quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Prova Enem 2013 - Geografia comentada

Analisando as questões do Enem 2013 de Ciências Humanas, encontrei 12 questões que pode se dizer que são de Geografia ou envolvem a disciplina. Muitas questões realmente envolvem conceitos de Filosofia, Sociologia, História e Geografia ao mesmo tempo ou algumas delas. Na verdade há bastante de atualidade que tanto cai pra Geopolítica, História ou Sociologia. Essa sempre foi a ideia do ENEM. Até gosto da prova mas cada vez ela parece mais com vestibular tradicional no tipo de pergunta.

Geografia Física praticamente poderia deixar de ser ensinada na escola? Num ano só uma coisa noutro bem mais outra, melhor estudar tudo mesmo!

Importante citar que as questões abaixo foram retiradas do site:


Jonathan Kreutzfeld





Obs: forçado esse texto da Folha de São Paulo, depende da demanda da cidade, uma cidade fortemente industrializada consome bem mais energia do que isso, mas não compromete a questão.








quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Enquetes do Blog Novembro 2013

Resultados

O QUE VOCÊ ACHA DA VINDA DE MÉDICOS ESTRANGEIROS PARA O BRASIL, NAS CONDIÇÕES DO ATUAL PROGRAMA DO GOVERNO?

Ótimo               (34%)
Bom                 (40%)
Ruim                (14%)
Péssimo            (10%)

VOCÊ ACREDITA QUE A COPA DO MUNDO VAI CONTRIBUIR CONSIDERAVELMENTE COM A INFRAESTRUTURA DO BRASIL?

Sim           (27%)

Não           (73%)

Jonathan Kreutzfeld

Crescimento econômico Vs eletricidade no Brasil

Nos últimos 10 anos ou mais obtivemos um razoável crescimento econômico reconhecido por organizações internacionais importantes. Até fomos incluídos no seleto grupo dos BRICS. No entanto durante todo esse período tivemos um grande desafio estrutural para acompanhar tal desempenho, a energia elétrica. O Brasil teve grandes problemas no começo dos anos 2000 com o famoso “apagão”, daí vieram as lâmpadas eletrônicas, investimentos em gás natural, algumas fontes alternativas e a tradicional hidroeletricidade.

E é aí que vem o dilema. Primeiro que os maiores investimentos em energia neste período no Brasil não foram feitos pelo governo e sim por empresas privadas. Tudo bem, somos uma economia neoliberal tentando ser bem sucedida. O problema é que nossa burocracia atrapalha o funcionamento do setor energético, principalmente na questão ambiental. Temos aerogeradores aguardando anos pela autorização de construção de rede de transmissão, e isso acontece em outros segmentos também. Nossas maiores hidroelétricas estão sendo construídas (Belo Monte, Jirau e Santo Antônio) onde há baixíssima demanda por energia e pra piorar não temos a menor infraestrutura no entorno delas pra garantir uma futura industrialização ou urbanização decente. Ou seja, fazemos as coisas de traz pra frente e sem boas justificativas e pra piorar falamos mal dos chineses.


Quando falo que a questão ambiental atrapalha não estou dizendo que devemos destruir nossas florestas e sim ter regras claras e justificativas plausíveis para grandes impactos (ou mesmo os pequenos) ambientais gerados por elas. O Brasil não possui uma política energética organizada, muito menos eficiente. Se eu fosse um investidor estrangeiro teria medo de investir no Brasil, isso sem falar dos portos, aeroportos, rodovias e ferrovias.

Jonathan Kreutzfeld

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Manifestações Populares 2013 e Passado

No primeiro semestre de 2013, uma série de manifestações populares ocorreu nas ruas de centenas de cidades brasileiras. Tendo inicialmente como foco de reivindicação a redução das tarifas do transporte coletivo, as manifestações ampliaram-se, ganhando um número imensamente maior de pessoas e também novas reivindicações. A violência policial aos atos também contribuiu para que mais pessoas fossem às ruas para garantir os direitos de livre manifestação.


Já no segundo semestre de 2013 tivemos importantes protestos e greves no país, especialmente a dos professores da rede municipal do Rio de Janeiro, que teve grande repercussão e apoio de outras manifestações em outros estados.

Em virtude da grande repercussão que essas manifestações alcançaram nas ruas e nos meios de comunicação de massa, é possível que elas sejam utilizadas como ponto de partida para avaliar o vestibulando, possivelmente testando seus conhecimentos em relação a outras grandes manifestações que ocorreram na história do Brasil. E isso pode ocorrer tanto nas provas de história quanto nas redações dos vestibulares e do Enem.

Fazendo uma retrospectiva histórica, podemos perceber na história brasileira que algumas manifestações conseguiram alcançar seus objetivos após reunirem milhares de pessoas.

Em 1992, grandes manifestações ocorreram nas ruas do Brasil pedindo o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Frente aos fortes indícios de corrupção em seu governo, a juventude conhecida pedia a saída do presidente, que havia sido o primeiro eleito por voto direto após o fim da ditadura civil-militar. Esses jovens ficaram conhecidos como “Caras Pintadas”, pelo fato de pintarem em seus rostos pequenas faixas com as cores da bandeira do Brasil. Após forte pressão popular, Collor pediu a renúncia do cargo, assumindo em seu lugar o vice-presidente Itamar Franco.


Quando não alcançaram os objetivos pretendidos, as manifestações proporcionaram um debate sobre a situação política do país e estimularam a participação política de um número maior de pessoas. Foi o caso da campanha pelas “Diretas Já!”, iniciada a partir de 1983. O objetivo do movimento era a provação de uma lei que possibilitasse a eleição direta para Presidente da República. O país ainda vivia os últimos anos da ditadura civil-militar, o que não impediu que milhares de pessoas saíssem às ruas para participar de comícios e exigir a abertura democrática, depois de anos de controle político por parte das Forças Armadas. Apesar da pressão, a lei não foi aprovada e o presidente posterior foi ainda eleito de forma indireta pelo Colégio Eleitoral. Apesar dessa derrota, um novo cenário político abriu-se ao país, com uma maior liberdade de participação política.


Na década de 1960, o conturbado contexto político também gerou manifestações nas ruas. Durante o governo de João Goulart, havia uma intensa polarização política no Brasil entre os que apoiavam seu mandato de presidente e os que lutavam por sua saída. O estopim para o fim de seu governo ocorreu no mês de março de 1964. Após a realização de um comício na estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro, onde aproximadamente 150 mil pessoas escutavam o presidente e seus apoiadores a defender as Reformas de Base, as forças políticas ligadas aos setores conservadores da sociedade iniciaram uma série de manifestações contra o presidente.

Essas manifestações eram denominadas como “Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade” e levaram às ruas centenas de milhares de pessoas que se opunham ao pretenso comunismo de João Goulart. Na verdade, elas opunham-se às reformas que poderiam ter subtraído parte do poder econômico das classes dominantes do país. Essas marchas foram o argumento necessário aos militares para derrubarem o presidente, afirmando ter apoio popular para isso. Esse é um exemplo de uma manifestação que contribuiu para que a participação política fosse restrita, abrindo caminho para uma ditadura militar.

Outras manifestações de rua ocorreram na história do Brasil em diversos momentos. Cabe ao vestibulando, caso seja um tema presente nas provas, conhecer o contexto e os motivos que levaram as pessoas às ruas, principalmente suas reivindicações, bem como os desdobramentos dessas ações na história do Brasil. Essas observações têm por objetivo auxiliar o vestibulando na interpretação dos textos que podem ser expostos nas questões e redações, mas cabe ao candidato um estudo do contexto histórico que motivou essas manifestações políticas e sociais.

Fonte:




quarta-feira, 2 de outubro de 2013

"O Brasil não é um país sério"

Já faz algum tempo que não escrevo, nem posto muita coisa por aqui. O motivo: falta de tempo, isso mesmo, falta de tempo. O que é supernormal para quem trabalha, todos que trabalham possuem esse problema.

Dia desses, ouvindo noticiário pelo rádio no carro ouvi uma notícia: há mais de 400 pessoas que trabalham no senado ganhando salários acima do teto previsto em 28 mil, isso logicamente sem contar os próprios senadores. O presidente da casa Senador Renan Calheiros não faz absolutamente nada para verificar os porquês disso. Fiquei ainda mais revoltado do que o normal. Fiz um cálculo simples logo que ouvi: digamos que estes salários estejam na faixa de 40 mil reais (otimista), vezes 400 pessoas, vezes 12 meses, o resultado seria 192 milhões de reais. Se multiplicarmos por cinco anos teremos 960 milhões de reais, sem correção da inflação, nada. Então iniciei uma pequena pesquisa sobre o PIB de alguns municípios e na nossa região encontrei Timbó com cerca de 40 mil habitantes e um PIB de 983 milhões de reais em 2010.

Timbó pra quem não sabe é uma cidade fortemente industrializada e com o setor terciário da economia bastante desenvolvido. Aí eu pergunto: É justo pensar que 400 pessoas que não sabemos nem pra que servem ganhar em cinco anos o equivalente à toda riqueza gerada em uma importante cidade durante um ano? Óbvio que não. Existem inúmeros cargos no governo que merecem bons salários, mas provavelmente nenhum dos merecedores trabalha por ali e sim no INPE, ANAC, ANEEL, ANTT, IBGE, Universidades entre muitas agências e institutos nacionais. E provavelmente também não possuem cargos políticos e sim técnicos, com mais de 20 anos de estudo e nunca, nunca com salários perto desses. Perto desses salários só nossos queridos políticos, ministros do supremo tribunal federal e alguns poucos merecedores dos mesmos.

Sério, olhando os professores apanhando no Rio de Janeiro, nossas universidades com poucas vagas para médicos, escolas e hospitais sucateados, greve nos bancos, entre muitos outros problemas e injustiças desse país só consigo pensar na frase “O Brasil não é um país sério” do francês Charles de Gaulle.

Jonathan Kreutzfeld


História da frase “O Brasil não é um país sério” 

Ranking dos Políticos Brasileiros

Achei bem interessante este site:

Tem o ranking dos políticos por estado e geral, pena que só tenha a avaliação de deputados federais e senadores mas já é alguma coisa.

Há alguns probleminhas de falta de atualização mas... Brasil!

O link: RANKING DOS POLÍTICOS BRASILEIROS

Jonathan Kreutzfeld