Os
conflitos entre Israel e Palestina têm extensas raízes culturais que remontam há
vários séculos.
Entenda
como desde o fim do século XIX até a atualidade, a disputa pela região no
Oriente Médio, que possui importante significado religioso tanto para o
judaísmo quanto para o islamismo.
Raízes do conflito
Em
1897, durante o primeiro encontro sionista, movimento internacional judeu,
ficou decidido que os judeus retornariam em massa à Terra Santa, em Jerusalém de
onde muitos foram expulsos pelos romanos no século III d.C. Imediatamente teve
início a emigração para a Palestina, que era o nome da região no final do
século XIX. Nessa época, a área pertencia ao Império Otomano, onde viviam cerca
de 500 mil árabes. Em 1903, 25 mil imigrantes judeus já estavam vivendo entre
eles. Em 1914, quando começou a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), já eram
mais de 60 mil. Em 1948, pouco antes da criação do Estado de Israel, os
judeus somavam 600 mil.
Estado duplo
Confrontos
começaram a ocorrer à medida que a imigração aumentava. Durante a Segunda
Guerra Mundial (1939-1945), o fluxo de imigrantes aumentou drasticamente,
porque milhões de judeus se dirigiam à Palestina fugindo das perseguições dos
nazistas na Europa.
Em
1947, a ONU tentou solucionar o problema e propôs a criação de um "Estado
duplo": o território seria dividido em dois Estados, um árabe e outro
judeu, com Jerusalém como "enclave internacional". Os árabes não
aceitaram a proposta.
Guerras no século
XX
·
No
dia 14 de maio de 1948, Israel declarou sua independência. Os exércitos de
Egito, Jordânia, Síria e Líbano atacaram, mas foram derrotados.
·
Em
1967, aconteceram os confrontos que mudariam o mapa da região, na chamada
"Guerra dos Seis Dias". Israel derrotou Egito, Síria e Jordânia e
conquistou, de uma só vez, toda a Cisjordânia, as Colinas de Golan e Jerusalém
Oriental.
·
Em
1973, Egito e Síria lançaram uma ofensiva contra Israel no feriado de Yom
Kippur, o Dia do Perdão, mas foram novamente derrotados.
·
Intifada
·
Em
1987 aconteceu a primeira Intifada, palavra árabe que significa
"sacudida" ou "levante", quando milhares de jovens saíram
às ruas para protestar contra a ocupação israelense, considerada ilegal pela
ONU. Os israelenses atiraram e mataram crianças que jogavam pedras nos tanques,
provocando indignação na comunidade internacional.
·
A
segunda Intifada teve início em setembro de 2000, após o então
primeiro-ministro israelense Ariel Sharon ter caminhado nas cercanias da
mesquita Al-Aqsa, considerada sagrada pelos muçulmanos, e que faz parte do
Monte do Templo, área sagrada também para os judeus.
Guerras no Século
XXI
·
Com
o apoio de Washington ao longo dos anos, Israel permanece nos territórios
ocupados e continua se negando a obedecer a resolução 242 das Nações Unidas, de
novembro de 1967, que obriga o país a se retirar de todas as regiões
conquistadas durante a Guerra dos Seis Dias.
·
Apesar
das negociações, uma campanha de atentados e boicotes de palestinos que se
negam a reconhecer o estado de Israel, e de israelenses que não querem devolver
os territórios conquistados, não permite que a paz se concretize na região.
·
Cisma
Palestino
·
Em
junho de 2007, a Autoridade Nacional Palestina se dividiu, após um ano de
confrontos internos violentos entre os partidos Hamas e Fatah que deixaram
centenas de mortos. A Faixa de Gaza passou a ser controlada pelo Hamas, partido
sunita do Movimento de Resistência Islâmica, e a Cisjordânia se manteve sob o
governo do Fatah, do presidente Mahmoud Abbas.
2014
O
Conselho de Segurança das Nações Unidas apelou a um cessar fogo ao quinto dia
de conflito em Gaza e num momento em que a situação é cada vez mais de uma
guerra aberta entre os dois campos.
Um
apelo aparentemente ignorado por Israel que teria ordenado à população
palestiniana para abandonar algumas áreas do norte da faixa de Gaza, esta
noite.
Segundo
a rádio israelita, o exército teria alertado para o risco de que estas áreas se
tornem numa zona de combate, no domingo.
A
nova ameaça ocorre depois do Hamas ter lançado pela primeira vez mísseis de
longo alcance sobre Telavive, interceptados pelo sistema de defesa anti-aérea.
Dezenas de rockets atingiram pela primeira vez algumas regiões de Israel, como
em Hebron ou em Jerusalém, sem provocar vítimas.
Em
Nova Iorque, o presidente do Conselho de Segurança da ONU anunciava a decisão
tomada este sábado, depois de dias de hesitações “apelamos ao fim da escalada
de violência, o regresso à calma e ao cessar-fogo acordado em Novembro de
2012”.
A
diplomacia internacional começa lentamente a reagir, quando centenas de
veículos militares israelitas e mais de 30 mil reservistas estão a postos para
uma eventual ofensiva terrestre em Gaza.
Os
ministros dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Estados Unidos, França e
Alemanha deverão discutir a situação à margem de uma cimeira em Viena, este
domingo. A Liga Árabe reúne-se na segunda-feira, no Cairo, quando o
primeiro-ministro israelita afirmou já que não pretende ceder a nenhum tipo de
pressão internacional.
O CONFLITO EM MAPAS
VÍDEO SOBRE A HISTÓRIA DO CONFLITO
Fonte:
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