sábado, 8 de outubro de 2011

UNE - União Nacional dos Estudantes

(Trabalho escolar)
CETISA – CENTRO EDUCACIONAL TIMBÓ S.A.
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA
PROFESSOR: JONATHAN KREUTZFELD
SÉRIE: 1° ANO A
ALUNOS: ANNY CAROLLINY LACERDA, ISABEL HORN LENZI, MATHEUS ALBERTO FELIPPI VOLANI E MORGANA ALINE VOIGT
TEMA GERAL: MOVIMENTOSIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL

UNE - UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES

TIMBÓ, 23/AGOSTO/2011
 
Introdução

Os movimentos sociais brasileiros são sinais de maturidade social que provocam impactos conjunturais e estruturais à sociedade, que ocorrem em espaços urbanos ou rurais. Cada movimento defende uma causa específica, influenciada por contradições e opiniões presentes na sociedade. No Brasil são observados movimentos de maior destaque, que ocupam um papel importante na história da nação, como o movimento feminista, o movimento hippie e o movimento negro. Dentre eles está o movimento estudantil, UNE, que representa os estudantes universitários do Brasil e carrega uma bandeira voltada à educação gratuita e de qualidade para todos.

Movimentos Sociais no Brasil

Os movimentos sociais no Brasil apresentam forte enfoque teórico oriundo do marxismo, sejam eles vinculados ao espaço urbano ou rural. Cada um dos movimentos possui uma reivindicação específica, no entanto, todos expressam as contradições econômicas e sociais presentes na sociedade brasileira.

Podemos citar como alguns exemplos de movimentos o da causa operária, o movimento negro, o movimento estudantil, o movimento de trabalhadores do campo, movimento feminista, movimentos ambientalistas, da luta contra a homofobia, separatistas, movimentos marxista, socialista, comunista, entre outros. Alguns destes movimentos possuem atuação centralizada em algumas regiões; outros, porém, com a expansão do processo de globalização, disseminação de meios de comunicação e veiculação da informação, rompem fronteiras geográficas em razão da natureza de suas causas, ganhando adeptos por todo o mundo.

As passeatas, manifestações em praça pública, difusão de mensagens via internet, ocupação de prédios públicos, greves, marchas entre outros, são características da ação de um movimento social. Os movimentos sociais são sinais de maturidade social que podem provocar impactos conjunturais e estruturais, em maior ou menor grau, dependendo de sua organização e das relações de forças estabelecidas com o Estado e com os demais atores coletivos de uma sociedade.

A existência de um movimento social requer uma organização muito bem desenvolvida, o que demanda a mobilização de recursos e pessoas muito engajadas. Os movimentos sociais não se limitam a manifestações públicas esporádicas, mas trata-se de organizações que sistematicamente atuam para alcançar seus objetivos políticos, o que significa haver uma luta constante e em longo prazo dependendo da natureza da causa.

Passeatas realizadas pelo movimento de trabalhadores rurais sem terra

e pelo movimento negro socialista, respectivamente.


UNE - União Nacional dos Estudantes


A escola e a universidade são o primeiro momento de encontro e socialização da juventude. É também onde, pela primeira vez, os jovens podem organizar coletivamente seus olhares, opiniões e vontades de mudar a realidade. A essa atividade, que acontece fora da sala de aula, é dado o nome de movimento estudantil. No meio desse processo, os jovens vão se organizando em entidades como os grêmios estudantis, DAs, DCEs, uniões municipais e estaduais de estudantes, executivas nacionais de cursos. Todas essas organizações juntas formam, há mais de 70 anos, a União Nacional dos Estudantes (UNE).

A UNE representa todos os estudantes universitários do Brasil, sua principal bandeira, historicamente, é a educação gratuita e de qualidade para todos. Desde as primeiras constituições da república, o Estado aponta na direção da universalização do ensino básico, no entanto, a educação não se apresenta com a mesma qualidade para todos, reproduzindo as graves desigualdades sociais brasileiras.

Desde muito pouco tempo, a juventude brasileira é tratada pelo governo brasileiro como uma parcela específica da população, com suas particularidades, demandas e potencialidades específicas. A UNE participa diretamente dessa luta pela implementação das políticas de juventude no Brasil e é membro fundador do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) desde 2005. A UNE contribui com o debate sobre juventude com assento também em outras instâncias como o Conselho Nacional de Saúde e o Conselho Nacional Antidrogas.

Durante os anos difíceis da ditadura e da redemocratização do Brasil, o movimento estudantil lutou pela liberdade, pela livre possibilidade de expressar opiniões, defender direitos e se organizar. Porém, mesmo nos novos tempos de democracia, alguns grupos da sociedade, e especialmente da juventude continuam oprimidos, vítimas de preconceito, violência, exclusão, injustiça e desigualdade de oportunidades. A UNE defende a unidade da juventude a partir da sua diversidade, privilegiando a organização de estudantes mulheres, gays, lésbicas, negros e outros grupos que compõe o mosaico colorido da classe estudantil brasileira. Entre as principais atividades do movimento estudantil nessa área estão o Encontro de Negros, Negras e Cotistas da UNE (Enune) e o Encontro de Mulheres da UNE (EME). Além disso, a UNE possui uma diretoria LGBT e participa da organização das principais paradas gays do Brasil. Defende as políticas afirmativas para a afirmação de minorias raciais, de gênero e, principalmente, para estudantes pobres terem mais acesso à universidade.

As lutas dos estudantes no Brasil assemelham-se, em muitos pontos, às dos trabalhadores urbanos e rurais, das famílias sem moradia, mulheres, servidores públicos, grupos que defendem, cada qual à sua maneira, a justiça social no país. A UNE participa ativamente da Confederação dos Movimentos Sociais (CMS), unificando suas bandeiras com as de dezenas de entidades de todo o Brasil. Os estudantes brasileiros defendem firmemente a reforma agrária e a redução da jornada de trabalho no país, são solidários às ocupações populares organizadas de moradia, apóiam todos os movimentos contrários ao preconceito e à intolerância, defendem a luta e os direitos das comunidades tradicionais no território nacional. No início dos anos 60, a UNE foi um dos principais movimentos brasileiros em defesa das reformas sociais do país, desde então, suas bandeiras estão sempre presentes em qualquer momento de mobilização importante para a afirmação dos movimentos populares e da igualdade no Brasil.

Na América Latina, a UNE está entre as principais participantes da OCLAE, a Organização Continental Latino Americana e Caribenha dos Estudantes. O movimento estudantil brasileiro defende a integração do continente a partir das forças populares, do fortalecimento da democracia e da redução das desigualdades sociais, tornando a América Latina um novo modelo de desenvolvimento humano para todo o planeta.

Passeata do 16º Congresso Latino Americano de Estudantes (CLAE)


História da UNE

O movimento estudantil tem seus primórdios em 1901, quando é criada a Federação dos Estudantes Brasileiros, entidade pioneira, porém que teve pouco tempo de atuação. Já em 1910 é realizado o I Congresso Nacional de Estudantes, em São Paulo. O rápido aumento do número de escolas, nas primeiras décadas do século, acompanhou também a rápida organização coletiva dos jovens, que desde o início de sua atuação, estiveram envolvidos com as principais questões do país.

A partir da Revolução de 1930, a politização do ambiente nacional levou os estudantes a atuarem firmemente em organizações como a Juventude Comunista e a Juventude Integralista. A diversidade de opiniões e propostas crescia, assim como o desejo de todos em formar uma única entidade representativa, forte e legítima, para promover a defesa da qualidade de ensino, do patrimônio nacional e da justiça social.

No dia 11 de agosto de 1937, na Casa do Estudante do Brasil, no Rio de Janeiro, o então Conselho Nacional de Estudantes conseguiu consolidar o grande projeto, já almejado anteriormente algumas vezes, de criar a entidade máxima dos estudantes. Reunidos durante o encontro, os jovens a batizam como União Nacional dos Estudantes (UNE). Desde então, a UNE começou a se organizar em congressos anuais e a buscar articulação com outras forças progressistas da sociedade. O primeiro presidente oficial da entidade foi o gaúcho Valdir Borges, eleito em 1939.

Os primeiros anos da UNE acompanharam a eclosão do maior conflito humano da história, a segunda guerra mundial. Os estudantes brasileiros, recém-organizados, tiveram ação política fundamental no Brasil durante esse processo, opondo-se desde início ao nazi-fascismo de Hitler e pressionando o governo do presidente Getúlio Vargas a tomar posição firme durante a guerra. Entraram em confronto direto com os apoiadores do fascismo, que buscavam maior espaço para essa ideologia no país. No calor do conflito, em 1942, os jovens ocupam a sede do Clube Germânia, na Praia do Flamengo 132, Rio de Janeiro, tradicional reduto de militantes nazi-fascistas. No mesmo período, o Brasil entrava oficialmente na guerra contra o Eixo, formado por Alemanha, Itália e Japão. Naquele mesmo ano, o presidente Vargas concedeu o prédio ocupado do Clube Germânia para que fosse a sede da União Nacional dos Estudantes. Além disso, pelo decreto-lei n. 4080, o presidente oficializou a UNE como entidade representativa de todos os universitários brasileiros.

Localização da primeira sede da UNE, na Praia do Flamengo 132, Rio de Janeiro.


Anos 50 e Início da Década de 60

Após a Guerra, a UNE fortaleceu a sua participação e posicionamento frente aos principais assuntos nacionais, fortalecendo o movimento social brasileiro em ações como a defesa do petróleo, que começava a ser mais explorado no país. Após a promulgação da Constituição de 1946, foi travado um grande debate entre os que admitiam a entrada de empresas estrangeiras para a extração, e os que defendiam o monopólio nacional. A UNE foi protagonista nesse momento com a campanha "O Petróleo é Nosso". A luta prosseguiu até 1953, quando se deu a criação da Petrobras.

Campanha da UNE – “O Petróleo é Nosso”.

Durante os anos 50, houve muita disputa pelo poder na entidade, um embate diretamente ligado aos principais episódios políticos do país como a crise política do governo Vargas que levaria ao suicídio deste presidente em 1954. Após o governo de Juscelino Kubitschek, foram eleitos Jânio Quadros e João Goulart, o Jango. Nesse período a União Nacional dos Estudantes e outras grandes instituições brasileiras formaram a Frente de Mobilização Popular. A UNE defendia mudanças sociais profundas, dentre elas, a reforma universitária no contexto das reformas de base propostas pelo governo.

A renúncia de Jânio Quadros em 1961 e a turbulência acerca da posse do vice João Goulart fizeram a UNE transferir momentaneamente sua sede, no ano 1961, para Porto Alegre. Ali, os estudantes tiveram atividade vital na chamada Campanha da Legalidade, movimento de resistência para garantir que Jango fosse empossado. Quando conseguiu chegar o poder, o presidente foi o primeiro da história a visitar a sede da UNE, já no Rio de Janeiro. Desde aquele período, crescia a tensão entre os movimentos sociais e os grupos conservadores da sociedade, entre eles os militares, que tentavam intimidar e coibir as ações da UNE.

Em 1962, a UNE lançou um projeto ousado, a mobilização a partir de caravanas que rodariam o Brasil. A primeira delas, que aconteceu naquele ano, foi a UNE Volante, que, em conjunto com o Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE, contribuiu para consolidar a dimensão nacional da entidade em todo o território do Brasil. Durante dois meses, a UNE foi ao encontro de estudantes de várias partes do país para debater a necessidade das reformas e entender a realidade brasileira com seus contrastes e potencialidades. Em 1964, o presidente da UNE José Serra foi um dos principais oradores do comício da Central do Brasil, que defendia as reformas sociais no país e foi um dos episódios que antecederam o golpe militar.


Reunião do CPC da UNE, em 1962.

A Ditadura Militar

A primeira ação da ditadura militar brasileira ao tomar o poder em 1964 e depor o presidente João Goulart foi: metralhar, invadir e incendiar a sede da UNE, na Praia do Flamengo 132, na fatídica noite de 30 de março para 1º de Abril. Ficava clara a dimensão do incômodo que os militares e conservadores sentiam em relação à entidade. A ditadura perseguiu, prendeu, torturou e executou centenas de brasileiros, muitos deles estudantes. O regime militar retirou legalmente a representatividade da UNE por meio da Lei Suplicy de Lacerda e a entidade passou a atuar na ilegalidade. As universidades eram vigiadas, intelectuais e artistas reprimidos, o Brasil escurecia. Em 1966, um protesto em Belo Horizonte na Faculdade de Direito é brutalmente reprimido. No mesmo ano, também na capital mineira, a UNE realiza um congresso clandestino no porão de uma igreja. Já no Rio de Janeiro, na Faculdade de Medicina da UFRJ, a ditadura reprime com violência os estudantes no episódio conhecido como Massacre da Praia Vermelha.

Apesar da repressão, a UNE continuou a existir nas sombras da ditadura, em firme oposição ao regime, como aconteceu no ano de 1968, marcado por revoluções culturais e sociais em todo o mundo. Foi quando estudantes e artistas engrossaram a passeata dos Cem Mil no Rio de Janeiro, pedindo democracia, liberdade e justiça. No entanto, os militares endureciam a repressão em episódios como a invasão do Congresso da UNE em Ibiúna (SP), com a prisão de cerca de mil estudantes. No fim do mesmo ano, a proclamação do Ato Institucional número 5 (AI-5) indicava uma violência ainda maior.

