Trabalho escolar realizado na disciplina de
Geografia no Centro Educacional Timbó S/A (CETISA).
Professor: Jonathan Kreutzfeld
Autores: Antônio Ferrari Junior, Fernanda de Castilho, Igor Neckel,
Maria Luiza Huf Marchi, Matheus Allan Kurtz Willrich.
As
favelas e os cortiços no Brasil são um dos maiores problemas sociais que a
sociedade enfrenta nos dias de hoje. Com instalações precárias e falta de
infraestrutura, a população residente fica a mercê de doenças, criminalidade,
desemprego, preconceitos, entre outros fatores. As favelas e cortiços abrigam a
população totalmente desfavorecida economicamente e que merece mais atenção da
nação.
A
favela, hoje, é também chamada de Aglomerado Subnormal. O termo é utilizado
pelo IBGE para designar um conjunto constituído por no mínimo 51
unidades habitacionais, que ocupou ou está ocupando, terreno de
propriedade alheia. Estas estão dispostas, em geral, de forma desordenada e
densa; são carentes, em sua maioria, de serviços públicos e essenciais. Esse é o tema deste trabalho: onde, como e por
que ocorrem a favelização e os cortiços.
FAVELIZAÇÃO
A
favelização é o processo de crescimento de favelas num local ou cidade.
Trata-se de um problema social, pois as habitações são construídas sem
planejamento ou idealização. De acordo com o IBGE, o Brasil possui mais de 11
milhões de pessoas vivendo em favelas, equivalendo 6% da população nacional.
Dentre os valores apresentados 80% são pessoas que vivem em regiões
metropolitanas, ajudando a reforçar o quanto a urbanização esta ligada a favelização.
A
favela é um fenômeno típico das grandes cidades industriais, que atraem muitos
trabalhadores de outras regiões. Existiu nos países hoje desenvolvidos, na
época em que a atividade industrial começou a se expandir muito (Revolução
Industrial). Com o tempo, as cidades foram aos poucos se adaptando ao aumento
populacional e industrial, e tentando resolver seus problemas de habitação. Entretanto,
ainda existem favelas, mesmo em países como Itália, Alemanha, Espanha e EUA.
Nos
países que só se industrializaram no séc. XX, como o Brasil e outros da América
Latina, o crescimento industrial foi brusco e rápido, estimulando o surgimento
das favelas. Atualmente, um a cada cinco paulistanos mora na favela. As cidades
brasileiras cresceram rapidamente depois de 1930 e suas indústrias atraíram
populações pobres do campo (êxodo rural). Surgiram então grandes subúrbios de
casas populares, habitadas por famílias operárias.
Muitas
das pessoas vindas de fora não tinham condições de ocupar essas moradias
construídas em ritmo menor. Assim, improvisaram suas habitações como podiam, em
alguma área vazia. O aumento dos habitantes e a miséria comum reforçavam a
solidariedade entre os moradores, dando certa estabilidade à favela. Ao
surgirem, receberam nomes diferentes conforme a cidade: alagados em Salvador,
mocambos no Recife e malocas em Porto Alegre.
FAVELA
O
nome origina-se da planta “favella”,
vegetação que cobria um morro na Bahia ocupado pelos soldados durante a Guerra
dos Canudos. Esses mesmos soldados ocuparam, posteriormente, o então Morro da
Providência, no Rio de Janeiro. O surgimento das favelas está ligado, entre
outros fatores, às reformas urbanas realizadas pelas autoridades cariocas no
início do século XX, cujo objetivo era a higienização do espaço urbano através
das demolições dos cortiços.
Construídas
com tábuas, caixotes, latas, folhas de zinco e outros materiais usados ou
descartados pelos grandes centros, as habitações miseráveis que formam as
favelas aglomeram-se em lugares abandonados. “Favela. S. f. Bras. 1. Conjunto de habitações populares toscamente
construídas [...] e desprovidas de recursos higiênicos.” (Dicionário Aurélio
Básico da Língua Portuguesa, 1988). Carecem de serviços básicos como
abastecimento de água potável, saneamento, eletricidade, policiamento e
infraestrutura.
Abrigando
a população mais pobre das grandes cidades, tem alta densidade populacional e,
pelo alto índice de pobreza desses espaços, as favelas entram na rota do crime
com ações ilegais. Excluídos não apenas territorialmente, seus habitantes são
objeto de preconceito e rejeição. Por falta de endereço formal, encontram
dificuldades para comprar a prazo e conseguir empregos. O número de negros e
mães solteiras é maior que a média da cidade, assim como a quantidade de
pessoas por cômodo.
Hoje,
cerca de um bilhão de pessoas vivem em favelas em todo o mundo, variando em
alguns aspectos em cada país. A segunda maior favela do mundo está localizada
na Cidade do México, e a maior, no estado de Maharashtra, na índia. A favela da
Rocinha, no Brasil, é a nona maior do mundo. Já a maior favela vertical do
mundo é Kowloon, na China.
As
favelas estão frequentemente localizadas em áreas ambientalmente frágeis: beira
de córregos, fundos de vales inundáveis, áreas de mangues, encostas íngremes, entre
outros. Ocupando área pública ou de uso difícil, mas perto do centro da cidade,
onde se concentravam os empregos, a favela fornece inclusive mão de obra barata
para serviços necessários, porém mal pagos: operários braçais, empregadas
domésticas, subempregados em geral.
Favela da rocinha – RIO DE JANEIRO
CORTIÇO
Cortiço
é uma denominação dada no Brasil para uma moradia cujos cômodos são alugados
para famílias inteiras. É um aglomerado de casebres, onde há pessoas miseráveis
morando juntas. Os cortiços são das regiões de favelas e possuem condições
precárias de habitação.
As pessoas que moram em cortiços são pobres e
o dividem com cerca de 6 pessoas. Geralmente não possuem muito contato com seus
vizinhos de quarto, pois na maior parte do dia estão trabalhando. A maior parte
dessas pessoas sonha em sair das favelas e conseguir melhores condições de
vida, porém sofrem com o estigma social de serem da favela.
Os cortiços podem ser: De quintal (localizado nas regiões
de centro); Pensão (uma construção independente); Casa de cômodos (possui
várias subdivisões internas); Improvisados (onde ocorre a ocupação precária de
locais indevidos, como estábulos) Hotéis (comercial de dia, dormitório à noite).
Em meados do século 19, um tipo de moradia começava
a se alastrar pelo Rio: os cortiços. Erguidas principalmente por imigrantes
portugueses, as construções precárias eram formadas por dezenas de quartos
pequenos, sem cozinha, com banheiros e tanques coletivos. (Retirado de: <
http://www.abril.com.br/noticias/geral/demolicao-corticos-deu-origem-favelas-401622.shtml
>Acesso em: 07 Jun. 2014).
O nome cortiço é originário da 1ª revolução industrial onde
os trabalhados industriais não tinham habitação, então se aglomeravam em
barracos aos arredores das fábricas, onde famílias inteiras viviam em pequenos
quartos, sem condições higiênicas e sujeitas a várias doenças provenientes da
fumaça das fábricas.
O primeiro cortiço a ser demolido foi o “Cabeça de
Porco”, em 1893, que virou sinônimo desse tipo de moradia e inspirou o escritor
Aluízio de Azevedo em sua obra "O Cortiço". O desmonte do Cabeça de
Porco é indicado como possível razão das instalações de favelas. A proprietária
do antigo cortiço, que também era dona de lotes no Moro da Providência,
negociou novas moradias com os locatários que ficaram sem teto. Ou seja, a demolição dos cortiços foi um dos
elementos que influenciou na origem das favelas.
Centro –
SÃO PAULO
CONCLUSÃO
A
industrialização, mecanização do campo e crescimento vegetativo da população
urbana contribuem para a formação das favelas e cortiços. A implantação de sistemas
de transportes públicos eficientes e confiáveis, autoestradas ou rodovias interestaduais e conjuntos habitacionais, por exemplo, são
investimentos para uma boa infraestrutura urbana, que poderiam auxiliar na dissipação
das favelas. Não uma dissipação preconceituosa como forma de “higienização” das
cidades, mas com a melhoria das condições de vida, trabalho e acessibilidade
para a população carente desses locais.
ANEXOS
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
CIVITA, Victor et al. Enciclopédia do Estudante. São Paulo: Abril Cultura, 1974. 4 v. P.
554.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda et al. Dicionário
Aurélio Básico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. P.291,
1988.
Retirado de: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Corti%C3%A7o
>. Acesso em: 06 Jun. 2014.
Retirado de: < http://top10mais.org/top-10-maiores-favelas-mundo/
>. Acesso em 09 Jun. 2014.
Retirado de: < http://www.abril.com.br/noticias/geral/demolicao-corticos-deu-origem-favelas-401622.shtml
>. Acesso em: 07 Jun. 2014.
Retirado de: < http://www.brasilescola.com/brasil/favela.htm
>. Acesso em: 06 Jun. 2014.
Retirado de: < http://www.cefetsp.br/edu/eso/geografia/corticos261.html
>. Acesso em: 06 Jun. 2014.
Retirado de: < http://www.mundoeducacao.com/geografia/favelizacao.htm
>. Acesso em: 06 Jun. 2014.
Retiradode:http://www.usp.br/fau/depprojeto/labhab/biblioteca/textos/maricato_favelas.pdf >. Acesso em: 07 Jun. 2014.
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