Trabalho realizado na disciplina de Geografia pelos alunos Cristiano Abdala, Caroline Hoffmann, Fernanda Barma
Leitzke, Iuri Luiz Lenzi e Jéssica Marcielly de Novaes
1. INTRODUÇÃO
A agricultura é o setor da economia
que mais recebe verbas da União Europeia, com contribuições anuais de cerca de
47 bilhões de euros. Esse valor é repassado aos fazendeiros de acordo com o
tamanho das suas propriedades, sem levar em conta o quanto foi produzido. E, cada
vez mais, os agricultores investem em técnicas de produção mais eficazes, pois
a competitividade move esse setor.
Desde sempre a agricultura é
extremamente importante para a União Europeia, principalmente depois do Tratado
de Roma (1957). Este foi o responsável por instituir a Comunidade Econômica
Europeia (CEE) que, por sua vez, criou a PAC (Política Agrícola Comum) em 1962,
cuja finalidade era aumentar o padrão de vida dos agricultores e a produção
agrícola da Comunidade.
O objetivo deste trabalho é fornecer
informações, conceitos e curiosidades sobre o setor primário, isto é, a
agricultura, na União Europeia. Pretende-se, dessa maneira, apresentar o
assunto de uma forma direta e sintética, para que possam ser de grande valia para
o estudo do tema em questão.
No decorrer do presente trabalho,
serão encontradas informações e demais curiosidades em relação à agricultura no
bloco econômico da União Europeia, com um leve destaque em alguns dos seus
países membros. Este trabalho também contém uma breve introdução ao tema,
explicando sobre o Tratado de Roma e a PAC, a fim de melhor esclarecer os
conceitos que serão apresentados ao longo do trabalho.
As pesquisas foram realizadas em
sites da internet.
2. TRATADO DE ROMA
O Tratado de Roma foi assinado em 25
de março de 1957 por seis países: Alemanha, Bélgica, França, Holanda, Itália e
Luxemburgo. Estes formaram então a CEE (Comunidade Econômica Europeia), que
pretende a integração econômica desses países, por meio da instituição de um
mercado comum e da união aduaneira (alfandegária); e a EURATOM (Comunidade
Europeia da Energia Atômica), com a finalidade de promover a cooperação no
crescimento e aplicação da energia nuclear, melhorando o padrão de vida dos
países integrantes.
Com a assinatura do tratado,
almejava-se "uma união cada vez mais estreita entre os povos europeus
(...) mediante uma ação comum, o progresso econômico e social dos seus países,
eliminando as barreiras que dividem a Europa" (Preâmbulo do Tratado de
Roma). Com o passar dos anos, ocorrem grandes avanços econômicos e tem-se a
perspectiva de colaboração em outros departamentos.
Em 1973, a Dinamarca, a Irlanda e o
Reino Unido aderem ao tratado, bem como, em 1981, o faz a Grécia. Em 1986,
Espanha e Portugal também se tornam membros e, nesse meio tempo, o tratado é
revisado e atualizado pela primeira vez com o Ato Único Europeu, que visa
alcançar a União Europeia, expandindo seus campos de atuação. Entra em vigor no
ano seguinte, prometendo, entre outras coisas, minimizar as diferenças
econômicas e sociais dos países membros e criar um mercado comum onde pessoas,
mercadorias, dinheiro e serviços pudessem circular livremente.
Em 1995, também entram a Áustria, a Finlândia e a
Suécia.
3. A CRIAÇÃO DA PAC
Em 1962, foi fundada a PAC (Política Agrícola Comum), uma forma de os governos europeus
resguardarem seus agricultores da concorrência exterior, visando à manutenção
da renda e do emprego para o agricultor, a fim de obter uma estabilidade nos
preços dos alimentos.
O apoio à agropecuária leva a Europa a tornar-se
praticamente autossuficiente nos principais produtos alimentares, mas não
resolveu problemas de disparidade entre países e regiões do continente.
