Trabalho realizado na disciplina de Geografia, supervisionado pelo professor Jonathan Kreutzfeld
As áreas urbanas são as que mais expressam as
intervenções humanas no meio natural. Problemas como a presença de aterros
sanitários, a ocupação de áreas inadequadas para moradia, a impermeabilização
dos solos, o desmatamento, a poluição da atmosfera e dos cursos de água e a
produção de calor geram diversos efeitos sobre os aspectos do ambiente; efeitos
estes decorrentes no Brasil e no mundo. Além disso, outros fenômenos que contam com grande participação da natureza também
dificultam a vida nos centros urbanos. Não
existe fórmula mágica para evitar as consequências sentidas pela população, mas
algumas mudanças na estrutura dos grandes centros urbanos podem minimizar o
efeito destas.
A urbanização se intensificou com a expansão das
atividades industriais, fato que atraiu e ainda atrai milhões de pessoas para
as cidades. O desenvolvimento e o crescimento desses centros urbanos
muitas vezes não ocorrem de maneira planejada, provocando mudanças drásticas na natureza e desencadeando diversos
problemas ambientais.
A expansão da rede urbana sem o devido planejamento
ocasiona problemas ambientais também nas cidades brasileiras. No
estado de São Paulo, metade dos municípios ainda utiliza aterros sanitários. Esse
fato é muito preocupante, uma vez que o Chorume, resíduo altamente tóxico
produzido pela decomposição do lixo urbano, pode facilmente penetrar no
subsolo e, consequentemente, contaminar os recursos hídricos. A contaminação e
a escassez da água decorrem também da ocupação irregular e caótica das áreas de
mananciais pela população de baixa renda. Na Grande São Paulo, essas áreas
abrigam quase 2 milhões de pessoas. A ocupação de áreas inadequadas para a
moradia resulta, também, em catástrofes como
o deslizamento de encostas e enchentes, ocasionando a destruição de casas e um grande número de
vítimas fatais.
Além
da degradação da água, outras formas de poluição têm assumido graves proporções
no Brasil. Uma delas é a poluição atmosférica, muito comum nas regiões mais
industrializadas do Sudeste. Além dos efeitos nocivos à saúde, a poluição do ar
é responsável pela chuva ácida, produzida pela reação química dos vapores de
água com os resíduos lançados pelas fábricas e automóveis.
Na
cidade de São Paulo ocorre também, com frequência, um fenômeno físico conhecido
como ilha de calor, caracterizado pelo aquecimento exagerado do centro urbano.
Esse fenômeno é causado, sobretudo, pelas emissões de gases pelos automóveis e
fábricas. Esses gases retêm calor, gerando grande diferença térmica entre as
áreas centrais e a periferia.
Por
fim, deve ser destacado o fenômeno físico denominado inversão térmica, outro
problema típico das grandes cidades e muito frequente no inverno. Nesse caso, o
ar quente, constituído de gases emitidos por automóveis e fábricas e carregado
de poluentes, fica retido por uma camada superior de ar frio.
Recorrentes
no Brasil, esses e outros problemas urbanos são causados pela característica
eminentemente mercantil dos empreendimentos imobiliários.
Enchentes
Enchentes
Além
dos mais variados problemas causados pelo homem que assolam as grandes cidades,
outros fenômenos que contam com grande participação da natureza também
dificultam a vida nos centros urbanos: as enchentes.
Todo rio ou corpo d’água tem uma área em todo seu
entorno que costuma inundar em determinadas épocas do ano ou quando há um
índice de precipitação muito grande, aumentando a vazão e causando um transbordamento. Ou
seja, quando o leito natural de um rio ou córrego recebe uma quantidade de
água, proveniente da chuva, maior do que sua capacidade de comportá-la, ele
transborda, ocasionando a enchente. Portanto,
essas inundações são muito comuns e são fenômenos naturais que ocorrem
em todos os corpos d’água. Essa consequência do processo de urbanização teve
como causa principal a construção de casas, indústrias e vias marginais nas
áreas de várzeas dos rios e proximidades e é, atualmente, um problema constante
nos períodos chuvosos dos principais centros urbanos.
Um dos fatores que contribui para o agravamento das
enchentes, principalmente nas grandes cidades, é o fato de que a maior parte do
solo é impermeabilizada pelo asfalto e pelo concreto, diminuindo a quantidade de
água que poderia ser infiltrada e aumentando ainda mais a vazão dos corpos
d’água. Junta-se a isto, o fato de que a maioria da população joga lixo nas
ruas entupindo os sistemas artificiais de escoamento projetados pelas
prefeituras, tendo-se um quadro típico do período de chuvas no Brasil: dezenas
de cidades alagadas e pessoas desabrigadas.
Outro fator que agrava a situação das enchentes são
as mudanças climáticas. O aumento de temperatura nos centros urbanos
intensifica a evaporação; além disso, o material particulado (poluentes) em
suspensão favorece a formação de núcleos de condensação na atmosfera. O
resultado é o aumento da quantidade de chuvas. Nas áreas urbanas, a quantidade
de chuva anual é 5% maior e, em dias de chuva, a precipitação é 10% superior se
comparada com as áreas rurais. Em algumas
regiões que possuem um clima regular permanecem a maior parte do ano sem
receber chuva que, posteriormente, cai de maneira torrencial causando as
enchentes. Só este ano mais de 190 mil pessoas foram afetadas por enchentes
apenas na região nordeste do país, onde o fator se aplica, tendo sido gastos
mais de 540 milhões de reais.
Interferência da mudança de temperatura
Em alguns lugares ainda, têm ocorrido enchentes
pela necessidade de abertura repentina de vertedouros em determinadas barragens
devido ao fato de estas se encontrarem acima do seu limite de armazenamento. Chamadas de cheias artificiais,
são provocadas por erros
de operações de comportas ou por erros de projetos de obras hidráulicas como
bueiros, pontes e diques.