Passeata dos Cem Mil, em 1968.

Ao final dos anos 70, com os primeiros sinais de enfraquecimento do regime militar, a UNE começou a se reestruturar. O Congresso de reconstrução da entidade aconteceu Salvador, em 1979, reivindicando mais recursos para a universidade, defesa do ensino público e gratuito, assim como pedindo a libertação de estudantes presos do Brasil. No início dos anos 80, os estudantes tentaram também recuperar sua sede na Praia do Flamengo, mas foram duramente reprimidos e os militares demoliram o prédio.

Diretas Já e Fora Collor

Com o fim da ditadura militar, o movimento estudantil voltou às ruas para defender suas bandeiras históricas e a consolidação da democracia no país. Em 1984, a UNE participou ativamente da Campanha das "Diretas Já", com manifestações e intervenções importantes nos principais comícios populares daquele período. A entidade também apoiou a candidatura de Tancredo Neves à Presidência da República. Em 1985, foi aprovado pelo Congresso Nacional o projeto, de autoria do deputado e ex-presidente da UNE Aldo Arantes, que trazia a entidade de volta para a legalidade.

Passeata após a Campanha das “Diretas Já”.

Durante as eleições de 1989, a UNE se posicionou contra o projeto defendido pela candidatura de Fernando Collor de Melo, criticando seu aspecto neoliberal e distante das reformas históricas defendidas pelo movimento social. Quando o presidente envolveu-se em escândalos sucessivos de corrupção, o movimento estudantil teve papel predominante na mobilização dos brasileiros com o movimento dos jovens de caras pintadas na campanha "Fora Collor". Em 1992, após enormes manifestações estudantis com repercussão em todo o país, o presidente renunciou ao cargo para não sofrer processo de impeachment pelo Congresso Nacional.

Campanha “Fora Collor”, em 1989.

A Nova Democracia Brasileira

Após as turbulências da redemocratização do Brasil, o movimento estudantil passou a conviver, a partir de 1994, com novos desafios em um período de maior estabilidade política. Durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, que ganhou duas eleições seguidas, as principais pautas dos estudantes foram a luta contra o neoliberalismo e a privatização do patrimônio nacional. Foi uma época de embate do governo federal com os movimentos sociais, marcando o período de menor diálogo e negociação da UNE com o poder executivo na história, à exceção do regime militar.

A UNE posicionou-se firmemente contra a mercantilização da educação, promovida pela gestão FHC. Durante seu governo, foram privilegiadas as instituições particulares de ensino, com o sucateamento das universidades públicas e atrito constante com professores, funcionários e estudantes das federais de todo o país. Outras bandeiras da UNE foram contra os abusos nas mensalidades do ensino particular e contra o Provão, sistema de avaliação institucional aplicado sobre as universidades brasileiras. O ano de 1999 marca a retomada do trabalho cultural da entidade com a realização da 1ª Bienal da UNE. No mesmo ano, o presidente cubano Fidel Castro participa do congresso da UNE em Belo Horizonte, no ginásio do Mineirinho. Já em 2001, é lançado o Circuito Universitário de Cultura e Arte (CUCA) da UNE.

Em 2002, uma grande coalizão das forças populares e democráticas do Brasil conduziu o metalúrgico e sindicalista Luís Inácio Lula da Silva à presidência do país. Os estudantes apoiaram a candidatura Lula após um plebiscito nas universidades. Durante a gestão do novo presidente, que também seria reeleito como seu antecessor, os estudantes reabriram o canal histórico de interlocução com o governo federal. Assim como Jango, Lula, por duas vezes, visitou pessoalmente a sede da UNE na mesma Praia do Flamengo 132.

Lula visita a UNE.

A UNE avançou em suas reivindicações, defendendo a reforma universitária, com aumento do acesso e permanência dos jovens brasileiros no ensino superior. Em 2004, foram realizadas duas caravanas da UNE por diversos estados do país levando aos estudantes temas como a própria reforma e também a cultura. Foram elas a "Caravana UNE pelo Brasil" e a "Caravana Universitária de Cultural e Arte - Paschoal Carlos Magno". O resultado da atuação da entidade e do debate sobre a reforma foi a criação, junto ao governo federal, de programas como o ProUni, que garante bolsas em universidades particulares para estudantes de baixa renda, e o Reuni, programa de expansão das vagas em universidades públicas.

