sexta-feira, 1 de junho de 2018

Ideologia e Política: Esquerda x Direita


Esta é uma série de postagens de autoria dos alunos do Ensino Médio do Centro Educacional Timbó S/A (Cetisa) que visam contribuir com conceitos simples de cunho ideológico. As postagens são parte de textos apresentados em seminário realizado com os mesmos na disciplina de Geografia.

O objetivo do trabalho jamais foi o de definir algum conceito como absoluto, único e verdadeiro e sim debater o entendimento que se faz sobre os mesmos.

Jonathan Kreutzfeld


Organizadores: Henrique Simioni e Kaue Cadene

Alunos: Bryan Zanella, Giulia Sophia Doopiate, Jorge L. Marquardt Jr, Larissa L. R. Kopsh, Matheus Campestrini e Nicolle L. Minatti.

O que é ser esquerda:

Segundo a revista “Veja”, esquerda é o termo usado para denominar um posicionamento político, partidário e ideológico, que favorece o controle estatal da economia e a interferência ativa do governo em todos os setores da vida social, colocando o ideal igualitário acima de outras considerações de ordem moral, cultural, patriótica ou religiosa.

A política de esquerda é a favor do controle feito do Estado, através dos seus governos e defende que é a solução para que exista igualdade entre a população.

De acordo com essa ideia, o Estado deve ser o principal controlador do funcionamento de vários setores da sociedade, sendo responsável por proporcionar educação, saúde, trabalho e outros direitos básicos aos cidadãos.

A esquerda defende, principalmente, as classes sociais menos favorecidas na sociedade, ou seja, aquelas que necessitam de mais atenção e serviços públicos, que carecem de diversos recursos.

Os grupos de esquerda também são conhecidos por apoiarem sistemas de reformas sociais, como o socialismo e o comunismo.

Muitas vezes o termo esquerda é utilizado para se referir a um conjunto partidário que se opõe ao partido político que está no poder. Nesse sentido, direita pode ser o nome dado para grupos partidários que apoiam o grupo político que está no governo.

No Brasil, as lutas de ideologias entre os grupos de esquerda e de direita se intensificaram muito a partir do período da Ditadura Militar.
Nesse período as pessoas que apoiavam a ditadura e o regime militar eram consideradas de direita, enquanto as pessoas que defendiam o fim do regime ou a implantação do socialismo, eram classificados como de esquerda.

Há também a extrema esquerda, que apoia a submissão integral da sociedade a uma ideologia revolucionária personificada num Partido-Estado, a extinção completa dos valores morais e religiosos tradicionais, o igualitarismo forçado por meio da intervenção fiscal, judiciária e policial.

A extrema esquerda acredita que os sistemas desiguais devem ser abolidos pela revolução, a fim de estabelecer sociedades igualitárias, enquanto a centro-esquerda busca alcançar o igualitarismo dentro do próprio sistema democrático.

A extrema esquerda só se distingue da esquerda por uma questão de grau, pois ambas visam o mesmo objetivo.

Alunos: Ana Beatriz Pimentel Kretzschmar, Beatriz Grubert, Isabela Grubert, Luana Giovanella, Mariana Brito Gonçalves e Mikael Voigt

O que é ser direita:

Direita é a palavra utilizada para representar um posicionamento político, partidário ou ideológico. Nas Ciências Políticas a política de direita é marcada por características mais conservadoras em relação a aspectos sociais e de governo.


Esse termo surgiu durante a Revolução Francesa, no final do século XVIII. O termo direita era utilizado para se referir aos parlamentares que sentavam-se ao lado direito do presidente da Assembleia Nacional. Esses políticos, que defendiam ideais mais conservadores e tradicionalistas, debatiam com o grupo que sentava-se à esquerda do rei.

Pode se distinguir a direita da esquerda por meio do papel que o Estado deve exercer sobre a sociedade. Para a esquerda a redução da pobreza e a representatividade dos direitos de cada um ocorrem através da maior participação do Estado na vida social. Porém, para a direita é necessário a redução estatal como maneira de tirar as pessoas da pobreza, respeitando a liberdade individual dentro das regras estabelecidas pela sociedade, colocando o patriotismo e os valores religiosos e culturais tradicionais acima de quaisquer projetos de reforma da sociedade.

A direita compreende que a concentração de poderes na mão do Estado só aumentaria a pobreza e as injustiças. Haja vista, que o homem utilizaria o poder estatal em busca da resolução dos seus próprios interesses. Pode-se citar, o livro “A revolução dos bichos” como exemplo, já que retrata que, aqueles que antes lutavam contra a exploração dos mais ricos, ao conquistar o poder utilizam a máquina estatal ao seu favor e se distanciam dos mais pobres. Na prática, Cuba é um exemplo, visto que Fidel Castro desfrutava de um patrimônio bilionário e a sociedade civil vivia - e ainda vive - a pobreza e sem liberdade para acessar a Internet, viajar para fora do país ou criticar o governo.

Os regimes socialistas produziram miséria e mais de 100 milhões de mortes pelo mundo, ao contrário de regimes capitalistas, em que pessoas tem saído da pobreza, desde que a Revolução Industrial começou. Obviamente, a direita constata que ainda há muitas pessoas na miséria, entretanto acredita que a melhor maneira de tirar a população de pobreza é estimular a economia de mercado.

Todavia, é errôneo dizer que uma pessoa de direita não se sensibiliza com os mais pobres, pois em alguns casos esta defende ajudas assistencialistas, como é o caso do programa brasileiro Bolsa Família, que foi criado por Ricardo Paes de Barros, economista de direita, e colocado em prática por um partido de esquerda.

Portanto, a direita apoia a minimização do poder estatal sobre o cidadão e o livre mercado como forma de redução da pobreza, diminuição da corrupção e garantia dos direitos individuais liberais. Visto que, para a direita a meritocracia é essencial para tirar pessoas da miséria, uma vez que a premiação do mérito incentiva o ser humano a produzir riquezas para si, que consequentemente geram benefícios para toda a sociedade. Como no caso de Steve Jobs, que ficou milionário vendendo Apple, pensando primeiramente em satisfazer os seus objetivos, todavia em consequência favoreceu milhares de pessoas direta e indiretamente, devido a venda de seus produtos e geração de empregos em diversos setores.

Um outro erro é utilizar “direita” e “extrema direita” como se fossem sinônimos, já que existe uma diferença de essência entre as duas. Enquanto a direita busca liberdade pela redução da participação do estado na sociedade, a extrema direita é contra a liberdade individual e defende um estado totalitário para a organização da sociedade.

Dessa forma, a direita acredita que a todos deve ser dada a oportunidade para ter mais, entretanto acha que se os donos das empresas tiverem mais condições e mais possibilidades de fazerem crescer o seu negócio, vão poder pagar mais e dar emprego a mais pessoas. Consequentemente, se pagarem menos impostos, terão dinheiro para poupar ou consumir, e as famílias poderão pagar serviços, como Saúde, que para eles devem ser privatizados. E acham que o melhor para todos é que a sociedade mude pouco, por isso são apelidados de conservadores, já que são contra mudanças que ponham em causa os valores mais tradicionais ligados à família ou à religião.

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