sexta-feira, 20 de abril de 2012

Censo Indígena 2010 - Novidades


Amazonas possui quatro municípios com maior número de indígenas do país, diz IBGE

Segundo o Censo de 2010, dez municípios com maior concentração de população indígena concentravam 126,6 mil índios, o que corresponde 15,5% da população indígena nacional

    Com tanta diversidade étnica, a harmonia entre as famílias não é quebrada por conflitos
    Cresce a população de índios autodeclarados no país (Odair Leal)
    Dos cinco municípios brasileiros que possuem mais de 10 mil indígenas residentes, quatro estão localizados no Amazonas. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do Censo 2010 e correspondem aos indígenas autodeclarados do país.
    Segundo o Censo de 2010, os dez municípios com maior concentração de população indígena concentravam 126,6 mil índios, o que corresponde 15,5% da população indígena nacional. Os quatro municípios do Amazonas que possuem mais de dez mil indígena em seu território são São Gabriel da Cachoeira (29 mil), São Paulo de Olivença (15 mil), Tabatinga (14,9 mil) e Santa Isabel do Rio Negro (10,9 mil).
    Conforme os dados do IBGE o Norte do país permanece como a região com maior número de índios morando em áreas rurais. Em um total de 502 mil indígenas rurais, 48,6 % moram nesta região.
    O Nordeste é a região do Brasil em que há maior número de indígenas urbanos, 80,5% dos 817 mil indígenas declarados. Esse dado supera o Censo dos anos anteriores em que o Sudeste era líder.
    Segundo o Censo de 2010, há 817 mil pessoas que se autodeclararam indígenas em todo o país. Cerca de 80,5% municípios brasileiros possuem pelo menos um indígena autodeclarado.
    Este foi o primeiro Censo que foi investigado o contingente da população indígena dentro do quesito cor e raça também no questionário básico, totalizando o Universo de domicílios pesquisados.

    Seca no Oeste de SC


    Falei essa semana nas aulas de Espaço Rural, enquanto grandes latifundiários reclamam de juros, os pequenos não recebem financiamento, nem seguro em caso de problemas como a seca no oeste de SC.

    Jonathan Kreutzfeld

    Pequenos produtores de Santa Catarina podem ficar sem compensação por prejuízos causados pela seca

    Apesar de acionarem o seguro agrícola, muitos ficarão sem receber pelas perdas

    • Darci Debona
    Sirli Freitas
    Foto: Sirli Freitas / Agencia RBS
    Muitos produtores afetados pela seca em Santa Catarina não receberão compensação pelo prejuízo
    As perdas provocadas pela estiagem levaram 3,2 mil pequenos produtores de Santa Catarina a acionar o seguro agrícola do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). Mas, o início das avaliações técnicas deixou claro que muitos não receberão nenhuma compensação pelo prejuízo.
    O gerente regional da Epagri de Chapecó, Valdir Crestani, afirma que vários produtores estão retirando o pedido feito ao banco para não ter que pagar o laudo.
    O problema está na interpretação das regras do Proagro. Para ser beneficiado, o pequeno produtor precisa comprovar quebra de 30% da safra. A questão é que o percentual se refere à receita financeira prevista e não à produção. Por isso, o que deve ser levado em conta é o valor estimado de produção declarado ao banco. Por exemplo, se o produtor projetou colher 100 sacas em uma área ao preço de R$ 22 a saca, então a previsão de renda por hectare é de R$ 2,2 mil.
    Alisson Baldissera, do escritório da Epagri de Chapecó, conta o caso de um agricultor que esperava colher 210 sacas por hectare e perdeu 50% da sua produção. Ele fez um financiamento de R$ 7,4 mil e gastou mais R$ 3 mil do bolso para plantar uma área de cinco hectares. Mas, apesar do prejuízo provocado pela quebra, a receita bruta das 105 sacas a serem colhidas significam R$ 15 mil, valor suficiente para quitar o empréstimo.
    – O problema no caso do seguro é que o preço do milho está alto – diz o engenheiro agrônomo Ivan Tormen.
    Ele foi à propriedade de Marino Basso, no interior de Nova Itaberaba, cidade de 4,3 mil habitantes do extremo-oeste. O agricultor acredita ter perdido metade da lavoura de milho, para a qual financiou R$ 8 mil.
    Chegando lá, Tormen constatou que o produtor havia cortado 1,5 hectare da lavoura para as vacas, o que não é permitido. Além disso, nos 3,5 hectares restantes, ele deveria colher pelo menos 300 sacas ou R$ 8,1 mil, montante superior ao empréstimo.
    Mesmo ficando sem renda, o agricultor foi orientado a não encaminhar o pedido de Proagro, porque ele seria negado e ainda teria que bancar o laudo, que custa R$ 190.
    Basso, a exemplo de muitos agricultores do Oeste do Estado, perdeu a renda do milho e 30% da receita do leite. Não receberá o prêmio do Proagro, mas ficará em dia com o banco.
    DIÁRIO CATARINENSE

