quinta-feira, 25 de abril de 2013

Terrorismo em Boston


Resumo de opinião

O recente ataque supostamente terrorista em Boston reacende o medo do oriente e talvez tenhamos uma nova “Guerra contra o terror”.

Depois do ataque às torres gêmeas em Nova Iorque em 2001 observamos os EUA atacar Afeganistão e Iraque em nome da paz mundial. Em 2003 os EUA invadem o Iraque alegando a produção de armas químicas nunca encontradas, o líder do país Saddam Hussein foi morto por enforcamento e a guerra durou anos. No Afeganistão a busca era por Osama Bin Laden mais recentemente morto em uma missão hollywoodiana das forças armadas dos EUA.

Por mais que tudo sempre pareça inquestionável, é bom atentar para o passado recente dos EUA que invadiu dois países com propósitos não convincentemente necessários.

Neste ataque em Boston dois suspeitos Chechenos são considerados mais que culpados, há provas não é? Mas o interessante nessa história é que Rússia e EUA andam estreitando laços e a Chechênia é um dos países que a Rússia frequentemente ataca. Ou seja, é um inimigo que interessa territorialmente para a Rússia e pode interessar também aos EUA com um possível futuro conflito por ali.

Veja mais detalhes sobre Chechênia e Rússia no link abaixo:


Jonathan Kreutzfeld


O ataque em Boston


O FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, descreveu como "um potencial inquérito sobre terrorismo" as investigações sobre as duas fortes explosões que deixaram pelo menos três mortos e mais de cem feridos no dia 15 de abril de 2013 na linha de chegada da Maratona de Boston.

As explosões sacudiram a região e provocaram cenas de pânico e confusão em um dos maiores eventos esportivos realizados nos Estados Unidos.
Em pronunciamento na televisão, o presidente americano Barack Obama prometeu encontrar e punir os responsáveis pelo ataque, sejam eles indivíduos ou grupos organizados.

Sangue e fumaça

Na linha de chegada da maratona, vítimas ensanguentadas foram inicialmente levadas para uma tenda médica montada no local para atender os corredores da maratona.

Veículos de emergência foram acionados para socorrer vítimas de explosões em Boston

Serviços de emergência se deslocaram para a área das explosões, que foi rapidamente isolada pelas autoridades.

Autoridades médicas afirmaram que ao menos oito vítimas sofreram aputações. Muitas teriam sido atingidas por pregos e parafusos - que teriam sido usados na confecção dos artefatos explosivos.

Entre as vítimas fatais figuraria uma criança de oito anos de idade. Ela estaria na linha de chegada a espera do pai - que participava da maratona. Contudo, a informação não foi confirmada por fontes oficiais.

A primeira explosão ocorreu por volta das 14h50 locais (15h50, no horário de Brasília), aproximadamente duas horas após os vencedores da maratona terem cruzado a linha de chegada.

De acordo com informações da AP, o forte barulho da primeira explosão foi registrado no lado norte da rua Boylston, pouco antes da ponte que marca a linha de chegada. Outra forte explosão foi ouvida poucos segundos depois.

Pouco depois das explosões, a fumaça era visível diante das bandeiras alinhadas na chegada de uma das maratonas mais antigas e famosas do mundo.

Correria e gritos

Imagens gravadas de um helicóptero exibiram grandes manchas de sangue no asfalto na popular região de compras e turismo conhecida como Back Bay.

O corredor Mike Mitchell, de Vancouver (Canadá), que tinha completado a maratona, afirmou que estava olhando para trás, para a linha de chegada, quando viu uma "enorme explosão".

A fumaça no local alcançou cerca de 15 metros de altura, segundo o depoimento de Mitchell à agência de notícias Reuters, e as pessoas começaram a correr e gritar.
"Todos ficaram apavorados", contou o canadense.

Os corredores que ainda não tinham completado a maratona foram desviados para longe do local da fumaça das explosões, e as ruas ao redor foram isoladas.

A unidade da Cruz Vermelha para o leste do Estado de Massachusetts montou um centro de resposta a desastres no local.

A Maratona de Boston é um dos maiores eventos anuais de atletismo nos Estados Unidos e atrai um grande número de corredores, além de milhares de espectadores.

Os suspeitos

O FBI (Birô Federal de Investigações) acusa os irmãos de origem tchetchena Tamerlan e Dzhokhar Tsarnaev de serem os autores do ataque, que deixou três mortos e 264 feridos. O primeiro, considerado o mentor do crime, morreu durante perseguição policial na sexta (19), enquanto o outro está internado em estado grave.

De acordo com as autoridades nova-iorquinas, Dzhokhar Tsarnaev, 19, afirmou, em um interrogatório inicial, que ele e Tamerlan, 26, planejavam ir a Nova York para comemorar o resultado do atentado. Em seguida, teria dito que tiveram a ideia de fazer um segundo atentado, desta vez na Times Square.

DZHOKHAR


TAMERLAN


Segundo os agentes, Dzhokhar disse que ele e o irmão roubaram um carro em um posto de gasolina, fazendo o motorista refém. No entanto, o veículo estava com pouco combustível e eles precisaram parar em um posto de gasolina, onde liberaram o motorista, que avisou à polícia.

O plano, no entanto, foi frustrado pelos agentes, que iniciaram uma perseguição contra o grupo, que terminou com a morte de Tamerlan e a fuga de Dzhokhar. Horas depois, o irmão mais novo era preso e internado em estado grave em um hospital de Boston.

O prefeito afirmou, ainda citando informações do FBI (a polícia federal americana) e da polícia de Boston, que os irmãos tinham à disposição mais seis explosivos, um feito dentro de uma panela de pressão, similar ao usado na ação em Boston, e outros cinco construídos em canos.

Dzhokhar foi fotografado pela inteligência nova-iorquina, na Times Square, ao lado de amigos, em 18 de abril de 2012. Ele teria sido visto no local uma vez mais, em novembro de 2012. Não há informações se as visitas estavam ligadas ao planejamento dos ataques.

Fonte:


Novos presidentes para Venezuela e Paraguai



Diante de uma Geopolítica confusa e de certa forma tensa nos últimos dez anos na América do Sul, dois novos presidentes são eleitos “fora de época” no Paraguai e na Venezuela.

Horacio Cartes assume o Paraguai em breve e devolve o poder aos conservadores, depois do questionável “impeachment” de Fernando Lugo. Não se engane com a camisa vermelha do novo presidente, o partido é colorado, mas neste caso o vermelho não representa o socialismo ou qualquer coisa do tipo. Horacio é um dos homens mais ricos do Paraguai.

Já na Venezuela assume Nicolás Maduro, herdeiro político de Hugo Chavez que recentemente faleceu de câncer. Usou da máquina estatal e da tristeza do povo para se popularizar e ser eleito embora com uma pequena vantagem sobre seu opositor.

Mais detalhes sobre as eleições você encontra no texto abaixo.

Jonathan Kreutzfeld


Horacio Cartes – Paraguai (conservador)


O candidato do Partido Colorado, Horacio Cartes, foi eleito presidente do Paraguai nas eleições realizadas no país neste domingo (21 de abril de 2013). De acordo com o Tribunal Superior de Justiça Eleitoral (TSJE), ele venceu com vantagem de 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado Efraín Alegre, do Partido Liberal. A apuração dos votos ainda não foi concluída.

Em seu discurso de vitória, Cartes reafirmou seu compromisso eleitoral de dar "um novo rumo ao Paraguai".

O triunfo de Cartes devolve o poder aos colorados, que deixaram o comando do país em 2008 depois de 60 anos, quando uma coalizão de centro-esquerda liderada pelo ex-bispo católico Fernando Lugo os derrotou em uma alternância histórica no Paraguai.

