quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Conflito na Síria: notícias recentes


Leia antes:



O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, disse que as forças norte-americanos estão prontas para agir a qualquer ordem do presidente Barack Obama para atacar a Síria.

A Marinha norte-americana tem quarto destróieres no leste do Mar Mediterrâneo cujo armamento pode atingir alvos no interior da Síria. Os Estados Unidos também têm aviões de guerra na região.

Em entrevista concedida nesta terça-feira (20/08/2013) à BBC, durante visita ao Brunei, Hagel também previu que agências de inteligência norte-americanas irão em breve concluir que o ataque contra civis num subúrbio de Damasco, na quarta-feira, envolveu armas químicas e foi realizado pelo governo de Bashar Assad.

O regime de Bashar al Assad concedeu autorização para os inspetores da ONU investigarem o local dos supostos ataques neste domingo, quatro dias depois da morte de centenas de pessoas e imediatamente após reunião com autoridades de desarmamento da ONU.

Hoje, a missão se encaminhava para o local do ataque, quando foi alvejada por franco atiradores em uma buffer zone. Não dá para saber quem seriam os responsáveis pelos disparos. Os inspetores retornaram para o checkpoint do regime, onde receberam proteção.

Horas mais tarde, eles chegaram ao local do ataque em uma rota alternativa com o auxílio das forças de Assad.

O objetivo da investigação será determinar se houve ou não uso de armas químicas. Caso tenha havido, tentarão determinar quais teriam sido usadas. Não haverá determinação, a princípio, de quem seria o responsável pelo uso deste arsenal de destruição em massa, que teria matado centenas de pessoas.

Nações ocidentais suspeitam do regime de Assad e dizem ter informações de inteligência neste sentido. A Rússia afirma justamente o inverso e diz ter sido a oposição.

Para compreender o regime sírio de Assad veja o infográfico do link abaixo:



Veja o mapa da localização da Síria



Fonte:




Entenda a atual crise na Síria 2013


Material produzido pela ONU Brasil (na íntegra)

Especial ONU Brasil


O conflito na Síria continua causando sofrimento humano e destruição imensuráveis. Dados compilados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) indicam que 100 mil pessoas foram mortas desde março de 2011, quando começou o levante contra o presidente Bashar al-Assad.
A estimativa é que 6,8 milhões de pessoas necessitem de assistência humanitária urgente – incluindo 3,1 milhões de crianças. Desse total, 4,25 milhões são deslocados internos. Até 1º de julho, já havia mais de 1,7 milhão de refugiados sírios nos países vizinhos e Norte da África.
Cerca de 1,2 milhão de famílias tiveram suas casas atingidas de acordo com a Comissão Econômica e Social para a Ásia Ocidental (ESCWA). Cerca de 400 mil delas foram completamente destruídas, 300 mil parcialmente destruídas e 500 mil sofreram danos de infraestrutura.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) estima que 400 mil palestinos refugiados na Síria (80%) precisem de assistência urgente. Cerca de 180 mil deles tiveram que fugir de Damasco por causa dos bombardeios e confrontos nos arredores.
O denso deslocamento populacional e a higiene precária aumentam o risco de piolhos, sarna, leishmaniose, hepatite A e outras doenças infecciosas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está monitorando a situação e oferecendo tratamento em diversas áreas do país. A estimativa é de 2,5 mil casos de febre tifoide em Deir Ez-Zor e 14 mil de leishmaniose em Hassekeh.
Cerca de 57% dos hospitais públicos foram danificados ou destruídos e 37% estão fechados, segundo a OMS. Muitos profissionais de saúde estão fugindo do país e os que permanecem têm muita dificuldade para chegar aos postos de trabalho por causa da insegurança.
Muitos hospitais estão sem remédios essenciais como insulina e antibióticos. Também acabaram os estoques do Ministério da Saúde para tratamentos de queimados e feridos em unidades de terapia intensiva. O hospital de Aleppo, por exemplo, reportou no meio de abril ter atendido 3,5 mil pacientes com ferimentos de guerra sem que houvesse banco de sangue e, muitas vezes, realizou operações sem anestesia ou fios de sutura.
A OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estão trabalhando em campanhas de prevenção e fornecimento de kits laboratoriais para diagnóstico de hepatite A, além da aquisição inicial de 400 mil doses de remédio contra leishmaniose e medicamentos suficientes para tratar 6 mil casos de febre tifoide.
Para purificar a água e ajudar na prevenção das doenças, o UNICEF distribuiu no começo do ano aproximadamente 240 toneladas métricas hipoclorito de sódio para cerca de 20 mil pessoas em Aleppo, Ar-Raqqa, Damasco, Hama, Homs, Idleb e Damasco Rural.
O apoio da ONU ao setor de saúde garantiu a vacinação de 550 mil crianças contra sarampo, caxumba, rubéola e pólio em seis regiões.
O apuro das pessoas atingidas pela violência é ampliado pela falta de comida, água, combustível e o inverno rigoroso. Há cortes prolongados de luz em diversas áreas do país. A insegurança está impedindo o acesso de muitas pessoas a serviços e produtos de necessidade básica.
As agências da ONU estão reforçando abrigos e distribuindo itens de inverno para milhares de pessoas. Só em 2013, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) já distribuiu itens como cobertores, roupas e kits de cozinha para 452 mil pessoas.

