ÍNDICE –
(Resumo)
Governo João Goulart (1961-64)
- Implantou
Reformas de Base
- Fortalecimento dos Movimentos sociais: UNE e Ligas Camponesas
- Oposição das elites conservadoras, Igreja e classe média
- Fortalecimento dos Movimentos sociais: UNE e Ligas Camponesas
- Oposição das elites conservadoras, Igreja e classe média
Golpe Militar (31/3/64)
- apoio da classe média, igreja, EUA, elite: tinham medo do comunismo
- assume a presidência o marechal Castelo Branco
- apoio da classe média, igreja, EUA, elite: tinham medo do comunismo
- assume a presidência o marechal Castelo Branco
O Governo Militar (1964-85) – Implantação da Ditadura
Militar
- uso da repressão, censura
- bipartidarismo: ARENA X MDB
- prisões / tortura / exílio (artistas e políticos)
- oposição armada ao regime militar: guerrilha urbana e rural
- uso da repressão, censura
- bipartidarismo: ARENA X MDB
- prisões / tortura / exílio (artistas e políticos)
- oposição armada ao regime militar: guerrilha urbana e rural
Governo Militar
- “Milagre econômico” : crescimento sem distribuição de renda e aumento da dívida externa
- influência dos EUA
- protestos e passeatas
- “Milagre econômico” : crescimento sem distribuição de renda e aumento da dívida externa
- influência dos EUA
- protestos e passeatas
Cultura na década de 1960
- Cinema Novo: crítica a miséria do país e a realidade do Brasil
- Músicas de protesto
- Cinema Novo: crítica a miséria do país e a realidade do Brasil
- Músicas de protesto
O
golpe militar de 1964
A crise política se arrastava desde
a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice de Jânio era João Goulart, que
assumiu a presidência num clima político adverso. O governo de João Goulart
(1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações sociais. Estudantes,
organização populares e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação
das classes conservadoras como, por exemplo, os empresários, banqueiros, Igreja
Católica, militares e classe média. Todos temiam uma guinada do Brasil para o
lado socialista. Vale lembrar, que neste período, o mundo vivia o auge da Guerra
Fria.
Este estilo populista e de esquerda,
chegou a gerar até mesmo preocupação nos EUA, que junto com as classes
conservadoras brasileiras, temiam um golpe comunista.
Os partidos de oposição, como a
União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Social Democrático (PSD), acusavam
Jango de estar planejando um golpe de esquerda e de ser o responsável pela
carestia e pelo desabastecimento que o Brasil enfrentava.
No dia 13 de março de 1964, João
Goulart realiza um grande comício na Central do Brasil ( Rio de Janeiro ), onde
defende as Reformas de Base. Neste plano, Jango prometia mudanças radicais na
estrutura agrária, econômica e educacional do país.
Seis dias depois, em 19 de março, os
conservadores organizam uma manifestação contra as intenções de João Goulart.
Foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu milhares de pessoas
pelas ruas do centro da cidade de São Paulo.
O clima de crise política e as
tensões sociais aumentavam a cada dia. No dia 31 de março de 1964, tropas de
Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango
deixa o país refugiando-se no Uruguai. Os militares tomam o poder. Em 9 de
abril, é decretado o Ato Institucional Número 1 ( AI-1 ). Este cassa mandatos
políticos de opositores ao regime militar e tira a estabilidade de funcionários
públicos.
GOVERNO CASTELLO
BRANCO (1964-1967)
Castello Branco, general militar,
foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da República em 15 de abril de
1964. Em seu pronunciamento, declarou defender a democracia, porém ao começar
seu governo, assume uma posição autoritária.
Estabeleceu eleições indiretas para
presidente, além de dissolver os partidos políticos. Vários parlamentares
federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos tiveram seus
direitos políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos receberam
intervenção do governo militar.
