sexta-feira, 29 de abril de 2011

R$ 2,99 O LITRO DA GASOLINA É UM ABSURDO!!!

E aí??? Você é mais um cidadão indignado com essa palhaçada que virou os preços dos combustíveis?

R$ 2,99 O LITRO DA GASOLINA É UM ABSURDO!!!

Então vamos nos unir e mostrar para esses oportunistas que quem manda nessa palhaçada, somos nós consumidores.

A ideia é ir aos postos e abastecer R$ 0,50 (cinquenta centavos) e pedir a nota fiscal. O valor pago pelo posto pela nota fiscal é maior do que os 50 centavos abastecidos, gerando então um prejuízo para o posto, além de travar o funcionamento normal do estabelecimento.

CHEGA DE EXPLORAÇÃO, VAMOS PAGAR NA MESMA MOEDA!

Chame todos que estão se sentindo lesados (ou seja, todo mundo), e faça parte desse protesto.

Estamos em definição para a data do protesto, muito em breve vamos avisar a todos, o pré-encontro será em frente a Vila Germanica (Proeb), de lá partiremos para os postos determinados. (Chegue e ligue seu pisca-alerta)

Leve apitos, nariz de palhaço, faixas e tudo mais que a criatividade e sua indignação mandar. E NÃO ESQUEÇA LEVE NOTAS DE R$50,00 OU R$100,00 PARA ABASTECER SEU CARRO, OU CARTÃO DE CREDITO.

Use a tag #namesmamoedablu no TWITTER para confirmar sua presença no proteste já de Blumenau.

Qualquer dúvida entre em contato pelo e-mail protestoblumenau@gmail.com
Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=2211094035531865345&rl=t
Twitter: http://twitter.com/NaMesmaMoedaBLU

Mas péra lá! Se você acha que isso é só mais protestozinho que não vai dar em nada, continue aí em frente o computador “xingando muito no twitter” enquanto as raposas fazem a festa com o dinheiro que sai do seu bolso.

Manteremos todos informados! Obrigado

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Gasolina cara demais

Preços da gasolina, etanol e GNV irão aumentar em maio em Santa CatarinaReajuste é consequência da atualização da tabela utilizada pela Secretaria da Fazenda para cobrar o ICMSFelipe Pereira | felipe.pereira@diario.com.br
Acredito que não exista pessoa que depende de carro para se locomover que não está preocupada com o valor que estamos pagando pelo combustível. Isso mesmo, tem gente que realmente depende do carro para se deslocar, vários lugares diferentes no mesmo dia...
Em especial a revolta aumenta quando percebemos que no Vale do Itajaí, mais precisamente em Blumenau, o valor NÃO TEM DIFERENÇA de posto para posto o que caracteriza um baita CARTEL que é crime, mas afinal quem disse que ser crime é limite neste país...
Vejam matéria que explica as desculpas esfarrapadas de um governo burro que diz que tem o que nunca teve e de postos de gasolina bandidos que se fazem de coitados aumentando os valores antes mesmo de receber gasolina com preço novo....

Jonathan Kreutzfeld

Preços da gasolina, etanol e GNV irão aumentar em maio em Santa Catarina

Já está virando rotina. Os combustíveis sofrerão novo reajuste a partir de maio nos postos de Santa Catarina. Os aumentos podem chegar a R$ 0,06 no litro do etanol, R$0,05 na gasolina e R$ 0,02 no metro cúbico do gás natural veicular (GNV). Apenas o diesel não será afetado.


Desta vez, o reajuste é consequência da atualização da tabela utilizada pela Secretaria da Fazenda para cobrar o ICMS sobre combustíveis. Essa tabela utiliza como referência o preço médio do litro no Estado levantado em pesquisa quinzenal da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A última refletiu o que os consumidores já sentem no bolso: a disparada dos preços na bomba. A única exceção é o diesel, como explica Achilles César Casarin Silva, coordenador do Grupo de Especialistas em Combustíveis e Lubrificantes da Fazenda.

Veja em infográfico o peso dos tributos na gasolina

De acordo com a pesquisa no site da ANP (www.anp.gov.br), o álcool subiu R$ 0,29, a gasolina, R$ 0,17, e o GNV, R$ 0,18. O preço de tabela da gasolina, por exemplo, subirá de 2,71 para R$ 2,88 no dia 1º de maio. Como o estudo demora de alguns dias para ser publicado, só agora o ICMS vai incidir sobre os novos preços praticados no mercado.

Achilles ressaltou que a alíquota do ICMS é fixa — 25% para o álcool e gasolina e 12% para o GNV. Ou seja, o preço vai subir não porque o governo está aumentado a fatia de impostos (a carga hoje chega a 38,2% do valor médio da gasolina praticado no Estado), mas sim porque a alíquota será aplicada aos preços mais altos de combustíveis. Ele acredita que um recuo ocorra apenas no final de maio, quando deve chegar a SC o álcool da nova safra de cana do interior de São Paulo, principal produtor do país, baixando preços. Hoje, o álcool anidro é o maior vilão dos reajustes. Ele representa 25% da composição da gasolina C, aquela que é vendida nos postos.

Para Roque André Colpani, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Litoral Catarinense, a lógica dos donos de postos deve ser a de repassar os novos valores aos consumidores. Ele argumenta que a diferença é muito grande para ser absorvida pelos empresários, mas cada estabelecimento tem autonomia e pode tomar a decisão de absorver o impacto do tributo no preço final.

Governo catarinense descarta reduzir ICMS

Achilles descarta a possibilidade de o governo catarinense reduzir temporariamente a fatia do ICMS que incide sobre os combustíveis. O setor é a maior fonte de ICMS do governo do Estado. São recolhidos quase R$ 10 bilhões anualmente, 20% do montante total. Por sua vez, o imposto representa 80% da arrecadação catarinense. Segundo ele, os reajustes são consequência de fatores de mercado e não têm qualquer relação com os impostos cobrados. Há 10 dias, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, sinalizou que o Planalto poderia reduzir a Cide, tributo federal que representa, hoje, R$ 0,17 por litro. Até o momento o discurso não saiu do papel.

Vendas racionadas ao Estado

Santa Catarina está entre os oitos estados brasileiros que sofrem com o racionamento de gasolina. A razão é o aumento no consumo de gasolina e a falta de álcool anidro para misturar a este combustível. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Litoral Catarinense, Roque André Colpani, disse que os donos de postos tentam fazer estoque, mas para evitar o desabastecimento as distribuidoras estão limitando as vendas.

Elas têm um banco de dados com a quantidade comercializada por cada estabelecimento e não fornecessem mais que o necessário. Como não estão protegidos por acordos com grandes distribuidoras os donos de postos de bandeira branca, sem contrato com grandes redes, correm maior risco de ficar sem produto. No feriado de Páscoa muitos não tinham gasolina para vender.

Roque afirmou que a situação deve ser normalizada nos próximos dias porque até 30 de abril está prevista a chegada ao país de navios com produto importado. Somente em abril, a Petrobras trouxe para o Brasil 1,5 milhão de barris de gasolina comum. Em todo o ano passado, foram 3 milhões de barris.

O presidente do sindicato catarinense disse que aumento no consumo de gasolina é consequência da preferência dos motoristas de carros flex. Como o preço está muito próximo ao álcool ele optam por aquele com maior autonomia. O Sindicato Nacional das Distribuidoras informou que no último mês as vendas do produto cresceram 30% (600 milhões de litros semanais) na comparação com o mesmo período do ano passado. O racionamento de combustíveis afeta outros sete estados: Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, São Paulo, Goiás, Tocantins e Piauí.


Link de Origem: http://www.clicrbs.com.br/especial/sc/jsc/19,0,3290282,Precos-da-gasolina-etanol-e-GNV-irao-aumentar-em-maio-em-Santa-Catarina.html

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Santa Catarina - Pólos Econômicos

Mais adiante disponibilizo informações por região e mais "gordinhas" com relação a alguns setores mais importantes da economia catarinense.

Jonathan Kreutzfeld

Pólos econômicos (Por setor)

Com base nos dados de http://www.santacatarinabrasil.com.br/pt/polos-economicos



• Pólo agroindustrial

Envolve mais de 2,9 mil indústrias, que empregam 76 mil pessoas, e concentra a maior parte da produção de alimentos do Estado. O complexo agroindustrial responde por 38% das exportações catarinenses. São quase US$ 1 bilhão anuais em carnes de frango e suínos. A pecuária é intensificada no oeste.

• Pólo moveleiro / florestal / madeireiro

Abriga o maior parque moveleiro da América Latina, gerando postos de trabalho a 99 mil pessoas e atingindo exportações que ultrapassam a casa dos US$ 800 milhões anuais – quase um quarto do total comercializado por Santa Catarina.

• Pólo eletro-metal-mecânico

Formado por mais de 4,5 mil indústrias, é responsável por 23,5% das transações internacionais do Estado, contribuindo com cerca de US$ 700 milhões para a balança comercial. Conta com 86 mil empregados.

