Um
terremoto de 6,2 graus de magnitude
atingiu em um epicentro próximo a Accumoli, com hipocentro-profundidade de 10 km (o que é considerado muito próximo
da superfície e sendo assim o efeito percebido na superfície é muito maior que
eventuais outros terremotos mais profundos e de maior magnitude).
Pequenas
cidades como Pescara del Tronto, Noccia e Amatrice foram muito atingidas. Até a
capital, Roma, sofreu um abalo moderado. As autoridades italianas confirmam até
agora 159 mortos.
A
província de Rieti, montanhosa e cheia de pequenas cidades, foi devastada. O
acesso das equipes de resgate é difícil porque muitas estradas foram
bloqueadas. O drama foi maior em Amatrice, de quase 3 mil habitantes.
A
cidadezinha fundada na Idade Média com mais de 100 igrejas históricas e que
entrou no ano passado na lista de vilarejos mais belos da Itália e agora virou
um monte de escombros. Segundo o prefeito, a cidade acabou. Ele diz que 80% dos
prédios desabaram total ou parcialmente e os demais apresentam danos
estruturais e podem ter que ser demolidos.
O
primeiro-ministro italiano visitou Amatrice e se disse impressionado com a
destruição. Matteo Renzi reconheceu que o número de vítimas ainda deve subir
significativamente. Dos mais de 150 mortos registrados até agora, dois terços
são de Amatrice.
Por que a Itália sofre
tanto com terremotos?
Embora
a Itália não esteja num local de convergência muito intensa de placas tectônicas
como ocorre na região do Himalaia, Andes ou Rochosas. O país se localiza muito
próximo das bordas das placas Eurásia e Africana algo bem parecido com a
situação do Japão que está na borda de quatro placas!
Histórico
Apesar
de ser mais suscetível a terremotos, a Itália não sofria um tremor de grande
intensidade havia quatro anos.
Em
maio de 2012, dois abalos ─ de 5.8 e 6.1 de magnitude ─ atingiram o norte do
país.
Mas
o pior tremor a atingir a Itália recentemente aconteceu em Áquila, em 2009. Naquele
ano, um terremoto de 6.3 de magnitude arrasou a cidade, deixando mais de 300
mortos e outros 1,5 mil feridos. Outras 65 mil pessoas ficaram desabrigadas.
O
de maior intensidade de que se tem registro no país ocorreu no início do século
passado, em 1905, segundo o monitoramento americano. Foi quando 557 pessoas
morreram após um tremor de 7.9 de magnitude atingir as comunas de Monteleone,
Tropea e Nonte Poro.
Mas
houve tremores ainda muito mais fatais. Um deles foi registrado em Nápoles, em
1980, com um saldo de 4.689 mortes.
Jonathan Kreutzfeld
Fonte:
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