Série
de postagens de redações que atingiram nota máxima, considerando os critérios
do Enem e ou de importantes vestibulares do Brasil.
A
redação a seguir foi proposta e corrigida pelo professor Nardy Bechtold Júnior do terceiro ano do Ensino Médio do Colégio
Cônsul Carlos Renaux de Brusque.
Pelo incidente com o Museu Nacional
ter acontecido muito recentemente, dificilmente aparecerá no Enem 2018. No
entanto, pode aparecer em outras provas regionais que são finalizadas mais
perto da aplicação das mesmas.
Tema: “Patrimônio
Histórico Nacional”
Por
Isadora Bastiani

Como
já́ citado anteriormente, o incêndio do Museu Nacional não foi o primeiro
fruto da má́ distribuição dos gastos públicos
no Brasil, anteriormente vários outros patrimônios foram afetados por esse fator. Dentre
eles está o primeiro museu do mundo dedicado a uma língua, o Museu da Língua
Portuguesa, situado na cidade de São Paulo, que também foi dizimado pelas
chamas e ainda encontra-se em restauração. Sendo assim, tendo em vista o longo histórico
brasileiro de acidentes no que tange a centros históricos do país, conclui-se
que a responsabilidade pela perda do Museu Nacional não cai inteiramente sobre
o estado do Rio de Janeiro ou sobre a UFRJ, mas sim sobre o governo nacional
como um todo, já́ que foi o corte na verba cultural que acabou comprometendo a segurança do edifício.
Ademais,
vale ressaltar que o prédio que alojava o museu é o mesmo em que residiu a família
real durante o império no Brasil, fato que por si só́ já́ deveria assegurar a
sobriedade do local. Parte do descaso brasileiro para com patrimônios históricos
deve-se ao fato de que o não incentivo cultural está presente no país, caindo
novamente no primórdio de quase todos os problemas brasileiros, a falta de
investimento em educação. Uma população mal instruída não
conhece a história de seu país; logo, não irá despertar interesse pelo patrimônio cultural que a
cerca, e assim, como um efeito dominó, catástrofes históricas virão a
acontecer.
Dessarte,
tendo em vista os argumentos supracitados, as propostas interventivas a seguir
precisam ser concretizadas. Primeiramente, é nevrálgico que cada esfera
administrativa do país, tanto cidades quanto estados, designem verbas para a preservação do patrimônio histórico
nacional, desse modo, em âmbitos
menores haverá́ maior organização
para distribuir corretamente o dinheiro público. Paralelo a isso, cabe ao MEC
incluir na grade curricular nacional, o estudo antropológico da cultura
brasileira, formando, portanto, cidadãos com uma maior bagagem de conhecimento
sobre o seu próprio país, que assim chocar-se-ão com acontecimentos tão catastróficos
quanto esse. Afinal, como afirmou o escritor e jornalista brasileiro Monteiro
Lobato, “uma nação se constrói com
Homens e livros”.
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