Com
o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2014, o
Brasil voltou para o fim da fila dos Brics, bloco de países emergentes formado
por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
É
que aponta levantamento da consultoria Tendências referente ao segundo
trimestre deste ano. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a
economia do país recuou 0,9% — resultado ínfimo se comparado ao crescimento de
7,5% registrado pela China e de 5,7% da Índia, e ainda inferior ao aumento de 1%
da África do Sul e de 0,8% da Rússia.
Analistas
são cautelosos ao comparar o crescimento brasileiro com o de outros Brics, pela
diferença entre as estruturas econômicas e as etapas de desenvolvimento desses
países. Mesmo assim, são unânimes em afirmar que são domésticos os
principais motivos para o baixo ritmo de crescimento do Brasil. “O mundo
não é responsável pela perda de dinamismo da atividade brasileira.
Comparativamente, nosso país está muito atrás de economias do Brics e das
Américas Latina e do Sul, o que mostra que há questões internas envolvidas”.
Os
problemas brasileiros relacionados com o crescimento no trimestre abaixo do
esperado (negativo) é que isso compromete a própria capacidade do governo em investir,
por exemplo, na infraestrutura.
Os
reflexos da queda do crescimento também podem ser verificados na redução da
expansão do varejo, o que demonstra enfraquecimento do poder de compra dos
brasileiros. Neste caso interno um dos motivos para a queda está relacionado
com o endividamento da população que agora pensa mais em pagar as dívidas já
adquiridas do que assumir novas.
Jonathan Kreutzfeld
Fontes:
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