Um
terremoto de magnitude 7,8 graus (na escala Richter), atingiu o Nepal (25/04/2015),o mais violento dos
últimos 80 anos no Nepal.
Estima-se
que mais de 10 mil pessoas podem ter
morrido devido ao tremor. Além da grave intensidade do tremor principal, outros
vários tremores secundários (cerca de 60) provocaram centenas de mortes devido
aos deslizamentos, inclusive no monte Everest, onde 18 pessoas morreram. "De
acordo com as estimativas iniciais e com base no último mapeamento de
intensidade do terremoto, 8 milhões de
pessoas em 39 distritos foram afetadas, das quais mais de 2 milhões estão
em 11 distritos gravemente afetados", detalhou o último relatório do
coordenador local das Nações Unidas.
As
agências humanitárias ainda têm dificuldades para avaliar o alcance da
devastação e as necessidades da população.Também
morreram 67 pessoas na Índia em decorrência do terremoto. Quase
um milhão de crianças precisam de ajuda urgente, segundo o Fundo para Crianças
das Nações Unidas (Unicef).
Brasileiros
O
Itamaraty informou que recebeu informações sobre 96 brasileiros que estavam no
Nepal durante o terremoto. Nenhum dos localizados sofreu ferimentos, segundo as
informações mais recentes do governo federal. A Embaixada do Brasil em Katmandu
"segue mobilizada para prestar o apoio necessário aos cidadãos brasileiros
que se encontram no país", informou o ministério.
Equipes
enviadas por Índia, Paquistão, Estados Unidos, China, Japão, Inglaterra e
Israel estão no Nepal para ajudar, disseram as Nações Unidas, escavando
toneladas de escombros em busca de milhares de pessoas ainda desaparecidas.
A
consultoria internacional IHS estimou que o custo de reconstrução após o
terremoto pode chegar a US$ 5 bilhões
- o equivalente a 20% do Produto Interno Bruto nepalês.
O tremor
O tremor ocorreu às
3h11 (de Brasília), a 77 km ao noroeste de Katmandu (epicentro) e a 15 km de profundidade (hipocentro).
Outras quatro réplicas menores atingiram o país logo após o terremoto mais
potente.
A
região atingida fica na Cordilheira do Himalaia, esta, é um dobramento moderno.
Ou seja, desde a deriva dos continentes possui um movimento tectônico
orogenético convergente.
Em
suma, é como se a placa indiana que se desprendeu da África a milhões de anos atrás
estivesse empurrando a placa eurasiática.
Magnitude 9.5 -
Chile, 1960
O
tremor, ocorrido em 22 de maio de 1960, com epicentro no município de Valdívia,
matou 2.000 pessoas e gerou um maremoto com ondas de até 10 metros. As ondas
apagaram do mapa cidades inteiras na costa chilena e fizeram vítimas também em
outros países banhados pelo Oceano Pacífico.
Magnitude
9.1 - Sumatra (Indonésia), 2004
A
ilha de Sumatra, na Indonésia, registrou em 26 de dezembro de 2004 um terremoto
de magnitude 9,1, com epicentro no mar, que causou um tsunami que matou 230 mil
pessoas em 14 países da região. O tremor, que popularizou o termo tsunami,
ocorreu a 30 km de profundidade no Oceano Índico e foi sentido até na costa
leste da África.
Magnitude
9.0 - Japão, 2011
O
terremoto --seguido por um tsunami-- que atingiu o Japão na última sexta-feira
(11) alcançou magnitude 9.0, segundo os serviços geológicos do Japão e dos
Estados Unidos. Antes, ambos os órgãos informaram que a magnitude havia sido de
8.8, mas revisaram o valor nesta segunda-feira. O terremoto, com epicentro no
oceano Pacífico, a 400 km de Tóquio, a uma profundidade de 32 km, gerou ondas
gigantes de 10 metros, que chegaram a uma velocidade de 800 km/h antes de
atingir a costa japonesa.
A Escala de Richter
A escala de Richter
foi desenvolvida em 1935, por Charles F. Richter, do Instituto de Tecnologia da
Califórnia, como um dispositivo matemático para comparar o tamanho dos
terremotos. Para determinar a magnitude de um tremor, é usado o logaritmo da
amplitude das ondas registradas pelos sismógrafos, com ajustes de variação da
distância entre os vários aparelhos de monitoramento e o epicentro.
Por causa da base
logarítmica da escala, cada aumento de número inteiro em magnitude representa
um aumento de dez vezes na amplitude medida. Além disso, cada número inteiro na
escala corresponde à liberação de cerca de 31 vezes mais energia do que a
quantidade associada ao número anterior inteiro. Por exemplo, um terremoto de
magnitude 2 libera 31 vezes mais energia que um tremor de magnitude 1.
Fonte: Serviço
Geológico dos Estados Unidos
Fuga
de pessoas
Muitos habitantes de Katmandu iniciaram nesta segunda um êxodo após o violento terremoto.
Famílias
inteiras se amontoavam em ônibus e algumas pessoas inclusive viajavam no teto
dos veículos. Muitos habitantes também se deslocaram as suas cidades natais
para determinar a magnitude do desastre ali.
Este
êxodo começa num momento em que as equipes internacionais com cães treinados,
equipamentos pesados para remover os escombros e provisões conseguiram
aterrissar no país.
"Agora
é importante prevenir outro desastre tomando as precauções adequadas contra as
epidemias", disse à imprensa o porta-voz do Exército, Arun Neupane.
Diante
do medo da falta de provisões, as pessoas também se amontoavam nas lojas e nos
postos de combustível.
ALGUMAS IMAGENS
Jonathan Kreutzfeld
Fonte: