quarta-feira, 23 de abril de 2014

Um Pouco de Keynesianismo

Estava procurando algo meu sobre Keynesianismo e não encontrei então resolvi postar algumas notas de aula do meu professor portuga Dr. Mario Jorge Cardoso Coelho Freitas da UDESC. Por isso tem um pouco de português de Portugal e Espanhol.

O pensamento keynesiano

John Maynard Keynes (1883-1946)
John Maynard Keynes, foi um economista britânico cujos ideais serviram de influência para a macroeconomia moderna, tanto na teoria quanto na prática

O pensamento keynesiano não pôs em questão os conceitos e postulados básicos das teorias liberais clássicas e neo-clássicas. Colocando-se, indiscutivelmente dentro do sistema, não questionou nunca os seus fins, antes tentando sugerir mecanismos para evitar crises e potenciar esse sistema. A sua grande inovação consistiu na substituição da análise microeconómica pela análise macroeconómica, de carácter nacional e na defesa do papel regulador do estado no funcionamento do mercada. Está na base do conceito de desenvolvimento com crescimento económico. Indicadores macroeconómicos (relativamente “cegos” como o PIB) passaram a ser os indicadores de desenvolvimento. Baseado num certo compromisso entre capital e trabalho, conduziu a grande parte das nações capitalistas ocidentais do pós segunda guerra a uma certa prosperidade e estabilização social. Durante a crise dos anos 70 atingiu os limites e sucumbiu face às triunfantes teorias do neo-liberalismo e da globalização econômica.

A associação entre desenvolvimento e crescimento económico (embora com raízes que remontam ao pensamento económico clássico e, em parte, neoclássico) tem sua origem na crise dos anos 29/30 do século XX, em que o mundo capitalista se confrontou com um desequilíbrio entre capacidade produtiva e procura real, o que gerou uma situação de desorganização do sistema económico.

Tendo consciência que era absolutamente necessário controlar, de alguma forma, as tendências desreguladoras inerentes ao sistema capitalista, o pensamento keynesiano postula: “la ampliación de la actividad y la responsabilidad del estado en la vida económica de los países” (Bifani, 1997).

O privilégio vai para a análise macroeconômica “proporcinar instrumentos que se puedan manejar por un poder decisional superior – o Estado –  a un nivel que cubra as actividades económicas que son responsabilidad del Estado: el pais, sus regiones e sus sectores económicos. Por eso se dice que se interesa en las magnitudes macroeconómicas. El análisis requiere indicadores macroeconómicos. La macroeconomia y los sistemas de contabilidad nacional adquieren, a partir de Keynes, su máxima importancia” (Bifani, 1997, p. 70).


Os postulados do pensamento neokeynesiano que visam a solução e prevenção de crises económicas, assentam num mecanismo que os biológos, mas também a cibernética (e, em geral, vários ramos das ciências físico-naturais), têm estudado e conhecem bem: os chamados mecanismos de retracção (neste caso retracção positiva). Há dois grandes tipos de mecanismo de retroacção:  negativa e positiva Do inglês feedback.

“O modelo keynesiano de crescimento capitalista que levou prosperidade económica sem precedentes e estabilidade social à maior parte das economias de mercado durante quase três décadas após a Segunda Guerra Mundial, atingiu as suas próprias limitações no início da década de 1970, e a sua crise manifestou-se sob a forma de inflação desenfreada” (Castells, 2005, p. 55).

Eu particularmente gosto das ideias de Keynes e já li bastante sobre ele, acredito no capitalismo mas também que ele precisa de CONTROLE e que o responsável por isso é o ESTADO.

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Jonathan Kreutzfeld


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