    terça-feira, 17 de abril de 2012

    MST - Protesto Reforma Agrária Eldorado Carajás

    Prefiro não expor minha opinião, mas repasso a informação.

    Jonathan Kreutzfeld

    http://www.mst.org.br/node/13175

    MST faz protestos em 17 estados por Reforma Agrária e justiça

    16 de abril de 2012



    Da Página do MST


    O MST realiza uma série de protestos na Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, nesta segunda-feira (16), para cobrar a realização da Reforma Agrária e pela punição dos responsáveis pela morte de 21 trabalhadores rurais assassinados no Massacre de Eldorado dos Carajás, em operação da Polícia Militar, no Pará, em 1996.

    Já foram realizados protestos em 17 estados e em Brasília, somando 38 ocupações de terra, nove ocupações de sedes do Incra, cinco protestos em prédios públicos, além de trancamentos de estradas e criação de acampamentos nas cidades.

    Em Brasília, cerca de 1500 trabalhadores rurais do MST ocuparam o Ministério do Desenvolvimento Agrária (MDA) em Brasília, para denunciar a estagnação da Reforma Agrária e a diminuição de investimentos em desapropriações de terras no país por parte do governo federal.

    Em Pernambuco, os Sem Terra já ocuparam seis fazendas improdutivas. Nesta segunda, cerca de 300 famílias ocuparam a fazenda Amargoso, no município de Bom Conselho, agreste do estado, e a fazenda Condado, no município de São Bento do Una.

    Na Bahia, cerca de 3 mil integrantes dos movimentos sociais do campo, como o MST, montaram acampamento, na manhã desta segunda-feira, na frente da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. O MST já ocupou 24 fazendas na Bahia, desde o começo do mês de abril. Foram ocupações no Extremo Sul, Sul, Sudoeste, Baixo Sul, Chapada, Recôncavo, Norte e Nordeste. Duas ocupações foram realizadas nesta segunda-feira, em Juazeiro e Queimada.
    No Ceará, o Palácio da Abolição, sede do governo do estado, foi ocupado por cerca de 1.500 trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade. O ato reivindica ações por parte do governo para amenizar os efeitos da seca que já atinge vários municípios, além do assentamento imediato das 2.000 famílias acampadas no estado.

    No Rio Grande do Sul, 300 famílias de Sem Terra fizeram duas ocupações. As áreas ficam nos municípios de Sarandi e Santa Margarida do Sul (que tem 950 hectares estão em processo de desapropriação há mais de três anos).

    No interior de São Paulo, no Pontal do Paranapanema, 600 Sem Terra ocupam a Fazenda São Domingos, no município de Sandovalina. Essa fazenda já foi ocupada diversas vezes e, em uma delas, houve um conflito que acabou na morte de sete trabalhadores rurais. Os trabalhadores protestam contra o projeto do governador Geraldo Alckmin de legalizar a grilagem no extremo oeste paulista.

