando ondulações em sua
superfície. As ondas são caracterizadas pela sua altura, por
apresentarem uma parte mais elevada e outra menos elevada, denominadas,
respectivamente, de crista e cavado. A distância
entre duas cristas é o comprimento delas.
Existem
as ondas:
Oscilatórias: têm origem no
movimento em forma de círculo realizado pelas moléculas de água, devido à ação
eólica; ocorrem em alto mar.
Transladativas: são formadas
quando o cavado da onda se choca com o fundo do mar, gerando um desequilíbrio
entre o cavado e a crista, o que, aliado à ação do vento, faz com que as águas
sejam “empurradas” para frente, rumo ao litoral. Assim se formam as
rebentações.
Ondas
tsunami: são
formadas em maremotos, decorrentes de vulcanismo, abalos sísmicos, deslocamento
de terras submarinas, entre outros fenômenos, os quais podem formar ondas
gigantes em comprimento, violentas e muito velozes. Em alto-mar, os tsunamis possuem
pequenas amplitudes, mas quando se aproximam da costa (onde as águas são mais
rasas) podem se tornar maiores; adquirem entre 10 e 500 quilômetros de
comprimento de onda em cerca de minutos, podendo durar até meia hora. Outras
ondas quaisquer ocorrem em espaços de tempo muito menores, de dezenas de
segundos.
Na
região do oceano Pacífico é muito comum a ocorrência de tsunamis, sendo que, os
quinze mais catastróficos registrados desde os últimos vinte séculos mataram
cerca de 330 mil pessoas, no período anterior a 26 de dezembro de 2004. Ao
todo, têm-se o registro de mil e cem tsunamis nessa região.
4.3.2
Marés
São
resultado da atração que o Sol e a Lua exercem sobre a Terra; por estar menos
distante da Terra, a Lua tem maior influência sob as marés, as quais efetuam,
diariamente, um movimento de “avanço e recuo” em um intervalo de tempo de cerca
de seis horas. Quando as águas oceânicas recuam, diz-se que é maré baixa ou
baixa-mar, e quando avançam, é maré alta ou preamar.
A
diferença entre o nível da maré alta e da maré baixa é chamada de amplitude,
sendo que as maiores são observadas nas fases de Lua cheia e nova.
4.3.3
Correntes oceânicas
Influenciadas
por fatores como a radiação solar e presença de vento, as correntes oceânicas
realizam o deslocamento de grandes porções de água a diferentes regiões do
globo e, por isso, podem facilitar ou não o curso de navios e outras
embarcações marítimas. Além disso, também atuam no clima, alterando a
temperatura nas costas e precipitações.
A
desigual distribuição dos raios solares provoca um maior aquecimento dos
oceanos em alguns pontos da Terra e menor em outros. Isso gera variações de
densidade da água superficial, o que envolve também temperatura e salinidade e,
assim sendo, diz-se que
há circulação
termoalina.
O
curso da água na circulação termoalina é, primeiramente, vertical, quando a
água mais densa “desce” a médias ou grandes profundidades. Em decorrência do
movimento que a Terra faz em torno de si mesma (rotação) e dos ventos, o curso
da água acaba seguindo em sentido horizontal. No Hemisfério Norte, vai para a
direita e, no Hemisfério sul, para a esquerda. Essas são as correntes
de densidade.
A
ação eólica e a pressão atmosférica também influenciam as correntes oceânicas,
porém, diferentemente das correntes de densidade, esses dois fatores provocam
apenas o deslocamento em sentido horizontal das águas. A pressão atmosférica
atua aumentando ou diminuindo o nível das águas e, por isso, acaba formando
correntes, chamadas correntes de descarga. O nível da água aumenta
quando a pressão é menor, e diminui quando a pressão é maior.
Em
profundidades maiores, as correntes sofrem um desvio de 45º e, lentamente,
conforme diminui a profundidade, elas perdem velocidade. Isso significa que a
intensidade do desvio se faz de acordo com a velocidade de um corpo no oceano e
a latitude em que ele se encontra. Na Linha do Equador, é igual a zero e, nos
Polos, atinge seu máximo. Se o corpo estiver em repouso ou estiver realizando
exatamente o caminho Leste-Oeste no Equador, ele não será influenciado. Esse
tipo de corrente, ocasionada pelo vento, chama-se corrente de impulsão.
