segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Fim do Kirchnerismo: Macri vence na Argentina

Já fazem mais de 15 anos que a América do Sul tem uma onda “bolivariana”,” esquerdista”, “comunista” ou como achar melhor denominar...

Hugo Chavéz (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Lula (Brasil) Michelle Bachelet (Chile), Fernando Lugo (Paraguai), Nestor Kirchner (Argentina), José Mujica (Uruguai) talvez sejam os mais importantes presidentes latino-americanos que implementaram  e ampliaram programas sociais importantes nas duas últimas décadas em seus países e deixaram heranças políticas. E de certa forma revolucionaram seus países, reduziram a miséria e melhoraram as condições de vida da população, especialmente os mais pobres.

Mais sobre:






Talvez nem todas as pessoas reconheçam ao menos isso, mas foi um ciclo importante quando se trata de democracias. Muitos erros foram cometidos, o Paraguai e o Chile já possuem governantes de correntes ideológicas diferentes e com a derrota na Argentina, parece que o fim de um ciclo está ocorrendo...

Depois de 12 anos de kirchnerismo, o liberal Mauricio Macri, da coligação Cambiemos (Mudemos), foi eleito presidente da Argentina na noite deste domingo (22). Com 99,17% das seções apuradas, ele vencia com 51,40% do candidato da posição, Daniel Scioli. Macri perdeu no primeiro turno, obtendo 34,3% nas urnas, e também foi derrotado nas prévias de agosto.

Segundo o jornal Clarín, Macri, que é atual prefeito de Buenos Aires e líder do Partido Proposta Republicana (PRO), fez 4 milhões de votos a mais do que no primeiro turno. Sua coligação ganhou em nove das 24 províncias argentinas, enquanto nas eleições de 25 de outubro ele havia vencido somente em cinco.

Em seu discurso de vitória, o novo presidente, que assume em 10 de dezembro, prometeu trabalhar para unir os argentinos e para ter boas relações com todos os países do mundo. De acordo com o jornal, o governo de Macri será histórico por ele ser o primeiro engenheiro a comandar a Casa Rosada e um empresário que vive fora da política, ligado a marketing e aos esportes – ele já presidiu o clube Boca Juniors.

Macri terá que retomar algumas relações externas deixadas de lado por Cristina Kirchner, que incluem Brasil e Estados Unidos, e combater a alta inflação e a desvalorização do peso. Ele afirmou que uma de suas políticas será eliminar o câmbio flutuante, imposto por Cristina em 2011. No último debate antes das eleições deste domingo, Scioli argumentou que uma vitória do oposicionista significaria um desgaste aos programas sociais conquistados na última década. Macri, no entanto, se comprometeu a manter os benefícios lançados nos últimos governos, assim como a estatização de empresas como Aerolíneas Argentinas e a petrolífera YPF.

Jonathan Kreutzfeld

Fonte:






Desastre em Mariana - MG - Vídeos

Vídeo produzido pelo programa CQC da Band tentando mostrar cenas e tomar entrevistas sobre o desastre.


Reportagem feita pela equipe da Record.




Reportagem do Fantástico sobre como ocorreu o rompimento.




segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Paródia Geografia - Zóio de Lula

Paródia Geografia - Show de Revisão 3ão Escola Barão do Rio Branco

Música: Zóio de Lula – Charlie Brown Jr.

Compositores: André L. B. Dallacorte e Leonardo da Luz.
Contribuíram também: Eduard R. S. Sasse, Erick H. Leal.


Peguei um mapa pra estudar cartografia
Porque esse tema tem a ver com geografia
Meu Deus isso é legal
A latitude a longitude, horizontal e vertical

Me diz qual é a distância da Terra ao Sol
No afélio é afastado, periélio é recuado
Lá em junho e dezembro tem solstício, irmão
Já em março e setembro é equinócio então

A Europa e a Ásia juntas formam a Eurásia
E as separando os Urais estão
A Europa e a Ásia juntas formam a Eurásia
E lá no meio o Tadjiquistão
Então...

Deixe chover, deixe ventar, deixe a erosão atuar
Deixe chover, deixe ventar, deixe a intempere atuar

Meu Deus me dê um motivo pra ocorrer orogenismo
Quando placas se encontram ocorre um abalo sísmico
Esse movimento aconteceu lá no Nepal
Um país pequeno, de cultura oriental

Os fusos passam, horas se estendem
Na longitude, 15° se compreendem
Os fusos passam, horas se estendem
Na longitude, 15° se compreendem
Então...

Deixe chover, deixe ventar, deixe a erosão atuar
Deixe chover, deixe ventar, deixe a intempere atuar

Johny, Johny

Os fusos passam, horas se estendem
Na longitude, 15° se compreendem
Os fusos passam, horas se estendem
Na longitude, 15° se compreendem

Peguei o livro pra estudar demografia
Tinha anamorfose, pra entender levei um dia
Meu Deus isso é legal
Distorce o mapa com o tema, pra aprender fica animal
Hidrografia é o que move nossa economia
A ITAIPU binacional gera muita energia
Lá no Paraná, na sua bacia estão
As principais hidrelétricas do Brasil, irmão

A Europa e a Ásia juntas formam a Eurásia
E as separando os Urais estão
A Europa e a Ásia juntas formam a Eurásia
E lá no meio o Tadjiquistão
Então...

Deixe chover, deixe ventar, deixe a erosão atuar
Deixe chover, deixe ventar, deixe a intempere atuar.


MUSICA ORIGINAL



Imigrações Brasileiras: Passado e Presente

Trabalho escolar dos alunos do 1o ano do Ensino Médio do Centro Educacional Timbó S/A (CETISA).

Rebecca Raíssa Piovesana; 
Heloise Lenzi.

Professor: Jonathan Kreutzfeld

1. DEFINIÇÃO DE IMIGRAR

Imigrar, no sentido da palavra ao pé da letra, significa a entrada de um individuo ou um grupo de indivíduos em um país do qual não é o seu de origem para ali viver ou passar um período de sua vida.

A imigração geralmente ocorre por motivos pessoais ou pela busca de melhores condições de vida e de trabalho por parte dos que imigram, mas ainda temos os que precisam fugir de perseguições ou discriminações por motivos religiosos ou políticos.

E é a partir desse conceito, que pelos anos de 1530, a imigração no Brasil teve início, com a chegada dos colonos portugueses, que vieram para o Brasil com o objetivo de dar início ao plantio de cana-de-açúcar.

2. HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO NO BRASIL

Conseguimos considerar como marco inicial da imigração no Brasil a data de 1530, pois a partir deste momento os portugueses vieram para o nosso país para dar início ao plantio de cana-de-açúcar. Contudo, a imigração intensificou-se a partir de 1818, onde houve a chegada dos primeiros imigrantes não-portugueses, que vieram para o Brasil durante a regência de D. João VI. Devido ao vasto tamanho do território brasileiro e a prosperidade das plantações de café, a imigração teve uma extensa importância para o desenvolvimento do país, no século XIX.

A busca de oportunidades nas novas terras, fizeram com que viessem para cá os suíços, que chegaram em 1819 e se instalaram em Nova Friburgo (Rio de Janeiro), os alemães, que vieram logo depois, em 1824, e foram para o sul, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Blumenau, Joinville e Brusque, os eslavos, originários da Ucrânia e Polônia, habitando o Paraná, os turcos e os árabes, que se concentraram na Amazônia, e os italianos de Veneza, Gênova, Calábria, e Lombardia, que em sua maior parte vieram para São Paulo. O maior número de imigrantes no Brasil são os portugueses, que vieram em grande número desde o período da Independência .

Depois da abolição da escravatura (1888), o governo brasileiro incentivava a entrada de imigrantes europeus em nosso território. Com a necessidade de qualificada mão-de-obra, para substituir os escravos, milhares de italianos e alemães chegaram para trabalhar nas fazendas de café do interior de São Paulo, nas indústrias e na zona rural do sul do país.  Já no ano de 1908, começou a imigração japonesa com a chegada ao Brasil do navio Kasato Maru, trazendo do Japão 165 famílias de imigrantes japoneses, que  também buscavam os empregos nas fazendas de café do oeste paulista.

Estes povos todos vieram e se assentaram no nosso território, com os mais variados ramos de negócio, o ramo cafeeiro, a atividade artesanal, a policultura, a atividade madeireira, a produção de borracha, a vinicultura, etc.

Atualmente, observamos um novo grupo imigrando para o Brasil: os coreanos. Estes não são diferentes dos anteriores, porque da mesma forma, vieram acreditando que poderão encontrar oportunidades aqui que não encontram em seu país de origem. Eles se destacam no comércio vendendo produtos dos tipos mais variados que vai desde alimentos, calçados, vestuário (roupas e acessórios) até artigos eletrônicos.

Embora a imigração tenha seu lado bom, diversos países, procuram dificultá-la e, sempre que possível, até mesmo impedi-la, para que não haja um crescimento exagerado e desordenado de sua população, como por exemplo, os Estados Unidos, que cada vez mais adota medidas com este propósito, e uma delas é a dificuldade para no passaporte obter um visto americano.

2.1 IMIGRAÇÃO PORTUGUESA

A Imigração Portuguesa no Brasil representou se não a maior, umas das maiores correntes de estrangeiros que vieram fazer a vida no país.
Portugueses possuem uma história muito íntima com a história do Brasil. Do mesmo modo, o Brasil tem todo seu processo de desenvolvimento histórico muito aliado aos portugueses, inicialmente porque fomos colônia de Portugal por mais de trezentos anos e, em segundo lugar, porque abrigamos no decorrer do século XIX e início do XX um amplo fluxo de imigrantes.

Com o descobrimento do Brasil, que a imigração portuguesa teve sua origem. Quando Pedro Alvarez Cabral tomou posse do Brasil, em 1500, em nome de Portugal, a partir desse momento que os portugueses vieram para as novas terras, por força do Estado português. Neste momento inicial, os portugueses não tinham interesse em viver no Brasil, acarretando a emigração de indivíduos problemáticos, na maioria das vezes, como alternativa de se livrar dos indesejáveis, transferindo-os para o Brasil. Muito pouco Portugal estava obstinado a empreender esforços na colonização do Brasil, a situação só mudou quando outras nacionalidades, como é o caso dos franceses, tentaram tomar conta do Brasil. Marca esta da fase primeira do século XVI e XVII que é caracterizada pela baixa imigração portuguesa, é um período restrito, ainda sem muitos atrativos nas terras do Novo Mundo.

Em 1696 a situação sofreu um grande revés, quando foi encontrado ouro no Brasil. Esse metal  precioso era muito cobiçado na Europa e despertava enorme interesse em  muitas nações, Portugal tinha grande ressentimento por ainda não ter encontrado ouro nas suas terras na América, uma vez que sua vizinha Espanha era colonizadora da maior parte do continente, e já havia encontrado o metal em tampouco tempo de colonização. A notícia do ouro encontrado se espalhou rapidamente por Portugal e gerou uma enorme emigração para o país, milhares de portugueses abandonaram o país de origem e se dirigiram para o Brasil atrás do tão valioso metal. Vilas inteiras chegaram a ficar vazias em terras lusas (portuguesas). E então nosso país começou a receber um número absurdo de portugueses que queriam explorar minas e fazer a situação colonial sofrer uma alteração sem precedentes. Acostumada a exportar seus produtos, a colônia, passou a comprar as mais variadas mercadorias por causa do fluxo de ouro, o que marcou todo o século XVIII.

No começo do século XIX, a principal atividade de renda dos portugueses já não era mais o ouro, que havia sido esgotado devido a exagerada exploração das minas brasileiras. O século novo já determinava o café como o principal produto gerado no Brasil para o mundo. Em 1808, impulsionado por fatores políticos e pressões de Napoleão na Europa, o rei de Portugal, juntamente com toda sua corte, mudam-se para o Brasil a fim de salvar o Império Português da expansão napoleônica. Durante esta época, muitos portugueses acompanharam a corte e migraram para o Brasil, que passou a ser o centro administrativo de todo o Império. No ano de 1822 o Brasil acaba ficando independente e é quando realmente os portugueses passam a ser imigrantes, pois o Brasil é então um Estado diferente de Portugal.

Ao longo do século XIX e durante metade inicial do século XX que ocorre a grande imigração portuguesa no país. Portugal sobre problemas econômicos com a perda de sua colônia e fica fica incapaz de sustentar sua população adequadamente. Na Europa passa-se por momentos revolucionários e contestatórios no século XIX, proporcionando outro elemento para emigração. Porém, no caso do Brasil, é principalmente devido a necessidade de mão-de-obra na lavoura e nas nascentes indústrias que faz impulsionar a imigração. O crescente, embora lento, cenário de abolição do trabalho escravo desperta nos cafeicultores o interesse pelo trabalhador livre estrangeiro.

O momento final de imigração portuguesa no Brasil tem início no governo de Getúlio Vargas quando, em contexto geral, todas as nacionalidades passam a entrar no Brasil em menor número. É uma fase arcada pelas políticas de controle dos estrangeiros no país e principalmente pelo declínio da imigração no Brasil. E então passa a cair o número de imigrantes portugueses, assim como de outras nacionalidades, caí seguidamente.  Porém hoje em dia temos um número irrisório (pequeno) de imigrantes portugueses, não são contabilizados mais com tanta ênfase como nas fases anteriores.

2.2 IMIGRAÇÃO ITALIANA

Com a abolição da mão de obra escrava no Brasil, os europeus passaram a tomar conta da mão-de-obra escrava, tendo como um dos primeiros imigrantes, os italianos, que chegaram no Brasil por volta do ano de 1870, com a estimulação da imigração europeia pelo Brasil, especialmente depois de 1850 (abolição da escravidão).

A região sul foi onde os italianos chegaram de inicio, e a partir dai foram instalando colônias de imigrantes. No século XIX, o governo brasileiro criou as primeiras colônias. As colônias foram fundadas em áreas rurais como a Serra Gaúcha, Garibaldi e Bento Gonçalves. E os imigrantes eram, em sua maioria, da região do Vêneto, norte da Itália. Após cinco anos, devido ao grande número de imigrantes, o governo criou uma nova colônia italiana em Caxias do Sul. Lá começaram com o cultivo de uva e vinho, e atualmente são lugares onde se produzem os melhores vinhos do país. Em 1875, também foram fundadas colônias em Santa Catarina, sendo estas, Criciúma e Urussanga e, em seguida, as primeiras colônias no Estado do Paraná.

Devido ao processo de expansão das fazendas de café, no estado de São Paulo, a região sudeste, foi que recebeu o maior número de imigrantes oriundos da Itália, mesmo tendo sido a região sul que primeiro recebeu os imigrantes italianos.

Os italianos começaram a expandir-se por Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. A maioria teve como destino inicial o campo e o trabalho agrícola. Muitos imigrantes italianos, após trabalhar anos colhendo café, conseguiram juntar dinheiro suficiente para comprar suas próprias terras e tornaram-se fazendeiros, outros partiram para os grandes centros urbanos (como São Paulo), pois as condições de trabalho no campo eram péssimas.

Contínuas notícias de trabalho semi-escravo e condições indignas nas fazendas de café no Brasil fizeram com que os italianos preferissem destinos como a Argentina e os Estados Unidos. A imigração italiana no Brasil continuou até a década de 20, quando o ditador Bento Mussolini, com seu governo nacionalista, começou a controlar a imigração italiana. Também com a Segunda Guerra Mundial a chegada de italianos ao Brasil entrou em decadência.

Entre as inúmeras contribuições italianas à cultura brasileira podemos citar novas técnicas agrícolas, o uso do “tchau” (ciao) em todo o Brasil, pratos que foram incorporados (pizzas, spagueti e o costume de comer panetone no natal), novas palavras (paura, polenta, etc.), o enraizamento do catolicismo, incorporando elementos italianos na religião brasileira, e muito mais.

2.3 IMIGRAÇÃO ALEMÃ

Os alemãs procurando uma melhor condição de vida do que a que encontravam na Alemanha vieram para o Brasil por volta do ano de 1818, o primeiro grupo de imigrantes alemães que chegou ao Brasil, fixou-se no sul da Bahia. No entanto, a primeira colônia fundada pelos alemães foi no extremo sul do país, em São Leopoldo, hoje, região metropolitana da capital gaúcha.

Chegaram os primeiros imigrantes germanos ao porto de Santos, em 1827,  este primeiro grupo foi para Santo Amaro, os grupos que vieram a seguir foram para localidades como São Roque, Embu, Itapecerica, Rio Claro e para os cafezais, no interior do estado de São Paulo. Dois anos depois, tinha início a colonização de Santa Catarina (hoje, o mais alemão dos estados brasileiros, calcula-se que 35% da população deste estado tem ascendência alemã) nas cidades de Mafra e São Pedro de Alcântara. É interessante destacar que em Santa Catarina fica também Pomerode que localizado na Mesorregião do Vale do Itajaí e na Microrregião de Blumenau é conhecido por ser "A cidade mais alemã do Brasil". Posteriormente foi a vez do Paraná, lá a colonização começou pela cidade de Rio Negro. E em Curitiba, a partir de 1833, começou a chegar um número um pouco maior de imigrantes alemãs.

O Rio Grande do Sul também foi um estado que recebeu muito imigrantes alemães, seguido de Santa Catarina. No ano de 1930, aproximadamente 20% da população destes estados eram compostos de imigrantes de origem germânica. Porém embora menor, a presença alemã foi marcante em estados como São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Minas gerais e Rio de Janeiro (Nova Friburgo e Petrópolis).

Logo após a I Guerra Mundial e antes do início da Segunda Grande Guerra houve o ápice da imigração alemã no Brasil que ocorreu entre 1920 e 1930, época em que desembarcaram no país aproximadamente 75.000 alemães fugindo das tensões de cunho político e econômico que aconteciam na Alemanha. E com o desenvolvimento de novas tecnologias que acabaram por substituir a  mão de obra do homem, teve muitos desempregos que fizeram com que artesões e industrias falassem.

A mão de obra especializada foi de grande importância para o sul do país, estes novos imigrantes já não se dirigiam apenas as áreas rurais (alguns deles vieram como refugiados políticos), mas trabalhavam como operários, professores, etc

2.4 IMIGRAÇÃO JAPONESA

A colônia japonesa do Brasil é a maior do mundo. Hoje, composta por 1,5 milhões de nikkeis (japoneses e seus descendentes).A imigração japonesa no Brasil começou no início do século XX, em função de um acordo entre os governos japonês e brasileiro. O Japão tinha um problema de superpopulação e o Brasil necessitava de mão-de-obra para os cafezais.

O primeiro navio a chegar no Brasil foi o Kasatu Maru, que chegou no porto de Santos com imigrantes japoneses, chegou no dia 18 de Junho de 1908, vindo de Kobe e trouxe a bordo 65 famílias que vieram trabalhar nos cafezais do oeste paulista. Nos primeiros sete anos, chegaram mais 3434 famílias (14.983 pessoas). Durante o início da I Guerra Mundial, a imigração se intensificou, entre 1917 e 1940, chegaram 164 mil japoneses ao Brasil. 75% deles se estabeleciam em São Paulo, onde já havia bairros e colônias japonesas.

Quase 85% dos japoneses que vieram ao Brasil tinham a intenção de enriquecer e voltar ao Japão, porém enriquecer rápido em terras brasileiras era um sonho praticamente irrealizável. A grande maioria dos japoneses trabalhou em plantações de café no interior de São Paulo e posteriormente no norte do Paraná. Outros foram trabalhar na exploração da borracha na Amazônia ou nas plantações de pimenta no Pará. Constituída de campesinos pobres vindos das províncias do sul e do norte do Japão eram a maior parte dos japoneses.

O governo nipônico começou a incentivar a ida para o Brasil por diversos motivos: o campo e as cidades japonesas estavam superlotados de gente, causando pobreza e desemprego, além disso, o governo japonês queria espalhar a etnia japonesa pelo mundo, e além disso com o fim da guerra, o fluxo de imigrantes japoneses cresceu consideravelmente no Brasil.

O Brasil na década de 30, o Brasil já abrigava a maior população japonesa fora do arquipélago. Com o começo da II Guerra Mundial, a migração japonesa cessou totalmente e só voltou a crescer quando terminou a guerra. Porém, o Brasil tinha declarado guerra ao Japão e a imigração foi proibida. Os imigrantes já estabelecidos começaram a ser perseguidos pelo governo brasileiro e o presidente Getúlio Vargas proibiu o uso da língua japonesa em território nacional e qualquer manifestação cultural nipônica era considerada crime.

Diante as diversas marcas que a cultura japonesa deixou no Brasil podemos destacar: uma culinária muito rica e saudável, a tecnologia agrícola e os esportes como o karatê, judô, taekwondo e os mangás.

2.5 IMIGRAÇÃO ESPANHOLA, FRANCESA E JUDAICA

Era proibida a entrada de estrangeiros no Brasil pela legislação portuguesa no período colonial, mas isso não impediu que viessem espanhóis entre 1580 e 1640, quando as duas coroas estiveram unidas; judeus (originários, sobretudo da península ibérica), ingleses, franceses e holandeses. Esporadicamente (de vez em quando), viajavam para o Brasil cientistas, missionários, navegantes e piratas ingleses, italianos ou alemães.

3. IMIGRAÇÕES ATUAIS NO BRASIL

O Brasil abriga 1.847.274 imigrantes regulares, segundo estatísticas da Polícia Federal atualizadas em março de 2015. Conforme a classificação adotada pela instituição, esse total engloba :

1.189.947 “permanentes”;
595.800 “temporários”;
 45.404 “provisórios”;
11.230 “fronteiriços”;
4.842 “refugiados”;
e 51 “asilados”.

É um grande número, mas que constitui apenas uma pequena parcela do conjunto global de imigrantes. Este alcançou o patamar dos 250 milhões em 2013.

Os imigrantes compõem, no Brasil, somente 0,9% da população. Em destinos tradicionais da imigração, como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Espanha e França, o percentual é da ordem de dois dígitos.

Porém o número de imigrantes no Brasil está aumentando de forma consistente. E tende a aumentar ainda mais nos próximos anos.

3.1 IMIGRAÇÕES HAITIANAS 

Em 2010, a imigração de haitianos que deixaram a terra natal com destino ao Brasil ganhou força, quando um forte terremoto deixou mais de 300 mil mortos e devastou parte do país. Eles vêm ao Brasil em busca de uma vida melhor e de poder ajudar familiares que ficaram para trás.

Segundo o governo do Acre, desde dezembro de 2010, cerca de 130 mil haitianos entraram pela fronteira do Peru com o Estado e se instalaram de forma precária nos estados do Pará, Acre, Amazonas, Mato Grosso e Mato Grosso do sul. De acordo com o delegado Carlos Frederico Portella Santos Ribeiro, da Polícia Federal (PF), entre janeiro e setembro do ano de 2011, foram 6 mil e, em 2012, foram 2.318 haitianos que entraram ilegalmente no Brasil.

Para chegar até o Acre, eles saem, em sua maioria, da capital haitiana, Porto Príncipe, e vão de ônibus até Santo Domingo, capital da República Dominicana. Lá, compram uma passagem de avião e vão até o Panamá. Da cidade do Panamá, seguem de avião ou de ônibus para Quito, no Equador.

Por terra, vão até a cidade fronteiriça peruana de Tumbes e passam por Piura, Lima, Cusco e Puerto Maldonado até chegar a Iñapari, cidade que faz fronteira com Assis Brasil (AC), por onde passam até chegar a Brasiléia, também no Acre.

Eles chegam em Brasileia, no Acre, de ônibus e são orientados a procurar a delegacia da Polícia Federal solicitando refúgio, preenchendo um questionário no próprio idioma e sendo entrevistados por policiais. A PF emite um protocolo preliminar que os torna "solicitantes de refúgio", obtendo os mesmos direitos que cidadãos brasileiros, como saúde e ensino. Os haitianos também podem tirar carteira de trabalho, passaporte e CPF, sendo registrados oficialmente no Brasil.

Depois do registro na PF, a documentação segue para o Comitê Nacional de Refugiados (Conare) e para o Conselho Nacional de Imigração (Cnig), que abrem um processo para avaliar a concessão de residência permanente em caráter humanitário, com validade de até 5 anos.