Na década de 1990, o programa começou a ser
questionado, tanto dentro da UE por aqueles que consideravam os custos muito
altos (45000 milhões de dólares anuais), além de críticas internacionais, como
por parte da Organização Mundial do Comércio (OMC) e dos EUA, que pressionam
cada vez mais o fim do protecionismo agrícola, uma vez que bloqueava a entrada
de produtos estrangeiros no continente europeu.
A perspectiva de diminuição de subsídios tem sido
motivo de protestos em toda a Europa, especialmente na França, maior produtor
agrícola do ocidente da Europa, e onde existem o maior números de agricultores
beneficiados pela PAC.
4. PAC – DEFINIÇÃO,
OBJETIVOS E PRINCÍPIOS
A PAC é uma das políticas mais importantes da União
Europeia e consiste em um “sistema de subsídios à agricultura e programas de
desenvolvimento em áreas afins”, regulando a produção, troca e verificação dos
produtos agrícolas do bloco.
A importância da PAC não se
restringe apenas ao fato de que cerca de 44% do orçamento comunitário é
destinado à agricultura (o que equivale a 43 000 milhões de euros, segundo
estimativa de 2005), mas também ao grande número de pessoas e a vasta extensão
na qual ela se aplica.
Alguns princípios fazem parte da Política Agrícola Comum,
dentre os quais estão “a criação de um grande mercado único dentro do qual se possa importar e
exportar produtos agrícolas livremente, preferindo os produtos produzidos
dentro das fronteiras da U.E., e o financiamento comunitário da Política
Agrícola Comum”.
Seus principais objetivos são:
- Assegurar o abastecimento regular de alimentos, fornecendo preços justos por eles;
- Estabilizar o mercado;
- Potencializar a produtividade da agricultura, promovendo o avanço técnico e o uso de mão de obra, bem como de outros meios de produção;
- Garantir um aumento do rendimento pessoal dos agricultores, condizente com as suas funções.
Porém, mesmo tendo conquistado seus objetivos, tudo
isso passou a estimular a produção de excedente, principalmente de cereais,
carne bovina e leite, o que resultou em uma diminuição substancial da
rentabilidade dos agricultores. Desse modo, foi preciso realizar uma revisão da
PAC, a fim de reduzir os excedentes e regular os preços com os consumidores.
Essa revisão se deu em 1992.
5. O SETOR PRIMÁRIO DA ECONOMIA EUROPEIA
A Europa foi a primeira região
do mundo a desenvolver uma economia moderna, baseada numa forma comercial de
agricultura e indústria, é considerada hoje um dos polos econômicos mais
importantes e atuantes.
Anteriormente ao colapso da hegemonia soviética, no
leste europeu, ente 1989 e 1990, os governos mantiveram as economias planeadas.
Posteriormente, os países assistiram a introdução de mecanismos de mercado em
suas economias, o que originou a produção dos bens de consumo e de serviços.

A produção varia
no continente de acordo com as condições ambientais, climáticas e de relevo,
onde cada país se destaca em determinados produtos agropecuários.
Na planície do Norte da Europa
e na Europa Ocidental predomina a economia de mercado. Os países do Sul e do
Leste Europeu encontram-se consideravelmente menos desenvolvidos.
O sul do continente dispõe de
mais horas de sol no ano, sendo o setor evidenciado pelo cultivo de frutas e
hortaliças, além dos azeites, vegetais e dos vinhos.
Os nórdicos são maiores
produtores de cereais e leite. Nestes países, a pecuária bovina e suína é
desenvolvida de maneira intensiva e atende a demanda de carne e leite de sua
população; são dominantes as culturas de aveia, cevada, vegetais, batatas e as
flores.
6. ASPECTOS AGRÍCOLAS
A região
de solos negros da Ucrânia, conhecida como (tchernoziom), é uma grande
produtora de trigo, talvez o cereal mais importante do continente. Outros
países que também se destacam na produção de trigo, são Itália, França, Alemanha e Rússia.
O centeio substitui o trigo (das áreas de clima temperado) nas regiões
mais frias, já que os dois tem similar importância na produção de pão.
A aveia é produzida principalmente para a alimentação do gado,
recebendo, por isso, o nome de “forrageira”.
A cevada é uma matéria-prima na produção de cerveja, produto que se
destaca em consumo e produção artesanal em vários países europeus. Os maiores
produtores desses cereais são: Alemanha, França, Espanha, Polônia
e Reino Unido.
Outro
produto importante na agricultura europeia é a batata, onde os principais
produtores são: Alemanha, França, Países
Baixos, Reino Unido e Rússia.

A agricultura mais científica da Europa encontra-se na região ocidental.
Grande parte do continente também é relativamente pobre em minerais, exceto o
carvão, o petróleo, o gás natural e o ferro, além do chumbo e do zinco,
entretanto, o solo é sujeitado a técnicas que lhe permitem adubação e técnicas
modernas de irrigação, o que os deixa com elevada produtividade e qualidade.
O volume de colheitas na Europa ainda é, em comparativo, muito menor do
que na América do Norte, Ásia e America do Sul, sendo deficiente em relação ao
cultivo de milho, arroz e aveia. Por outro lado, possui uma diversidade grande
com relação às frutas, como maçã e pera nas zonas temperadas e úmidas; as
frutas cítricas na região mediterrânea; e as videiras, devido à alta produção
em razão do clima propício, além das azeitonas, destinadas à exportação.
Ouro problema agrícola do continente é a falta de autonomia em cereais
para a forragem, as gorduras vegetais, e os produtos tropicais. Não tendo
condições geográficas para a produção de tais matérias-primas, os governos de
países europeus subvencionam o cultivo de certos produtos, causando imensos
desequilíbrios sociais nos países produtores, sobretudo nos de economia
emergente e de terceiro mundo.
7. ASPECTOS
AGROPECUÁRIOS
Assim
como a agricultura, a pecuária na Europa fornece grande variedade de produtos,
tais como a carne, o queijo e a manteiga.
A
pecuária é considerada prática, com características intensivas, onde o gado,
por exemplo, recebe cuidados técnicos e comida balanceada a fim de proporcionar
mais rendimento.
O rebanho
mais abundante é o de bovinos, principalmente na Rússia, na Ucrânia, na
Alemanha, na França, na Grã-Bretanha e na Polônia.
Apesar de
não possuir um rebanho numeroso, a criação de gado leiteiro tem destaque
na Dinamarca, Suíça e Países
Baixos. Neste último, por exemplo, a produção do rebanho é superior a 5 mil
litros de leite por vaca ao
ano, sendo cerca de 75% da produção de industrializados no país.
Além dos
bovinos, também há criação de suínos e ovinos, mesmo em menor escala. Na
suinocultura, a Alemanha se sobressai como principal criadora, onde o animal é
destinado a produção de carne para o próprio país e para exportação dentro da
Europa. No entanto, a produção não supre as necessidades de todo o continente,
sendo necessária a importação de carne suína.
Uma
característica interessante da Europa são os subsídios concedidos pelos
governos aos agricultores, tais como empréstimos com baixos juros e pagamentos
a longo prazo.
A agricultura e a pecuária para o comércio ocupam a maior parte do
território europeu, como observado na figura acima. Fonte: http://aeuropa.no.comunidades.net/index.php?pagina=1688422174
8. PESCA E RECURSOS
MARÍTIMOS
A pesca é
um recurso bastante desenvolvido na Europa, sobretudo nos países setentrionais,
como Noruega, Finlândia, Suécia e Islândia, que
utilizam modernos equipamentos pesqueiros.
As
principais espécies são o bacalhau, o arenque e o salmão, além do atum, da
sardinha, da cavala, dos crustáceos e dos moluscos. A pesca nestas regiões é
favorecida pela corrente do Golfo (Gulf Stream), que carrega uma grande
quantidade de plâncton e,
consequentemente, é responsável pela grande quantidade de cardumes.
9. AGRICULTURA EM
ALGUNS PAÍSES DA UNIÃO EUROPEIA
9.1 NA ROMÊNIA
A Romênia é um dos países que fazem
parte da União Europeia e, segundo vários jornais europeus, é conhecida como o
“novo El Dorado agrícola”. As suas terras, que são as mais estimadas do bloco,
devido à ótima qualidade, além dos preços atraentes e a possibilidade de
ganhos, vêm chamando os investidores estrangeiros para o país, principalmente
no setor da agricultura orgânica.
Inicialmente, por não ser uma
prática tradicional e devido à baixa renda e pouca informação das pessoas a
cerca de nutrição, acreditava-se que o mercado de produtos orgânicos na Romênia
não seria capaz de se equiparar ao da Europa Ocidental, porém, com o aumento da
demanda nesse setor, os agricultores locais estão investindo cada vez mais em
produtos orgânicos, que podem custar até três vezes mais do que os
convencionais. Mel, vinho e cereais são os principais produtos produzidos.
Anualmente, a agricultura orgânica
local cresce cerca de 23%, de acordo com o Ministério da Agricultura. Além disso,
nos últimos dez anos, a extensão das terras aumentou em quinze vezes, o que
equivale a 260 mil hectares e quase 2% da produção agrícola total.
Dois dos principais objetivos do
incentivo à agricultura biológica são os avanços nas exportações e a criação de
marcas nacionais de produtos orgânicos. Nesse quesito, o mel orgânico é um dos
produtos que melhor se favorecerá, pois ele é exportado a granel para a
Alemanha e, de lá, é revendido por marcas alemãs a um preço muito mais alto.
Em 2010, o número de exportações de produtos
orgânicos em geral chegou a 150 milhões de euros, enquanto que as importações
chegaram a 35 milhões de euros, o que ainda é um valor um tanto alto, porém é
justificado por a Romênia ser um país que, por enquanto, quase só produz
matéria-prima para a agricultura orgânica.
9.2 NA DINAMARCA
A produção
agrícola na Dinamarca é extremamente desenvolvida e excede as necessidades
locais; dois terços dessa produção são exportados (principalmente para os
países da União Europeia), o que faz do país um dos maiores exportadores de
alimentos. Outros parceiros comerciais importantes são os Estados Unidos e a
Noruega.
62% do território
dinamarquês é área de cultivo, dos quais 52,6% correspondem à produção de
cereais. Os lucros também são muito altos: 74,3 quintais por hectare para o trigo
de inverno e 53,6 para a cevada, porém, a maior parte dos grãos é destinada a
alimentação dos animais. O cultivo de hortaliças, principalmente cenouras, e
frutas vêm se tornando cada vez mais desenvolvida a fim de suprir as
necessidades de um padrão de vida mais. 70% da produção total de frutas é
representada somente pela produção de maçãs.
Apesar disso, o
leite é o principal recurso; “a produção conserva 4,742 milhões de toneladas,
uma média de 6.231 quilogramas por animal. Este leite é captado por cooperativas
leiteiras, que abastecem as cidades”.
9.3 NA IRLANDA
Na Irlanda, a
agricultura divide-se em uma agricultura extensiva e amplamente subsidiada no
Oeste e Centro-Oeste, e uma agricultura mais competitiva e particularizada no
Sul, estimulada pelo movimento cooperativo e pelas organizações agrícolas.
Segundo estimativa
de 2005, somente 17,6% do território irlandês é representado por áreas
cultivadas, situadas, principalmente, no Sul e no Leste do país. São
produzidos, principalmente, aveia, batata, cevada e trigo.
Por conta do
sucessivo êxodo rural, do envelhecimento da mão de obra agrícola e da
mecanização, o número de trabalhadores no campo vem diminuindo ao longo dos
anos. Em 2001, era de 7%; em 2005, passou para 5,9%. Todavia, o setor agro
alimentar ainda é de grande importância para a economia nacional.
9.4 NA FRANÇA
“A França é líder do setor agrícola
europeu” e se sobressai no cultivo da beterraba-açucareira, cereais, frutas,
laticínios, produtos vinícolas e vegetais, sendo que 3/5 das suas terras são
aráveis. Em função da sua grande área de florestas (cerca de 90 000 quilômetros
quadrados), a silvicultura (cultivo de árvores florestais) também representa
uma parte importante da economia francesa.
9.5 NA ESPANHA
O
cultivo de algodão, beterraba-açucareira, cânhamo, fumo e frutas, em especial,
as cítricas, também tem destaque na economia espanhola.
Em relação à pesca, a Espanha é uma
das maiores produtoras de peixe do mundo, porém ainda precisa importar pescado,
já que este é um ingrediente fundamental na alimentação dos espanhóis.
Quanto à produção de madeira,
pode-se dizer que, somente em alguns lugares é possível encontrar madeira de
qualidade, como no litoral e na parte úmida do norte da península. As
plantações de eucalipto e pinho, que são utilizadas na indústria do papel,
estão no lugar dos carvalhos, castanheiras e faias que, anteriormente, cobriam
o bosque atlântico europeu.
9.6 EM PORTUGAL
Portugal
destaca-se na produção de trigo, cevada milho e arroz, mas seus grandes
produtores se dedicam principalmente às uvas, para a produção de vinho, às
azeitonas e aos tomates.
Portugal
é um dos maiores exportadores mundiais de polpa de tomate e de vinho, cujas
receitas ajudam a financiar a importação de trigo e carne, cujas demandas são
maiores que a produção no país.
Mais de um terço do
território português, entretanto, é coberto por florestas, e a maior parte
dessas áreas montanhosas é destinada à silvicultura e à produção de materiais
como a cortiça, as resinas, as madeiras de pinho, e eucalipto, cujos valores de
mercado vêm crescendo numa constante.
9.7 NA INGLATERRA
A
Inglaterra possui uma agricultura altamente mecanizada e, consequentemente,
muito eficiente, mesmo para os padrões europeus, também sendo ativa no setor
primário com a pesca, a pecuária e a silvicultura.
O
país chega a produzir cerca de 60% dos alimentos consumidos internamente, e
isso tudo com cerca de 2% de força de trabalho, contribuindo com 2% do PIB
nacional.
Cerca
de dois terços de sua produção é em razão do gado, cabendo o restante a
agricultura. Nesta última, os produtos com maior expressividade são o trigo, a
cevada, a aveia, as batatas e a beterraba. Na pecuária, destaca-se alem do
gado, os ovinos e a avicultura.
A
produção agrícola da Inglaterra é a segunda maior da Europa, perdendo apenas
para a França, entretanto, vale resaltar que a agricultura é subsidiada pela
PAC nos dois países.
9.8 NA ITÁLIA
Nos anos que antecederam a Segunda Guerra
Mundial, mais especificamente nos anos de fascismo, a Itália era um país
agrário, que empregava mais de 50% da força de trabalho do país na agricultura.
Foi
a ascensão do fascismo que promoveu a industrialização do país. Em 1953, ou
seja, oito anos após o fim da guerra, apenas 30% da força de trabalho era
agrícola.
Atualmente, essa faixa é de 9,5%, o que em
números reais seriam, aproximadamente, um milhão de pessoas que trabalham nas
fazendas.
Uma
geografia acidentada e com pouco terreno propício à agricultura ou à pecuária,
em relação à produção do país, faz com que a Itália seja uma importante
produtora de alimentos. Cerca de 40% da Itália é cultivável.
A
maior parte da área agrícola é dividida em pequenas fazendas, de cerca de cinco
hectares, onde os próprios donos acabam trabalhando na terra.