Enxurradas
As Enxurradas ocorrem quando uma quantidade substancial de
água, proveniente das chuvas torrenciais, incide sobre áreas propensas à
ocorrência. Em geral elas estariam elevando níveis de rios ou de córregos em
regiões de bacias, mas o desmatamento e a ocupação populacional acabam
interferindo nesta ação.

Em terrenos inclinados, sem cobertura vegetal, as enxurradas podem desenhar desde sulcos superficiais até outros mais profundos, chamados ravinas. No Brasil, a ação combinada das enxurradas e das águas subterrâneas causa as voçorocas, enormes buracos que destroem trechos de terra cultiváveis, prejudicando a agricultura. Não é raro ocorrerem enxurradas que, pela sua força, consigam arrastar veículos, pessoas, animais e mobílias para as corredeiras e rios.
Ilha de Calor
Ilha de calor é um fenômeno climática que ocorre a partir da elevação da temperatura de uma área urbana se comparada a uma zona rural, por exemplo. Isso quer dizer que nas cidades, especialmente nas grandes, a temperatura é superior a de áreas periféricas, consolidando literalmente uma ilha climática.
Essa anomalia ocorre devido à junção de diversos fatores,
como: a poluição atmosférica; a alta densidade demográfica; a pavimentação e
diminuição da área verde, irradiando 50% a mais de calor; a construção de
prédios barrando a passagem do vento e impedindo que este refresque as regiões
centrais; a grande quantidade de veículos e indústrias que, com a poluição,
tornam as cidades mais abafadas; entre outros fatores que contribuem para o
aumento da retenção de calor na superfície.
Estudos realizados mostram que na cidade de São Paulo a
temperatura varia em até 12 graus Celsius entre um bairro e outro. Ao mesmo
tempo em que a região da Serra da Cantareira apresenta 20 graus Celsius, a Rua
25 de Março, no centro, sofre com um calor de 32 graus. Nos últimos 30 anos, a
temperatura média da cidade sofreu um acréscimo de 1,6 graus. Dados
recentes mostram que a região metropolitana terá um aumento da temperatura
média entre 2 e 3 graus Celsius neste século. É apontada também a ocorrência de
um maior número de chuvas volumosas. Antes de 1950, precipitações acima de 50
mm ao dia eram raras na cidade. Atualmente, acontecem de duas a cinco vezes por
ano.
Um mapeamento das ilhas de calor do Rio de Janeiro revela que
as temperaturas mais elevadas estão localizadas no núcleo metropolitano, que
inclui a área central da cidade do Rio de Janeiro, a zona norte (Leopoldina,
Bonsucesso, Ramos e Penha), parte da zona sul (Glória, Catete, Flamengo e
Botafogo) e as áreas centrais de Niterói e São Gonçalo.
Mesmo em centros urbanos circundados por florestas, como a
cidade de Manaus, a maior da região Norte, a temperatura pode se elevar em até
3 graus Celsius, quando comparada em relação a áreas vizinhas.

