terça-feira, 15 de julho de 2014

Conflito: Judeus e Palestinos

Os conflitos entre Israel e Palestina têm extensas raízes culturais que remontam há vários séculos.

Entenda como desde o fim do século XIX até a atualidade, a disputa pela região no Oriente Médio, que possui importante significado religioso tanto para o judaísmo quanto para o islamismo.

Raízes do conflito

Em 1897, durante o primeiro encontro sionista, movimento internacional judeu, ficou decidido que os judeus retornariam em massa à Terra Santa, em Jerusalém de onde muitos foram expulsos pelos romanos no século III d.C. Imediatamente teve início a emigração para a Palestina, que era o nome da região no final do século XIX. Nessa época, a área pertencia ao Império Otomano, onde viviam cerca de 500 mil árabes. Em 1903, 25 mil imigrantes judeus já estavam vivendo entre eles. Em 1914, quando começou a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), já eram mais de 60 mil. Em 1948, pouco antes da criação do Estado de Israel, os judeus somavam 600 mil.

Estado duplo

Confrontos começaram a ocorrer à medida que a imigração aumentava. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o fluxo de imigrantes aumentou drasticamente, porque milhões de judeus se dirigiam à Palestina fugindo das perseguições dos nazistas na Europa.
Em 1947, a ONU tentou solucionar o problema e propôs a criação de um "Estado duplo": o território seria dividido em dois Estados, um árabe e outro judeu, com Jerusalém como "enclave internacional". Os árabes não aceitaram a proposta.

Guerras no século XX

·         No dia 14 de maio de 1948, Israel declarou sua independência. Os exércitos de Egito, Jordânia, Síria e Líbano atacaram, mas foram derrotados.
·         Em 1967, aconteceram os confrontos que mudariam o mapa da região, na chamada "Guerra dos Seis Dias". Israel derrotou Egito, Síria e Jordânia e conquistou, de uma só vez, toda a Cisjordânia, as Colinas de Golan e Jerusalém Oriental.
·         Em 1973, Egito e Síria lançaram uma ofensiva contra Israel no feriado de Yom Kippur, o Dia do Perdão, mas foram novamente derrotados.
·         Intifada
·         Em 1987 aconteceu a primeira Intifada, palavra árabe que significa "sacudida" ou "levante", quando milhares de jovens saíram às ruas para protestar contra a ocupação israelense, considerada ilegal pela ONU. Os israelenses atiraram e mataram crianças que jogavam pedras nos tanques, provocando indignação na comunidade internacional.
·         A segunda Intifada teve início em setembro de 2000, após o então primeiro-ministro israelense Ariel Sharon ter caminhado nas cercanias da mesquita Al-Aqsa, considerada sagrada pelos muçulmanos, e que faz parte do Monte do Templo, área sagrada também para os judeus.

Guerras no Século XXI

·         Com o apoio de Washington ao longo dos anos, Israel permanece nos territórios ocupados e continua se negando a obedecer a resolução 242 das Nações Unidas, de novembro de 1967, que obriga o país a se retirar de todas as regiões conquistadas durante a Guerra dos Seis Dias.
·         Apesar das negociações, uma campanha de atentados e boicotes de palestinos que se negam a reconhecer o estado de Israel, e de israelenses que não querem devolver os territórios conquistados, não permite que a paz se concretize na região.
·         Cisma Palestino
·         Em junho de 2007, a Autoridade Nacional Palestina se dividiu, após um ano de confrontos internos violentos entre os partidos Hamas e Fatah que deixaram centenas de mortos. A Faixa de Gaza passou a ser controlada pelo Hamas, partido sunita do Movimento de Resistência Islâmica, e a Cisjordânia se manteve sob o governo do Fatah, do presidente Mahmoud Abbas.

2014

O Conselho de Segurança das Nações Unidas apelou a um cessar fogo ao quinto dia de conflito em Gaza e num momento em que a situação é cada vez mais de uma guerra aberta entre os dois campos.

Um apelo aparentemente ignorado por Israel que teria ordenado à população palestiniana para abandonar algumas áreas do norte da faixa de Gaza, esta noite.

Segundo a rádio israelita, o exército teria alertado para o risco de que estas áreas se tornem numa zona de combate, no domingo.

A nova ameaça ocorre depois do Hamas ter lançado pela primeira vez mísseis de longo alcance sobre Telavive, interceptados pelo sistema de defesa anti-aérea. Dezenas de rockets atingiram pela primeira vez algumas regiões de Israel, como em Hebron ou em Jerusalém, sem provocar vítimas.

Em Nova Iorque, o presidente do Conselho de Segurança da ONU anunciava a decisão tomada este sábado, depois de dias de hesitações “apelamos ao fim da escalada de violência, o regresso à calma e ao cessar-fogo acordado em Novembro de 2012”.

A diplomacia internacional começa lentamente a reagir, quando centenas de veículos militares israelitas e mais de 30 mil reservistas estão a postos para uma eventual ofensiva terrestre em Gaza.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Estados Unidos, França e Alemanha deverão discutir a situação à margem de uma cimeira em Viena, este domingo. A Liga Árabe reúne-se na segunda-feira, no Cairo, quando o primeiro-ministro israelita afirmou já que não pretende ceder a nenhum tipo de pressão internacional.

O CONFLITO EM MAPAS








VÍDEO SOBRE A HISTÓRIA DO CONFLITO


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