Os agricultores do norte do país conseguem se
sustentar muito bem, inclusive conseguindo angariar fundos para melhorias como
a mecanização em suas fazendas e, assim, compensar a falta de mão de obra. O
norte da Itália produz, em suma, arroz, soja e carne.
Já
os agricultores do sul são bem mais pobres, pois lá é onde se localizam a maior
parte dos latifúndios do país, e essas fazendas utilizam principalmente mão de
obra humana, algumas vezes, mal remunerada. Nessa parte do país são produzidos
óleos, frutas, vinho e trigo.

A pesca e a madeireira também se fazem presente, empregando, aproximadamente, 150 mil pessoas.
No
total, a Itália emprega no setor primário, 1,18 milhão de pessoas, e o setor
primário é responsável por 3% do PIB do país.
9.9 NA ALEMANHA
O setor primário da
Alemanha ocupava cerca de 35% da força de trabalho do país, e 1,1% do PIB,
segundo dados do início de 2000. A agricultura alemã não garante a
autossuficiência do país, que é obrigado a importar quase um terço de seus
produtos.
Cerca de 35% da terra é cultivada, sendo a mecanização e os rendimentos
de nível muito elevado. Na pecuária, o gado mais expressivo é o suíno, com 26,5
milhões de cabeças em 2004, deixando o país em quarto lugar no mundo na
produção de porcos. A produção de bovinos vem diminuindo gradativamente ao
longo dos anos.
Na
agricultura, por outro lado, o açúcar de beterraba, a batata, e os cereais como
o trigo e o centeio, deixam a Germânia sempre entre os dez maiores produtores
das respectivas variedades. O país também teve uma produção expressiva de
vinho.
10.
CONCLUSÃO
Como explicado no decorrer do presente trabalho, o
setor primário da economia na União Europeia é de extrema importância para o
país, visto que, com o uso de tecnologias avançadas e eficientes práticas
agrícolas, o bloco consegue destaque não somente entre seus países membros,
como também ao redor do globo. Sendo assim, é considerado, atualmente, um dos
polos econômicos mais ativos e importantes.
Tanto a agricultura quanto a
pecuária fornecem uma enorme variedade de alimentos para suprir as necessidades
da sua população e, quando isso não é suficiente, naturalmente, é preciso
importá-los. A fim de incentivar cada vez mais a produção agrícola, em 1962,
criou-se uma Política Agrícola Comum, baseada em princípios que pretendiam
tornar a Europa autossuficiente nos principais produtos alimentares, o que foi
de extrema importância para a economia do bloco, mesmo tendo passado por
algumas reformas ao longo dos anos e sendo razão, inclusive, para protestos.
Em razão das diferentes regiões,
climas e solos, os países integrantes da União Europeia se sobressaem, cada
qual, em um setor diferente da agricultura, da pecuária e da pesca. Esta
última, por exemplo, é predominante em países como Noruega e Finlândia, onde
atua a corrente do Golfo, que propicia um grande número de cardumes. Em
Portugal, como todos sabem, a pesca é uma tradição e, devido à sua qualidade,
seus produtos, bem como vinhos e a polpa de tomate, são exportados para o mundo
inteiro.
Na pecuária, considerada intensiva,
predomina a criação de gado bovino em países como a Rússia e a Ucrânia, além de
muitos outros. O gado leiteiro, por outro lado, recebe maior atenção em países
como a Dinamarca e a Suíça. Na Alemanha, por exemplo, principal praticante da
suinocultura, a produção de carne para o país não chega a ser suficiente e, por
isso, é preciso também importá-la.
Em termos de agricultura, os
produtos de maior destaque em todo o bloco são os cereais (aveia, trigo, cevada
e centeio), a batata e a oliveira, tanto para a produção de azeite quanto das
azeitonas. Estes dois últimos produtos são feitos, muitas vezes, de forma
artesanal, o que confere à UE condições especiais de mercado.
11. REFERÊNCIAS
Acesso em: 01/03/2014
Acesso em: 03/03/2014
Acesso em: 04/03/2014