Empresário e conservador

Um dos homens mais ricos do Paraguai, o conservador é presidente do Grupo Cartes, um conglomerado de empresas que produzem bebidas, cigarros e charutos, roupas e carnes, além de gerenciar diversos centros médicos.

Aos 56 anos, Cartes é razoavelmente novo na política, mas é muito conhecido por sua trajetória empresarial, assemelhando-se ao presidente chileno, Sebastián Piñera.

Cursou a universidade nos Estados Unidos e ao retornar ao Paraguai iniciou sua vida no mundo dos negócios, na empresa do pai, Ramón Telmo Cartes Lind.

Foi apenas em 2009 que formalizou sua incursão na política, ao associar-se ao Partido Colorado, fundando o movimento Honra Colorado, em cuja página na internet dizia estar 'inquieto pelo curso político do país sob o governo esquerdista-liberal filo-chavista'.

Na mesma época, Fernando Lugo dava início ao seu governo, com alta popularidade (algo que foi perdendo ao longo dos anos) e a promessa de reformas sociais e de atentar-se ao eterno problema de terras no país.

Além de ser dono de empresas milionárias, Cartes é o presidente do Club Libertad desde 2001 - time de futebol paraguaio que sob sua gestão conquistou sete títulos locais.

Ele também é dirigente da Associação Paraguaia de Futebol - no departamento que coordena a seleção nacional.

Nicolás Maduro – Venezuela (chavista)



O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, "herdeiro político" do chavismo, foi eleito neste domingo (14) presidente do país até 2019, em votação realizada 40 dias após a morte do líder Hugo Chávez.

Mas seu rival, o oposicionista Henrique Capriles, não reconheceu a vitória do chavista e pediu uma recontagem total dos votos.

Maduro teve 50,66% dos votos, contra 49,07% de Capriles, segundo Tibisay Lucena, chefe do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela. Em números absolutos, foram 7.505.338 votos contra 7.270.403.

A vitória foi por uma margem de 1,59 ponto percentual, ou 235 mil votos, muito mais apertada do que o esperado.

A participação foi de 78,71% dos 19 milhões de eleitores cadastrados.

Lucena afirmou que os resultados são irreversíveis, pediu respeito a eles e aconselhou os venezuelanos a se manterem em casa.

Falando a uma multidão de chavistas desde o Palácio de Miraflores, Maduro disse que sua vitória foi "justa e legal", mandou uma mensagem de união aos opositores derrotadas e prometeu manter as conquistas dos 14 anos de governo Chávez.

O presidente eleito afirmou no entanto que apoia uma auditoria nos votos, já pedida pelo integrante oposicionista do Conselho Eleitoral, Vicente Díaz.

Pouco antes do anúncio do resultado, o oposicionista Capriles já havia insinuado, via Twitter, sobre uma suposta tentativa de fraude, mas foi rechaçado pelo governo, que o acusou de "irresponsabilidade" em suas declarações.

A notícia da vitória de Maduro foi recebida com fogos de artifício pelos chavistas em Caracas.

País dividido

Maduro foi eleito após uma campanha curta, feita ainda sob a emoção da morte recente de Chávez. Ele terá o desafio de dirigir uma nação já bastante dividida, e cuja divisão deve se acirrar após o resultado eleitoral.

Ao votar, ele afirmou que não fará um "pacto" com a "burguesia", seguindo na linha chavista de acirrar o confronto de classes no país.

Menos carismático que o "Comandante", ele vai precisar manter a unidade do chavismo e encontrar um estilo próprio de governar, após 14 anos do governo personalista de Chávez.

A crise econômica e a violência são alguns dos principais desafios que ele terá pela frente.

O sucessor, "ungido" por Chávez em dezembro do ano passado, herda uma Venezuela com as maiores reservas de petróleo em todo o mundo, mas com a maior inflação da América Latina, 20,1% em 2012, uma indústria deprimida, ciclos de escassez de bens de consumo e uma dívida pública que ultrapassa 50% do PIB (Produto Interno Bruto).