Três quartos das crianças estão traumatizadas pela guerra

Uma pesquisa conduzida por Turquia, Estados Unidos e Noruega mostra que três quartos das cerca de 8,4 mil crianças sírias – a maioria entre 10 e 13 anos – refugiadas no campo de Gaziantep Islahiye, na Turquia, perderam ao menos um parente no conflito.
O estudo revela que a maioria delas apresenta sinais de estresse e trauma e 44% presenciaram ao menos cinco de 11 eventos adversos associados com guerra e desastres. Metade das crianças sofre depressão e muitas estão preocupadas com familiares que permanecem no país.
O UNICEF está provendo atividades educativas e apoio psicológico para mais de 85 mil meninos e meninas.
O Fundo também doou ao Ministério da Educação materiais escolares, kits de recreação e musicais para atender quase 25 mil crianças em Aleppo. Em todo o país, 154 mil estudantes foram beneficiados com doações do UNICEF.
De acordo com a agência, cerca de 20% das escolas não estão funcionando. Das 22 mil unidades do país, estima-se que mais de 2,4 mil tenham sofrido danos de infraestrutura por causa da guerra. A violência tirou muitas crianças das salas de aula, especialmente meninas. Nos locais onde as escolas tentam manter suas atividades, a frequência é bastante reduzida. Em Aleppo, apenas 6% dos alunos estão comparecendo às aulas.

Violência prejudica produção agrícola

A produção agrícola foi duramente comprometida com a crise, somando um prejuízo de 1,8 bilhão de dólares. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), só 5% dos agricultores conseguiram colher toda sua produção de trigo e cevada. Cerca de 20% dos produtores perderam inteiramente suas plantações e 55% dos pecuaristas registraram redução substancial nos estoques de gados e aves.
O programa de emergência da FAO tem objetivo de atender 20,7 mil famílias (com oito indivíduos) vulneráveis de agricultores e pecuaristas, beneficiando um total de 165 mil pessoas. Até o começo de janeiro, a FAO alcançou 8 mil pessoas com a doação de comida animal. Insumos agrícolas também foram dados a outras 4,5 mil pessoas e mais 4 mil receberam pacotes de ajuda específico para criação de aves.

Ajuda alimentar para 2,5 milhões de pessoas

O Programa Mundial de Alimentos (PMA), com apoio de parceiros, alcançou 2 milhões de pessoas em março, 300 mil a mais que no mês anterior. O objetivo é chegar a 2,5 milhões de pessoas dentro da Síria até o fim de abril.
Mulher recebe suprimentos do Programa Mundial de Alimentos em Damasco, capital da Síria. (Foto: ONU/Abeer Etefa)
Por causa do baixo financiamento, a cesta de alimentos provê mil calorias diárias por pessoa. Ela inclui 12 quilos de arroz, 3 kg de trigo, 5 litros de óleo vegetal, 3 kg de açúcar, 4 kg de leguminosas secas, 1kg de leguminosas enlatadas, 4kg de macarrão e 400g de massa de tomate.

