Grandes
emergentes podem perder destaque econômico
Depois
dos Brics, chegam os MINT, os PPICS e os Civets, siglas criadas pelos economistas para identificar novos
países entre eles México, Colômbia e Peru que podem ganhar destaque, desviando
a atenção dos grandes emergentes, como China ou Brasil, que enfrentam problemas
de desaquecimento econômico.
Atualmente existe uma série de sinais preocupantes procedentes de China e Brasil, e recentemente também foi apresentada a lista de neo-emergentes, os PPICS (Peru, Filipinas, Indonésia, Colômbia e Sri Lanka) pela seguradora Conface.
PPICS
Todos eles têm um forte potencial de
crescimento superior a 4,0%, as economias diversificadas, não ficam dependentes
exportar matérias-primas e têm sistemas financeiros capazes de suportar o
crescimento e de absorver um grau de choques externos.
MINT
Economicamente, três deles – México,
Indonésia e Nigéria – são grandes produtores de commodities (apenas a Turquia
não é). Isso contrasta com os Brics, onde o Brasil e a Rússia são produtores de
commodities, mas China e Índia não.
Em termos de riqueza, México e
Turquia estão no mesmo patamar, com renda per capita anual de US$ 10 mil. Isso
é superior aos US$ 3,5 mil da Indonésia e US$ 1,5 mil da Nigéria – que está no
mesmo nível da Índia.
Todos estão abaixo da Rússia (US$ 14
mil) e do Brasil (US$ 11,3 mil), mas ainda assim na frente da China (US$ 6
mil).
Os grandes desafios se dão por conta
de que a corrupção é um tópico comum nos quatro países, e eu tive diversas
discussões interessantes em cada um dos lugares.
CIVETS
Um acrônimo dado aos países
Colômbia, Indonésia, Vietnã, Egito, Turquia e África do Sul, que são previstos
por alguns para estar entre os próximos mercados emergentes a aumentar
rapidamente em importância econômica ao longo das próximas décadas.
Os aspectos positivos do grupo de
países inclui CIVETS relativa estabilidade política (especialmente quando
comparado com as gerações anteriores), populações jovens que com foco em
educação e, em geral crescentes tendências econômicas. A exposição a estes
países recentemente se tornou possível para o investidor de varejo
A
Coface acrescenta à lista outros países considerados promissores, mas de risco
maior, como Quênia, Tanzânia, Zâmbia, Bangladesh e Etiópia.
PODE SER QUE
ALGUMAS SIGLAS NÃO “COLEM” NO ENTANTO É BOM FICAR DE OLHO NO CRESCIMENTO
ECONÔMICO DOS NOVOS EMERGENTES.
Emergentes enfrentam desaquecimento
A lista de neo-emergentes é divulgada no momento em que os grandes emergentes enfrentam sérios problemas: a Rússia está em plena crise com a Ucrânia; o Brasil acaba de ter sua nota rebaixada pela Standard and Poor’s; e a China é afetada por uma série de incidentes de crédito (lista de obrigações no início de março, esboço de uma retirada em massa de bancos locais).
No entanto, a busca pelos neo-emergentes não é de hoje, e há anos eles coexistem com os tradicionais Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). A prova é que o índice MSCI Emerging Markets, lançado em 1988 com 10 países, conta agora com 21.
A mesma sociedade de investimentos MSCI já criou um índice de países na fronteira para 26 emergentes do futuro, que vão da Argentina ao Sri Lanka, passando pela Nigéria.
O economista Jim O’Neill, que havia popularizado o termo Bric, retoma agora outra sigla, os Mint, grupo que inclui México, Indonésia, Nigéria e Turquia. Também há outro, criado pela The Economist Intelligence Unit, o Civets, reunindo Colômbia, Indonésia, Vietnã, Egito, Turquia e África do Sul.
Christopher Dembik, analista do Saxo Bank, destaca Peru, Colômbia e Indonésia no pelotão de frente.
– Talvez estejamos diante de países que crescerão de forma mais sustentável – prevê Dembik.
OBSERVE O MAPA
ABAIXO QUE DEMONSTRA O CRESCIMENTO DO PIB EM TODOS OS PAÍSES DO MUNDO NO ANO DE
2013
SÓ PARA VER COMO PODEMOS SER ENGANADOS, O GOVERNO PUBLICA O MESMO MAPA SÓ QUE SEM MOSTRAR QUE MUITOS OUTROS PAÍSES CRESCERAM MAIS DO QUE O BRASIL EM 2013.
Jonathan Kreutzfeld
Fonte:
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