De um lado o ex
Ministro do Meio Ambiente Carlos Minc diz que o texto da Rio+20 é um suicídio
planetário, de outro o atual secretário geral da ONU, Ban Ki-moon diz que a
Rio+20 é o evento que vai mudar o mundo. Embora Ban diga que esperava um
documento mais ambicioso.
Veja abaixo síntese
dos discursos.
BAN KI-MOON
O secretário-geral da
ONU, Ban Ki-moon, abriu oficialmente a reunião dos chefes de Estado e de
governo na Rio+20 na manhã desta quarta-feira. Ao eleger Dilma Rousseff como
presidente da conferência, ele destacou a necessidade de avanços 20 anos após a
realização da Eco92, em 1992. "É um prazer estar no Brasil mais uma vez em
um evento que vai mudar o mundo 20 anos depois da Eco92. Nesse período o
progresso foi muito lento, por isso precisamos do empenho de todos".
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon,
admitiu nesta quarta-feira que esperava um documento final mais ambicioso para
a Rio+20. Ele, no entanto, ressaltou que a conferência não é o fim, e sim, o
início do que pode ser um novo caminho em busca de um mundo menos pobre, mais
igualitário e sustentável nos próximos anos.
O ex-ministro e atual secretário de
Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, classificou nesta quarta-feira o
texto final da Rio+20 como suicídio planetário. Ele criticou principalmente a
falta de uma política para substituir os combustíveis fósseis por fontes
renováveis. "Esses combustíveis são responsáveis pela febre do nosso
planeta. Não eliminá-los já é ruim, agora, manter os subsídios para sua
produção é péssimo. O que o texto apresenta é um incentivo ao suicídio planetário.
Não podemos aceitar."
O
ambientalista também criticou a ausência de uma política específica para
proteger os oceanos. "Por questão de quatro países, se tirou a questão dos
oceanos do texto, ficando apenas algumas generalidades", disse ao citar a
atuação do Japão, Austrália, Canadá e Estados Unidos.
Minc acredita que
ainda há tempo para revisar o documento que deve ser assinado pelos chefes de
Estado na sexta-feira. "O problema que enfrentamos hoje é que o aumento da
degradação é maior que o ritmo das decisões políticas", completou.
Abaixo o discurso da neozelandesa que representa o que sua geração gostaria de ter para o futuro. (Fraco perto da garota de 1992)
Obs: este ainda não é o discurso feito pela manhã na reunião.
Jonathan Kreutzfeld
Fonte: terra.com.br e onu.org.br
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