O
conceito Hotspot foi
criado em 1988 pelo ecólogo inglês Norman Myers para resolver um dos maiores
dilemas dos conservacionistas: quais as áreas mais importantes para
preservar a biodiversidade na Terra?
Ao
observar que a biodiversidade não está igualmente distribuída no planeta, Myers
procurou identificar quais as regiões que concentravam os mais altos níveis de
biodiversidade e onde as ações de conservação seriam mais urgentes. Ele chamou
essas regiões de Hotspots.
Hotspot
é, portanto, toda área prioritária para conservação, isto é, de alta biodiversidade
e ameaçada no mais alto grau. É considerada Hotspot uma área com pelo menos
1.500 espécies endêmicas de plantas e que tenha perdido mais de 3/4 de sua
vegetação original.
1988: Myers
identificou 10 Hotspots mundiais.
1996-1999: o primatólogo
norte-americano Russell Mittermeier, presidente da CI, ampliou o trabalho de
Myers com uma pesquisa da qual participaram mais de 100 especialistas. Esse
trabalho aumentou para 25 as áreas no planeta consideradas Hotspots. Juntas,
elas cobriam apenas 1,4% da superfície terrestre e abrigavam mais de 60% de
toda a diversidade animal e vegetal do planeta.
fev/2005: A CI atualiza
a análise dos Hotspots e identifica 34 regiões, hábitat de 75% dos mamíferos,
aves e anfíbios mais ameaçados do planeta. Nove regiões foram incorporadas à
versão de 1999. Mesmo assim, somando a área de todos os Hotspots temos apenas
2,3% da superfície terrestre, onde se encontram 50% das plantas e 42% dos
vertebrados conhecidos.
Os Hotspots Atuais (2016)
BRASIL
No
Brasil há dois Hotspots: a Mata Atlântica e o Cerrado. Para estabelecer
estratégias de conservação dessas áreas, a CI-Brasil colaborou com o Projeto
de Ações Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade dos Biomas
Brasileiros, do Ministério do Meio Ambiente. Centenas de especialistas e
representantes de várias instituições trabalharam juntos para identificar áreas
prioritárias para a conservação do Cerrado (em 1998) e da Mata Atlântica (em
1999).
MATA ATLÂNTICA
Começando
com plantações de cana e, posteriormente, as plantações de café, esta
região tem vindo a perder o habitat de centenas de anos. Agora, com
a expansão crescente do Rio de Janeiro e São Paulo, a Mata
Atlântica está enfrentando forte pressão das questões ligada
à urbanização.
CERRADO
A região do Cerrado do Brasil, compreendendo 21 por cento do
país, é a mais extensa floresta-savana na América do Sul. Com
uma estação seca pronunciada, ele suporta um único conjunto de
seca-e-fogo adaptadas espécies de plantas e um número
surpreendente de espécies de aves endêmicas. Grandes mamíferos como
o tamanduá-bandeira, tatu-canastra, onça-pintada eo lobo-guará também ainda
sobrevivem aqui, mas estão competindo com a rápida expansão da fronteira
agrícola do Brasil, que se concentra principalmente na soja e
milho. A pecuária é outra grande ameaça para a região, uma
vez que produz quase 40 milhões de bovinos por ano.
Fonte:
Jonathan Kreutzfeld
a
ResponderExcluirOlha só como nos encontramos hoje 🤦🏾♂️🍃
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