ONU distribui mais de 6 milhões de dólares em ajuda financeira emergencial

Desde 16 de dezembro, o ACNUR tem oferecido ajuda em dinheiro a deslocados internos e famílias de refugiados palestinos em Damasco e Hassakeh. Mais de 73 mil pessoas já foram beneficiadas.
Um jovem refugiado sírio envolve-se em um cobertor grosso, parte da ajuda para sua família no inverno do norte do Iraque. Foto: ACNUR
Durante o mês de dezembro, a UNRWA também distribuiu mais de 5 milhões de dólares em assistência financeira emergencial para 94 mil palestinos em Damasco. Em janeiro, mais 23 mil foram beneficiados com 1 milhão de dólares.

UNFPA leva atendimento de saúde gratuito a milhares de grávidas

A resposta do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) para a crise inclui ambulâncias, equipamentos e suprimentos médicos de obstetrícia para atender milhares de grávidas.
Somente de 9 a 22 de abril, 7,5 mil mulheres foram atendidas em serviços de saúde reprodutiva, incluindo cuidados obstétricos de emergência em Damasco, Damasco Rural, Aleppo e Homs. Cerca de 400 partos normais e cesárias foram realizados com vouchers de atendimento gratuito fornecidos pela agência da ONU.
O sistema de vouchers beneficiou 28 mil mulheres durante o mês de março em Aleppo. O atendimento direto do UNFPA alcançou 11,8 gestantes no período.
No começo do ano, a agência da ONU entregou ao Ministério da Saúde equipamentos para atendimento de saúde reprodutiva e serviços de planejamento familiar em apoio a cerca de 180 mil mulheres em Damasco, Aleppo, Idlib, Homs e Ar-Raqqa. Entre 5 e 18 de fevereiro, mais 60 mil foram beneficiadas em saúde reprodutiva e 150 mil em planejamento familiar.

Apelo é por 1,5 bilhão de dólares para o primeiro semestre de 2013

O plano de resposta humanitária para a Síria requer 519 milhões de dólares para cobrir 61 projetos em dez setores durante o primeiro semestre de 2013. Já o plano de resposta regional para refugiados pede 1 bilhão de dólares para apoiar 1,1 milhão de refugiados sírios no Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e Turquia no primeiro semestre de 2013.
O Fundo de Resposta Emergencial para a Síria recebeu, até 22 de abril, 43,8 milhões de dólares – dos quais 19,1 milhões foram alocados em 66 projetos.
Em 30 de janeiro, uma conferência de doadores foi realizada no Kuwait com a participação de mais de 60 países, que se comprometeram a doar o total de 1,5 bilhão de dólares para minimizar a crise humanitária. Até 22 de abril, apenas 700 milhões de dólares foram financiados.
Em 2012, apenas 55% da ajuda solicitada para a resposta humanitária foi financiada, totalizando uma arrecadação de 191 milhões de dólares, quando o necessário era 348 milhões. A ajuda aos refugiados também foi subfinanciada no ano passado. Dos 488 milhões de dólares solicitados, apenas 248 milhões chegaram, atendendo a cerca de 69% das necessidades.

Missão de observadores e escritório de contato da ONU

Como a persistência do combate na Síria, as condições para dar continuidade à Missão da ONU de Supervisão na Síria (UNSMIS) no país não foram satisfeitas, anunciou em agosto de 2012 o Subsecretário-Geral de Operações de Paz, Edmund Mulet. Os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, no entanto, concordaram neste mesmo mês com a criação de um escritório de contato para apoiar os esforços de uma solução política para o conflito e o respeito dos direitos humanos.
Veículo da ONU foi danificado por uma multidão enfurecida em El-Haffeh, Síria, ao tentar acessar a cidade (ONU/ David Manyua)
Inicialmente criada em abril de 2012 para durar 90 dias – por meio da resolução 2043 –, o mandato da UNSMIS foi prorrogado por mais 30 dias no final de julho, quando o Conselho aprovou a resolução 2059.
Essa resolução também indicou que uma renovação posterior a este prazo só seria possível se fosse confirmado que o uso de armas pesadas houvesse cessado e uma redução da violência por todos os lados era necessário para permitir à Missão implementar o seu mandato, o que não ocorreu.

Representante Especial tenta saída negociada pacífica para a crise

Em fevereiro de 2012, o ex-Secretário-Geral das Nações Unidas Kofi Annan (na foto abaixo, à esquerda) foi anunciado como o enviado especial da Missão Conjunta da Liga Árabe e da ONU para a Síria. Annan, que havia ocupado o cargo máximo da Organização entre 1997 e 2006, se tornou à época Alto Representante da ONU e da Liga Árabe para resolver a crise e será apoiado por um Vice-Representante. “O enviado especial proporcionará bons ofícios destinados a pôr fim a toda a violência e violações dos direitos humanos, e promover uma solução pacífica para a crise da Síria”, afirmou o comunicado conjunto no dia 23.
Kofi Annan, Ban Ki-moon e Lakhdar Brahimi (UN Photo/Devra Berkowitz)
No dia 2 de agosto do mesmo ano, no entanto, Annan renunciou ao cargo após tentativas frustradas de aplicar o chamado Plano de Seis Pontos, que pede o fim da violência, o acesso de agências humanitárias para o fornecimento de apoio à população civil, a libertação dos detidos, o início de um diálogo político inclusivo e livre acesso ao país para a mídia internacional.
Em seu lugar, as duas organizações apontaram no dia 17 de agosto de 2012 o diplomata veterano argelino Lakhdar Brahimi (à direita) como novo facilitador da paz na região. Brahimi deve assumiu a função no dia 31 de agosto, quando terminou o mandato de Annan, e desde então tem feito esforços constantes para uma saída negociada pacífica para a crise.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

IDH - O que é e situação do Brasil e SC

O que é IDH?

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa de renda, escolaridade e longevidade para os diversos países do mundo.   É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente bem-estar infantil.

Quem criou o IDH?

O índice foi desenvolvido em 1990 pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq, e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa da Organização das Nações Unidas (ONU) para o desenvolvimento de seu relatório anual.

Quais são os critérios de avaliação?

Em geral são verificados dados referentes à saúde, educação e renda da população e também há variáveis referentes à desigualdade ocorrida dentro desses critérios em uma determinada região, estado ou país.

Como são classificados?

A partir dos dados avaliados ocorre uma nota sempre entre 0 e 1, do total de países os mesmos são divididos em 4 categorias.

Muito alto são os 25% que estão no topo da tabela;


Alto são os 25% seguintes;


Médio, outros 25%;


Baixo desenvolvimento, os 25% últimos.


CLASSIFICAÇÃO IDH MUNDO




Qual é a situação do Brasil?

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil cresceu 47,5% entre 1991 e 2010.

Entre os três indicadores que compõem o IDHM, o que mais contribuiu para a pontuação geral do Brasil em 2013 foi o de longevidade, com 0,816 (classificação "desenvolvimento muito alto", seguido por renda (0,739; "alto") e por educação (0,637; "médio").

Apesar de educação ter o índice mais baixo dos três, foi o indicador que mais cresceu nos últimos 20 anos: de 0,279 para 0,637 (128%). Segundo o Pnud, esse avanço é motivado por uma maior frequência de jovens na escola (2,5 vezes mais que em 1991). No indicador longevidade, o crescimento foi 23% entre 1991 e 2010; no caso de renda, a alta foi de 14%.


EVOLUÇÃO DO IDH BRASILEIRO 1991 - 2010



EVOLUÇÃO IDH BRASIL PERANTE OS PAÍSES EMERGENTES


IDH BRASILEIRO POR ESTADOS IDHM 2013


COLOCAÇÃO DO BRASIL POR CRITÉRIOS


A figura abaixo é importante pois oferece informações de vários anos mas é tendenciosa pois há aparente estagnação devido ao fato das últimas três colunas serem de ano em ano enquanto as colunas anteriores de 5 em 5 anos. O vestibulando precisa ter esta percepção numa prova de vestibular! Interpretação!


AS CIDADES COM MELHOR IDH DO BRASIL


IDH DE SANTA CATARINA POR MUNICÍPIOS


TABELA DOS MELHORES IDH DOS MUNICÍPIOS DE SANTA CATARINA


TABELA DO IDH POR ESTADOS BRASILEIROS

É bem relevante esta tabela, considerando que SC na classificação da década anterior era o 2o melhor estado e agora ocupa a 3a posição. Em suma, mesmo que seu índice tenha melhorado o de São Paulo melhorou mais


Jonathan Kreutzfeld

Fontes: