quarta-feira, 20 de junho de 2012

Impressões Distintas - Rio+20



De um lado o ex Ministro do Meio Ambiente Carlos Minc diz que o texto da Rio+20 é um suicídio planetário, de outro o atual secretário geral da ONU, Ban Ki-moon diz que a Rio+20 é o evento que vai mudar o mundo. Embora Ban diga que esperava um documento mais ambicioso.

Veja abaixo síntese dos discursos.

BAN KI-MOON

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, abriu oficialmente a reunião dos chefes de Estado e de governo na Rio+20 na manhã desta quarta-feira. Ao eleger Dilma Rousseff como presidente da conferência, ele destacou a necessidade de avanços 20 anos após a realização da Eco92, em 1992. "É um prazer estar no Brasil mais uma vez em um evento que vai mudar o mundo 20 anos depois da Eco92. Nesse período o progresso foi muito lento, por isso precisamos do empenho de todos".

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, admitiu nesta quarta-feira que esperava um documento final mais ambicioso para a Rio+20. Ele, no entanto, ressaltou que a conferência não é o fim, e sim, o início do que pode ser um novo caminho em busca de um mundo menos pobre, mais igualitário e sustentável nos próximos anos.

CARLOS MINC

O ex-ministro e atual secretário de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, classificou nesta quarta-feira o texto final da Rio+20 como suicídio planetário. Ele criticou principalmente a falta de uma política para substituir os combustíveis fósseis por fontes renováveis. "Esses combustíveis são responsáveis pela febre do nosso planeta. Não eliminá-los já é ruim, agora, manter os subsídios para sua produção é péssimo. O que o texto apresenta é um incentivo ao suicídio planetário. Não podemos aceitar."

O ambientalista também criticou a ausência de uma política específica para proteger os oceanos. "Por questão de quatro países, se tirou a questão dos oceanos do texto, ficando apenas algumas generalidades", disse ao citar a atuação do Japão, Austrália, Canadá e Estados Unidos.

Minc acredita que ainda há tempo para revisar o documento que deve ser assinado pelos chefes de Estado na sexta-feira. "O problema que enfrentamos hoje é que o aumento da degradação é maior que o ritmo das decisões políticas", completou.

Abaixo o discurso da neozelandesa que representa o que sua geração gostaria de ter para o futuro. (Fraco perto da garota de 1992)


Obs: este ainda não é o discurso feito pela manhã na reunião.

Jonathan Kreutzfeld

Fonte: terra.com.br e onu.org.br

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