As
correntes oceânicas apresentam, em sua trajetória, algumas semelhanças, mesmo
em diferentes pontos da Terra. Na superfície, as correntes circulam no sentido
horário, tanto no oceano Pacífico Norte, quanto no Atlântico Norte. No Pacífico
Sul e no Atlântico Sul, a circulação das correntes é em sentido anti-horário.
Esse sistema de circulação recebe o nome de giro, e cada oceano
possui seu próprio giro de correntes (Figura 2), localizado
nas zonas subtropicais dos hemisférios (aproximadamente 30ºN e 30ºS).
De
acordo com os oceanógrafos, existem dois tipos de correntes oceânicas de
superfície: as verdadeiras correntes (ou streams)
e as derivas (ou drifts). As streams têm
maior profundidade e são semelhantes a rios; já as drifts possuem
aspecto de lençol de menor profundidade, como é o caso da corrente da região
Antártica, que segue em direção oeste-leste. A partir da temperatura desses
dois tipos de correntes, pode-se subdividi-las em correntes quentes,
que surgem de uma região intertropical e adentram as zonas frias e temperadas,
como é o caso da corrente do Brasil e da corrente do Golfo do México (ou Gulf
Stream); e as correntes frias que, a exemplo da corrente
do Peru e da do Labrador, surgem em altas latitudes, de onde seguem para
regiões tropicais ou de grande profundidade e então emergem na superfície.
O
intercâmbio de água entre áreas mais quentes e áreas mais frias, devido à
circulação geral dos oceanos, possibilita a manutenção do equilíbrio das
temperaturas na Terra.
5.
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
As
águas subterrâneas correm abaixo da superfície terrestre; ocupam os poros
presentes nas rochas sedimentares e as falhas, rachaduras ou aberturas de
rochas espessas que, devido à ação da gravidade e da capacidade de aderência da
água, realizam a manutenção da umidade do solo, do curso dos lagos, rios e até
de brejos. Além disso, também desempenham uma etapa importante no ciclo
hidrológico, correspondente à precipitação, isto é, à água proveniente da chuva
que, consegue se infiltrar no solo, realizando percolação. Percolação é a
denominação para o movimento da água quando esta se encontra em meio
subterrâneo.
O
processo acima citado depende de algumas características, tais quais:

Porosidade
entre um solo arenoso e um solo argiloso. Fonte: marianaplorenzo.com
-
Tipo de chuva: dependendo da intensidade da chuva, isto é, da
pressão que a água exerce no solo, maior será a sua capacidade de infiltração.
Chuvas mais demoradas e finas tendem a levar mais tempo para se infiltrarem no
solo.
-
Cobertura vegetal: a permeabilidade de um solo com vegetação
presente é maior do que a de um solo desmatado.
-
Inclinação do terreno: quanto maior o declive, mais rápido corre a
água e, sendo assim, mais difícil é a sua passagem através do solo.
Quando
a água se infiltra no solo, passa a receber outro tipo de classificação, que é
feita da seguinte forma:
-
Zona não saturada: também denominada zona de aeração ou vadosa.
Nesse caso, por meio de forças de adesão, parte da água é armazenada no solo e
distribuída de maneira uniforme. Acontece a transpiração por meio da filtração,
da autodepuração da água e das raízes das plantas.
-
Zona saturada: a água que não foi retida na zona não saturada chega
à zona saturada, onde os poros são completamente preenchidos por água, formando
um abundante reservatório desta. Isso acontece devido à ação da gravidade.
Chega determinado ponto em que a água não consegue mais adentrar mais a rocha,
pois elas já estão suficientemente saturadas.
A
água que “sobra” da zona não saturada e chega até a zona saturada se movimenta
lentamente para gerar realmente um manancial subterrâneo. Parte dessa água vai
parar na superfície do solo, criando fontes de água, e a outra parte termina
nos rios, onde, durante as épocas de estiagem, se tornam perenes, isto é,
constantes, pois mesmo na ausência de chuva, não secam.
Da
zona não saturada, fazem parte:
-
Zona de umidade do solo: é a zona mais superficial de todas e ela
atua como sustentação da biomassa vegetal e do intercâmbio entre a atmosfera e
a litosfera. Grande parte da água da adesão é perdida para a atmosfera e,
quando depois da evaporação há muita concentração de sais que se precipitam
para a superfície do solo, formam-se os solos salinizados ou as crostas
ferruginosas.
-
Zona intermediária: encontra-se entre a franja capilar e a zona de
umidade do solo, sendo assim, é uma região mais úmida em relação à superfície
do solo, porém, em relação à franja de capilaridade, é menos úmida. Quando a
franja de capilaridade chega à superfície do solo, é possível que a zona
intermediária não exista, pois o nível freático (distância entre a zona
saturada e a zona de aeração) também está perto da superfície.
Onde
a água subterrânea evapora mais facilmente, há brejos e alagadiços.
-
Franja de capilaridade: possui maior umidade, pois abaixo desta
região há a zona saturada; é a parte mais perto do nível da água do lençol
freático.
Infiltração
da água no solo a partir da precipitação, passando pela zona não saturada até a
zona saturada, onde está o lençol freático. Fonte: ga.water.usgs.gov
5.1
CARACTERIZAÇÃO ESQUEMÁTICA DAS ZONAS NÃO SATURADA E SATURADA NO SUBSOLO
Ocorrência
e Volume das Águas Subterrâneas
Como
a distribuição das águas superficiais é muito variável, a das águas
subterrâneas também são, sendo que elas se inter-relacionam no ciclo
hidrológico e precisam das condições climatológicas. Contudo, as águas
subterrâneas são mais ou menos 100 vezes mais fartos que as águas superficiais
dos rios e lagos.
Especialistas
lembram que a quantidade de água subterrânea pode chegar até 60 milhões de km³.
A quantidade de água apropriada pelas rochas e pelos materiais não consolidados
depende da porosidade das rochas, que pode ser de até 45%, da difusão desses
poros entre si ou da quantidade e tamanho das aberturas de fragmentos
existentes. No Brasil, as reservas de água subterrânea são estimadas em 112.000
km³.
Qualidade
das águas subterrâneas
Durante
o andamento no qual a água passa entre os poros do subsolo e das rochas,
acontece a depuração pelo meio de uma série de processos físico-químicos e
bacteriológicos que, agindo sobre a água, alteram as suas características
apanhadas anteriormente, tornando-a particularmente mais adequada ao consumo
humano.
Assim,
a composição química da água subterrânea é o efeito compatível da composição da
água que entra no solo e da evolução química influenciada diretamente pelas
litologias atravancadas, sendo que o conteúdo de substâncias dissolvidas nas
águas subterrâneas aumenta à medida que continua no seu movimento.
As
águas subterrâneas apresentam algumas propriedades que fazem o seu uso mais
benéfico em relação ao das águas dos rios: são filtradas e purificadas
naturalmente pelo meio da percolação, não ocupam espaço em superfície, aturam
menor influência nas variações climáticas, têm temperatura constante e têm
maior abundância de reservas.
Uso
das águas subterrâneas
De
acordo com o site Portal São Francisco, Leal (1999) concluiu que a água
subterrânea é muito explorada por conta de sua qualidade (para compor as rochas
e a qualidade do clima), quantidade (para o armazenamento dos terrenos e
facilidade com que a água de movimenta) e por conta também de seus fatores econômicos
que estão sujeitos às condições do aquífero.
Após
ter expandido a quantidade de fatores onde essas águas são utilizadas, passou a
ser retirada a água em maiores profundidades, o que contribuiu para que tivesse
quantidade suficiente para todas as casas, indústrias, entre outros. A
utilização dessa água vai depender da necessidade da população e que o
estado/país deve fornecer para uso na agricultura (a qual expandiu),
indústrias, turismo, e regiões de solo excessivamente seco. A quantidade que é
empregada para isso, retirada geralmente de poços profundos, poderia ser
aproveitada para produção de comida que alimentaria milhões de pessoas a cada
ano. De acordo com levantamento de dados do ano de 2000 em média 64% dos
brasileiros têm água subterrânea para uso doméstico.
5.2
AQUÍFEROS
Aquífero
é qualquer formação geológica capaz de armazenar águas subterrâneas. As rochas
propensas a isso fornecem a água aos poços e rios, a qual o ser humano está
apto a consumir.
Existem
dois tipos de aquíferos: cativo e livre. Os aquíferos cativos são
os que estão restritos por duas camadas que impedem a passagem de água e que
possuem a pressão atmosférica inferior à pressão da água.
Já
os aquíferos livres, são os que têm somente a camada de apoio
incapaz de ser atravessada pela água, como a argila por exemplo. Esses
aquíferos também possuem a pressão atmosférica igual à pressão da água.
Quaisquer
aquíferos proporcionam vantagens para o ser humano. Por ser capaz de armazenar
a água, deixa a circulação da mesma de modo que o homem consiga retirá-la sem
obter maus impactos ao meio ambiente, mas em condições que alcançarão um lucro
economicamente. O aquífero mais conhecido é o Aquífero Guarani que é a maior
fonte de água doce subterrânea do mundo com 1,2 milhões de Km2 de
área e está situado na América do Sul.
CONCLUSÃO
A
água, essencial para a vida dos seres no planeta, encontra-se nele distribuída
de diversas formas. Duas delas, as quais constituíram o interesse do grupo e
foram então trabalhadas, são as águas oceânicas e as águas subterrâneas.
As
águas oceânicas, como o próprio nome infere, correspondem à massa líquida que
recobre o planeta, na forma de oceanos. Por estarem sob a influência constante
de fatores internos e externos, como o Sol, a própria Terra, clima, ventos,
etc., as águas podem se deslocar de um ponto do globo para outro,
caracterizando as correntes oceânicas. As correntes realizam dois tipos de
movimento: vertical, quando a densidade da água é maior e ela “afunda”; e
horizontal, quando os ventos e/ou a rotação da Terra deslocam as águas para a
direita ou para a esquerda.
Outros
tipos de movimentos das águas oceânicas são as marés e as ondas, movimentos
estes perceptíveis na superfície da água. As marés são decorrentes da
influência do Sol e da Lua sob a Terra, o que ocasiona movimentos de avanço e
de recuo das águas. Já as ondas são provocadas por dois fatores: abalos
sísmicos no fundo do oceano (interno) e ventos (externo). Por vezes, devido a
esses fatores, formam-se ondas enormes e potencialmente destrutivas ao meio
ambiental, social e econômico.
No
interior da Terra, também existe água. Quando chove e a água entra em contato
com o solo, dependendo da intensidade da chuva e do tipo de solo, ela consegue
se infiltrar mais ou menos facilmente. Em solos arenosos, a permeabilidade é
muito maior, assim como em solos argilosos há menor permeabilidade da água,
pois a areia é muito mais fina do que a argila. A intensidade da chuva também
determina essa capacidade de infiltração, pois, quando é muito forte, a pressão
com o solo é maior e, por isso, a água penetra o solo com mais facilidade.
Quando a água se infiltra no solo, parte dela é armazenada nas zonas não
saturadas, onde o restante dele segue até a zona saturada, abastecendo um
reservatório de água.
A
água subterrânea é considerada muito melhor para o consumo do que a de rios,
pois é filtrada naturalmente. Felizmente, mais da metade da população
brasileira, de acordo com pesquisas, possui água proveniente de aquíferos para
o consumo doméstico. O grande problema em relação a isso é o desperdício e a má
utilização da água, que geram transtornos diversos e de razoável simplicidade
de solução. Como todos sabem, basta consciência e atitude da população e o
apoio de instituições maiores para resolvê-los.
REFERÊNCIAS
vou pegar 10 no meu trabalho de geografia sobre a aguas oceanicas .... enfim .... parabens ... mt obg msm ... bjs /eduarda
ResponderExcluirGostei do blog professor, atualmente estou no curso de Lice. em Geografia, no IF - Baiano Campus Santa Inês, situado no território do vale do Jiquiriçá.
ResponderExcluirNão é o que eu estou procurando mas obrigada
ResponderExcluir