Em seu governo, foi instituído o
bipartidarismo. Só estavam autorizados o funcionamento de dois partidos :
Movimento Democrático Brasileiro ( MDB ) e a Aliança Renovadora Nacional (
ARENA ). Enquanto o primeiro era de oposição, de certa forma controlada, o
segundo representava os militares.
O governo militar impõe, em janeiro
de 1967, uma nova Constituição para o país. Aprovada neste mesmo ano, a
Constituição de 1967 confirma e institucionaliza o regime militar e suas formas
de atuação.
GOVERNO COSTA E SILVA
(1967-1969)
Em 1967, assume a presidência o
general Arthur da Costa e Silva, após ser eleito indiretamente pelo Congresso
Nacional. Seu governo é marcado por protestos e manifestações sociais. A
oposição ao regime militar cresce no país. A UNE ( União Nacional dos
Estudantes ) organiza, no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem Mil.
Em Contagem (MG) e Osasco (SP),
greves de operários paralisam fábricas em protesto ao regime militar.
A guerrilha urbana começa a se
organizar. Formada por jovens idealistas de esquerda, assaltam bancos e sequestram embaixadores para obterem fundos para o movimento de oposição
armada.
No dia 13 de dezembro de 1968, o
governo decreta o Ato Institucional Número 5 ( AI-5 ). Este foi o mais duro do
governo militar, pois aposentou juízes, cassou mandatos, acabou com as
garantias do habeas-corpus e aumentou a repressão militar e policial.
GOVERNO DA JUNTA
MILITAR (31/8/1969-30/10/1969)
Doente, Costa e Silva foi
substituído por uma junta militar formada pelos ministros Aurélio de Lira
Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo
(Aeronáutica).
Dois grupos de esquerda, O MR-8 e a
ALN sequestram o embaixador dos EUA Charles Elbrick. Os guerrilheiros exigem a
libertação de 15 presos políticos, exigência conseguida com sucesso. Porém, em
18 de setembro, o governo decreta a Lei de Segurança Nacional. Esta lei
decretava o exílio e a pena de morte em casos de "guerra psicológica
adversa, ou revolucionária, ou subversiva".
No final de 1969, o líder da ALN,
Carlos Mariguella, foi morto pelas forças de repressão em São Paulo.
GOVERNO MÉDICI
(1969-1974)
Em 1969, a Junta Militar escolhe o
novo presidente : o general Emílio Garrastazú Médici. Seu governo é considerado
o mais duro e repressivo do período, conhecido como " anos de chumbo
". A repressão à luta armada cresce e uma severa política de censura é
colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes,
músicas e outras formas de expressão artística são censuradas. Muitos
professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados,
presos, torturados ou exilados do país. O DOI-Codi ( Destacamento de Operações
e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna ) atua como centro de
investigação e repressão do governo militar.
Ganha força no campo a guerrilha
rural, principalmente no Araguaia. A guerrilha do Araguaia é fortemente
reprimida pelas forças militares.
Entenda o que foi a
Guerrilha do Araguaia
Fonte: http://noticias.r7.com
A Guerrilha do
Araguaia (Círculo no mapa mostra região da Guerrilha do Araguaia) foi um agrupamento de militantes contrários à ditadura militar que
acreditavam que a revolução socialista só teria sucesso se acontecesse no
interior rural do Brasil.
Os militantes, na
maioria membros do PCdoB, escolheram a região no sul do Pará, nas divisas entre
o Maranhão e Tocantins. A área, de aproximadamente 7.000 km², foi palco de
treinamentos e ações dos militantes, que pegaram em armas e criaram um esquema
paramilitar para realizar suas operações.
Entre 1972 e 1975,
a Guerrilha do Araguaia foi alvo de uma grande ação do exército, que queriam
reprimir e acabar com o movimento.
Durante as ações
militares, os agentes de repressão da ditadura teriam cometido graves violações
aos direitos humanos, como prisões ilegais e execuções de guerrilheiros e
moradores locaism, condenados como “colaboradores”.
