segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Fim do Kirchnerismo: Macri vence na Argentina

Já fazem mais de 15 anos que a América do Sul tem uma onda “bolivariana”,” esquerdista”, “comunista” ou como achar melhor denominar...

Hugo Chavéz (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Lula (Brasil) Michelle Bachelet (Chile), Fernando Lugo (Paraguai), Nestor Kirchner (Argentina), José Mujica (Uruguai) talvez sejam os mais importantes presidentes latino-americanos que implementaram  e ampliaram programas sociais importantes nas duas últimas décadas em seus países e deixaram heranças políticas. E de certa forma revolucionaram seus países, reduziram a miséria e melhoraram as condições de vida da população, especialmente os mais pobres.

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Talvez nem todas as pessoas reconheçam ao menos isso, mas foi um ciclo importante quando se trata de democracias. Muitos erros foram cometidos, o Paraguai e o Chile já possuem governantes de correntes ideológicas diferentes e com a derrota na Argentina, parece que o fim de um ciclo está ocorrendo...

Depois de 12 anos de kirchnerismo, o liberal Mauricio Macri, da coligação Cambiemos (Mudemos), foi eleito presidente da Argentina na noite deste domingo (22). Com 99,17% das seções apuradas, ele vencia com 51,40% do candidato da posição, Daniel Scioli. Macri perdeu no primeiro turno, obtendo 34,3% nas urnas, e também foi derrotado nas prévias de agosto.

Segundo o jornal Clarín, Macri, que é atual prefeito de Buenos Aires e líder do Partido Proposta Republicana (PRO), fez 4 milhões de votos a mais do que no primeiro turno. Sua coligação ganhou em nove das 24 províncias argentinas, enquanto nas eleições de 25 de outubro ele havia vencido somente em cinco.

Em seu discurso de vitória, o novo presidente, que assume em 10 de dezembro, prometeu trabalhar para unir os argentinos e para ter boas relações com todos os países do mundo. De acordo com o jornal, o governo de Macri será histórico por ele ser o primeiro engenheiro a comandar a Casa Rosada e um empresário que vive fora da política, ligado a marketing e aos esportes – ele já presidiu o clube Boca Juniors.

Macri terá que retomar algumas relações externas deixadas de lado por Cristina Kirchner, que incluem Brasil e Estados Unidos, e combater a alta inflação e a desvalorização do peso. Ele afirmou que uma de suas políticas será eliminar o câmbio flutuante, imposto por Cristina em 2011. No último debate antes das eleições deste domingo, Scioli argumentou que uma vitória do oposicionista significaria um desgaste aos programas sociais conquistados na última década. Macri, no entanto, se comprometeu a manter os benefícios lançados nos últimos governos, assim como a estatização de empresas como Aerolíneas Argentinas e a petrolífera YPF.

Jonathan Kreutzfeld

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