Este
assunto já foi retratado em provas de vestibular diversas vezes como regular
dentro de Geografia e História ou como atualidades. E como recentemente a
Assessoria de Comunicação do Governo do Estado de Santa Catarina lançou uma
série de livros sobre a “História de Santa Catarina Ilustrada” e o primeiro
volume (digital e impresso) é sobre “O Contestado” resolvi postar sobre o
assunto. Pois aumenta a chance do tema ser bem lembrado nas provas.
O conflito
Iniciada em outubro de 1912, na Região Sul do país, a Guerra do Contestado foi um conflito armado que opôs forças do governo (federal e estadual) e sertanejos que viviam na região disputada pelos estados de Santa Catarina e do Paraná. Disposto a eliminar as insurreições regionais contra a ainda jovem República brasileira, o presidente Hermes da Fonseca acirrou a intervenção militar em 1914, chegando a enviar 8 mil soldados contra os rebeldes (que somaram 10 mil, no auge da mobilização). Os quase quatro anos de batalhas resultaram em cerca de 20 mil mortes e tiveram como conclusão a delimitação oficial da fronteira entre Paraná e Santa Catarina, ratificada em 20 de outubro de 1916.
Iniciada em outubro de 1912, na Região Sul do país, a Guerra do Contestado foi um conflito armado que opôs forças do governo (federal e estadual) e sertanejos que viviam na região disputada pelos estados de Santa Catarina e do Paraná. Disposto a eliminar as insurreições regionais contra a ainda jovem República brasileira, o presidente Hermes da Fonseca acirrou a intervenção militar em 1914, chegando a enviar 8 mil soldados contra os rebeldes (que somaram 10 mil, no auge da mobilização). Os quase quatro anos de batalhas resultaram em cerca de 20 mil mortes e tiveram como conclusão a delimitação oficial da fronteira entre Paraná e Santa Catarina, ratificada em 20 de outubro de 1916.
Com
ampla cobertura da imprensa da época, os jornalistas, militares e cronistas se
referiram ao conflito de diversas maneiras: guerra santa, guerra dos fanáticos,
guerra dos jagunços, guerra sertaneja, movimento do contestado, ente outros
títulos. A origem e a longevidade do conflito foram atribuídas de imediato à
“ignorância” e ao “fanatismo” dos sertanejos que viviam na região em disputa e
se reuniram em torno do monge Zé Maria para resistirem à modernização em curso.

Também
ganharam força as abordagens que se detiveram sobre a presença ostensiva do
capital estrangeiro na região, como a atuação da Brazil Railway Company na
construção da estrada de ferro São Paulo-Rio Grande e a instalação da Southern
Brazil Lumber & Colonization Company para a exploração comercial madeireira
e para a colonização dessas terras. Esses empreendimentos causaram enormes
impactos no cotidiano da população local, entre os quais podemos citar a
desapropriação de terras, a expulsão de moradores de seus locais de origem e as
mudanças nas relações de trabalho. Outro agravante foi o enorme contingente de
desempregados que se fixaram na região após o final de algumas obras. Somam-se
a essa conjuntura a instabilidade política nacional e internacional do período,
a necessidade de reafirmação do exército brasileiro, o interesse e a atuação
dos coronéis locais, entre outros aspectos fundamentais para entendermos a
enorme gama de transformações que ocorreram na Primeira República no Brasil.
VÍDEO SOBRE A GUERRA DO CONTESTADO