quinta-feira, 7 de maio de 2020

Redação Nota 1000 – Ódio e Polarização Política


Série de postagens de redações que atingiram nota máxima, considerando os critérios do Enem e ou de importantes vestibulares do Brasil.

A redação a seguir foi proposta e corrigida pelo professor Nardy Bechtold Júnior do terceiro ano do Ensino Médio do Colégio Cônsul Carlos Renaux de Brusque.

Tema: “Ódio e polarização política”

Por: Bernardo Zen
     
Embora o mundo esteja cada vez mais conectado e a informação paulatinamente mais difundida, efetua-se evidente que o ódio e a polarização política configuram-se como assuntos relevantes em âmbito nacional, quiçá, global. Nesse ínterim, com origem em tempos pretéritos a radical divisão de ideologias políticas assola o progresso brasileiro, tendo vindo à tona nas manifestações de junho de 2013 e agravando-se nas eleições presidenciais de 2018. Dessarte, duas problemáticas merecem atenção: o reflexo da polarização nas decisões do Congresso Nacional; e, depois, a falta de instrução política no ensino brasileiro.

Precipuamente, torna-se notável os prejuízos causados pela divergência extrema de ideologias aos setores gerenciadores do Brasil. Na esfera legislativa, dentre o Congresso Nacional, as opiniões políticas têm sido cada vez mais motivadoras de ataques pessoais entre senadores e deputados durante as sessões. Nesse viés, as ofensas tomam lugar de discussões pertinentes, gerando impasses para a aprovação de leis e reformas. Desse modo, evidencia-se que a confinação de ideologias à extremos, como direita e esquerda, apenas atrasa e prejudica o desenvolvimento brasileiro.

Obstante isso, segundo pesquisas do instituto Ipsos, sediado na França, 32% dos brasileiros entrevistados consideram inútil dialogar com pessoas de visão política diferente. Tal dado salienta um déficit da educação brasileira: a alienação e o analfabetismo político. Nesse hiato, fica claro a ignorância de grande parte da população, pois a negação do debate com o divergente resulta na intolerância, causa de inúmeras mortes, além de gerar indivíduos alienados, esquecidos de que os políticos devem servir ao povo e não o contrário.

Por conseguinte, faz-se nevrálgico apresentar solução para o ódio e a polarização ideológica difundidos no Congresso Nacional e a carência de educação política no Brasil. Sob essa óptica, cabe ao Ministério da Educação oferecer instrução política para todos os níveis do ensino, por meio de aulas inseridas nas matérias de Sociologia, Filosofia e História; ou seja, proporcionar momentos de debates e reflexão, sempre promovendo o respeito e combatendo o extremismo. Logo, a nação brasileira terá uma população consciente e superará as diferenças de pensamento em respeito às individualidades; afinal, parafraseando o filósofo alemão Kant, o homem é aquilo que a educação faz dele.

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