Esta
é uma série de postagens de autoria dos alunos do Ensino Médio do Centro
Educacional Timbó S/A (Cetisa) que visam contribuir com conceitos simples de
cunho ideológico. As postagens são parte de textos apresentados em seminário
realizado com os mesmos na disciplina de Geografia.
O
objetivo do trabalho jamais foi o de definir algum conceito como absoluto,
único e verdadeiro e sim debater o entendimento que se faz sobre os mesmos.
Jonathan Kreutzfeld
Organizadores: Henrique Simioni e Kaue
Cadene
Alunos: Bryan
Zanella, Giulia Sophia Doopiate, Jorge L. Marquardt Jr, Larissa L. R. Kopsh,
Matheus Campestrini e Nicolle L. Minatti.
O que é ser esquerda:
Segundo
a revista “Veja”, esquerda é o termo usado para denominar um posicionamento
político, partidário e ideológico, que favorece o controle estatal da economia
e a interferência ativa do governo em todos os setores da vida social,
colocando o ideal igualitário acima de outras considerações de ordem moral,
cultural, patriótica ou religiosa.
A
política de esquerda é a favor do controle feito do Estado, através dos seus
governos e defende que é a solução para que exista igualdade entre a população.
De
acordo com essa ideia, o Estado deve ser o principal controlador do
funcionamento de vários setores da sociedade, sendo responsável por
proporcionar educação, saúde, trabalho e outros direitos básicos aos cidadãos.
A
esquerda defende, principalmente, as classes sociais menos favorecidas na
sociedade, ou seja, aquelas que necessitam de mais atenção e serviços públicos,
que carecem de diversos recursos.
Os
grupos de esquerda também são conhecidos por apoiarem sistemas de reformas
sociais, como o socialismo e o comunismo.
Muitas
vezes o termo esquerda é utilizado para se referir a um conjunto partidário que
se opõe ao partido político que está no poder. Nesse sentido, direita pode ser
o nome dado para grupos partidários que apoiam o grupo político que está no
governo.
No
Brasil, as lutas de ideologias entre os grupos de esquerda e de direita se
intensificaram muito a partir do período da Ditadura Militar.
Nesse
período as pessoas que apoiavam a ditadura e o regime militar eram consideradas
de direita, enquanto as pessoas que defendiam o fim do regime ou a implantação
do socialismo, eram classificados como de esquerda.
Há
também a extrema esquerda, que apoia a submissão integral da sociedade a uma
ideologia revolucionária personificada num Partido-Estado, a extinção completa
dos valores morais e religiosos tradicionais, o igualitarismo forçado por meio
da intervenção fiscal, judiciária e policial.
A
extrema esquerda acredita que os sistemas desiguais devem ser abolidos pela
revolução, a fim de estabelecer sociedades igualitárias, enquanto a
centro-esquerda busca alcançar o igualitarismo dentro do próprio sistema
democrático.
A
extrema esquerda só se distingue da esquerda por uma questão de grau, pois
ambas visam o mesmo objetivo.
Alunos: Ana Beatriz Pimentel Kretzschmar, Beatriz Grubert,
Isabela Grubert, Luana Giovanella, Mariana Brito Gonçalves e Mikael Voigt
O que é ser direita:
Direita
é a palavra utilizada para representar um posicionamento político, partidário
ou ideológico. Nas Ciências Políticas a política de direita é marcada por características
mais conservadoras em relação a aspectos sociais e de governo.
Esse
termo surgiu durante a Revolução Francesa, no final do século XVIII. O termo
direita era utilizado para se referir aos parlamentares que sentavam-se ao lado
direito do presidente da Assembleia Nacional. Esses políticos, que defendiam
ideais mais conservadores e tradicionalistas, debatiam com o grupo que
sentava-se à esquerda do rei.
Pode
se distinguir a direita da esquerda por meio do papel que o Estado deve exercer
sobre a sociedade. Para a esquerda a redução da pobreza e a representatividade
dos direitos de cada um ocorrem através da maior participação do Estado na vida
social. Porém, para a direita é necessário a redução estatal como maneira de
tirar as pessoas da pobreza, respeitando a liberdade individual dentro das
regras estabelecidas pela sociedade, colocando o patriotismo e os valores
religiosos e culturais tradicionais acima de quaisquer projetos de reforma da
sociedade.
A
direita compreende que a concentração de poderes na mão do Estado só aumentaria
a pobreza e as injustiças. Haja vista, que o homem utilizaria o poder estatal
em busca da resolução dos seus próprios interesses. Pode-se citar, o livro “A
revolução dos bichos” como exemplo, já que retrata que, aqueles que antes
lutavam contra a exploração dos mais ricos, ao conquistar o poder utilizam a
máquina estatal ao seu favor e se distanciam dos mais pobres. Na prática, Cuba
é um exemplo, visto que Fidel Castro desfrutava de um patrimônio bilionário e a
sociedade civil vivia - e ainda vive - a pobreza e sem liberdade para acessar a
Internet, viajar para fora do país ou criticar o governo.
Os
regimes socialistas produziram miséria e mais de 100 milhões de mortes pelo
mundo, ao contrário de regimes capitalistas, em que pessoas tem saído da
pobreza, desde que a Revolução Industrial começou. Obviamente, a direita
constata que ainda há muitas pessoas na miséria, entretanto acredita que a
melhor maneira de tirar a população de pobreza é estimular a economia de mercado.
Todavia,
é errôneo dizer que uma pessoa de direita não se sensibiliza com os mais
pobres, pois em alguns casos esta defende ajudas assistencialistas, como é o
caso do programa brasileiro Bolsa Família, que foi criado por Ricardo Paes de
Barros, economista de direita, e colocado em prática por um partido de
esquerda.
Portanto,
a direita apoia a minimização do poder estatal sobre o cidadão e o livre
mercado como forma de redução da pobreza, diminuição da corrupção e garantia
dos direitos individuais liberais. Visto que, para a direita a meritocracia é
essencial para tirar pessoas da miséria, uma vez que a premiação do mérito
incentiva o ser humano a produzir riquezas para si, que consequentemente geram
benefícios para toda a sociedade. Como no caso de Steve Jobs, que ficou
milionário vendendo Apple, pensando primeiramente em satisfazer os seus
objetivos, todavia em consequência favoreceu milhares de pessoas direta e
indiretamente, devido a venda de seus produtos e geração de empregos em
diversos setores.
Um
outro erro é utilizar “direita” e “extrema direita” como se fossem sinônimos,
já que existe uma diferença de essência entre as duas. Enquanto a direita busca
liberdade pela redução da participação do estado na sociedade, a extrema
direita é contra a liberdade individual e defende um estado totalitário para a
organização da sociedade.
Dessa
forma, a direita acredita que a todos deve ser dada a oportunidade para ter
mais, entretanto acha que se os donos das empresas tiverem mais condições e
mais possibilidades de fazerem crescer o seu negócio, vão poder pagar mais e
dar emprego a mais pessoas. Consequentemente, se pagarem menos impostos, terão
dinheiro para poupar ou consumir, e as famílias poderão pagar serviços, como
Saúde, que para eles devem ser privatizados. E acham que o melhor para todos é
que a sociedade mude pouco, por isso são apelidados de conservadores, já que
são contra mudanças que ponham em causa os valores mais tradicionais ligados à
família ou à religião.
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