quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Crescimento econômico Vs eletricidade no Brasil

Nos últimos 10 anos ou mais obtivemos um razoável crescimento econômico reconhecido por organizações internacionais importantes. Até fomos incluídos no seleto grupo dos BRICS. No entanto durante todo esse período tivemos um grande desafio estrutural para acompanhar tal desempenho, a energia elétrica. O Brasil teve grandes problemas no começo dos anos 2000 com o famoso “apagão”, daí vieram as lâmpadas eletrônicas, investimentos em gás natural, algumas fontes alternativas e a tradicional hidroeletricidade.

E é aí que vem o dilema. Primeiro que os maiores investimentos em energia neste período no Brasil não foram feitos pelo governo e sim por empresas privadas. Tudo bem, somos uma economia neoliberal tentando ser bem sucedida. O problema é que nossa burocracia atrapalha o funcionamento do setor energético, principalmente na questão ambiental. Temos aerogeradores aguardando anos pela autorização de construção de rede de transmissão, e isso acontece em outros segmentos também. Nossas maiores hidroelétricas estão sendo construídas (Belo Monte, Jirau e Santo Antônio) onde há baixíssima demanda por energia e pra piorar não temos a menor infraestrutura no entorno delas pra garantir uma futura industrialização ou urbanização decente. Ou seja, fazemos as coisas de traz pra frente e sem boas justificativas e pra piorar falamos mal dos chineses.


Quando falo que a questão ambiental atrapalha não estou dizendo que devemos destruir nossas florestas e sim ter regras claras e justificativas plausíveis para grandes impactos (ou mesmo os pequenos) ambientais gerados por elas. O Brasil não possui uma política energética organizada, muito menos eficiente. Se eu fosse um investidor estrangeiro teria medo de investir no Brasil, isso sem falar dos portos, aeroportos, rodovias e ferrovias.

Jonathan Kreutzfeld

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