• Pólo têxtil / vestuário

Maior concentração de indústrias do setor na América Latina – 6.444, das quais 26 de grande porte –, considerada a segunda maior do mundo. O segmento exporta acima de US$ 260 milhões (6,7% do volume estadual) e, dos setores industriais, é o que emprega mais gente: 124 mil pessoas.

• Pólo mineral

Os segmentos carbonífero e cerâmico, juntos, têm mais de 2.100 empresas e representam 4,6% das exportações do Estado (US$ 141 milhões). Das indústrias de cerâmica catarinenses saem 60% da produção brasileira de pisos e revestimentos.
Com quase 47% do total nacional, Santa Catarina é também o maior produtor de carvão mineral do País.

• Pólo tecnológico

O Estado tem mais de 1.500 empresas de tecnologia, que faturam R$ 1 bilhão ao ano e empregam 13 mil trabalhadores. Grande parte do setor está concentrada em Blumenau, Florianópolis e Joinville.

• Pólo Pesqueiro

Segundo levantamento da Associação Brasileira de Construtores de Barcos (Acobar), de 2005, existem oficialmente, em Santa Catarina, 41 estaleiros de barcos de pesca, com 2,2 mil empregados. A pesca artesanal envolve 6,1 mil embarcações e 25 mil pescadores que capturam 21 mil toneladas de pescado, movimentando R$ 95 milhões. Estão registradas 12,6 mil embarcações de pesca, 748 de passageiros, 14,7 mil de esporte e recreio, 58 marinas e iate clubes e 49 oficinas de náutica e lojas.

• Pólo turístico

Santa Catarina recebe no verão mais de 3 milhões de turistas – incluindo os 500 mil catarinenses que viajam dentro do próprio Estado – e arrecada em torno de US$ 780 milhões. Há 2 mil meios de hospedagem instalados, com capacidade de 200 mil leitos. O setor gera 150 mil empregos diretos e indiretos.
Os municípios que mais atraem visitantes são Florianópolis, Balneário Camboriú, Blumenau e Joinville, mas os atrativos turísticos estão distribuídos por todo o Estado, inclusive na serra catarinense que não é tão divulgada quanto à gaúcha, mas oferece hospedagem de qualidade e paisagens naturais belíssimas.

Virose

Tô tão cabrero com essa coisa que prefiro fazer um post sobre essa coisa que me incomoda há 1 semana e infectou muita gente que conheço. Parece coisa de criança. Ao menos eu achava que virose era coisa de criança pequena, mas está aí então acho que é bom se informar sobre essa coisa chata.

O que é virose?

Primeiro, vale dizer que toda doença provocada por um vírus pode ser chamada de virose. ''É uma maneira genérica de chamar doenças quando não se consegue confirmar o vírus causador'', diz o infectologista Orlando Gomes da Conceição.

Ao se descobrir o vírus, aí, sim, o problema é chamado pela denominação específica: dengue, catapora e herpes são viroses. A gripe também: ''O vírus influenza sofre mutações, por isso pegamos gripe várias vezes na vida'', diz Marcelo Ferreira, da Sociedade Brasileira de Infectologia.

No verão, no entanto, as viroses mais comuns são as gastrointestinais - aquelas que fazem mal ao trato digestivo, causando diarreia e enjoo. É sobre elas que falaremos.

Quais as mais comuns?

Entre as viroses gastrointestinais que afetam o intestino, o estômago, a boca, o reto e o ânus há dois tipos mais comuns. Conheça-os:

Rotavírus - ''É uma doença disseminada e fácil de ser transmitida. Por isso, raramente alguém chega à idade adulta sem entrar em contato com o vírus'', diz o infectologista Gustavo Johanson. Existe uma vacina para crianças a ser aplicada em duas doses: a primeira aos 2 meses e a segunda, aos 4.

Norovírus - Menos comum que o rotavírus, pode ser contraído em qualquer idade e causar surtos de gastroenterite (acontece quando uma família inteira viaja e todos voltam com diarreia).

O que ela provoca?

Todos os tipos de virose gastrointestinal têm sintomas bem parecidos. São eles: diarreia, vômito, mialgia (dores no corpo), dores abdominais e, em muitos casos, febre. Geralmente, o doente sente tudo isso durante um período de três a cinco dias. Vale dizer que a virose pode, sim, ser grave, já que vômitos e diarreia excessiva levam a quadros de desidratação. Por isso, é importante beber muito líquido - principalmente as crianças, que sofrem ainda mais com a perda de água do corpo.

Como ocorre o contágio?

Qualquer um é suscetível a ser infectado por viroses, principalmente através do contato com outras pessoas e secreções. Aliás, as doenças virais estão presentes ao longo de todo o ano. No inverno, elas se espalham pelo ar, pois todos tendem a ficar em espaços fechados.

No verão, o maior risco de contaminação está na ingestão de alimentos ou água contaminada. "Também há disseminação do vírus através de meios aquáticos, como mar, piscinas e lagoas", explica o infectologista Jean Gorinchteyn. Isso acontece porque muita gente libera secreções na água, como fezes,e basta alguém engolir um pouco dessa água para pegar o vírus.

Como devo tratar?

Receita de soro caseiro

O tratamento contra a virose gastrointestinal deve ser sintomático (trata os sintomas). Tome analgésico para dor no corpo e antitérmico em caso de febre - conforme a orientação médica! O essencial mesmo é hidratar-se, tomando bastante líquido - água e água de coco são boas opções.

Em casos de diarreia intensa, com risco de desidratação severa, o ideal é tomar o soro. É possível comprá-lo em farmácias ou fazê-lo em casa.

Receita de soro caseiro: 1 litro de água filtrada ou fervida, 1 colher (sopa) de açúcar, 1 colher (chá) de sal. Misture tudo e beba. O sabor deve ser parecido com o da lágrima, ou seja, nem doce nem salgado.

Como posso prevenir?

1. Tome cuidado ao se alimentar. Não tome água ou compre alimentos sem saber a sua procedência.

2. Beba água mineral ou previamente fervida.

3. Lave sempre as mãos, principalmente antes das refeições e depois de ir ao banheiro.


Fonte: M de Mulher

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Energia nuclear: Bom ou Ruim?

Eu estava em busca de informações provenientes de cientistas a respeito do assunto então encontrei na revista Comciência. Achei muito interessante pois tem a argumentação por opniões distintas e isto é muito importante.

A visão científica sobre a energia nuclear

Perguntamos a duas das maiores autoridades sobre energia nuclear no Brasil, os físicos José Goldemberg e Rogério Cézar Cerqueira Leite, a sua opinião sobre algumas questões centrais envolvendo o tema. Leia as respostas:

1. A energia nuclear é indispensável no país?

José Goldemberg - Energia nuclear para a produção de eletricidade não é indispensável para o País. Ela é útil contudo na área de aplicações médicas e industriais mas para isso os reatores nucleares de pesquisa (de baixa potência) são suficientes
Rogério Cerqueira Leite - A energia nuclear é uma forma primária de energia que só pode ser aproveitada, dentro dos limites atuais da tecnologia, se transformada em eletricidade que por sua vez deverá ser transformada em outra forma de energia aproveitável para a humanidade, tais como calor, energia mecânica, luz. Ela compete, portanto, com outras formas de energia primária para a produção de eletricidade (eletricidade é apenas um vetor, um meio de transporte de energia). Para decidirmos se precisamos ou não de energia nuclear devemos compará-la com outras formas de energia primária que também servem para produzir eletricidade, sob aspectos diversos tais como econômico, segurança, ecológico, sociológico, etc. Para complicar a questão, praticamente qualquer forma de energia natural dispõe de tecnologias confiáveis para transformação em eletricidade. São concorrentes da energia nuclear, sob este aspecto limitado, o petróleo, a biomassa, o carvão, o gás natural (energias químicas), os recursos hídricos, ventos, marés (energias mecânicas), a luz solar (energia luminosa) etc. Entre estes, os concorrentes tradicionais da energia nuclear são o carvão, o petróleo, o gás natural e a hídrica. Os Estados Unidos abandonaram a opção nuclear não apenas por causa dos custos, mas também porque dispõem de carvão em abundância. O carvão é mais seguro, mas questões de poluição ainda permanecem, embora o progresso recente, sob este aspecto, seja significativo. A Alemanha abandonou, recentemente, e pela segunda vez, a energia nuclear não somente pelos custos imprevisíveis dos processos de decomissionamento e armazenamento do lixo radioativo, mas também por apreensão quanto à questão de segurança. Sob nenhum aspecto parece que para o Brasil deva ser a energia nuclear preferível. Em primeiro lugar sob o aspecto financeiro. Ela é mais cara que qualquer outra tanto para grandes blocos de eletricidade, quanto para geração localizada. Esta afirmativa se torna inquestionável quando consideramos os custos de decomissionamento e de disposição dos rejeitos.

2. Quais as alternativas energéticas do país?

Goldemberg - As alternativas tradicionais são a energia hidroelétrica e a produção de eletricidade a partir de usinas termoelétricas a gás. Não há problemas de abastecimento no Brasil mas problemas de planejamento. Na pior das hipóteses poderá ser importada energia da Argentina. O uso das outras alternativas (vento, fotovoltaicas e biomassa) ainda são incipientes no País mas poderiam representar um maior papel.
Cerqueira Leite - Hoje parece evidente que muitas fontes de energia primária deveriam colaborar para suprir as necessidades nacionais de produção de eletricidade, embora também seja evidente que por muito tempo esta necessidade ainda continue a ser suprida pelo abundante potencial hídrico ainda disponível. A opção da atual administração para compensar o problema de geração concentrada em pontos distantes das zonas de consumo foi a adoção do gás natural. Esta opção, ao contrário da energia nuclear, tem custos de investimentos baixos, mas custos de produção elevados. É, portanto, uma escolha oportunista, pois produzirá energia elétrica a custos muito mais elevados que os atuais. Todavia, o gás natural é pouco poluente em comparação ao petróleo e ao carvão e não é mais caro que estas duas últimas alternativas. O problema é que as reservas medidas e inferidas do único fornecedor seguro, a Bolívia, são muito limitadas, o que transforma em risco econômico elevado esta opção. Uma revisão das verdadeiras potencialidades do sistema hidrológico nacional é fundamental. Outras fontes como a eólica, a solar e a biomassa (principalmente bagaço da cana) são quantitativamente limitadas, mas podem também concorrer parcialmente, pois são economicamente competitivas com a nuclear e menos poluentes.

3. Numa escala de riscos humano e ambiental, quais as fontes energéticas mais e menos seguras?

Goldemberg - Todas as fontes de energia tem problemas ambientais e ameaças de riscos a seres humanos mas uma possível ordenação na ordem crescente de problemas é: energia hidroelética energia termoelétrica gerada pela queima de madeira energia termoelétrica a gás energia termoelétrica a carvão ou petróleo energia nuclear
Cerqueira Leite - Não há produção de energia que não signifique uma intervenção no meio ambiente. A captação de energia solar evoluiu e a ocupação de grandes áreas que deixam de receber o Sol é significativa. Esta sombra é uma forma de poluição. Mas esta seria a forma menos poluente que podemos imaginar. Em segundo lugar, temos a energia eólica cujo maior mal é uma redistribuição de ventos o que, portanto, se usada em larga escala, pode intervir em micro climas. Mas solar e eólica são opções absolutamente seguras. A hidroeletricidade tem como maior inconveniente a necessidade de represamento freqüente alterando o ecossistema local. Às vezes, essas alterações são benéficas mas frequentemente provocam mudanças violentas no sistema. São, entretanto, contornáveis esses danos, se houver um planejamento adequado para toda a bacia hidrológica e percepção da questão ambiental. Qualquer opção que envolva combustível fóssil resultará em aumento do efeito estufa. Por unidade de massa de gás carbônico emitido por unidade de energia produzida o carvão será pior que o petróleo, que, por sua vez, é pior que o gás natural. Quanto à poluição local devido à contaminação do combustível por enxofre e outros poluentes, a hierarquia é a mesma. A biomassa é muito menos poluente pois não contribui para o efeito estufa e emite menores índices de poluentes químicos. Quanto à segurança, as formas tradicionais e alternativas (fósseis, hídrica, biomassa, solar) de conversão para eletricidade são equivalentes e satisfatórias. A ocorrência de acidentes é comparável a qualquer outra das formas de utilização de máquinas convencionais, e depende apenas dos cuidados costumeiros na operação. É sob este aspecto que a energia nuclear difere das demais, pois as consequências são catastróficas, embora muitos especialistas acreditem que a probabilidade de acidente seja baixa. Basta um Chernobyl, qualquer que tenha sido a sua causa, para condenarmos a energia nuclear definitivamente. É claro que se houver ameaça de extinção da humanidade por falta de energia, ou de sofrimento comparável àquele provocado pelo acidente de Chernobyl, então deveríamos assumir o risco.

4. Anunciada a desativação do programa energético nuclear na Alemanha, isso pode ter alguma influência no Brasil dado que aqui foi adotado o sistema alemão?

Goldemberg - Sim porque as usinas nucleares brasileiras (Angra 2 e 3) foram produzidas na Alemanha. Com a desativação gradual da indústria nuclear alemã haverá dentro de alguns anos problemas em obter peças e equipamentos de substituição. É o mesmo que ocorre quando se compra um carro cuja linha de produção foi desativada pela fábrica que o produziu.
Cerqueira Leite - É pouco provável que a desativação do programa nuclear alemão afete tecnicamente a operação de Angra. Devemos lembrar, no entretanto, que o histórico de usinas nucleares que tiveram sua construção interrompida por tanto tempo quanto Angra, é muito ruim. Jamais operaram adequadamente, como aliás já vem ocorrendo com Angra 1 que também teve atrasos, embora não tão longos quanto os de Angra 2.

5. Do ponto de vista econômico é possível recuperar os investimentos feitos em Angra2 até agora?

Goldemberg - Não. Grande parte do custo foi absorvido pelo Tesouro, incluindo juros. A única coisa que é possível recuperar é o custo de operação.
Cerqueira Leite - Os investimentos feitos em Angra 2 (6 bilhões de dólares) dificilmente seriam recuperados nos 20 ou 25 anos de vida que têm, em média, reatores deste porte. Mas o faturamento talvez seja suficiente para pagar o decomissionamento do sistema e o tratamento do lixo nuclear.

6. O Brasil tem efetivamente o domínio de todo o ciclo?

Goldemberg - Não inteiramente porque as usinas de enriquecimento não atingiram ainda plena escala industrial.
Cerqueira Leite - O ciclo do combustível se constitui de 3 etapas, além da extração e da concentração do urânio. A primeira etapa que é aquela referente ao enriquecimento do urânio foi dominada a nível de planta piloto mas arrisca ser perdida por falta de continuidade das pesquisas. A segunda etapa, a construção de reatores, foi interrompida ainda em nível laboratorial. Decididamente, não detemos a tecnologia de produção de reatores. A terceira fase do ciclo é constituída dos processos de tratamento do combustível usado e recuperação do urânio, do plutônio e de outros derivados economicamente interessantes. Não chegamos sequer a tentar dominá-lo, exceto por algumas iniciativas extemporâneas esparsas e sem resultados tecnológicos e econômicos aceitáveis.

7. Se fossem desativadas Angra1 e Angra2 que conseqüências isso traria para o país?

Goldemberg - Poucas, juntas elas fornecem menos de 3% de eletricidade do País e um melhor planejamento da Eletrobras poderia suprir sua falta.
Cerqueira Leite - Angra 2 ainda não entrou em operação e Angra 1 não é confiável. Resta a promessa futura de uma participação no sistema elétrico nacional que seria de uns 3% em potencial instalado. Se um dia vierem a funcionar.

8. A questão da energia nuclear tem um demônio intrínseco ou é mais uma questão de gerenciamento e gestão do sistema com normas de segurança eficazes?

Goldemberg - Energia nuclear tem 3 demônios intrínsecos: riscos de acidentes de grande vulto como Chernobyl, o problema do armazenamento do lixo radioativo e os problemas referentes à proliferação de produtos que podem permitir a produção de armas nucleares.
Cerqueira Leite - Gerenciamento e normas, além de instrução adequada e consciência são fatores que podem enjaular o demônio. Mas qualquer negligência, ou erro humano pode liberá-lo, e os operadores são humanos. Às vezes até as máquinas se comportam como os humanos e se enganam. O risco sempre existirá, como em qualquer outra atividade humana por maior que seja a automatização e por melhores que venham a ser os mecanismos de salvaguarda.

Fonte: http://www.comciencia.br/reportagens/nuclear/nuclear11.htm

Energia nuclear

O processo de obtenção de energia elétrica nas usinas nucleares é feito por meio de reações nucleares controladas, que ocorrem dentro de um reator. Este tipo de obtenção de energia é utilizado em países que não possuem outros meios mais fáceis tão abundantes, como a energia hidrelétrica no Brasil.


Além disso, reatores nucleares também estão presentes em submarinos, já que este tipo de energia é mais limpa e os combustíveis ocupam muito menos espaço – algo essencial em um submarino.
Basicamente, o processo de obtenção de energia elétrica nas usinas nucleares está dividido em duas etapas: a reação nuclear controlada e a movimentação de turbinas e geradores elétricos. De forma geral, os reatores nucleares fervem água para que o vapor mova uma turbina, a qual acionará um gerador e produzirá a energia elétrica.
A reação nuclear ocorre, claro, dentro dos reatores. Existem dois processos possíveis para a obtenção de energia: a fusão nuclear, em que dois mais núcleos se unem, ou a fissão, em que um núcleo maior se divide em dois ou mais núcleos. Ambos os processos liberam uma grande quantidade de energia, mas a fissão – e especificamente do isótopo urânio-235 – é a mais utilizada nas usinas do mundo.

São realmente necessárias? Quando utilizar ?
Segundo dados de março de 2011 da Associação Mundial Nuclear, o mundo possui 443 reatores em operação e um total de quase 70 mil toneladas de Urânio. Entre os principais paí­ses que utilizam a energia nuclear estão os EUA (104 reatores ativos), França (58 reatores ativos), Japão (55 reatores ativos) e Rússia (32 reatores ativos). Um país que merece destaque é a China que, apesar de possui apenas 13 reatores atualmente em atividade, tem planos de construção de 50 e proposta para mais 110.De acordo com números do Instituto de Energia Nuclear, somente em 2009, usinas nucleares foram responsáveis por 14% da produção de energia elétrica mundial. Os países que mais utilizam este tipo de energia foram a Lituânia (76,2%) e França (75,2%), seguidos por Eslováquia (53,5%), Bélgica (51,7%) e Ucrânia (48,6%). No Brasil, a energia elétrica produzida pelas usinas Angra I e Angra II representou apenas 3% do total nacional.

Quais os riscos ?

O grandes defensores da energia nuclear se baseiam principalmente no fato de que ela pode ser considerada mais limpa que aquelas que utilizam a queima de combustíveis fôsseis, como as termoelétricas, por exemplo, e por não dependerem de regimes de chuva, como a energia produzida nas hidrelétricas. Outra vantagem está no volume de combustível utilizado para geração de energia ( vide ilustração acima). Com 10 g de urãnio enriquecido é possivel gerar a mesma quantidade de energia de 700 litros de óleo ou 1200 kg de carvão . No entanto, diversos outros problemas podem ser apontados, sendo que o principal deles é o destino dos resíduos radioativos, produtos gerados nas reações nucleares.Os resíduos radioativos devem ser armazenados em locais seguros a fim de que o decaimento radioativo possa agir.

Fonte: http://www.passeiweb.com/saiba_mais/voce_sabia/energia_nuclear

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Feliz Páscoa!

Que todos tenham uma excelente páscoa!

Não esqueçam de dar o coelhinho para o seu cachorrinho também! Ele é um ser que também merece ser lembrado.

Tudo de bom a todos!


Jonathan Kreutzfeld

Paranacity

Achei esta cidade enquanto eu fazia algumas pesquisas. Diferente né?!

A denominação Paranacity à localidade, foi uma forma de prestar homenagem à Grã-Bretanha, onde os fundadores Rajah e Faiez Eid estiveram por longo tempo radicados antes de virem ao Brasil, significa em inglês CITY (cidade) Paraná (estado) “Cidade do Paraná”.

A População Total do Município era de 9.109 de habitantes, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE (2000).

Sua Área é de 348,95 km² representando 0.1751% do Estado,
0.0619% da Região e 0.0041% de todo o território brasileiro.
Seu IDH é de 0.742 segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD (2000)

Então se você ver uma placa de Paranacity acredite.

Mais informações:

http://www.paranacity.pr.gov.br/portal1/dado_geral/mumain.asp?iIdMun=100141254
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paranacity

Censo 2010

Seguem abaixo algumas figuras que mostram dados referentes ao censo de 2010.
Clique na imagem para ter maior possibilidade de leitura.
Para ter informações mais precisas sobre o assunto clique no link da página do IBGE.

BRASIL - POPULAÇÃO

SC - MAPA DE POPULAÇÃO


No site http://www.ibge.gov.br/censo2010/primeiros_dados_divulgados/index.php?uf=42

Os mapas são interativos, assim você consegue mais informações sobre todas as cidades.

Jonathan Kreutzfeld

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Deputados não sabem...

No programa CQC foi perguntado aos deputados federais:

1 - Quem é o ditador da Líbia?
R: a maioria não sabe

2 - Onde será construída a Usina Belo Monte?
R: Melhor resposta, Ronaldo Benedet de Santa Catarina: Cheio de certeza ele responde NORDESTE. E diz que é muito importante que ela seja concluída!

3 - Qual é o nome do presidente da China?
R: tá eu também tenho problemas com nomes asiáticos, é Hu Jintao.

A bagunça que se faz na Líbia


Leio sobre o que vem acontecendo na Líbia em alguns lugares aleatório mesmo pra saber qual é...

- Onu está dividida em manter os ataques ou não! Afinal quanto mais se aumenta os ataques pelo ar, mais violentos são os ataques de Kadafi contra os rebeldes.
- As bombas que Kadafi utiliza provavelmente são produzidas na Espanha. (País que pertence a Otan)
- A Europa atualmente está iniciando a utilização do GLONASS, sistema de posicionamento global, isso mesmo é um "GPS" mas de controle europeu. O GPS mesmo é controlado pelos EUA. Não pude deixar de perceber que os ataques aéreos da Otan por caças Rafale (França) são tão precisos quanto os americanos. Boa propaganda Hein!!
- Hugo Chávez pretende auxiliar nas negociações para tentar acabar com o conflito. Já conheço a história de alguém que não foi chamado tentar se envolver em algo assim, espero que dê certo desta vez.
- Otan não pretende levar tropas terrestres à Líbia. Que coragem!!!!! É muita coragem não???

Bom dia vietnammmmmmmmmmmmmmmmm! Tem um filme com esse nome! Me lembrei dele.



Jonathan Kreutzfeld

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Fusos Horários do Brasil

Fusos Horários do Brasil

O Brasil possui atualmente 3 fusos horários:

UTC-2: Arquipélago de Fernando de Noronha e Ilha de Trindade. (2 horas atrasado com relação a Greenwich – 30º oeste)
UTC-3 (horário de Brasília): regiões Sul, Sudeste e Nordeste, Estados de Goiás, Tocantins, Pará e Amapá, e o Distrito Federal. (3 horas atrasado com relação a Greenwich – 45º oeste)
UTC-4: Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Rondônia, Acre e Roraima. (4 horas atrasado com relação a Greenwich – 60º oeste)


Estas alterações ocorreram a partir de 24 de abril de 2008 a Lei Federal nº 11.662 reduziram a quantidade de fusos horários do Brasil para três.
Por que mudou? Antes tínhamos 4 fusos portanto quando um filme passava às 22h em São Paulo (por exemplo), isso representava 20h lá no 4º fuso, e eventualmente contendo conteúdos inadequados para crianças, limitava as transmissões televisivas. Eliminando o 4º fuso, tem-se 21h e de acordo com a legislação pertinente ao que se pode passar na TV em cada faixa horária. Melhorou a situação das grandes redes de televisão. O problema é que assim os acreanos, por exemplo, tiveram que se adequar ao sol nascendo mais tarde e se pondo também mais tarde.

Em suma, as grandes redes de TV “mudaram os fusos” no Brasil para se beneficiar e cumprir suas leis de transmissão, não interessando os prejuízos que os afetados possam ter em decorrência disto.
Obs: Atualmente o estado de Pernambuco é o único que possui 2 fusos horários: o oceânico e o continental. E a hora oficial do Brasil é a de Brasília.

Mais sobre o Código Florestal...

Acho que dá tempo de mudar de carreira e fazer digamos, artes, então fazer um gibi só de assuntos deste tipo. Ah já tem gente que faz isso? Deixa pra lá então, amo o que faço!

ALDO E MARINA

A ex-ministra do Meio Ambiente e candidata derrotada à presidência Marina Silva entrou na briga entre ruralistas e ambientalistas.

Disse, em sua conta do Twitter, que as mudanças no Código Florestal deveriam "proteger florestas, recuperar áreas destruídas e apoiar agricultores para que produzam de forma sustentável".

Em resposta, Rebelo disse que a intransigência de Marina "mostra que ela tem responsabilidade na legislação que levou para a ilegalidade muitos agricultores do país".

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/898878-protestos-esquentam-debate-sobre-novo-codigo-florestal.shtml

Publico novamente a figura que resume o assunto.




Jonathan Kreutzfeld

Brasil - China

Enquanto o Brasil exporta commodities e importa produtos essencialmente industrializados da China... Surge a possibilidade interessante de MONTAR aqui os IPAD,S. Achei interessante. Mais que isso a definição de Carlos Alberto Sardenberg (Jornal da Globo, 13/04/2011) "ñão há muito requinte em apenas montar". Designed for California, made in Brazil... Mesmo assim teremos emprego! Teremos energia no Pará, um "Belo monte" vamos produzir lá!!!

legal, escrevo enquanto assisto o jornal, vão viabilizar um porto "sustentável" na Bahia... Subtrai-se 5 mil hectares de floresta. Para que? Adivinhou, exportar commodities, Ferro. Aiaiai ando muito cabreiro com isso. Bom é uma opinião, cada um tem a sua OK.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Alunos de terceirão!

Hoje gostaria de deixar um recado para todos os meus alunos, em especial os terceiranistas.

Tudo o que fazemos é para o bem de vocês, pode as vezes parecer que não. Pode parecer também que exageramos, pode até mesmo ser que sim. Mas acredito que isso não diminui a nossa vontade de fazer o bem.

Estudar nem sempre é legal, muitas vezes não gostamos de um conteúdo, disciplina ou professor. Ninguém é obrigado a gostar de tudo não. Aliás, ainda bem que não, imagina como seria monótono. Nós, e quando falo nós é porque tenho certeza de que todos os colegas partilham desta mesma ideia, acreditamos muito em todos vocês. E por este motivo, avaliamos muita coisa em vocês sem nem ao menos vocês terem ideia de quanto nos preocupamos especialmente com o futuro e o sucesso pessoal e profissional de vocês. Que fique bastante claro: queremos o sucesso de vocês.

Ah mas é muito difícil! Bom, muitas coisas são difíceis, e estudar é sim uma dessas coisas difíceis. Se fosse fácil provavelmente não dariamos tanta importância. Mas não é porque é difícil às vezes, que tenhamos que levar isso como um martírio. Martírio é uma forma de como enfrentamos as nossas dificuldades. Por isso, peço que tentem levar este ano como um grande ano de suas vidas, estudem, sofram, divirtam-se, durmam... E não esqueçam, é o último ano de todos nós juntos! E um ano no Brasil representa 1/73 avos de vida!!!!! Em média né, essa é a expectativa de vida...

Sem mais delongassss beijos e abraços a todos vocês. Que todos tenham um grande ano. E se alguém não achar que eu deveria ter escrito isso no plural, bom... mude os "nós" por "eu".

Jonathan Kreutzfeld

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Código Florestal

Vou acrescentar esta imagem que resume bem o assunto, ajuda bastante.

Foi retirada do link: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/899593-presidente-da-camara-cobra-governo-sobre-codigo-florestal.shtml




Assunto chato!

Caros colegas, fiz uma enquete e publico abaixo texto referente ao código florestal brasileiro. Ele existe desde 1965, isso mesmo, surgiu durante o governo militar. Nele diz que devemos nos afastar por exemplo de cursos de água, para evitar alguns problemas quanti e qualitativos quanto as nossas águas, erosão, produtividade... Eis que então surgiu um novo código ambiental no estado de SC, ele não cumpre o código nacional.. Daí rolou um bafafazinho contra e tal e o que aconteceu? Optou-se por levar para esfera nacional esta brilhante ideia de "plantar dentro dos rios". Para que? Para exportarmos muitos alimentos e vendermos caro no Brasil aquilo que é vendido baratinho para o exterior, gerando muitos empregos para as máquinas. Nada contra a agropecuária, mas precisamos mesmo exportar tanto? Mesmo ocupando grandes áreas de florestas? Ahhh mas tem argumento que diz: Ah mas os pequenos produtores não sobrevivem com o código florestal federal, será? Ou será que paga-se pouco pelos produtos, ou será que se deixou dividir as propriedades em cascalhos? Enfim é bom que muita gente leia sobre o assunto. Pois se continuarmos a formalizar toda lei que não se cumpre neste país, logo teremos assassinos de 1 pessoa "apenas" fora das cadeias, pois.. Ahh "todo mundo mata mesmo" E o que eu vou fazer????? Nada, ficar trabalhando, não tenho tempo de ir até Brasília e nem sei se dá pra acreditar que se mude esse sistema podre que tem esquerda e direita pensando no bem estar econômico e nunca, nunca vi pensar nem um pouco no Ambiente pelo Ambiente, por herança.

JK

Xico Graziano - O Estado de S.Paulo
Hora decisiva. Após uma década de infrutífero debate, finalmente o projeto do novo Código Florestal entrará em votação no Congresso Nacional. Tomara que saia redondo.


Mais proteção ambiental e maior produção rural. Aqui reside o dilema básico que tem polarizado a discussão política. De um lado, apertar o cerco contra os desmatadores e preservar a biodiversidade. De outro, valorizar a agropecuária e permitir avanços no agronegócio. A equação da agricultura sustentável.

Produção sustentável distingue-se de preservacionismo. Este supõe cessar o crescimento econômico, sufocar a produção e a renda rural. No cenário presente, crescendo a população mundial, com forte demanda de alimentos, a hipótese afigura-se irreal e ingênua. Uma posição elitista.

Difere, também, a produção sustentável no campo da agricultura extensiva e predatória, que caracterizou nossa história. O avanço tecnológico tem permitido enorme elevação da produtividade, economizando terra. Defender, em nome do combate à fome, o contínuo desmatamento das florestas soa ridículo. Uma posição retrógrada.

Nem um, nem outro. Os discursos polarizados contêm óbvios exageros, como afirmar que o risco urbano das enchentes se agravará por obra dos agricultores. Ora, o argumento serve para livrar a culpa dos inescrupulosos loteadores que, conluiados com o poder local, afincam precárias moradias nas bibocas íngremes ou nas barrancas dos rios. Quem ocupou e estragou o rio foi a cidade, não o campo.

Nessa matéria do Código Florestal existe um campo fértil de conciliação entre destruir ou preservar. O desenvolvimento sustentável configura o único caminho capaz de unir a ecologia, a economia e a sociedade. Fácil de falar, difícil de fazer.

Vamos à discussão prática. O relatório do deputado Aldo Rebelo, posto para votação na mesa da Câmara, consolida os retalhos da legislação em vigor e permite regularizar milhões de agricultores brasileiros, tachados de criminosos ambientais. De onde vem essa pecha negativa?

É fácil entender. A expansão histórica da agropecuária ocupou terrenos - várzeas, escarpas de serra, morros de altitude, beiradas de rios - que, segundo a compreensão ecológica atual, deveriam permanecer preservados. Encontram-se nessa situação, por exemplo, a pomicultura (produção de maças) catarinense, a rizicultura gaúcha e a cafeicultura - mineira, capixaba e paulista - localizada na região Mantiqueira.

Mais ainda: na agricultura familiar, pastos e lavouras não raro se estendem rente aos córregos, enquanto a legislação exige uma preservação mínima de 30 metros de distância da margem. Ora, se as pequenas propriedades, realmente, retraíssem suas roças e seu gado dessas áreas, ocupadas há dezenas de anos, pouco restaria do sítio para trabalhar. Melhor seria vendê-lo para algum ricaço dele desfrutar seu ócio.

Invocam, por aqui, com a ocupação dos brejos. Mas a agricultura surgiu no mundo ocupando exatamente as baixadas dos rios. Vide o Nilo, no Egito. Foi o solo das várzeas, enriquecido com sedimentos orgânicos, que permitiu originar a civilização humana. Portanto, é anti-histórico querer atribuir um "passivo" ambiental aos agricultores brasileiros que procederam copiando seus antepassados. Ônus, se houver, recai sobre toda a sociedade.

Os agricultores nacionais desejam continuar produzindo nessas áreas restritas, aceitando algum tipo de mitigação ou de compensação ambiental. No caso da inexistência da reserva legal, também topam ajudar a consertar o estrago passado. O que não admitem é ser tachados de malvados. Odeiam, com razão, esse discurso depreciativo, preconceituoso, que desmerece o papel fundamental da agropecuária na economia brasileira.

Por outro lado, nada de anistiar os desmatadores. Basta saber de quem estamos falando. De nossos avós, que abriram as fronteiras e sofreram de malária para impulsionar a Nação, ou dos picaretas que, mesmo conhecendo os requisitos da modernidade, insistem em queimar a floresta e o cerrado? Estes, os bandidos ambientais, merecem cadeia. Aqueles, os agricultores de bem, querem respeito.

Existem imperfeições no relatório Aldo Rebelo. A maioria delas pode ser eliminada com emendas de redação, oferecendo maior rigor aos conceitos, precisão nas normas. Para quem trabalha na "solucionática", consertar é possível. Quem gosta da "problemática" prefere vetar.

Parece-me, porém, existir um defeito grave a ser sanado: no capítulo VI, a partir do artigo 23, o projeto Aldo Rebelo retira dos agricultores a responsabilidade pela regularização ambiental, atribuindo-a ao Estado. Trata-se de um brutal equívoco, cuja consequência será um danoso imbróglio jurídico.

O poder público, incluindo municípios, pode e deve definir normas e diretrizes para promover a recuperação ambiental das áreas degradadas. Ademais, o governo deve ajudar os agricultores a fazerem sua lição de casa, com apoio técnico e com recursos financeiros. Mas o ônus jurídico da recuperação deve caber ao ente privado, pois afeta a função social da propriedade.

Ao votarem o novo Código Florestal, suas excelências precisam, acima de tudo, deixar uma segurança às gerações vindouras: qualquer modificação que venha a ser feita jamais poderá facilitar a supressão florestal no País. Ao contrário. A nova lei precisa oferecer garantias de que vai aumentar o rigor na conservação da biodiversidade. O resto se discute, e se acerta.

Ruralistas movem-se, ambientalistas articulam. Tenha uma certeza: esse assunto do Código Florestal somente se resolve com a derrota dos fundamentalistas, de ambos os lados. A vitória da sensatez criaria a síntese de ambos: o agricultor ecológico.


AGRÔNOMO, FOI SECRETÁRIO DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO.
E-MAIL: XICOGRAZIANO@TERRA.COM.BR

Geotecnologias aplicadas ao cadastro multifinalitário

ÁGUILA, Miguel. ERBA, Diego A. Geotecnologias aplicadas ao cadastro
e a identificação parcelaria p. 1-46, In: LINCOLN INSTITUTE, Programa para
América Latina y El Caribe. [Arquivo eletrônico]

Jonathan Kreutzfeld
11/04/2011

Geotecnologias aplicadas ao cadastro

Esta parte do texto se refere as possibilidades tecnológicas quanto ao mapeamento terrestre. Na primeira etapa se define em divisão espacial do espaço terrestre (coordenadas geográficas), a segunda se refere aos sistemas / sensores de mapeamento e localização terrestre, a terceira diz respeito ao tratamento e uso das bases de dados captados.

A terra possui um formato esférico, levemente achatado nos pólos (elipsóide), com gravidades distintas em torno de si (geóide) e com topografia mamelonizada (terreno). Assim é bastante difícil representar a
superfície com acurácia. Por vezes são necessárias tecnologias distintas para conseguir precisão quanto as coordenadas. Estas que se definem em pontos de latitude e longitude e são divididas basicamente em graus, minutos e segundos.

Os responsáveis pela captação de informações são os sistemas de posicionamento global, que atualmente se resumem sucintamente em GPS, modelo americano e GLONASS, modelo europeu. Juntamente com a fotogrametria analógica e digital e os sensores espaciais, conseguem levantar dados geométricos para após inserir dados cadastrais com precisão.

Por fim os dados cadastrais são inseridos nos mapas, devidamente adequados à geodésia. Neste ponto entram os Sistemas de Informações Geográficas (SIG), estes possuem recursos para editar e acrescentar novas informações.

Síntese do Jornal Zero Hora

Gostei, é simples e deixa as pessoas sabendo o que anda acontecendo.

Zero Hora 11/04

— Atirador que matou 12 crianças em Realengo, no Rio de Janeiro, poderia ter ligação com grupo extremista.

— Voluntários pintam muro da casa de atirador que havia sido pichado no Rio de Janeiro.

— Final de semana foi marcado por homenagens às vítimas do massacre no Rio de Janeiro.

— Pais das vítimas do massacre no Realengo voltaram à escola Tasso da Silveira.

— Senado apresenta proposta para novo referendo sobre o desarmamento.

— Especialistas dão dicas posturais para causar boa impressão em entrevistas de emprego.

— Tornados atingiram o meio-oeste dos Estados Unidos neste final de semana.

— Polícia procura atirador que a bordo de carro preto disparou contra pedestres no litoral de São Paulo.

— Pais da modelo brasileira que morreu ao cair de prédio em Portugal não acreditam em suicídio.

— Novo tremor atingiu Japão exatamente um mês depois do terremoto seguido de tsunami.

— Entra em vigor lei que proíbe uso do véu islâmico na França.

— Presidente Dilma Rousseff chegou à China.

— Eleições presidenciais serão definidas com segundo turno no Peru.

— Tropas francesas detiveram o presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo.

— Motorista embriagado cheirou em vez de soprar bafômetro no Rio Grande do Sul.

— Turnê apresentada pelo U2 no país bateu recorde de arrecadação, superando a dos Rolling Stones.

AGÊNCIA RBS

domingo, 10 de abril de 2011

Rede de Transportes - Santa Catarina

Transportes:


AEROPORTOS (32): Os principais em Navegantes, Florianópolis e Joinville. Sendo que Navegantes e Florianópolis são internacionais.

PORTOS (5):

Imbituba: Gerenciado pela iniciativa privada, é um dos principais suportes da economia do Sul catarinense.

Itajaí: Ocupa a terceira colocação no ranking nacional de exportações de contêineres. É administrado pela prefeitura de Itajaí.

São Francisco do Sul: É o principal porto graneleiro catarinense e essencialmente exportador. Administrado pelo Governo do Estado de Santa Catarina.

Laguna: Pequeno, destina-se ao transporte de pescados.

Navegantes: O porto de Navegantes é um consórcio entre várias empresas denominado PORTONAVE. É um dos portos mais modernos da América Latina e trabalha com a promessa de baixo custo e logística eficiente.
Fonte: www.portodenavegantes.net

Características do Porto de Navegantes:

- Cais: 900 metros de extensão
- Berços de atracação: 4
- Retroárea: 270 mil m2
- Estacionamentos para caminhões: 150 vagas
- Gates de acesso: 10
- Área Administrativa: 8.650 m2
Fonte: http://www.portodenavegantes.net/porto/caracteristicas.php

Rodovias importantes:

BR101 e BR116: Essas rodovias federais têm a função de interligar o estado com as fronteiras norte e sul. A 101 pelo litoral (duplicada entre a grande Florianópolis e Garuva) e a 116 pelo interior.

BR282 e BR470: Também rodovias federais, fazem a ligação do litoral com o interior.

A BR-470 é de extrema importância para o desenvolvimento econômico do Vale do Itajaí e há muita pressão política, popular e da mídia para que esta seja duplicada até o trevo da cidade de Indaial. Favorecendo principalmente as cidades de Blumenau, Ilhota, Gaspar, Indaial, Timbó e Pomerode.

FERROVIAS (3)

A malha ferroviária catarinense possui 1.361 km.
As ferrovias catarinenses são utilizadas para embarque e desembarque de carga. As principais mercadorias transportadas são farelo de soja, combustíveis, fertilizantes, madeira, cimento e areia. (São Francisco do Sul e Imbituba).

Há também uma ferrovia que liga Criciúma à Capivari de Baixo (carvão mineral).
O estado pretende nos próximos anos criar a TransCatarinense que será um novo sistema de transporte para escoamento da produção agrícola e agroindustrial da Região Oeste.

Deslizamentos em Timbó - 2008

DESLIZAMENTOS DE TERRA EM ÁREA URBANA NO MUNICÍPIO DE TIMBÓ – SC, NO DESASTRE DE NOVEMBRO DE 2008

Jonathan Kreutzfeld

Resumo: O levantamento sobre as localidades em área urbana de Timbó que foram atingidas por deslizamentos no ano de 2008 tem por finalidade avaliar as condições da região e dos eventos ocorridos. É um problema que surge devido a suas condições naturais e torna-se desastrosa devido à ocupação urbana desordenada. Apresentar-se-á uma pesquisa bibliográfica com enfoque qualitativo para avaliar as condições geográficas da região e em seguida haverá uma pesquisa de campo, onde serão coletadas imagens e informações dos deslizamentos para posterior análise, e por último, serão realizadas entrevistas semi-estruturadas, com moradores antigos da região, para que seja possível fazer um breve levantamento histórico-ambiental da região.

FRAÇÕES DO TRABALHO

No ano de 2008, o Vale do Itajaí novamente sofre com um desastre ambiental de grande magnitude, no entanto apesar dos grandes estragos provocados pelas cheias, desta vez o maior problema ocorrido se deve aos “escorregamentos que são movimentos coletivos de massa e ou material sólido encosta abaixo, como solos, rochas e vegetação sob a influência direta da gravidade” (KOBYIAMA, 2006, p.52). Esses fenômenos foram potencializados pela ocupação desordenada e mau uso do solo.
A Geografia tem como base de estudos, o espaço geográfico, espaço esse que se transforma constantemente. Novas técnicas práticas e estudos foram criados para aperfeiçoar esta ciência.
O ensino da Geografia deve também promover a apropriação do conhecimento geográfico para que a prática faça com que os alunos compreendam melhor a relação homem e meio. A prática de campo aliada com projetos nessa área, além de auxiliar na obtenção de novos conhecimentos, faz com que o aluno compreenda melhor a função e o conceito de pesquisa. Assim sendo este percebe melhor os conceitos abordados em sala e aprende a trabalhar de acordo com a metodologia.
A sala de aula é um excelente lugar de aprendizado, no entanto, para o aluno muitas vezes um simples trabalho em equipe, a confecção de um cartaz, slides, seminários, aproxima o aluno da ciência e da pesquisa.
O trabalho com projetos, pesquisa, é baseado na problematização e o aluno torna-se sujeito de seu próprio conhecimento, investiga, registra dados, formula hipóteses, toma decisões para resolver um problema. A Metodologia de Projetos apresenta um caráter investigativo.
Atualmente, porém já não se observa esse enfoque exagerado na formação do cientista mirim. Observa-se também, uma crescente diminuição do interesse na formação do pesquisador, do cientista. Essas formações como enfatizam diversos autores, é muito importante para o indivíduo do novo milênio. Ao mesmo tempo, surge a reflexão proposta por Weber (1963) quando fala sobre a vocação que o indivíduo tem ou não para a Ciência. Essa vocação deve ser respeitada se quer formar verdadeiros pesquisadores.
Daí, a relevância da formação do aluno pesquisador, verificando em que medida torna-se possível a realização de um projeto interdisciplinar para a formação do aluno pesquisador desde o Ensino Médio, favorecendo a formação do futuro cientista, do futuro pesquisador.
A cidade de Timbó teve em seu território a ocorrência de 12 deslizamentos (Figura 3), em área urbana houveram três deslizamentos, os dados foram fornecidos pela defesa civil do próprio município. Os que ocorreram em área urbana foram na Rua Wilhelm Milke, no Morro Arapongas e também na Rua Alfredo Hansen. Este projeto inicial enfatizou o ocorrido no Morro Arapongas que foi o evento de maior dimensão em área urbana.

FIGURA 3 – Pontos de deslizamentos em Timbó 2008.

Fonte: Defesa Civil de Timbó-SC

5.2 Localização

O Morro Arapongas possui cerca de 580 metros de altitude, fica a cerca de 5km do centro da cidade de Timbó (Figura43). As coordenadas no sopé do morro são S 26º 50’ 37” e W 49º 17’ 21”. Fora da região do Morro Azul onde ficam as maiores altitudes, este é o maior morro da cidade.

FIGURA 4 – Localização Morro Arapongas

Fonte: www.googlemaps.com (Acesso em 23/07/2009)

5.3 O morro Arapongas

No dia 16 de julho de 2009 uma equipe formada pelos alunos Rafaela, Letícia, Martin, Maurício, juntamente com o professor Jonathan (todos do Centro Educacional Timbó S/A) estiveram no local. (Figura )
Para fazer o levantamento sobre o ocorrido a equipe fez uso de um GPS e se baseou em informações contidas em um mapa fornecido pela Defesa Civil do município.

FIGURA 5 – A equipe (Rafaela, Letícia, Jonathan, Maurício e Martin)
Fonte: Arquivo pessoal

O morro fica localizado no bairro Araponguinhas, em um lugar pouco povoado da área urbana da cidade. Nas redondezas, existem algumas casas, áreas com pequenas plantações e pastagens para alguns animais.
No sopé do morro existem algumas pequenas áreas em que estão plantados pés de cana-de-açúcar (Figura 6).

FIGURA 6 – Cana de açúcar no sopé do Morro Arapongas
Fonte: Arquivo pessoal

Subindo o morro já nota-se um solo argiloso de origem granítica. O solo possui marcas escuras, sinais do apodrecimento de material orgânico, os sedimentos são muito finos e o material se encontra bastante úmido.
A vegetação é do tipo Floresta Ombrófila Densa (Figura 7). É uma vegetação nova, devido as plantações principalmente de milho que existiam a cerca de 30 anos atrás. No lugar em que haviam essas plantações, a vegetação ainda é rasteira, com pequenas folhas.

FIGURA 7- Sopé do Morro (Floresta Ombrófila Densa)
Fonte: Arquivo pessoal

Do sopé ao cume, a extensão do deslizamento é de 500m, e a largura no sopé é de aproximadamente 30 metros. A inclinação mede entre 45º e 50º. Ao sopé do deslizamento, as coordenadas são S 26º 50’ 37.7” e W 49º 17’ 26” e a altitude de 77 metros (figuras 8 e 9).

FIGURA 8 – figura representando o evento no Morro Arapongas
FIGURA 9 – Visão geral do Morro Arapongas
Fonte: Arquivo pessoal

O solo, que devido ao deslizamento foi revirado, deixou à mostra grandes rochas que haviam no inferior. Muitas árvores foram derrubadas e deslizaram juntamente com a vegetação e a terra (Figura 10 e 11), formando uma extensa clareira de aproximadamente 150 metros no cume deixando o solo desprotegido. Como o evento ocorreu em novembro de 2008, o solo começou uma fase de recuperação, com o crescimento de uma vegetação rasteira.
FIGURA 10 – Rochas expostas FIGURA 11 – Árvores derrubadas

Apesar de já começar a crescer essa pequena vegetação, o deslizamento ainda não está estabilizado. Ainda há chances de novos deslocamentos de terra, porém pequenos, já que as árvores caídas ajudam a segurar a terra.
Atualmente não existem atividades antrópicas no local, porém, há algumas décadas atrás havia uma companhia madeireira que tinha retirado praticamente toda a madeira do morro. Com base nos depoimentos de moradores da vizinhança, descobriu-se que haviam duas pequenas casas no topo do morro, onde moravam duas famílias. Antes do deslizamento também havia uma lagoa (Figura 12) no sopé do morro e também passava um pequeno riacho de aproximadamente 1 metro de profundidade, este, teve que ser refeito artificialmente devido ao acúmulo de material no sopé (Figura 13).

FIGURA 12 – Riacho reconstruído
Fonte: Arquivo pessoal

Atualmente há apenas um pequeno escoamento de água. O solo onde passava a água, hoje é muito úmido, formando um tipo de banhado, pois armazena a água que escoa do morro. Na região do sopé do deslizamento havia também uma lagoa (artificial), que deixou de existir pelo mesmo motivo.

FIGURA 13 – Lagoa (no sopé) coberta de terra após evento
Fonte: Arquivo pessoal

Durante a visita fomos recebidos por um morador do local, este morador foi diretamente afetado pelo deslizamento e fez algumas contribuições para a pesquisa fornecendo informações sobre a região e sobre o dia do ocorrido (Foto 13)
Segundo M. P. ainda há uma pequena lago no topo do morro, esta se formou com restos de arvores que devido a sucessivas remessas de “barro” criou uma represa de cerca de dez metros de diâmetro, ele e sua esposa temem que hajam novos deslizamentos devido a isso. O morador comenta também que no dia 28 de novembro, cinco dias depois do marco da catástrofe, a Defesa Civil junto com alguns Geólogos fez a instalação de uma câmera e filmaram o deslizamento acontecendo. M. P. diz que um dia antes do deslizamento acontecer, ele viu descer material orgânico do morro. No dia seguinte, começou a ouvir uns “estalos” das árvores, ele viu o mato se abrindo e viu acontecer o deslizamento logo em seguida. Por fim disse que a defesa civil tentou achar uma maneira de abrir aquela represa, mas seria muito difícil, pois precisariam perfurar uma camada de 5 metros de terra e por isso não o fizeram.
O morador comenta que seus pais já moraram nessa casa (que fica no sopé do morro) e que seus avós moraram em cima do morro no lugar onde hoje existe a tal lagoa. Explica também que antigamente tinham plantações de milho no morro, ele relata que havia um rio que passava por ali antes dos deslizamentos e que hoje ele está quase sem água, ele acredita que a razão disso é que as árvores e a terra estão retendo essa água.

FIGURA 14 – A equipe e o morador (à direita)
Fonte: Arquivo pessoal

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este levantamento teve grande relevância para contribuir no aprimoramento de conhecimentos dos alunos envolvidos.
No ano de 2010 este projeto teve sua devida continuidade através de participação em evento municipal relacionado ao Meio Ambiente (ANEXO 1) e ao trabalho de recuperação de Mata ciliar já efetuado na cidade. A partir da parceria firmada com a Prefeitura Municipal de Timbó (Secretaria de Meio Ambiente), Imobiliária Alternativa, e moldada pelas diretrizes do Projeto Piava, os alunos do Cetisa realizaram a primeira etapa do Projeto de Recomposição de Mata Ciliar em Timbó.
Estiveram envolvidos cerca de 60 alunos das turmas do ensino médio e foram plantadas aproximadamente 150 mudas de espécies arbóreas e arbustivas em um córrego situado paralelamente à Rua Emma Klitzke que se encontra com a Rua Mal. Floriano Peixoto, próximo ao Complexo Esportivo da cidade.

De acordo com (GUERRA, 2009, p. 76.):

“As matas ciliares correspondem a uma das mais importantes partes integrantes de uma bacia hidrográfica. Elas auxiliam na redução do volume de água que adentra os principais rios, sendo assim, não os sobrecarrega quando preservada. Desta forma, sua recomposição, minimiza impactos em momentos críticos de pluviosidade alta em um curto espaço de tempo. Diminuindo a intensidade de enchentes e principalmente de enxurradas.”

Além destes trabalhos, atualmente os alunos do Cetisa estão participando de um projeto organizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Timbó que tem por finalidade recuperar nascentes em alguns ribeirões da cidade.

A natureza por si só tem esses eventos como naturais assim podendo somente ser evitado que ocorram desastres, que foi o que ocorreu em diversos lugares do Vale do Itajaí em Novembro de 2008. A ocupação de áreas próximas a morros na região é bastante ocorrente assim como as de segundo leito de rio. Desordenadamente a malha urbana se expande para essas áreas instáveis, trazendo preocupação para a sociedade que ali reside, provavelmente se fossem cumpridos os Planos Diretores municipais e a legislação ambiental em todas as esferas, não haveriam tantos problemas relacionados aos deslizamentos de terra ou deslocamentos de massas.

7 REFERÊNCIAS

BRANDÃO. C. R. (org.). Pesquisa participante. 8. ed. São Paulo: Brasiliense, 1999.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Fundamental e Média. Parâmetros curriculares nacionais: Geografia. Brasília: MEC – SEF, 1998.

GALLIANO, Guilherme. Método científico: teoria e prática. São Paulo: Círculo do livro, 1986.

HAIDT, R. C. C. Curso de didática geral. 7.ed. São Paulo: Ática, 2003.

KLEIN, Roberto M. Selowia: Anais botânticos do Herbário “Barbosa Rodrigues”. 31ª edição. Itajaí, 1979.

KOBIYAMA, M. et al. Prevenção de desastres naturais: conceitos básicos. Curitiba: Ed. Organic Trading, 2006. 109p

MINAYO, Maria Cecília S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec, 2001.

WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. São Paulo: Zahar, 1963.
Texto sobre as características da bacia do rio Itajaí. COMITÊ ITAJAÍ. http://www.comiteitajai.org.br (Acesso em: 11/08/2009)

INMET (Instituto Nacional de Meteorologia): Normal climatológica. http://www.inmet.gov.br/html/informacoes/glossario/glossario.html#N (Acesso em: 22/07/2009)




Se alguém quiser versão completa deve entrar em contato pelo e-mail jkreutzfeld@hotmail.com

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Breve história do Bairro da Velha - BNU

Muito bom este livro, é o maior bairro de Blumenau, vale a pena conhecer um pouquinho.

DICKMANN, Márcia Regina. Velha: uma história. Blumenau: Odorizzi, 2002. 60p.

Jonathan Kreutzfeld
06/04/2011


RESUMO

A história de ocupação do bairro da Velha logicamente se insere no contexto da cidade, ocorreu com a divisão de lotes, cumprindo a Lei de Terras do governo Imperial. Cada lote possuía 200 morgos e eram lotes ribeirinhos. Os lotes tinham seu tamanho calculado a partir do ribeirão e devido a altimetria bastante acidentada provocava também a ocupação de morros (p.11)

As terras da região da velha pertenceram ao então colonizador da cidade Dr. Blumenau até 1879, quando ele vendeu parte destas à Gustav Stutzer. O fato de Dr. Blumenau ter ficado com boa parte das terras prejudicou o desenvolvimento da região, uma vez que ele as mantinha em caráter especulativo. (p.12)

A primeira rua da região foi aberta em 1885, quando Stutzer começou a venda de lotes de suas terras, atualmente esta rua se denomina João Pessoa. A partir deste momento se intensificam os confrontos com os indígenas, muitas mortes e prejuízos sócio-econômicos em geral ocorreram, até 1914 quando ocorreu a pacificação. Quem relata muitos fatos deste tipo de confronto é Terese Stutzer, esposa de Gustav, que era o proprietário destas terras. Esta estrada foi aberta em meio a mata, e contribuiu muito para o desenvolvimento desta região. O término da rua fica onde até hoje se estabelece a “Casa Tomio”. Mais de 30 famílias se estabeleceram nas imediações desta rua. (p.13)

Estas famílias prosperaram na região através de comércios, empresas de diversos ramos. Muitos dos que vieram mais tarde vinham para trabalhar nas empresas. Este desenvolvimento econômico ocorre em função de que em 1915 a região da Velha passa a ter energia elétrica, graças a usina hidrelétrica do Salto. O restante da cidade já tinha este recurso desde 1909. Já a água encanada surge apenas em 1943, até esta data somente a partir de poços é que muitas famílias se dessedentavam.

Devido ao seu tamanho relativamente grande (21,9km2) a região possui algumas subdivisões internas tais como: Velha Central, Velha Grande, Velha Pequena, Ribeirão Branco. Água Branca e Água Verde. (p.15)
Oficialmente, ocorre a formalização do Bairro da Velha em 28 de abril de 1956, pelo então prefeito Frederico Guilherme Busch Júnior. (p.16)
Com a região em expansão constante, surgiu a necessidade de transportar, moradores e trabalhadores. Isso ocorreu a partir da década de 40. (p.25)

Evoluiu de forma bastante lenta até a década de 90. Um dos fatores que fez o transporte coletivo demorar para engrenar na região foi o preço. Este que era elevado devido as grandes distâncias e a precariedade das estradas. Isso fez com que a maior parte da população mantivesse as bicicletas como principal meio de locomoção por muitos anos.

Na década de 80 após as enchentes de 83 e 84 o aumento populacional foi muito grande, surgindo loteamentos, como o Guaricanas, Girassol e Jardim Primavera. A favelização também se inicia neste período, bastente tardio se comparado a outras regiões da cidade. (p.13)

Após vários ordenamentos que a região recebeu, hoje tem grandes empresas em seu território, clubes, escolas, inclusive o palco de uma das maiores festas de tradição alemã do mundo. O bairro da velha em especial até os dias atuais é o maior da cidade em área e população.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O mundo precisa de uma revolução energética

A energia nuclear não é necessária, limpa ou segura

Doze dias não foram suficientes para compreender a magnitude das catástrofes que se abateram sobre o Japão a partir de 11 de março. Das crianças que perderam seus pais nos desmoronamentos do terremoto, àqueles cujos entes queridos ainda estão desaparecidos após o tsunami, à grande quantidade de trabalhadores que arriscam sua saúde tentando estabilizar o complexo nuclear de Fukushima - há um sem fim de histórias trágicas.

Mas, além do sentimento de pesar e empatia pelo povo japonês, estou começando a sentir uma outra forma de emoção, que é a raiva.

Enquanto aguardamos ansiosamente cada fragmento de notícia sobre os desdobramentos em Fukushima, esperando que os vazamentos de radiação sejam eliminados, o risco de novas catástrofes seja evitado e o povo japonês tenha um pesadelo a menos para lidar, governos de todo mundo continuam promovendo novos investimentos em energia nuclear. Apenas na semana passada, o governo de meu país, a África do Sul, anunciou que está acrescentando 9,6 mil megawatts de energia nuclear a seu novo plano energético.

Há dois pressupostos perigosos atualmente se exibindo como fatos em meio à crise nuclear no Japão. O primeiro é que a energia nuclear é segura. O segundo é que a energia nuclear é um elemento fundamental de um futuro com baixas emissões de carbono - necessário para evitar uma mudança climática catastrófica. Ambos são falsos. A tecnologia nuclear sempre será vulnerável a erros humanos, desastres naturais, falhas de projetos ou ataques terroristas. O que vemos em Fukushima são falhas dos sistemas. Os reatores resistiram ao terremoto e ao tsunami, mas os sistemas de resfriamento falharam. Quando os equipamentos elétricos de emergência também falharam, os reatores superaqueceram e isso acabou acarretando vazamentos de radiação. Esse é apenas um exemplo do que pode dar errado.

A energia nuclear é inerentemente insegura e a lista dos males possíveis resultantes da exposição à radiação concomitante é assustadora: mutações genéticas, defeitos de nascença, cânceres e distúrbios nos sistemas reprodutivo, imunológico, cardiovascular e endócrino.

Apesar de termos ouvido falar de Chernobyl e Three Mile Island, a indústria nuclear sempre quis nos fazer acreditar que esses foram casos isolados numa história quase impecável. Não é bem assim. Mais de 800 outros eventos significativos foram oficialmente reportados à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

O argumento de que a energia nuclear é um componente necessário para um futuro livre de emissões de carbono também é falso. O Greenpeace e o Conselho Europeu de Energias Renováveis montaram em conjunto um estudo chamado Energy (R)evolution, que demonstra como a energia limpa é mais barata, mais saudável e traz resultados mais rápidos para o clima do que qualquer outra opção. Esse plano pede o desligamento progressivo dos reatores nucleares e uma moratória à construção de novos reatores comerciais.

Além disso, um cenário energético produzido pela AIEA salienta o fato de que a energia nuclear não reduz as emissões de gases causadores do efeito estufa. Mostra que embora a capacidade de energia nuclear existente possa ser quadruplicada até 2050, a proporção de energia que ela forneceria ainda ficaria abaixo de 10% em âmbito global. Isso reduziria as emissões de dióxido de carbono em menos de 4%. A mesma quantia de dinheiro investida em fontes de energia limpa e renovável poderia causar um impacto muito maior para reduzir o aquecimento global.

A energia nuclear é uma distração cara e mortífera às verdadeira soluções. As fontes de energia que dispensam combustíveis não geram conflitos internacionais, não "secam" e não vazam. Há investimentos iniciais a ser feitos, mas, com o tempo, o preço das energias renováveis declinarão à medida que a tecnologia evoluir e a competição do mercado derrubar os custos. Além disso, a aplicação sábia de um futuro verde, sem energia nuclear e fóssil, criará uma legião de empregos novos e seguros.

No momento em que organizações como o Greenpeace se unem ao Centro de Informação Nuclear dos Cidadãos do Japão num apelo ao governo japonês pela melhoria de planos de retirada e outras medidas protetoras para pessoas que ainda estão na zona de interdição de 30 km do entorno de Fukushima; que a questão da contaminação de alimentos e água continua crescendo; que comprimidos de iodo continuam sendo vendidos por todo o globo e pessoas em lugares tão distantes do Japão estão em alerta por "nuvens radioativas" - é imperativo que, como cidadãos, continuemos expressando oposição a novos investimentos em energia nuclear. Precisamos de uma revolução energética realmente limpa, já.

TRADUÇÃO DE CELSO M. PACIORNIK

É DIRETOR-EXECUTIVO DO GREENPEACE

Fonte: O Estado de S. Paulo