Por Jonathan Kreutzfeld
Escrevo este texto em função de muitas perguntas que me fazem, alunos e ex-alunos, principalmente. Me perguntam coisas de todo o tipo, muitas das quais não tenho formação suficiente para responder, outras relacionadas à falta de previsões sobre o que vai ser dessa epidemia, em especial, questões econômicas do pós pandemia.
Escrevo este texto em função de muitas perguntas que me fazem, alunos e ex-alunos, principalmente. Me perguntam coisas de todo o tipo, muitas das quais não tenho formação suficiente para responder, outras relacionadas à falta de previsões sobre o que vai ser dessa epidemia, em especial, questões econômicas do pós pandemia.
Falar de economia sempre
traz questões delicadas e polemicas e sei que, o que vou escrever, apesar de
não ser absolutamente nenhuma novidade, pode causar certo tipo de revolta.
É bastante nítido, que não
apenas no Brasil, mas em todo o mundo os cofres públicos serão esvaziados,
tanto pela baixa arrecadação quanto pela priorização da saúde e a manutenção do
funcionalismo. No setor privado, algumas atividades terciárias, como parte do
comercio, por exemplo, não conseguirão se adaptar ou perderão importância. O
reflexo, obviamente é desaquecimento econômico, com menos renda, menos consumo,
maior desemprego.
A pobreza que já é gigantesca
tende a aumentar e apenas os que tiverem cautela, aliada a alguma educação financeira,
conseguirão atravessar a crise. E isso não significa não reduzir ganhos. Todos
estamos sujeitos a queda de receita e é preciso se adaptar, reduzindo também os
custos. Cautelosos já estão reavaliando os gastos fixos e os desnecessários e
entendendo que o momento é de enxugar.
Entretanto, vale ressaltar
que não apenas grande parte da população não tem preparo para isso, como tira
seu sustento de atividades que serão consideradas obsoletas ou desnecessárias. Somado
a tudo isso, muitos países tendem a descentralizar sua produção que atualmente
é muito focada na Ásia devido aos baixos custos, de volta para seus países. O
que parece uma boa notícia, uma vez que geraria empregos, impostos, etc, também
traz reflexos negativos já que o regime escravo de produção que encontramos por
lá é muito mais barato do que produzir perto de casa. Ou seja, teremos algum
espaço para mão-de-obra menos qualificada, porém, com valores de produção muito
mais altos, impactando no consumo.
É importante citar, claro,
que a crise também é essencial para o desenvolvimento e avanço de algumas áreas,
como a própria educação on-line, até então inimaginável nas proporções que
vemos hoje. Uma tendência que há anos vinha sendo testada em pequenas
proporções hoje se mostra como uma alternativa viável e porque não dizer irrevogável
para algumas situações específicas. A grande pergunta é, que parcela da população
está preparada, consegue ser impactada e incluída nessa possibilidade? Quem
efetivamente consegue avançar e crescer neste mercado? Uma faixa restritíssima,
sem dúvida.
O fato é que nunca sofremos tamanha crise, desde que o mundo é altamente globalizado. E questões que nos pareciam superadas, como a interferência do Estado na vida cotidiana, ganham proporções inimagináveis. Foi assim em 1929, em 2008 e ao que tudo indica, neste desafio que será ainda maior para enfrentar.
O fato é que nunca sofremos tamanha crise, desde que o mundo é altamente globalizado. E questões que nos pareciam superadas, como a interferência do Estado na vida cotidiana, ganham proporções inimagináveis. Foi assim em 1929, em 2008 e ao que tudo indica, neste desafio que será ainda maior para enfrentar.
O mundo continuará sim, globalizado,
mas com fortes tendências nacionalistas que irão modificar completamente a
relação com o capital, principalmente no ocidente.
Sim, Jonathan. Concordo. As pessoas podem esperar ( talvez a minoria assim fará), se adaptar ( a maioria é assim, tbém porque não foi habilitada a produzir o melhor de si mesmo), ou criar/inovar/se empenhar ativamente para ser posicionar melhor nesse momento de fortes mudanças ( uma muito pequena minoria o fará. São os atuais líderes, que no passado já deram esse passo e, agora os futuros líderes serão identificados). Onde se posicionar é escolha de cada um.
ResponderExcluirMuito obrigado Wolfgang!
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