Em 2007, após uma grande manifestação no Rio de Janeiro, os estudantes ocuparam o terreno de sua antiga sede, na Praia do Flamengo, que havia sido demolido pela ditadura militar e estava em posse de um estacionamento clandestino. Após a ocupação e com a montagem de um acampamento que se prolongou por meses, a UNE ganhou na justiça a posse do local e, alguns anos depois, o reconhecimento completamente unânime do Congresso Nacional de que o Estado brasileiro tinha uma dívida com os estudantes pela invasão, incêndio e demolição da sua sede. Em 2010, um dos últimos atos do presidente Lula no cargo foi inaugurar, no local, as obras para a reconstrução do prédio da UNE.

Presidente Lula no lançamento da pedra fundamental da reconstrução do prédio da UNE.


UNE – Século 21

Neste início de século 21, o movimento estudantil diversificou sua atuação, em direção às principais demandas da juventude brasileira. A UNE se mobiliza em grandes Bienais, que valorizam áreas como ciência, tecnologia e esporte, em movimentos de estudantes negros, mulheres, gays, lésbicas e outros grupos. Em 2008, a entidade realizou mais uma caravana nacional, desta vez pautando também temas como a saúde e qualidade de vida da população jovem brasileira. Além disso, a UNE tem papel central na Organização Continental Latino-Americana e Caribenha de Estudantes (OCLAE), integrando suas lutas às dos jovens dos demais países do continente. O movimento estudantil brasileiro hoje defende bandeiras como a do software livre, inclusão digital, meio ambiente, segurança pública e o protagonismo positivo do Brasil, enquanto nação emergente, no novo cenário mundial.

Em 2010, a UNE apoiou no segundo turno a candidatura de Dilma Rousseff, ex-militante estudantil que se tornou primeira mulher presidente do Brasil. Duas conquistas históricas nesse período marcam o movimento estudantil: a aprovação da PEC da Juventude no Congresso Nacional, incluindo na constituição o termo juventude e dessa forma reconhecendo os direitos dessa parcela da sociedade, e a aprovação da emenda ao projeto de lei do Pré-sal que garante a destinação de 50% do fundo social, que irá gestar os recursos da camada do novo petróleo brasileiro, exclusivamente para a educação.

UNE exigem 10% do PIB 50% dos recursos do pré-sal para a educação.

A história da UNE confunde-se com a do próprio Brasil no último século e no começo deste. Em um passado recente, participaram do movimento estudantil pessoas como a presidente Dilma Rousseff e o compositor Vinícius de Morais, como o ex-governador de São Paulo José Serra e o cineasta Cacá Diegues, como o religioso Frei Beto e o poeta Ferreira Gullar. No presente participam, em todos os 27 estados do país, centenas de milhares de novos militantes negros, mulheres, jovens empreendedores, roqueiros, funkeiros, índios, gays, lésbicas, nerds, geeks, evangélicos, umbandistas, skatistas, ativistas ambientais, jovens atletas, esquerdistas, direitistas, pesquisadores, pintores, capoeiristas, cineclubistas, tuiteiros, blogueiros, radicais, moderados, fashionistas, cotistas, antenados, rappers, hippies, modernos, regionalistas ou cosmopolitas que preferem agir coletivamente.

Conclusão

Concluí-se que o movimento estudantil destaca-se, entre os demais movimentos sociais brasileiros, devido à sua grande influência histórica, além da defesa de uma causa nobre, a educação de qualidade ao alcance de todos.

A UNE nasceu envolvida em questões políticas; os estudantes pressionaram o governo de Getúlio Vargas durante a Segunda Guerra Mundial, lutaram pelo petróleo e combateram o regime e a ditadura militar, além de terem participado de diversas campanhas de extrema relevância. O movimento continua a lutar pela liberdade e pela livre possibilidade de expressão, defendo a unidade partir da diversidade, com foco principal ligado à juventude brasileira.

Referências
Disponível em: http://www.geomundo.com.br/geografia-30197.htm
Acesso em: 08/08/2011

Acesso em: 13/08/2011

Acesso em: 13/08/2011

Acesso em: 20/08/2011

Acesso em: 20/08/2011

Disponível em: http://www.une.org.br/memoria/historia-da-une.html
Acesso em: 20/08/2011

Acesso em: 20/08/2011

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