3.2 IMIGRAÇÕES BOLIVIANAS

A imigração boliviana no Brasil é um movimento migratório ocorrido a partir do último quarto do século XX. É uma das maiores populações do 0,5% da população brasileira que é proveniente dos países da América do Sul , estando sua maioria localizada nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rondônia, Mato Grosso e Rio de Janeiro.

Os bolivianos começam a vir ao Brasil durante a década de 1950, mas a imigração atual data da década de 1980. No entanto pouco a pouco, entram cada vez mais e mais bolivianos. Os valores variam conforme a fonte, mas é fato que as informações dadas pela mídia destoam enormemente das estimativas acadêmicas e oficiais. A Polícia Federal estima que em todo território brasileiro tem cerca de 32 mil bolivianos, a Pastoral do Imigrante acredita que os números estejam por volta dos 60 mil e o Ministério do Trabalho acredita que existam 10 mil a 30 mil bolivianos no Brasil.

Grande parte dos bolivianos que vem ao Brasil provêm de grandes cidades bolivianas, como Cochabamba, La Paz e El Alto. A maioria dos bolivianos trabalha na Indústria de transformação, termo que engloba a Indústria têxtil , embora também exista uma menor porcentagem no comércio. Segundo alguns pesquisadores, como Lara Rolnik Xavier, uma parte grande dos bolivianos que trabalham na indústria têxtil brasileira é proveniente da cidade de El Alto, dada a especialização local nesse tipo de indústria. Cada vez mais o perfil do imigrante também tem se tornado familiar e há também uma tendência a igualdade entre sexos, em comparação com o antigo perfil migratório masculino e individual.

3.3 IMIGRAÇÕES SÍRIAS

De acordo com dados do Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), um órgão ligado ao Ministério da Justiça, 2.077 sírios receberam status de refugiados do governo brasileiro de 2011 até agosto deste ano. Trata-se da nacionalidade com mais refugiados reconhecidos no Brasil, à frente da angolana e da congolesa. O número é superior ao dos Estados Unidos (1.243) e de países no sul da Europa que recebem grandes quantidades de imigrantes ilegais, mas não apenas sírios, também de todo o Oriente Médio e da África que vieram em busca de refúgio, como a Grécia (1.275), Espanha (1.335), Itália (1.005) e Portugal (15).

Os dados da agência de estatísticas da União Europeia (Eurostat), referem-se ao total de sírios que receberam asilo, e não aos que solicitaram refúgio. Apesar da distância entre Brasil e Síria, o governo brasileiro vem mantendo uma política diferente da de muitos países europeus em relação a refugiados sírios. Por isso muitos sírios vêm escolhendo o Brasil com o destino para fugir de guerras, perseguições e pobreza. Segundo fontes ouvidas pela BBC Brasil no Ministério das Relações Exteriores, o número de vistos concedidos por mês a cidadãos sírios em apenas uma das embaixadas brasileiras no Oriente Médio, hoje é quatro vezes maior do que em 2011 antes do início da crise.

O mundo enfrenta a pior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial, segundo organizações como a Anistia Internacional e a Comissão Europeia. E o Brasil é o país que mais concedeu asilo a refugiados sírios na América Latina. No continente americano, só perde para o Canadá ─ que recebeu 2.374 refugiados entre janeiro de 2014 e janeiro de 2015.


4. DISTRIBUIÇÃO DO IMIGRANTE

Identificam-se dois tipos de distribuição do imigrante no país, com relação nos processos de assimilação. O primeiro tipo pode ser chamado de "concentração", estes imigrantes se encontram em colônias, como no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Nos primeiros tempos os imigrantes não mantêm contato, com os nacionais, mas à medida que a colonização cresce e surge à necessidade de comercialização dos produtos da colônia, a aproximação ocorre. O segundo tipo pode ser chamado de "dispersão", ocorrem nas fazendas de café de São Paulo e nas cidades, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo.

Desde a chegada, os imigrantes, continuam em contato com a população nacional, e isso facilitava sua assimilação.

No Brasil os principais grupos de imigrantes que representam mais de oitenta por cento do total são Portugueses, Italianos, Espanhóis, Alemães e Japoneses.

Os Portugueses até o fim do século XX aparecem como grupo dominante, com mais de trinta por cento, por causa da sua afinidade com a população brasileira. Com quase trinta por cento do total os Italianos são segundo grupo que tem maior participação no processo migratório, localizados, sobretudo no estado de São Paulo, onde se encontra a maior colônia italiana do país. Em seguida vêm os Espanhóis, com mais de dez por cento, os Alemães, com mais de cinco, e por ultimo com quase cinco por cento do total de imigrantes vem os Japoneses.

5. CONTRIBUIÇÃO DO IMIGRANTE

No processo de urbanização, a contribuição do imigrante, atualmente com a transformação de antigos núcleos em cidades (São Leopoldo, Novo Hamburgo, Caxias, Farroupilha, Itajaí, Brusque, Joinville, Santa Felicidade etc.), com sua presença em atividades urbanas de comércio ou de serviços, com vendas ambulantes, nas ruas, como se deu em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Em vários pontos do Brasil ao longo do século XIX, colônias fundadas se transformaram em importantes centros urbanos. Como em Holambra SP, que foi criada pelos holandeses; de Blumenau SC, estabelecida por imigrantes alemães liderados pelo médico Hermann Blumenau; Americana SP, formada originalmente por confederados emigrados do sul dos Estados Unidos em consequência da guerra de secessão. Imigrantes Alemães se estabeleceram também em Minas Gerais, nos atuais municípios de Teófilo Otoni e Juiz de Fora, e no Espírito Santo, onde hoje é o município de Santa Teresa.

Toda a colônia destaca igualmente o papel desempenhado pelo imigrante como introdutor de técnicas e atividades que se expandiram em torno das colônias. Ao imigrante devem-se ainda outras contribuições em diferentes setores da atividade brasileira.

Imigrantes enriquecidos contribuíram com a aplicação de capitais nos setores produtivos em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Portugueses merecem destaque especial nas suas contribuições, pois sua presença constante garantiu a continuidade de valores que foram básicos na formação da cultura brasileira.

Os Franceses dominavam nas artes, literatura, educação e nos hábitos sociais, além dos jogos hoje incorporados à lúdica infantil. Em São Paulo, é grande a influência dos italianos na arquitetura, mas  também tiveram uma influência na culinária e nos costumes, estes traduzidos por uma herança na área religiosa, musical e recreativa.

Os Alemães contribuíram na indústria com várias atividades e, na agricultura, trouxeram o cultivo do centeio e da alfafa. Os Japoneses trouxeram a soja, bem como a cultura e o uso de legumes e verduras. Os Libaneses e outros árabes divulgaram no Brasil sua rica culinária.

CONCLUSÃO

Portanto podemos definir o imigrante como aquele que imigra, isto é, a pessoa que entra em um país estrangeiro com o propósito de trabalhar ou residir. O individuo que imigra é visto pela concepção do país que o acolhe, aquele que vem do exterior.

Os processos migratórios sempre existiram ao longo da historia humana e geralmente aconteceram em momentos de crise. O Brasil teve como formação étnica a vinda de vários imigrantes, iniciando-se com os portugueses que fizeram deste país uma colônia, depois vieram os italianos, os alemães, os espanhóis, os japoneses, e entre outros. Porém mesmo com a chegada de outros migrantes no território brasileiro, os portugueses sempre obtiveram um número maior de indivíduos no Brasil.

A abolição da escravatura em 1888, fez com que  o governo brasileiro incentivasse ainda mais a entrada de imigrantes europeus no Brasil, pois precisava-se de mão-de-obra qualificada, para substituir os escravos, e a partir desse momento que muitos italianos e alemães se instalaram principalmente nas regiões do sul do país.

Atualmente, acontecem muitas imigrações devido as guerras civis, a terremotos, a problemas políticos e a péssimas condições de vida, e o Brasil acaba recebendo migrantes de diversas regiões do mundo a procura de uma melhoria na condição de vida.

Nosso país foi um lugar de grande miscigenação devido os vários povos que vieram para cá, cada um com a sua cultura, costumes, religiões, e permitiram que o Brasil transforma-se neste país diferente e único. Estes processos imigratórios foram de suma importância para a formação da cultura e economia brasileira, pois no decorrer dos anos fomos absorvendo características dos quatros cantos do mundo.


FONTES: