Estava procurando algo meu sobre Keynesianismo e
não encontrei então resolvi postar algumas notas de aula do meu professor
portuga Dr. Mario Jorge
Cardoso Coelho Freitas da UDESC. Por isso tem um pouco de português de Portugal
e Espanhol.
O pensamento keynesiano
John Maynard Keynes (1883-1946)
John Maynard Keynes, foi um economista britânico cujos ideais serviram de influência para a macroeconomia moderna, tanto na teoria quanto na prática
O pensamento keynesiano não pôs em questão os
conceitos e postulados básicos das teorias liberais clássicas e neo-clássicas.
Colocando-se, indiscutivelmente dentro do sistema, não questionou nunca os seus
fins, antes tentando sugerir mecanismos para evitar crises e potenciar esse
sistema. A sua grande inovação consistiu na substituição da análise
microeconómica pela análise macroeconómica, de carácter nacional e na defesa do
papel regulador do estado no funcionamento do mercada. Está na base do conceito
de desenvolvimento com crescimento económico. Indicadores macroeconómicos
(relativamente “cegos” como o PIB) passaram a ser os indicadores de
desenvolvimento. Baseado num certo compromisso entre capital e trabalho,
conduziu a grande parte das nações capitalistas ocidentais do pós segunda
guerra a uma certa prosperidade e estabilização social. Durante a crise dos
anos 70 atingiu os limites e sucumbiu face às triunfantes teorias do
neo-liberalismo e da globalização econômica.
A associação entre desenvolvimento
e crescimento económico (embora com raízes que remontam ao pensamento económico
clássico e, em parte, neoclássico) tem sua origem na crise dos anos 29/30 do
século XX, em que o mundo capitalista se confrontou com um desequilíbrio entre
capacidade produtiva e procura real, o que gerou uma situação de desorganização
do sistema económico.
Tendo
consciência que era absolutamente necessário controlar, de alguma forma, as
tendências desreguladoras inerentes ao sistema capitalista, o pensamento
keynesiano postula: “la ampliación de la actividad y la responsabilidad del
estado en la vida económica de los países” (Bifani, 1997).
O privilégio vai para a análise
macroeconômica “proporcinar instrumentos que
se puedan manejar por un poder decisional superior – o Estado – a un nivel que cubra as actividades
económicas que son responsabilidad del Estado: el pais, sus regiones e sus
sectores económicos. Por eso se dice que se interesa en las magnitudes
macroeconómicas. El análisis requiere indicadores macroeconómicos. La
macroeconomia y los sistemas de contabilidad nacional adquieren, a partir de
Keynes, su máxima importancia” (Bifani, 1997, p. 70).
Os postulados do pensamento
neokeynesiano que visam a solução e prevenção de crises económicas, assentam
num mecanismo que os biológos, mas também a cibernética (e, em geral, vários
ramos das ciências físico-naturais), têm estudado e conhecem bem: os chamados
mecanismos de retracção (neste caso retracção positiva).
Há dois grandes tipos de mecanismo de retroacção: negativa e positiva Do inglês feedback.
“O modelo keynesiano de crescimento capitalista que levou prosperidade
económica sem precedentes e estabilidade social à maior parte das economias de
mercado durante quase três décadas após a Segunda Guerra Mundial, atingiu as
suas próprias limitações no início da década de 1970, e a sua crise
manifestou-se sob a forma de inflação desenfreada” (Castells, 2005, p. 55).
Eu particularmente gosto das ideias de Keynes e já li bastante sobre ele, acredito no capitalismo mas também que ele precisa de CONTROLE e que o responsável por isso é o ESTADO.
Leia também sobre CRISES E ECONOMIA em
Jonathan Kreutzfeld
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