Esta
é uma série de postagens de autoria dos alunos do Ensino Médio do Centro
Educacional Timbó S/A (Cetisa) que visam contribuir com conceitos simples de
cunho ideológico. As postagens são parte de textos apresentados em seminário
realizado com os mesmos na disciplina de Geografia.
O
objetivo do trabalho jamais foi o de definir algum conceito como absoluto,
único e verdadeiro e sim debater o entendimento que se faz sobre os mesmos.
Jonathan Kreutzfeld
Organizadores: Henrique Simioni e Kaue
Cadene
Alunos: Alunos: Andre Felipe Reiter, Barbara Maas, Gabriel
Rene Pegoretti e Luiza Lenzi
O que é ser liberal:
Entende-se por liberalismo a concepção de Estado em que
este tem poderes e funções limitados. As correntes liberais, que defendem o
liberalismo político, possuem diversas variações dependendo de seus
precursores. Dentre os nomes mais conhecidos estão John Locke, Montesquieu,
Rousseau e Adam Smith.
Surgiu durante o iluminismo, vindo de encontro ao
espírito absolutista. Ao longo da história, os Estados Liberais foram surgindo
como uma consequência do desgaste progressivo do poder absoluto do rei,
enquanto o absolutismo decai, surgem correntes liberais, que acabam se juntando
para instituir o Estado Liberal.
O liberalismo não significa necessariamente
conservadorismo moral. O adjetivo liberal é associado à pessoa que tem ideias e
uma atitude aberta ou tolerante, que pode incluir a defesa de liberdades civis
e direitos humanos. Já o conservador seria
aquele com um pensamento tradicional. Na política, o conservadorismo busca
manter o sistema político existente, que seria oposto ao progressismo.
Após a II Guerra Mundial, surgiram movimentos com
tendências democráticas que trouxeram de volta o liberalismo, com o objetivo de
reconstruí-lo no campo político e econômico.
Os seus
princípios fundamentais são a transparência, os direitos individuais e civis e
um governo consentido pelos governados, estabelecido por meio das eleições
livres, geralmente um governo democrático, e a igualdade da lei perante todos
os cidadãos.
Alunos: Caroline Bonin, Caio Oss-emer, Felipe Gustavo
Tancon, Maria Julia Tafner, Lucas Curtarelli e Luiz Gabriel da Silva
O que é ser conservador:
“O conservador
pensa na política como um meio de preservar a ordem, a justiça e a liberdade.”
Russell Kirk (1918 – 1994), teórico
político americano.
O
conservadorismo é um pensamento político que defende a manutenção das
instituições sociais tradicionais – como a família, a comunidade local e a
religião -, além dos usos, costumes, tradições e convenções. Os principais
valores do conservadorismo ocidental são a liberdade, política e econômica, e a
ordem, social e moral.
Para
o conservador, as tradições são a base de qualquer atuação política. Fornecendo
um início seguro que deve ser conservado, porém que deve ser discutido e
melhorado. O conservadorismo não acredita na bondade natural do homem, portanto
acredita que os hábitos e as tradições permitem que a sociedade funcione, de
modo que exigem valores morais de toda a população.
O
conservadorismo não é um conjunto de ideias fixas e definidas, afinal os
valores conservadores variam de acordo com o país e com a época. Conservadores
chineses e conservadores brasileiros podem defender ideias diferentes, por
exemplo, porém ambos são conservadores por estarem de acordo com as tradições
de suas sociedades.
A
diversidade é muito valorizada no conservadorismo, logo a igualdade social não
é considerada um objetivo da política conservadora. Entendem que a igualdade
política-jurídica (todos são iguais perante a lei) é suficiente na sociedade. E
que a desigualdade é natural, consequência inevitável das diferenças entre os
seres humanos.
Os
conservadores se opõem a movimentos revolucionários e a projetos que idealizam
uma sociedade. Porém, não são contra mudanças, apenas defendem que estas devem
ser feitas de forma cautelosa e gradual, sempre preferindo manter e melhorar as
instituições já conhecidas, tradicionais.
O
conservadorismo defende o individualismo na esfera econômica e a defesa da
propriedade privada, porque, para eles, a liberdade está ligada a independência
financeira. Entretanto, a defesa de uma economia de livre mercado não é assunto
de consenso entre conservadores, pois o conservadorismo tende a preservar a
identidade nacional. De forma geral, conservadores nacionais prefere políticas
econômicas desenvolvimentistas, nacionalistas e protecionistas.
Sobre
a política brasileira, em 2014 foi eleito o congresso mais conservador em cinco
décadas. E a sociedade também atingiu um ápice de conservadorismo tendo em
vista que em pesquisa realizada em 2016 pelo Ibope 54% dos brasileiros têm
posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto,
casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade
penal.
Na
atualidade, uma parcela da população brasileira considera o polêmico Jair
Bolsonaro um representante do conservadorismo brasileiro, entretanto, muitos
jornalistas defendem que este, e muitos outros políticos brasileiros, proferem
discursos vulgares que não respeitam o verdadeiro conservadorismo, e
desconhecem os verdadeiros princípios desse pensamento, que é amparado por uma
base filosófica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário