terça-feira, 21 de junho de 2016

De El niño para La niña

Em linhas gerais isso deve prolongar o frio do inverno e reduzir as chuvas na região Sul do Brasil.

A temperatura do Oceano Pacífico equatorial oriental encontra-se em declínio. Desvios monitorados pelo centro meteorológico norte americano (NCEP-NOAA) indicam redução de 0,5°C na região indicada.

A anomalia (La Niña)

Além das águas superficiais, áreas em grande profundidade também indicam resfriamento mostrando que neste ano mal teremos neutralidade climática. A tendência é de uma rápida transição de El Niño para La Niña. Análises do Instituto Internacional de Pesquisa, da Universidade de Columbia (IRI), de 16 de junho de 2016, indicam que a chance de desenvolvimento do fenômeno La Niña aumenta para 49% no trimestre junho-julho-agosto prosseguindo para até 76% entre novembro de 2016 e janeiro de 2017. Normalmente, fenômenos La Niña são menos intensos, porém mais duradouros que os fenômenos El Niño. Tanto que o desvio de temperatura previsto por simulações dinâmicas monitoradas pelo IRI indicam desvio de até -0,9°C desde o trimestre outubro-novembro-dezembro até o trimestre dezembro-janeiro-fevereiro ante o +2,3°C registrado durante o último fenômeno El Niño no mesmo período do ano passado.

Efeitos

Para o Brasil, a maior parte dos efeitos será sentido no decorrer do próximo período de chuva, entre a primavera e verão. Agora no inverno, seja El Niño ou La Niña, a estação normalmente é seca. Somente na Região Sul, os efeitos do La Niña serão sentidos já a partir da próxima estação com tendência de acumulado de chuva MENOR que o registrado no mesmo período do ano passado, embora a chuva seja tão frequente o observado em 2015.

Jonathan Kreutzfeld

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