A eleição extraordinária deste domingo ocorreu porque Chávez, reeleito presidente em outubro do ano passado após bater o mesmo Capriles com uma vantagem de mais de 1,5 milhão de votos, nem chegou a assumir o mandato, por conta de seus problemas de saúde.

O polêmico líder socialista, que mudou a cara da Venezuela ao longo de seus mandatos, acabaria morrendo em 5 de março, em um hospital militar de Caracas, após uma longa luta contra o câncer.

A maneira como o governo lidou com a doença de Chávez, bem como as decisões do Judiciário que mantiveram Maduro no poder, foram bastante criticadas pela oposição.

Os oposicionistas, Capriles à frente, acusaram o governo de falta de transparência durante o processo e durante o tratamento de Chávez, que ocorreu, em sua maior parte, em Cuba.

Maduro, de 50 anos, ex-motorista, ex-sindicalista e ex-ministro das Relações Exteriores, afirmou, ao longo da campanha, que pretende continuar a chamada "revolução bolivariana" de Chávez, marcada por projetos sociais que beneficiaram os mais pobres, mas também por problemas.

Ao longo da campanha, Maduro "colou" sua imagem à do carismático Chávez, de quem se disse "filho" e "apóstolo", em uma tentativa de encaminhar a escolha popular para o lado emocional.

As pesquisas eleitorais davam uma vantagem de sete pontos para Maduro em relação ao rival, mas o resultado das urnas se mostrou mais apertado, o que apenas intensifica as divisões internas do país.

Maduro, que já vem governando o país desde que Chávez foi a Cuba para se tratar em dezembro passado, vai tomar posse em 19 de abril.

Fonte:


domingo, 14 de abril de 2013

Biografia - Margaret Thatcher


Com certeza odiada por muitos e admirada por outro tanto, ela fez com mãos de ferro o que muitos países precisam fazer atualmente. Cito por exemplo os países PIIGS que hoje em recessão econômica tomam várias medidas semelhantes às que ela tomou na década de 1980, redução de salários no funcionalismo público, aumento do tempo para aposentadoria, controle dos salários dos funcionários privados. Sendo a última a que lhe trouxe talvez seus maiores inimigos pois essa postura “anti-sindicalista” dificilmente agrada a maioria. Talvez até o Brasil em alguns anos tenha que tomar atitudes semelhantes. Observem mais detalhes no resumo de sua biografia abaixo.

Jonathan Kreutzfeld


Biografia



"Se meus críticos me vissem andando sobre as águas do rio Tâmisa, diriam que é porque eu não sei nadar." A tirada espirituosa de Margaret Thatcher nos dá uma dimensão das dificuldades que a poderosa primeira-ministra enfrentou ao governar o Reino Unido com mão de ferro.

Margaret Hilda Roberts nasceu numa família de pequenos comerciantes. Boa parte de sua formação deu-se na pequena congregação metodista que sua família frequentava.

Estudou em escola pública e ganhou uma bolsa para química na Universidade de Oxford. Foi eleita presidente da associação conservadora de Oxford, onde iniciou sua vida política.

Candidata pelo Partido Conservador em Dartford, sobressaiu-se pela clareza de seus discursos e conquistou eleitores. Na cidade de Dartford conheceu também seu marido, Denis Thatcher, em 1951, um empresário da indústria do petróleo. Tiveram dois filhos gêmeos, Mark e Carol.

Nos anos 1950, Margaret Thatcher especializou-se em direito tributário. Em 1959 foi eleita para a Câmara dos Comuns. Dois anos depois, tornou-se Secretária de Estado para Assuntos Sociais e, no início dos anos 1970, foi nomeada Ministra da Educação, durante o mandato de Edward Heath.
Em 1975, substituiu Heath na direção do Partido Conservador. Implementou um projeto de redução da intervenção do estado na economia e cortou gastos sociais, seguindo um liberalismo estrito.

Em 1979, o Partido Conservador ganhou as eleições por ampla margem de votos. Margaret Thatcher tornou-se a primeira mulher a ser eleita primeira-ministra no Reino Unido e em toda a Europa.

Governou com pulso firme até 1990, ganhando o apelido de "Dama de Ferro", por suas posturas inflexíveis. Conseguiu bons indicadores econômicos, com o controle da inflação e a valorização da moeda. No entanto, não pôde evitar o aumento do desemprego.

Em 1982, Thatcher envolveu-se na Guerra das Malvinas, o que aumentou sua popularidade. Nesse ano foi reeleita por uma ampla margem de votos.
Novamente reeleita em 1987, porém com uma margem menor de vantagem, entrou em conflitos com seu próprio partido, renunciando em favor de John Major em 1990.

Margaret Thatcher, desde os 83 anos, sofria de demência, segundo sua filha, Carol: "Nos piores dias, mamãe dificilmente consegue se lembrar do começo de uma frase no momento em que a termina."
Em 8 de abril de 2013, a Dama de Ferro morreu após um derrame.


Documentário sobre Margareth Tatcher - GloboNews




Trailer do filme: A dama de ferro 



Agricultura Alternativa no Brasil


CETISA – ENSINO MÉDIO
DISCIPLINA: GEOGRAFIA
PROFESSOR: JONATHAN KREUTZFELD
SÉRIE: 2ª A
ALUNA: DIANA POLETTI

A modernização vem causando inúmeros impactos ambientais e sociais. As inovações (sobretudo as biológicas) indicam cada vez mais quanto o homem tenta interferir nas forças da natureza. Por enquanto estamos dando prioridade ao lucro, modificamos tudo para estar conforme as necessidades capitalistas do mundo atual. Vamos extraindo os recursos naturais, vamos abusando de agrotóxicos e fertilizantes, vamos devastando as florestas, vamos cada vez mais empobrecendo o solo... Mas será que o planeta sobreviverá a essa ganância?
Hoje se tornou mais do que essencial pensarmos em sustentabilidade. E para auxiliar isso, surge a agricultura alternativa, que tem como função a promoção de produções mais sustentáveis e prioriza a utilização e manejo de práticas que respeitem a natureza.

       Contexto histórico – A modernização no Brasil

Para refletir sobre a questão agrária do Brasil atualmente, é essencial analisar a história da agricultura e das suas formas de produção. Desde o início da colonização até 1950, a agricultura brasileira não apresentava grandes modificações no tocante ao perfil produtivo, baseava-se na grande propriedade de terras distribuídas nas mãos de uma minoria historicamente constituída e na produção de monoculturas de exportação como a cana-de-açúcar, o algodão e o café, utilizando técnicas rudimentares e o emprego de vasta mão-de-obra.
Ao final da década de 50, o Brasil passou por transformações importantes no campo, a modernização da agricultura, que só foi possível devido à inserção do modo de produção capitalista nas atividades agrícolas. Esse processo foi desencadeado no campo principalmente a partir da Revolução Verde e da dependência da agricultura por produtos industrializados. E assim como produziu uma série de alterações no campo, gerou mudanças também no meio urbano. No Brasil, recebeu o nome de “modernização conservadora” ou ainda, “modernização dolorosa”, visto que promoveu a saída do homem do campo, levou a uma maior concentração de terras - o enfraqueceu a agricultura familiar em favor da implantação de grandes monoculturas-, além de toda a exploração e a espoliação dos recursos e a degradação ambiental.
É claro que a modernização do campo também trouxe benefícios, como a diminuição do tempo de produção - viabilizado pelas inovações tecnológicas tais como o desenvolvimento da biotecnologia, a aplicação de insumos como fertilizantes e defensivos agrícolas e a utilização de máquinas e tratores (dispensando, dessa forma, parte da mão-de-obra empregada, racionalizando a produção). No entanto, devido aos diversos problemas desse sistema já citados anteriormente, como os altos gastos com maquinário e fertilizantes, degradação ambiental, desemprego e etc., eles precisavam encontrar alternativas viáveis de sua organização social e de sustentabilidade da produção.
Assim, surge um novo modelo de produção, a agricultura alternativa, onde as interações biológicas e os ciclos naturais são tidos como mais equilibrados do que os métodos tradicionais. Essa agricultura privilegia a diminuição dos insumos químicos utilizados na agricultura, bem como uma relação mais equilibrada entre o homem e o meio ambiente natural.

Agricultura Alternativa: características e vantagens

A agricultura alternativa surgiu na segunda década do século XX com as ideias de Rudolf Steiner, através da agricultura biodinâmica, e Albert Howard, que desenvolveu pesquisas em agricultura orgânica.
Em 1989, um importante estudo intitulado Alternative Agriculture (Agricultura Alternativa), foi lançado nos Estados Unidos, elaborado pelo National Research Council (NRC), serviu de alerta não só aos agricultores, mas também à comunidade científica que durante muito tempo descartou esse tipo de produção por achar que era um “retrocesso no modo de produzir”. Além do amis, os índices de crescimento da produtividade da agricultura moderna desde o fim da Segunda Guerra Mundial, com o padrão tecnológico baseado na Revolução Verde, mascaravam os reais problemas que esta provocava.
Agricultura Alternativa tem como função, a promoção de produções mais sustentáveis, visto que, prioriza a utilização e manejo de práticas que respeitem a natureza. Esse tipo de agricultura está baseado em conceitos ecológicos, onde é possível o reciclamento de nutrientes e de matéria orgânica, fluxos de sistemas fechados, equilíbrio de pestes e pragas, além de uma utilização múltipla da terra. Dessa forma, o agroecossistema se manteria em equilíbrio e os danos ambientais seriam minimizados.
Ela incorpora os ciclos biológicos, tais como o ciclo de nutrientes e a fixação de nitrogênio, além de aproveitar o potencial da fauna e da flora local, mantendo a fertilidade do solo através de uma produção integrada de culturas (policultura); equilibra de forma mais eficiente o comportamento de peste-predador e evita a dependência de produtos de fora da propriedade; propõe-se a reduzir as agressões que por ventura ocorrem com técnicas de manejo mais adequadas, além do seu papel principal que é produzir sem destruir o meio ambiente, pois essa é a base para a produção e reprodução do homem no campo.
A agricultura alternativa (ou sustentável, agroecologia, agricultura regenerativa, etc), ao contrário da convencional ou moderna, não é poupadora de mão-de-obra, já que absorve grande parte desta, principalmente a agricultura familiar, o que poderia significar uma melhoria na renda e na satisfação das necessidades dos agricultores.

Agricultura Alternativa no Brasil atual

Ainda que pouco difundida em relação à agricultura convencional, já é possível reconhecer os seus benefícios em algumas unidades de produção espalhadas pelo Brasil, sobretudo em áreas de pequena produção agrícola ou familiar.
Atualmente, o Brasil ocupa a 34ª posição no mundo no ranking dos países exportadores de produtos orgânicos, sendo que na última década foi assistido um crescimento de 50% nas vendas por ano. Calcula-se que já estão sendo cultivados perto de 100 mil hectares em cerca de 4.500 unidades de produção orgânica espalhadas por todo o país. A maior parte da produção brasileira (cerca de 70%) encontra-se nos estados do Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo. Apesar da tendência de crescimento, o Brasil ainda perde para a Argentina em termos de área certificada para o cultivo de orgânicos na América do Sul.
Abaixo, temos um mapa do Brasil onde estão representados os principais produtos orgânicos produzidos em cada região. Hoje, já são no mínimo 11.500 unidades de produção controladas ligadas ao sistema produtivo de orgânicos, mais do que o dobro do número anterior (do Censo Agropecuário do IBGE, de 2006, que contabilizava apenas 5 mil estabelecimentos agrícolas orgânicos com algum tipo de certificação), incluindo aí propriedades rurais e estabelecimentos de processamento de orgânicos.


CONCLUSÃO

Hoje, mais do que nunca, é emergencial que se estabeleça uma nova racionalidade ambiental, uma mudança de paradigmas dos diferentes fatores sociais em relação ao uso consciente e não predatório do meio ambiente. A agricultura alternativa se estabelece como um ideal a ser alcançado, um ponto decisivo do futuro na vida na Terra, já que é na agricultura que essa questão ambiental pode ser percebida cada vez mais fortemente. Não se trata apenas da tal “degradação da natureza” (que de tão falada se tornou só mais um item de discurso praticamente ignorado), mas também envolve a perda de produtividade. Quem sabe se isso começar a interferir no nosso bolso compreendamos melhor a importância desse “pensar sustentável”.

REFERÊNCIAS
Acesso em: 02/04/2013.

Acesso em: 02/04/2013.

Acesso em: 02/04/2013.

Acesso em: 03/04/2013.

Acesso em: 03/04/2013.

Acesso em: 03/04/2013.

Acesso em: 03/04/2013.

Acesso em: 03/04/2013.




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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Geologia - Geomorfologia: Erosão Eólica

É um tipo de erosão provocada pela ação dos ventos com a retirada superficial de fragmentos mais finos, sendo um importante agente que modela o relevo.

Quando esta ação provoca o acúmulo de sedimentos em algum local, temos a formação de algumas feições do relevo importantes como Loesse (deserto), Restinga (faixa costeira) e Recife (oceano).

LOESSE


Loess: ;s.m. Geol. - Do alemão Löß significando solto, fofo, inconsolidado. São espessos pacotes de sedimentos finos (fração argila e silte) transportados em suspensão a grandes distâncias pelo vento. Em geral as áreas fontes destas partículas são depósitos inconsolidados de sedimentos formados em ambientes desérticos e glaciais, pouco intemperizados quimicamente, o que permite sua mineralogia diversificada: quartzo, feldspato, anfibólio, mica, argila e alguns carbonatos.

Os grãos são pouco polidos e angulosos, facilitando o grande acúmulo de material com declives íngremes. No entanto é um material muito friável e muito susceptível à erosão, mesmo não sendo perturbado pela ação humana.
Solos formados sobre loess são bem drenados, e em função de sua composição mineralógica diversificada, são muito férteis, apesar de serem facilmente erodíveis. Perdas anuais de até 25 toneladas por hectare tem sido reportada, mesmo em áreas bem manejadas, podendo chegar a 100 toneladas anuais por hectare se não forem tomados os cuidados de preservação necessários.

RESTINGA

As restingas são faixas de solo arenoso e salino, paralelas às costas litorâneas, que bordejam as águas do oceano e as das lagoas litorâneas. Geomorfologicamente são áreas de depósito arenoso e de sedimentos formado no período quaternário. 



São ambientes extraordinários, com vegetação rasteira, pontilhada por bromélias e cactos, e apresenta diferentes gradientes de temperatura e de umidade, garantindo grande diversidade. Encontradas em praticamente todo o litoral brasileiro, as restingas abrigam diversas espécies de animais, como caranguejos, algumas aves, como o tié-sangue e até a desova de tartarugas marinhas. Apesar de ser considerada Área de Preservação Permanente (APP) devido à sua importância para a manutenção da vida da fauna e da flora locais, a restinga é o ecossistema mais ameaçado da Mata Atlântica no estado de São Paulo.

A ocupação territorial brasileira, irregular e concentrada no litoral brasileiro, transformou áreas naturais e impactou ecossistemas como as restingas, ocasionando a eliminação de grande parte da vegetação natural devido ao acúmulo de lixo, degradação da vegetação próxima ao litoral e aumento da erosão.

RECIFE

Recife ou arrecife é uma formação rochosa, em águas oceânicas, normalmente próxima as praias.  Quando ocorre o seu acúmulo e associado à corais os recifes podem aflorar na superfície.




Jonathan Kreutzfeld