    No Maranhão, cerca de 400 camponeses ocupam a sede do Incra, em Imperatriz, sudeste do estado. O protesto cobra o assentamento das 3.500 famílias acampadas no estado, em 19 acampamentos só do MST. Há famílias que lutam há 14 anos pelo assentamento definitivo, já que no estado nenhuma área foi desapropriada nos últimos quatro anos.

    Em Sergipe, cerca de 300 famílias ocuparam a sede do Incra em Aracaju,  para pressionar o governo para realizar a Reforma Agrária e reforçar a jornada nacional de lutas do MST, nesta segunda-feira. Os Sem Terra chegaram à sede do Incra pela manhã e se preparam para fazer a ocupação. Eles pretendem permanecer na sede até a próxima sexta-feira (20/4). Até lá, outras ações vão acontecer no estado. "A Reforma Agrária está parada em Sergipe. Temos 12 mil famílias acampadas e, no ano passado, apenas 300 foram assentadas. Nesse ritmo, vai demorar 40 anos para assentar todas essas famílias", disse Gislene Reis, da Direção Nacional do MST.
    Na Paraíba, a sede do Incra também foi ocupada na manhã dessa segunda-feira por cerca de 500 famílias camponesas. Os lavradores entregaram uma pauta de reivindicação ao superintendente do Incra, Lenildo Dias de Morais, reivindicando desapropriação de áreas, garantia de infraestrutura para assentamentos e liberação de linhas de créditos para as famílias camponesas. Mais de 100 famílias ocuparam duas áreas do sertão da Paraíba.

    Em Rondônia, 700 pessoas participaram da ocupação da sede do Incra de Ji-Paraná. Os camponeses esperam que o superintendente do Incra, Luiz Flavio Carvalho Ribeiro, se posicione sobre a pauta de reivindicações entregue há 15 dias pelos Sem Terra.

    Em Santa Catarina, cerca de 500 agricultores do MST ocuparam a superintendência do Incra em Florianópolis.A ação, que faz parte da jornada nacional de lutas, exige o assentamento das 500 famíias acampadas no estado e a efetivação de políticas para o desenvolvimento dos assentamentos, especialmente agroindústrias. "Não houve nenhuma desapropriação no ano passado e, neste ano, apenas duas, pelas quais lutamos há muito tempo. O processo está muito lento", disse Altair Lavratti, da coordenação nacional do MST.
    No Rio de Janeiro, o prédio do Incra na cidade do Rio de Janeiro também foi ocupado por cerca de 300 Sem Terra. Os manifestantes reivindicam a efetivação da Reforma Agrária e denunciam a paralisação do processo de assentamento das famílias acampadas.

    No Mato Grosso, cerca de 200 trabalhadores do MST ocuparam a sede da Receita Federal, cuja mobilização começou na noite de sábado, ao montarem um acampamento na Praça Ulisses Guimarães, localizada na Avenida Rubens de Mendonça, em frente ao Centro Político e Administrativo. Além disso, outros 400 camponeses bloquearam um trecho da BR-163, no norte de Mato Grosso. O bloqueio acontece em um trecho distante nove quilômetros da cidade de Sorriso, a 420 km de Cuiabá.

    No Mato Grosso do Sul, 250 famílias do MST ocuparam a Fazenda Boa Esperança, localizada às margens da rodovia MS-134, há cerca de 10 quilômetros da sede do município de Batayporã. Houve também um bloqueio nessa estrada. Cerca de 300 lavradores do MST ocuparam o prédio do Incra em Campo Grande, nesta segunda-feira.

    No Paraná, mais de 500 camponeses montaram um acampamento na cidade de Curitiba e ocuparam parte das ruas da cidade na manhã desta segunda-feira, em marcha de aproximadamente três quilômetros ao prédio do Incra, onde entregaram uma pauta de reivindicações. Os Sem terra pretendem permanecem na capital paranaense até sexta-feira, período em que terão reuniões com várias entidades e secretarias estaduais.

    Em Minas Gerais, cerca de 40 famílias do MST ocupam a fazenda Palmeiras no município de Carmo do Paranaíba, desde o começo do mês. A área faz parte de um conglomerado de outras quatro propriedades pertencentes à massa solvente Ofir de Castro, que juntas totalizam cerca de 800 hectares. Atualmente, 150 famílias do Movimento ocupam quatro das cinco áreas pertencentes ao grupo, por Reforma Agrária.

    A rodovia BR 304, no Rio Grande do Norte, foi trancada por cerca de 700 trabalhadores (as) do MST no dia 2. O trancamento da rodovia serviu para denunciar as ações do poder judiciário da região que emitiram mandatos de despejos ilegais em três áreas de acampamentos do MST.

    No estado do Pará, a Juventude do MST iniciou desde o último dia 8 de abril o seu 7° Acampamento Pedagógico “Oziel Alves”, em Eldorado dos Carajás. Desde 2006, a juventude Sem Terra do estado se reúne em memória às vítimas e cobram justiça. O acampamento irá até o dia 17 desse mês e todos esses dias os jovens fazem o fechamento da rodovia (BR-155) por 21 minutos, em memória ao massacre. No último dia do acampamento, 17 de abril (Dia Internacional da Luta Camponesa), acontece um ato político na chamada 'Curva do “S”.

    Veja cronologia do processo jurídico da impunidade do Massacre de Eldorado de Carajás

    Veja vídeo sobre a jornada em http://youtu.be/hFd0dyZQQX8
    Abaixo, saiba por que estamos em luta.
    POR QUE ESTAMOS MOBILIZADOS NA JORNADA DE ABRIL DE 2012
    EM MEMÓRIA DOS MORTOS NO MASSACRE DE ELDORADO DOS CARAJÁS

    A jornada de lutas é realizada em memória aos 21 companheiros assassinados (19 morreram na hora no local) no Massacre de Eldorado de Carajás, em operação da Polícia Militar, no município de Eldorado dos Carajás, no Pará, no dia 17 de abril de 1996, que se tornou oficialmente o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária. Depois de 16 anos de um massacre de repercussão internacional, ninguém foi preso e o país ainda não resolveu os problemas da pobreza no campo nem acabou com o latifúndio, que continua promovendo diversos atos de violência.

    REFORMA AGRÁRIA PARADA E CORTES

    As nossas ocupações, protestos e marchas tem como objetivo denunciar que a Reforma Agrária está parada com com diminuição nas políticas de desapropriações de terras. O primeiro ano do governo Dilma foi o pior para a criação de assentamentos dos últimos 16 anos (apenas 7 mil famílias do MST foram assentadas). Agora em abril, o Ministério do Planejamento cortou 60% do orçamento do Incra. Esse recurso é suficiente apenas para o pagamento de salários dos servidores. Foram cortados os recursos para obtenção de terras, instalação de assentamentos, para desenvolvimento da agricultura familiar e para a educação do campo. Com isso, a tendência é o governo repetir o desempenho lamentável do ano passado.

    COMPROMISSOS DESCUMPRIDOS PELO GOVERNO

    Cobramos que o governo federal cumpra os compromissos assumidos com o MST em agosto de 2011, por meio do ministro Gilberto Carvalho, que ainda não foram cumpridos:

    1- Exigimos um plano emergencial do governo federal para o assentamento das mais de 186 mil famílias acampadas até o final deste ano. Temos famílias acampadas há mais de cinco anos, vivendo em situação bastante difícil à beira de estradas e em áreas ocupadas, que são vítimas da violência do latifúndio e do agronegócio.

    2- Precisamos de um programa de desenvolvimento dos assentamentos, com investimentos públicos, crédito agrícola, habitação rural, educação e saúde. Os nossos assentados também passam por uma situação bastante difícil, com a falta de investimento público para crédito rural e infraestrutura em áreas de reforma agrária, como casa, saneamento básico, escola e hospital.

    3- Precisamos de um novo tipo de credito rural que não endivide ainda mais os pequenos agricultores. O modelo do Pronaf não atende o público da reforma agrária, pois o volume de recursos não atende a todos os setores.

    4-  Precisamos também medidas para garantir educação nos assentamentos, com a construção de escolas nos assentamentos (em todos os níveis, do infantil, passando pelo fundamental até o médio), um programa de combate ao analfabetismo e políticas para a formação de professores no meio rural.

    PROGRAMA DE AGROINDÚSTRIAS E PRODUÇÃO DE ALIMENTOS

    Precisamos fortalecer os assentamentos com a implementação de um programa de agroindústrias para produzir e beneficiar os alimentos. Com a industrialização dos alimentos, a produção ganha valor agregado, elevando a renda das famílias. A criação das agroindústrias vai criar uma cadeia produtiva para a geração de empregos no campo. Há um grande potencial de criação de postos de trabalho, mas nossos assentados passam por uma situação bastante difícil, com a falta de investimento público para crédito rural e infraestrutura em áreas de reforma agrária, como casa, saneamento básico, escola e hospital.

    COMBATE À POBREZA

    Um levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) aponta que a insegurança alimentar é maior na área rural do que na urbana. Enquanto 6,2% e 4,6% dos domicílios em área urbana apresentavam níveis moderado e grave de insegurança alimentar, respectivamente, na área rural as proporções foram de 8,6% e 7%. A presidenta Dilma fez o compromisso de acabar com a pobreza no seu governo. Só é possível acabar com a pobreza com a realização da Reforma Agrária e políticas para o desenvolvimento dos assentamentos. A Reforma Agrária, casada com um programade agroindustrialização da produção, é a resposta para enfrentar a pobreza, porque gera renda, cria empregos e aumenta a produção de alimentos.

    CONTRA O USO DOS AGROTÓXICOS

    O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo desde 2009. Mais de um bilhão de litros de venenos foram jogados nas lavouras, de acordo com dados oficiais. Os agrotóxicos contaminam a produção dos alimentos que comemos e a água (dos rios, lagos, chuvas e os lençóis freáticos) que bebemos. Mas os venenos não estão só no nosso prato. Todo o ambiente, os animais e nós, seres humanos, estamos ameaçados. Os agrotóxicos causam: câncer, problemas hormonais, problemas neurológicos, má formação do feto, depressão, doenças de pele, problemas de rim, diarreia, vômitos, desmaio, dor de cabeça, problemas reprodutivos, contaminação do leite materno.

    NOVO MODELO AGRÍCOLA

    Precisamos de uma nova matriz de produção agrícola. O modelo do agronegócio se sustenta no latifúndio, na mecanização predadora, na expulsão das famílias do campo e no uso exagerado de agrotóxicos. Queremos a proibição do uso dos venenos. No lugar dos latifúndios, defendemos pequenas e médias propriedades e Reforma Agrária. Somos favoráveis ao “Desmatamento zero”, acabando com devastação do ambiente. Em vez da expulsão campo, políticas para geração de trabalho e renda para a população do meio rural. No lugar das empresas transnacionais, a organização de cooperativas de agricultores e agroindústrias para produzir em escala e beneficiar os alimentos. Novas tecnologias que contribuam com os trabalhadores e acabem com a utilização de agrotóxicos. Daí será possível um jeito diferente de produzir: a agroecologia.

    CÓDIGO FLORESTAL- VETA DILMA!

    O agronegócio deteriora o ambiente com a monocultura, como de soja, eucalipto, cana-de-açúcar e pecuária intensiva. Por isso, faz pressão para mudar o Código Florestal para ampliar a fronteira agrícola e para desmatar áreas de preservação ambiental. O agronegócio e as empresas estrangeiras quer acabar com esse legislação progressista, que obriga que todas as propriedades preservem uma porcentagem da área verde (80% na Amazônia, 40% no Cerrado e 20% no geral). A preservação da natureza é fundamental para o desenvolvimento do Brasil, para enfrentar o aquecimento global e evitar os desastres naturais que estão se repetindo todos os anos. Por isso, estamos fazendo uma campanha junto com outros movimentos camponeses, ambientalista, juristas e com a Igreja para que a presidenta Dilma vete o projeto da bancara ruralista para fazer alteração do Código Florestal.

    sexta-feira, 13 de abril de 2012

    Sumidouro de Carbono na Amazônia

    Como administrar o sumidouro de carbono?



      ESPECIAIS - A AMAZÔNIA EM DEBATE
    Como administrar o sumidouro de carbono?
    Capitalização do excedente de gás carbônico absorvido pela Amazônia gera polêmica 

    O Já se acreditou que a Amazônia fosse uma das principais fontes de oxigênio do planeta. As campanhas para sua preservação apresentavam-na como o ’pulmão do mundo’. Porém, descobriu-se que a floresta consome quase todo o oxigênio que produz, e sua biodiversidade tornou-se a principal bandeira dos ecologistas. No entanto, estudos recentes deram nova munição aos defensores da Amazônia: constatou-se que ela absorve mais gás carbônico que o estimado.
    Pesquisas recentes indicam que a Amazônia absorve mais gás carbônico do que emite

    As pesquisas indicam que o balanço do CO2 absorvido na fotossíntese e o liberado pela respiração ou decomposição não é nulo, como acreditavam os cientistas. "Não se sabe ao certo a causa do fenômeno", afirma Carlos Nobre, meteorologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). "Acredita-se que em uma atmosfera commaior concentração de gás carbônico, as plantas absorvam mais esse gás." O destino do excedente absorvido também é uma incógnita. Especula-se que ele possa levar as árvores a crescer mais, ou ser direcionado ao solo através das raízes.

    No entanto, o balanço positivo do gás carbônico absorvido pela floresta é ameaçado pela emissão do gás nas queimadas. O Brasil é responsável por uma pequena parcela das emissões mundiais do composto, que contribui para o efeito estufa. Ao contrário do que ocorre em muitos países, a maioria das emissões nacionais não resulta da queima de combustíveis fósseis. "As queimadas emitem cerca de cinco vezes mais que os combustíveis, sem trazer benefícios para a população", afirma o ecólogo Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Além de contribuir para o efeito estufa, o fogo destrói o sumidouro de gás carbônico.

    Queimadas são responsáveis pela maior parte das emissões brasileiras de CO2

    O aumento da emissão de CO2 devido à queima da floresta, associado à inadequação da maior parte do solo amazônico à exploração pela agricultura ou por pastagens, fazcom que desmatar seja economicamente desaconselhável. Preservar a Amazônia pode até render dividendos ao Brasil: é possível que o protocolo de Kyoto, que prevê que os países desenvolvidos reduzam a emissão de gás carbônico a índices inferiores aos de 1990, permita que esses países paguem aos que detêm florestas para não desmatá-las.

    "Se isso acontecer", diz Fearnside, "o retorno econômico estimado do carbono conservado na terra florestada será maior que qualquer investimento feito nela." Projetos para evitar o desmatamento poderiam ser pagos pelos países poluidores. "Resta saber comcomprovar que um projeto conservou certa quantidade de gás carbônico."

    A solução, porém, encontra resistência dentro e fora do Brasil. Algumas organizações ecológicas discordam desse comércio, pois alegam que não solucionaria o problema da emissão de CO2 pelos países desenvolvidos. O governo brasileiro e alguns pesquisadores temem pela soberania nacional. Os cientistas ouvidos pela CH on-line , no entanto, não vêem fundamento na preocupação. "Os projetos teriam tempo determinado, e não afetariam de modo algum a soberania", diz Nobre. 


    Renata Ramalho 

    Ciência Hoje/RJ

    Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/especiais/a-amazonia-em-debate/como-administrar-o-sumidouro-de-carbono 

    terça-feira, 10 de abril de 2012

    Vestibular UDESC 2012

    Olá caríssimos alunos! o vestibular da UDESC tem novo edital e novidades!

    Da parte de Geografia são 15 questões e temos novamente questões regionalizadas sobre Santa Catarina!


    GEOGRAFIA

    COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
     Compreensão da linguagem cartográfica
     Contextualização sócio-espacial
     Interação/ação

    CONTEÚDOS
     O Globo Terrestre e a Situação Geográfica do Brasil e de Santa Catarina
     A Dinâmica da Natureza e sua Importância na Organização do Espaço
     A Formação Econômico-Social e Espacial do Brasil e de Santa Catarina (Aspectos naturais; Aspectos humanos; Atividades econômicas).
     O Espaço Mundial Contemporâneo (Os pólos de poder na economia globalizada; As regiões periféricas: América Latina, África e Ásia; As recentes mudanças no mundo atual).
     O Desenvolvimento e a Questão Ambiental

    HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA

    CONTEÚDOS

    A OCUPAÇÃO, EXPLORAÇÃO E POVOAMENTO DO TERRITÓRIO CATARINENSE
     Os primeiros contatos dos europeus com os indígenas
     O reconhecimento e povoamento do litoral e do planalto
     As imigrações e migrações: colonizações - estabelecimento e expansão

    ECONOMIA, POLÍTICA, QUADRO SOCIAL.
     A história política e administrativa em Santa Catarina - da colonização à República
     A escravidão e o preconceito
     A configuração de um novo espaço econômico, político e social no século XIX
     A evolução econômico-social: de subsistência à subsidiária; o rural e o urbano; a industrialização; política de urbanização e a modernidade
     Os movimentos e rebeliões político-sociais - século XIX e XX
     Os impactos da 1ª Grande Guerra, do Estado Novo e da 2ª Grande Guerra em Santa Catarina
     O modelo catarinense de desenvolvimento. Planos de Governo
     A definição do território e a atualidade catarinense - Santa Catarina nas últimas décadas

    AS REGIÕES GEOECONÔMICAS DE  SANTA  CATARINA  – FORMAÇÃO, CARACTERIZAÇÃO, DELIMITAÇÃO, LOCALIZAÇÃO, ABRANGÊNCIA, ATIVIDADES

     A região Sul
     O planalto
     O Vale do Itajaí
     A região de Florianópolis
     A região Nordeste

    O ESPAÇO CATARINENSE
     Dinâmica populacional: colonização, migrações, grupos étnicos, distribuição por sexo, faixa etária, atividades econômicas, ocupação
     Estrutura urbana: crescimento e dinâmica das cidades no Estado
     A produção artesanal e manufatureira no Estado
     O comércio e serviços: oferta, distribuição e abrangências22
     A indústria: caracterização, fomento, aspectos econômicos, sociais e políticos
     O turismo: sustentável e predatório; turismo como atividade econômica no Estado
     A agricultura e a questão agrária em Santa Catarina: o debate sobre a questão agrária, os problemas agrários em Santa Catarina, a agricultura e o meio ambiente
     A pesca em Santa Catarina: artesanal e industrial
     Comunicação e transportes
     O Mercosul: as iniciativas de integração e as contradições do Mercosul

    O MEIO AMBIENTE CATARINENSE
     Os conjuntos das paisagens naturais catarinenses: os aspectos físicos (relevo, vegetação, clima, hidrografia)
     As transformações do meio ambiente: uso do solo, manejo, industrialização, urbanização, fronteiras
    agrícolas.
     Os grandes problemas ambientais: poluição, desmatamento, cheias, manejo, violência, miséria, fome, água.

    A ARTE E CULTURA CATARINENSE: SÉCULOS XIX E XX
     Os movimentos artísticos e literários em Santa Catarina
     A educação em Santa Catarina
     Tendências e impasses contemporâneos

    Fonte: http://www.vestibular.udesc.br/?id=998

    Jonathan Kreutzfeld

    Ranking do PIB dos países

    Lugar
    País
    PIB
    (milhões de dólares americanos)
    Mundo
    62 911 253
    União Europeia
    16 242 256
    1
    Estados Unidos
    14 526 550
    2
    China
    5 878 257
    3
    Japão
    5 458 797
    4
    Alemanha
    3 286 451
    5
    França
    2 562 742
    6
    Reino Unido
    2 250 209
    7
    Brasil
    2 090 314
    8
    Itália
    2 055 114
    9
    Índia
    1 631 970
    10
    Canadá
    1 577 040
    11
    Rússia
    1 479 825
    12
    Espanha
    1 409 946
    13
    Austrália
    1 237 363
    14
    México
    1 034 308
    15
    Coreia do Sul
    1 014 482
    16
    Países Baixos
    780 668
    17
    Turquia
    735 487
    18
    Indonésia
    706 752
    19
    Suíça
    527 920
    20
    469 401

    Fonte: http://fmi.org/ gerado com dados de 2010.


    Já a situação revisada e projetada de 2011 demonstra Brasil ultrapassando o Reino Unido!

    BRASIL DEVE SER NESTE ANO A 6ª MAIOR ECONOMIA MUNDIAL

    CONSULTORIAS E FMI ESTIMAM QUE O BRASIL VAI ULTRAPASSAR O PIB DO REINO UNIDO 

    ECONOMIA BRASILEIRA PODE SUPERAR TODOS OS EUROPEUS ATÉ 2020

    CRISE NOS DESENVOLVIDOS JUSTIFICA O NOVO RANKING 

    Por Érica Fraga na Folha de São Paulo 

    “A crise dos países desenvolvidos ajudará o Brasil a ganhar posições com mais rapidez no ranking de maiores economias do mundo. Em 2011, o Produto Interno Bruto [PIB] brasileiro medido em dólares deverá ultrapassar o do Reino Unido, segundo projeções do Fundo Monetário Internacional [FMI] e das consultorias EIU (Economist Intelligence Unit) e BMI (Business Monitor International).

    A estimativa mais recente, da EIU, prevê que o PIB do Brasil alcance US$ 2,44 trilhões, ante US$ 2,41 trilhões do PIB britânico. Com isso, o Brasil passará a ocupar a posição -inédita desde, pelo menos, 1980- de sexta maior economia do mundo. Em 2010, ao deixar a Itália para trás, o país já havia alcançado o sétimo lugar.

    Como a economia brasileira cresce em ritmo menor que a de outros emergentes asiáticos, em 2013, o país deverá perder a sexta posição para a Índia. Mas voltará a recuperá-la em 2014, ano da Copa do Mundo, ao ultrapassar a França, segundo a EIU.

    Até o fim da década, o PIB brasileiro se tornará maior do que o de qualquer país europeu, de acordo com projeções da EIU. Depois de passar Reino Unido e França, a economia brasileira deverá deixar a alemã para trás em 2020.

    "O fato de que a economia brasileira ultrapassa as de países desenvolvidos reflete os efeitos da entrada de grandes segmentos pobres da população na classe média", afirma Robert Wood, analista sênior da EIU. Segundo Wood, isso ajuda a impulsionar o consumo doméstico.

    A tendência de ascensão dos emergentes já era esperada por especialistas há anos, mas tem ganhado velocidade devido à crise global. Quando o banco ‘Goldman Sachs’ inventou o acrônimo BRICs (que se refere a Brasil, Rússia, Índia e China) em 2003, previa que a economia brasileira ultrapassaria a italiana por volta de 2025 e deixaria os PIBs francês e britânico para trás a partir de 2035.

    Desde então, não só a expansão da economia brasileira ganhou fôlego - em grande medida, a reboque do apetite chinês por commodities - como também o crescimento de nações desenvolvidas afundou desde 2008.

    Embora a EIU tenha reduzido recentemente as projeções de crescimento do Brasil para 3% e 3,5%, respectivamente, em 2011 e 2012, sua expectativa de expansão do Reino Unido é de apenas 0,7% em ambos os anos.

    Segundo especialistas, a principal consequência para o Brasil de galgar lugares no ranking das maiores economias é consolidar posição de maior relevância no cenário político mundial.

    "O Brasil tende a ganhar maior voz em fóruns internacionais, e é importante que se prepare de forma adequada para assumir esse papel", afirma o economista Rogério Sobreira, da Ebape/FGV.”

    FONTE: reportagem de Érica Fraga publicada na Folha de São Paulo  (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft3010201101.htm).