O
que?
A chegada de barcos cheios
de imigrantes pobres e desesperados à Europa pelo mar Mediterrâneo está
exercendo uma enorme pressão sobre a União Europeia, que busca soluções para o
fluxo crescente de pessoas.
Entre 2013 e 2014, milhares
de pessoas se afogaram tentando chegar à Europa. Foram inúmeros os chamados
para que a UE levasse a cabo uma ação coordenada para interceptar
contrabandistas e lidar com os muitos imigrantes que tentam buscar asilo antes
de chegar à terra.
Por
que?
A agitação social que
resultou da Primavera Árabe trouxe novas pressões migratórias sobre a Europa ao
levar mais pessoas a arriscar suas vidas atravessando o Mediterrâneo em barcos
lotados e em péssimo estado.
A sangrenta guerra civil
na Síria também aumentou o número de sírios em busca de refúgio na Europa. Essa
é a principal nacionalidade que está migrando ilegalmente à UE, superando
afegãos e eritreus.
Os pontos de partida
costumam ser no norte da África, provenientes do Egito e da Líbia e carregando pessoas
de países em guerra ou pobreza extrema.
Em 2013, a Frontex
detectou 40.304 imigrantes em situação irregular na rota do Mediterrâneo
Central, aumento de 288% em relação a 2012. Esses números subiram em 2014,
atingindo mais de 150 mil.
As guerras na Síria e no
Iraque são claramente importantes catalisadores de migração para a Europa. Os
vizinhos da Síria no Oriente Médio receberam cerca de 3 milhões de
refugiados, enquanto milhões de pessoas foram deslocadas dentro do próprio
território sírio.
Por outro lado, muitos
migrantes continuam a fazer viagens perigosas a partir do Chifre da África,
sendo muitas vezes tratados com violência por traficantes e enfrentando o calor
do deserto e o conflito na Líbia, um país que se tornou o principal ponto de
partida para a travessia do Mediterrâneo.
A guerra também afetou a
Somália, e as autoridades italianas acreditam que muitos dos que pedem asilo
têm razões genuínas para pedir asilo, já que fogem de perseguição.
No caso da Eritreia,
muitos jovens estão fugindo do serviço militar obrigatório que alguns
classificam como trabalho escravo. A Eritreia também enfrenta a repressão
política, de acordo com relatórios de organizações de defesa dos direitos
humanos.
Em geral, países instáveis
politicamente, guerras, Estado Islâmico e pobreza extrema são os principais
motivos de migrações.
Como
a União Europeia está lidando com a imigração?
Durante anos, a UE teve
problemas para harmonizar sua política de asilo. É algo complicado considerando
que há 28 países membros, cada um com sua própria polícia e sistema de justiça.
Há novas regras
estabelecidas pelo Sistema Europeu Comum de Asilo, mas uma coisa é ter regras e
outra é colocá-las em prática em todo o bloco.
O Regulamento de Dublin
engloba as principais regras para lidar com pedidos de asilo. Indica que a
responsabilidade por examinar os pedidos recai principalmente sobre o
Estado-Membro que desempenha o papel principal na chegada de quem pede asilo -
em geral, o primeiro país da União Europeia que o migrante pisou, mas nem
sempre. Em muitos casos, os migrantes chegam em um país ao sul mas querem se
unir a familiares que estejam, por exemplo, no Reino Unido ou na Holanda.
Algumas
reações quanto à vinda de estrangeiros para SC
Chegaram a Florianópolis
(SC), no começo da madrugada desta segunda-feira 25/05/2015, os haitianos e
senegaleses que se deslocam para o Sul do país desde quinta-feira. No entanto,
a falta de informações do governo do Acre (AC), de onde partiram 88
estrangeiros em dois ônibus, provocou desencontros na viagem que tem como
destino final a capital gaúcha.
FIESC - Haitianos e
senegaleses em SC: "Imigrantes ocupam postos que são dispensados",
diz representante da Fiesc — Isso acontece porque muitos dos imigrantes têm
capacitação e até nível superior, mas a qualificação ainda precisa ser
propiciada para eles ocuparem essas vagas disponíveis — acredita.
ÂNGELA ALBINO – "Nosso
povo é filho de imigrantes e precisa ser generoso com o tema", diz Ângela
Albino sobre estrangeiros em SC.
PELA INTERNET- Já pela
internet, catarinenses têm demonstrado apreensão com a chegada de 88 imigrantes
haitianos e senegaleses ao Estado. O principal temor apontado é relativo à
possibilidade de perda de vagas no mercado de trabalho para os estrangeiros,
que pode agravar a situação econômica em Santa Catarina.
Sobre o assunto, o Jornal Zero Hora de Porto Alegre fez um breve documentário intitulado:
Sobre o assunto, o Jornal Zero Hora de Porto Alegre fez um breve documentário intitulado:
INFERNO NA TERRA PROMETIDA
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