Mais
uma semana onde se comemorou o dia dos professores se passou, muitas homenagens
coletivas e pessoais e com certeza fico muito feliz com isso! Agradeço também
aos meus professores tão importantes ao longo de minha carreira. Passando o dia
pensando nisso consegui entender porque as pessoas dizem: força, continua, vai
melhorar e etc. Vou falar no singular, pois no plural muita gente pode se
sentir ofendida com algumas coisas que vou dizer a seguir.
Atualmente,
realmente não posso dizer que escolhi minha profissão por dinheiro embora como
qualquer outro profissional almeje cada vez melhorias neste sentido. Amor eu
tenho a certeza de que tenho e que escolhi a profissão correta. Mas, é duro
demais saber que se quero trabalhar na educação básica por toda minha carreira,
neste caso sim seria puramente por amor.
Um
professor da rede privada recebe em nossa região em média menos do que um mico
leão dourado por aula dada e na rede pública na faixa de uma arara. Não escrevo
os valores, mais por vergonha do que para escrever algo diferente. Muitos
tentam descrever e explicar porque isso acontece. A escola precisa de mais
alunos, de mais professores, mais dias letivos, mais carga horária. Esquece-se
do professor quem fala isso. Penso que quero melhores alunos, melhores
professores, melhores dias letivos e melhor carga horária.
Mas
neste caso ou a escola não se paga ou os professores terão menor carga horária.
Eu sei o que quero. Quero ser valorizado em minha hora trabalhada, tenho 20
anos de estudo como muitos que agora estão lendo, sem somatório de cursos
simultâneos.
As
escolas e os pais dos alunos da rede privada precisam parar de se preocupar com
números e atentar para a qualidade. A escola privada precisa tomar uma atitude a
favor do professor mesmo que isso custe um pouco mais aos pais. Tenho certeza
de que muitos pais não se preocupam somente com a segurança, o tempo em que
deixam seus filhos na escola, a quantidade de dias em que se estuda em um ano.
Fica
aqui meu desabafo, talvez daqui a 20 anos eu lecione ainda na educação básica,
mas provavelmente não. Pois não quero passar minha vida me lamentando. Obrigado
aos meus alunos. Gosto demais de todos
vocês.
Me
desculpem o desabafo, e quem me conhece sabe que não sou infeliz na profissão
nem desanimado.
Jonathan
Kreutzfeld
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