Para evitar a formação das ilhas de calor é necessária a preservação das áreas verdes nas cidades, arborizar regiões desmatadas, reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera e planejar a expansão urbana e o uso do solo.
Inversão Térmica

É
importante ressaltar que a inversão térmica é um fenômeno natural, sendo
registrada em áreas rurais e com baixo grau de industrialização. No entanto,
sua intensificação e seus efeitos nocivos se devem ao lançamento de poluentes
na atmosfera, o que é muito comum nas grandes cidades.
Com
a atividade industrial e a numerosa frota de veículos dessas regiões, a camada
de ar frio começa a concentrar os poluentes. Sendo assim, a dispersão desses
poluentes fica extremamente prejudicada, formando uma camada de cor cinza,
oriunda dos gases emitidos.
Nos
dias frios o clima fica propício para inversões térmicas. Forma-se uma camada
de ar frio em baixas altitudes, essa massa de ar não consegue subir e a
qualidade do ar piora por causa da fumaça emitida por veículos e indústrias. Já
nos dias quentes, os raios de sol aquecem a superfície terrestre e o chão
transfere o calor para o ar acima dele. Esse ar aquecido, menos denso e mais
leve, sobe e carrega os poluentes. Por isso o nível de poluição
do ar costuma ser maior no inverno do que no verão;
além do índice pluviométrico também ser menor durante o inverno, fato que
dificulta a dispersão dos gases poluentes.
Se a inversão durar vários dias, a concentração de poluentes
pode elevar-se a níveis perigosos. Em Londres, em
dezembro de 1952, morreram cerca de 4000 pessoas em conseqüência de uma
prolongada inversão térmica devido à combustão excessiva de carvão contaminado
com enxofre.

Chuva Ácida
A
chuva contém um pequeno grau natural de acidez, no entanto, não gera danos à
natureza. O problema é que o lançamento de gases poluentes na atmosfera por
veículos automotores, indústrias e usinas termelétricas tem aumentado a acidez
das chuvas.
A chuva
ácida é um dos grandes problemas ambientais
dos locais onde ocorre a poluição atmosférica decorrente da
liberação de óxidos de nitrogênio, dióxido de carbono e do dióxido de enxofre,
sobretudo pela queima do carvão mineral e de outros combustíveis de origem fóssil.
O
dióxido de carbono, o óxido de nitrogênio e o dióxido de enxofre reagem com as
partículas de água presentes nas nuvens, sendo que o resultado desse processo é
a formação do ácido nítrico e do ácido sulfúrico. Ao se precipitarem em forma
de chuva, neve ou neblina, ocorre o fenômeno que, em virtude da ação das
correntes atmosféricas, também pode ser desencadeado em locais distantes de
onde os poluentes foram emitidos.
Esquema que ilustra a
formação de chuvas ácidas
Grandes cidades como Nova York, Berlim e até Atenas, já
sofrem com os efeitos da chuva ácida há muito tempo. A
maior ocorrência de chuvas ácidas até os anos 1990 era nos Estados Unidos da
América. Contudo, esse fenômeno se intensificou nos países asiáticos,
principalmente na China, que consome mais carvão mineral do que os EUA e os
países europeus juntos. No Brasil, a chuva ácida é mais comum nos estados do
Rio de Janeiro e São Paulo.

Algumas
ações são necessárias para reduzir esse problema, tais como a redução no
consumo de energia, sistema de tratamento de gases industriais, utilização de
carvão com menor teor de enxofre e popularização de fontes energéticas mais limpas.
CONCLUSÃO
Conclui-se que a expansão e ocupação da rede
urbana sem o devido planejamento ocasionou e ainda ocasiona vários problemas
ambientais para a população que a habita. Esses transtornos são causados por
diversos fatores antrópicos, diretamente ligados à expansão das atividades
industriais e ao êxodo rural. Frente aos problemas elucidados, é necessário um
planejamento urbano coerente, bem como a elaboração e aplicação de políticas
ambientais eficazes, além da conscientização da população. A implantação de medidas preventivas
tende a evitar os prejuízos vistos atualmente, com os quais toda a sociedade
tem que arcar.
REFERÊNCIAS
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OLá gostei do seu blog e gostaria de convidá-lo para participar do meu: http://ensinodegeografiauenp.blogspot.com.br/
ResponderExcluirTenha um bom trabalho.
Nuncaa vc irá ter chance kk .. :p
ExcluirEste comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirmuito bom o conteudo desse site estao de parabens. meu trabalho ficou otimo
ResponderExcluirObrigado!
ExcluirGostei muito desse trabalho.Sera q ainda ocorrem enchente em NY como em Sp?
ResponderExcluirExistem enchentes, enxurradas e alagamentos. Os alagamentos ocorrem com frequência em lugares muito urbanizados, pois dificilmente o sistema de drenagem é dimensionado para tempestades bruscas, neste caso NY certamente sofre com este problema em alguns lugares da metrópole. Já as enchentes e enxurradas dependem de outras variáveis que não favorecem grande incidência para NY.
ExcluirBom trabalho, foi-me util, muito obrigado pela ajuda.
ResponderExcluirsite lixo ruim fala fala fala e nao fala e na que lixo vai pra outro site de pesquisa
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