Os militares são
acusados de sessões de tortura, como estupros e mutilações, além
desaparecimento forçado de diversos militantes.
Estima-se que pelo
menos 70 dos desaparecidos políticos no Brasil tenham sido mortos por
militares durante as ações de repressão no Araguaia. Entre os que sobreviveram
depois da ação militar, está o deputado federal José Genoíno (o mesmo do mensalão), que foi detido em
1972.
O
Milagre Econômico
Na área econômica o país crescia rapidamente. Este período que vai de 1969 a 1973 ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%. Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estrutura. Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país. Algumas obras, consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi.
Na área econômica o país crescia rapidamente. Este período que vai de 1969 a 1973 ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%. Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estrutura. Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país. Algumas obras, consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi.
Porém, todo esse crescimento teve um
custo altíssimo e a conta deveria ser paga no futuro. Os empréstimos
estrangeiros geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos do
Brasil.
GOVERNO GEISEL (1974-1979)
Em 1974 assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa um lento processo de transição rumo à democracia. Seu governo coincide com o fim do milagre econômico e com a insatisfação popular em altas taxas. A crise do petróleo e a recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento em que os créditos e empréstimos internacionais diminuem.
Geisel anuncia a abertura política
lenta, gradual e segura. A oposição política começa a ganhar espaço. Nas
eleições de 1974, o MDB conquista 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos
Deputados e ganha a prefeitura da maioria das grandes cidades.
Os militares de linha dura, não
contentes com os caminhos do governo Geisel, começam a promover ataques
clandestinos aos membros da esquerda. Em 1975, o jornalista Vladimir Herzog á
assassinado nas dependências do DOI-Codi em São Paulo. Em janeiro de 1976, o
operário Manuel Fiel Filho aparece morto em situação semelhante.
Em 1978, Geisel acaba com o AI-5,
restaura o habeas-corpus e abre caminho para a volta da democracia no Brasil.
GOVERNO FIGUEIREDO
(1979-1985)
A vitória do MDB nas eleições em
1978 começa a acelerar o processo de redemocratização. O general João Baptista
Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil
para os políticos, artistas e demais brasileiros exilados e condenados por
crimes políticos. Os militares de linha dura continuam com a repressão
clandestina. Cartas-bomba são colocadas em órgãos da imprensa e da OAB (Ordem
dos advogados do Brasil). No dia 30 de Abril de 1981, uma bomba explode durante
um show no centro de convenções do Rio Centro. O atentado fora provavelmente
promovido por militares de linha dura, embora até hoje nada tenha sido provado.
Em 1979, o governo aprova lei que
restabelece o pluripartidarismo no país. Os partidos voltam a funcionar dentro
da normalidade. A ARENA muda o nome e passa a ser PDS, enquanto o MDB passa a
ser PMDB. Outros partidos são criados, como : Partido dos Trabalhadores ( PT )
e o Partido Democrático Trabalhista ( PDT ).
A Redemocratização e a
Campanha pelas Diretas Já
Nos últimos anos do governo militar,
o Brasil apresenta vários problemas. A inflação é alta e a recessão também.
Enquanto isso a oposição ganha terreno com o surgimento de novos partidos e com
o fortalecimento dos sindicatos.
Em 1984, políticos de oposição,
artistas, jogadores de futebol e milhões de brasileiros participam do movimento
das Diretas Já. O movimento era favorável à aprovação da Emenda Dante de
Oliveira que garantiria eleições diretas para presidente naquele ano. Para a
decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.
No dia 15 de janeiro de 1985, o
Colégio Eleitoral escolheria o deputado Tancredo Neves, que concorreu com Paulo
Maluf, como novo presidente da República. Ele fazia parte da Aliança Democrática
– o grupo de oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal.
Era o fim do regime militar. Porém
Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o
vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o
Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura militar e
estabeleceu princípios democráticos no país.
VÍDEO SOBRE A DITADURA MILITAR BRASILEIRA
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