terça-feira, 30 de maio de 2017

Obras literárias 2016/2017 ACAFE, UDESC e UFSC


Todos os anos os principais vestibulares de Santa Catarina cobram em suas provas, inúmeros livros de nossos estudantes. Não seria diferente neste ano, 8 livros devem ter leitura obrigatória para os estudantes que pretendem ter um bom desempenho.

Principalmente no caso da prova da UFSC onde temos uma abrangência destas obras para além da prova de Português. O lugar ou época em que as histórias acontecem costumam ser utilizados em questões contextualizadas de Geografia e de História. Com base nisso, este levantamento pretende além de explicar um pouco sobre as obras, prever o que pode ser cobrado nas demais disciplinas.

Nesta postagem, agradeço imensamente o Professor de Português Guilherme Ribeiro, colega de trabalho, por ter me ajudado enviando todas as informações necessárias sobre as obras.

Jonathan Kreutzfeld


1. Auto da compadecida: ACAFE e UFSC
(Ariano Suassuna)

- Escrita em 1955 e encenada pela primeira vez em 1956. - Apesar de ser uma comédia leve, trata como pano de fundo do drama vivido pelo povo nordestino: seca, medo da fome e luta contra a miséria. - Perfil dos sertanejos nordestinos subjugados por famílias de poderosos coronéis donos de terra.
- Em Geografia, sempre podemos ter questões relacionadas com os dramas vivenciados pelas terras secas da Caatinga e sobre a famosa transposição do Rio São Francisco. Já o contexto histórico do país enquanto o autor escrevia a obra era bastante peculiar, teve em 1954 o suicídio de Vargas, que foi sucedido por Café Filho e deu lugar em 1955 a Juscelino Kubitschek. Era um período tenso que possívelmente tenha aberto espaço político para o futuro Golpe em 1964.

2. Esaú e Jacó: ACAFE, UDESC e UFSC
(Machado de Assis)

- Publicado em 1904, época de transição na política brasileira, monarquia para república. - Crítica à conformação política brasileira, a questão dos jogos de interesse que antecedem a proclamação da república. - Conflito entre fé, ciência e religião, em voga no início do século.
- Por se tratar de um período em que havia fortes transições políticas, podemos ter links interessantes com outros períodos semelhantes, como o do Golpe Militar, Diretas já, Impedimento de Collor e claro algum contexto com as manifestações contra o governo Dilma Rousseff, principalmente desde 2013 que culminaram no Impedimento da mesma em 2016. Esse tipo de assunto, quando abordado, sempre costuma ser tratado com bastante cuidado.

3. Quarenta dias: ACAFE, UDESC e UFSC
(Maria Valéria Rezende)

- Publicação em 2014. Aventura de 40 dias pelas ruas de Porto Alegre (contexto social) - Percepção dos invisíveis, das mazelas sociais ignoradas pelas pessoas no dia a dia, a autora fala que isso a motivou a contar uma história que evidenciasse essas “rachaduras” sociais. - Aspectos abordados: o idoso, o sem-teto, o imigrante, o processo de perdão e choque cultural.
- A desigualdade social é uma marca muito grande de nosso país. Numa prova de Geografia ou História isso poderia ser trabalhado no contexto da migração Rural-Urbana, favelização, subemprego, desemprego, violência entre outros problemas sociais em geral. Como vivenciamos uma crise financeira que atinge hoje a marca de 12% de desempregados justamente em um momento de grande parte da pirâmide etária ser formada por adultos, isso pode ser lembrado e utilizado.

4. As fantasias eletivas: ACAFE, UDESC e UFSC
(Carlos Henrique Schroeder)

- O enredo se desenvolve nos anos 90 e tem como cenário Balneário Camboriú. Autor é catarinense. - Amizade entre um travesti (Copi) e um recepcionista de hotel (Renê). - Aspectos: solidão, frustação, suicídio, vida sob o “pseudoglamour” de uma cidade turística.
- Este livro pode ser utilizado para contextualizar uma questão sobre Santa Catarina que tem incidência garantida nas provas. Pode ser algo sobre o turismo (Costa Verde e Mar), as paisagens de restinga e mangues de nosso litoral, ou até mesmo uma questão sobre a ocupação de nosso litoral desde o passado com a colonização açoriana, até o momento atual de grande ascensão econômica e imobiliária da região.

5. Olhos D’Água: ACAFE, UDESC e UFSC
(Conceição Evaristo)

- Publicado em 2014. Livro de contos, evidencia pluralidade da existência humana. - A autora é negra e engajada com as problemáticas que envolvem o povo afrodescendente. - O livro aborda a pobreza e a violência urbana que a acometem e aos seus iguais. - É possível traçar que o livro é uma representação, com pinceladas históricas, da condição do negro no Brasil, principalmente a respeito da marginalização.
- A marginalização da população tem uma incidência interessante nas obras solicitadas, mas neste caso especial creio que vale a pena dar uma olhada no Atlas da Violência 2016 que infelizmente mostra que o Brasil é o país que mais tem pessoas assassinadas no mundo e que grande parcela das vítimas são jovens, negros e pobres.

6. Vitória Valentina: UDESC
(Elvira Vigna - Lamparina)

- Publicada em 2013. Trata-se de uma novela gráfica (história contada por representação visual e textual). - Crime e tragédia na favela. Trata de excluídos sociais e econômicos. - Crítica a temáticas como o consumismo, a força do poder econômico que oprime os desfavorecidos, e uma luta contra o machismo, e a favor da liberdade do ser e de ser (representado por Nando, personagem negro e gay).
- Por tratar de excluídos sociais e econômicos na favela, podemos ter algo numa prova de Geografia relacionado à urbanização e segregação socioespacial. No entanto, como esta obra só aparece na UDESC, acho difícil ter links com outras disciplinas pois não costuma acontecer isso nesta prova.

7. Poética: UFSC
(Ana Cristina Cesar)

- Publicado em 2013. Reúne poesias de toda sua vida, autora suicidou-se aos 31 anos. - Anos de produção de seus textos podem ser estabelecidos dos anos 70 – 80. - Esta obra é mais pessoal, intimista, confessional, trata-se das experiências de vida da poetisa. - Um caráter analítico que talvez possamos marcar em período histórico seria a questão de ela fazer parte de uma geração de poetas e escritores que são conhecidos como "geração marginal" ou "geração mimeógrafo". Ambas as denominações estão ligadas com o fato desta geração ter criticado as formas e processos editoriais de sua época. - Além de temas corriqueiros do cotidiano há uma marca muito forte da “sexualidade” (ser bissexual) em uma época de opressão maior a respeito disso.

8. Além do ponto e outros contos: UFSC
(Caio Fernando de Abreu)

- Vive o período de 68 à virada do século. (movimentos hippies, drogas, sexo, tropicália) - Contos que trazem temáticas como: personagens marginalizados, homossexualismo, violência, doenças (AIDS – que acometeu o escritor), fatos do cotidiano, etc.
- A prova de História pode utilizar excertos desta obra para retratar diversas situações da Ditadura Militar. Como diversos movimentos sociais acabaram se reacendendo nos últimos anos, tanto nas ruas como por exemplo nas redes sociais, pode haver associações e links com o contexto político-econômico atual.


Nova Rota da Seda – Nova Ordem Mundial?

No dia 15 de março de 2017, o líder chinês Xi Jinping promoveu um grande evento para apresentar seu mais novo ambicioso projeto. De antemão é importante saber que hoje a China já ocupa a 2ª posição em PIB e orçamento militar além da 3ª posição no poder bélico. E tendo ciência de que em todos esses itens a China possui um crescimento vertiginoso nas últimas décadas, podemos ter em breve uma nova superpotência. E isso incomoda e muito os Estados Unidos, na economia, na política e principalmente no EGO.

Em harmonia com a sua proposta de estabelecer uma nova Rota da Seda, revivendo no século 21 as rotas comerciais milenares que conectavam o Ocidente e o Oriente, a China firmou acordos de cooperação com 68 países e organizações internacionais no âmbito da iniciativa Um Cinturão, Uma Rota (One Belt, One Road).

O grande acordo na verdade pretende ser um grande fundo com alguns muitos bilhões de dólares. O fundo “um cinturão, uma rota”, que já contava com US$40 bilhões, recebeu a promessa de aporte de mais US$70bilhões do governo chinês. O fórum também serviu como uma espécie de chamado para novos contribuintes, estatais e privados.

Apesar das incertezas sobre os projetos que comporão a “nova rota da seda” e sobre os valores a ela concernentes, algumas publicações chegam a mencionar investimentos da ordem de US$900 bilhões entre projetos já realizados e a realizar nos próximos anos. Apenas para ilustrar a quantia estipulada, de acordo com dados do Banco Mundial, em 2015, somente 15 países possuíam PIB, em preços correntes, acima de 1 trilhão de dólares.

Ferrovia que interliga países do "Chifre da África"
A iniciativa é ambiciosa também do ponto de vista geográfico. Envolve acordos com mais de 60 países entre a Ásia, a África e a Europa para o estabelecimento de corredores de transporte e comunicação. O que é extremamente inteligente, principalmente quando se trata de investir por exemplo na África, que durante tanto tempo é explorada por todos e só agora começa a receber alguns investimentos. Não que isso não seja de forma exploratória. É sim, por isso mesmo representa hoje a China fazendo o que EUA e Europa fizeram ao longo de toda história.

Todavia, a disposição de Pequim em financiar e organizar esta iniciativa não deve surpreender os observadores mais atentos. Proponho uma breve análise deste fato considerando aspectos recentes da economia e da política externa chinesa.

O desempenho econômico chinês das últimas décadas é amplamente comentado. Em um primeiro momento, não se diferenciou muito daquilo que outros países asiáticos já haviam praticado: atração de investimentos diretos direcionados a manufaturas de exportação, controle estatal do câmbio e de conglomerados industriais estratégicos, bem como amplas políticas educacionais em ciências básicas e engenharias. Por outro lado, características culturais e a atuação do Estado resultaram em altas taxas de poupança-investimento

Após décadas de insistência no combate ao hegemonismo respaldados pelos princípios da não-intervenção, a China, em contexto já distinto, incorporou novos princípios em sua política externa. Visando a manutenção de um ambiente favorável ao seu crescimento econômico e uma postura mais transparente em relação às potências ocidentais, passou a publicar “livros brancos” sobre defesa e segurança internacional, onde o tema econômico passou a ter evidente importância.

A China vem investindo faz algum tempo pra dentro de seu país, além das Zonas Econômicas Especiais.


A China vem querendo, portanto ampliar seus laços econômicos com o mundo, exatamente num momento onde os EUA parecem remar contra a maré. E países influentes como o Reino Unido que recém saiu da União Europeia estão bastante interessados em estabelecer novas parcerias.

A necessidade de Infraestrutura

A infraestrutura para um projeto que em reais é da ordem de 3 trilhões, vai muito além das rotas portuárias. Vai por terra em ferrovias, estradas, gasodutos e oleodutos.



As multinacionais que operam na China vêm estabelecendo fábricas no interior do país em busca de mão de obra mais barata. Mas isso tem uma desvantagem: essas fábricas podem ficar a mais de mil quilômetros da costa.

Ferrovias já interligam a Eurásia
Para as companhias que exportam para a Europa - ainda um dos maiores mercados para os produtos chineses - o transporte por ar de Chongqin ou outras cidades do interior é caro demais. O transporte de produtos em caminhões ou trens para os portos de Xangai ou Yantian, em Shenzhen, e depois em navios para a Europa ocidental pode levar 40 dias.

Para a Hewlett-Packard (HP), que produz notebooks em Chongqin, há uma alternativa: uma rede internacional de trens de carga que liga a China à Europa. Desde 2011, a HP já transportou 4 milhões de notebooks pela rota ferroviária de 11.179 km, inaugurada no ano passado pelas autoridades ferroviárias de Chongqin e do governo central chinês.

Ela começa em Chongqin e atravessa Cazaquistão, Rússia, Bielorrúsia e Polônia, antes de chegar a Duisburg, na Alemanha. Uma linha separada sai do norte da China e vai até a Ferrovia Transiberiana, que percorre 9.288 km de Vladivostock a Moscou.

Com planos de transportar também suas impressoras a jato de tinta via trem, a HP diz que intensificará o uso da ferrovia da média de um trem por semana para 1,5 em 2013. "Fomos pioneiros na ida para o oeste da China e somos pioneiros no desenvolvimento dessa rota", diz Tony Prophet, vice-presidente sênior de operações para sistemas de impressão e pessoais da HP.

Porto no Sri Lanka
O embarque de um contêiner em um trem custa cerca de US$ 10 mil, um terço do preço do transporte aéreo, diz Prophet. Embora o custo ferroviário seja duas vezes maior que o do transporte marítimo, a carga demora apenas 21 dias de Chongqinq até a Europa ocidental. No entanto, a "pegada de carbono" deixada pelo transporte ferroviário representa a trigésima parte da do transporte aéreo.

Companhias de produtos eletrônicos como a Foxconn e a Acer, ambas com fábricas em Chongqin, também estão embarcando produtos para a Europa por trem, segundo a companhia de transporte internacional Far East Land Bridge, com sede em Viena. Henry Wang, porta-voz da Acer confirmou que a companhia está usando a ferrovia; a Foxconn não quis comentar.

Porto em Karachi no Paquistão
BMW, Audi e Volkswagen estão usando a ligação ferroviária para transportar autopeças produzidas na Alemanha para suas unidades de montagem na China. "Cada corrida vazia custa muito dinheiro, portanto é preciso um equilíbrio entre o Oriente e o Ocidente", diz Thomas Kargl, diretor-presidente da Land Bridge, acrescentando que sua empresa está administrando trens para todas essas companhias. Somente a BMW envia de três a sete trens por semana de Leipzig para a China, transportando autopeças para sua unidade de montagem em Shenyang.

Outros setores inclinados a adotar o transporte ferroviário incluem o siderúrgico, o de sucata, plásticos e produtos químicos, segundo Kargl. A DHL e a DB Schenker anunciaram no ano passado o lançamento de serviços mais frequentes. A DHL passou de um serviço de transporte noturno para um concorrente global em logística, incluindo o transporte ferroviário; ela é controlada pela Deutsche Post. A DB Schenker outra empresa de logística, é controlada pela Deutsche Bahn, uma companhia ferroviária alemã.

Os chineses estão entusiasmados com as conexões ferroviárias com a Europa. O governo cogita a possibilidade de financiar a construção de trilhos em vizinhos da Ásia central como o Uzbequistão e o Quirguistão, segundo relatos da agência de notícias estatal Xinhua News Agency.

O premiê Wen Jiabao referiu-se à ligação ferroviária China-Europa como parte de uma nova Rota da Seda, a rota terrestre que ligou o oeste da China com o leste do Mediterrâneo por mais de mil anos. Os russos também estão gostando: a Russial Railways, a empresa ferroviária estatal, é acionista da Far East Land Bridge. "Ter tranquilidade nos negócios com os russos é muito importante. Eles controlam a linha", diz Kargl. "Se você tiver o apoio deles, tudo correrá bem."

Jonathan Kreutzfeld

Fonte:






500 anos da Reforma Protestante – Parte 1

Sua importância para a sociedade moderna na EDUCAÇÃO.

Por Pastor Gilson Hoepfner

Martinho Lutero fixa as teses contra venda de indulgências
No dia 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero fixou nas portas da Igreja de Wittenberg, na Alemanha, as 95 teses contra a venda de indulgências. A data marca o início da Reforma Protestante e de um novo momento na história da humanidade.

Este período é caracterizado, igualmente, com mudanças significativas. Pode-se afirmar que nenhum aspecto da vida humana ficou intacto, pois o período da reforma abrangeu transformações políticas, econômicas, religiosas, morais, filosóficas, literárias e nas instituições. Hoje vamos falar sobre a sua importância no que tange à educação.


Não há como negar que na educação, os impactos foram determinantes. Na Idade Média, a igreja era a única responsável pela organização e manutenção da educação escolar. A partir do século 16, surgiram as nações-estados, que se opuseram ao poderio universal do papa e formou-se a classe média. Todo o comércio, a atividade pública e as próprias igrejas, entre muitos outros setores, possuíam demandas que requeriam cuidadoso preparo. Toda mudança social traz novos desafios. E certamente, por essa razão, Lutero sentiu-se impelido para falar e se pronunciou de modo enfático sobre a necessidade das autoridades civis investirem na educação.

Neste contexto, os movimentos da Renascença e da Reforma são precursores de profundas mudanças na concepção de ensino. A educação começa a visar de modo claro e definido à formação integral do homem, o seu desenvolvimento intelectual, moral e físico. Isso ficou claro através de um do seu escrito: Aos conselhos de todas as cidades da Alemanha, para que criem e mantenham escolas cristãs, publicado em 1524. Nele Martin Lutero desafia a sociedade a promover uma educação integral. Lutero queria todos os cidadãos bem preparados, para todas as tarefas na sociedade. Propôs uma escola cristã que visasse não uma abstração intelectual, mas a uma educação voltada para o dia-a-dia da vida.

Sob o aspecto da cidadania, Martin Lutero também estimula a criação de escolas para toda a população. Houve, portanto, forte ênfase ao ensino para suprir as demandas da recém chegada sociedade moderna, com dimensões geográficas, políticas, econômicas, intelectuais e religiosas em transformação.

A contribuição da Reforma no contexto educacional é tamanha que deu origem à educação pública. O movimento da reforma já estimulava a educação pública, universal e gratuita, para quem não poderia custeá-la. A educação pública, isto é, a educação criada, organizada e mantida pelas autoridades oficiais – municípios, províncias, estados – começa com o movimento da Reforma religiosa.

Importante ressaltar também a referência de Lutero para o desenvolvimento da educação: “Rompeu com o ensino repressivo, introduzindo o lúdico na aprendizagem. Amarrou o estudo das disciplinas a um aprendizado prático. Se também temos hoje em nossas cidades e escolas bibliotecas, devemos isso igualmente ao esforço e luta do reformador.

As mudanças e ênfases da Reforma estimularam o surgimento das instituições de ensino – UNIVERSIDADES. A história das universidades nos estados alemães durante os séculos 16 e 17 foi determinada pelo progresso da religião e é quase idêntica à do desenvolvimento da teologia protestante. No Brasil, a Mackenzie (Presbiteriana), Metodista, Ulbra (Luterana) são algumas destas estimuladas pelo movimento reformista.

A Reforma Protestante deixou a concepção de que a ignorância é o grande mal para a verdadeira religião, por isso, superá-la é uma responsabilidade de todos. “O melhor e mais rico progresso para uma cidade é quando possui muitos homens bem instruídos, muitos cidadãos ajuizados”, dizia Martinho Lutero.

Disciplina, honestidade, melhor administração do lar e educação de seus filhos são benefícios decorrentes da boa educação. Benefícios temporais ou seculares da educação são também a manutenção da paz, justiça social e manutenção da vida temporal passageira.

A Educação para Lutero tinha tanta importância que defendia a ideia de usar até o dinheiro da Igreja para pagar os estudos de crianças e jovens talentosas sem condições para tal. Cria que dessa forma, estamos ajudando a libertar pessoas do inferno e colocando-as no caminho para o céu.

Para a educação hoje, podemos aprender de Lutero a interdisciplinaridade da educação. A educação cristã deve ir além daquela aula de Ensino Religiosa que normalmente se tem nas escolas. A educação acontece com a participação da família, da escola e da Igreja. Quando um destes três atores não cumprem sua tarefa teremos prejuízos na formação integral das pessoas. Na compreensão de Lutero, a educação cristã precisa perpassar a vida das pessoas em todas as suas fases.


Foi a Reforma Luterana que deu um grande impulso para que houvesse uma educação mais holística nas escolas, inclusive escolas onde também meninas pudessem estudar. Na atualidade precisamos voltar com urgência às origens da Reforma e valorizarmos mais a formação e a informação. As pessoas leem muito pouco tanto conteúdo teológico quanto de outras áreas do conhecimento.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Coreia do Norte - Dados Gerais e Poder Bélico

Parada Militar em Pyongyang
República Popular Democrática da Coreia ou mais conhecida apenas por Coreia do Norte, é um país asiático que vem chamando atenção por suas afrontas militares aos países vizinhos e aos Estados Unidos. Seu presidente Kim Jong-un faz muitos anos que vem provocando a vizinhança e parece que agora tem alguém que resolveu responder as ameaças. Ameaças que mesmo não sendo de tamanho poder quanto ele diz, pode fazer estragos gigantescos em potências econômicas próximas como Coreia do Sul e Japão.

Nesta postagem vamos verificar algumas informações sobre este país que vem ficando tão famoso ultimamente.

Capital: Pyongyang

Área: 120.540 km²

Demografia

População total:                 25.155.317 habitantes

Homens:                           12.299.766 habitantes
Mulheres:                          12.855.551 habitantes

População em área rural      39,28 %
População em área urbana  60,72 %

Taxa média anual do crescimento da população:    0,528 %

Economia

Total do PIB: 16.1 bilhões de US$

Só para ter uma ideia, se convertido em reais na cotação de hoje (R$3,15), o PIB da Coreia do Norte é equivalente ao da cidade de Recife no Brasil que tem 50 bilhões de reais de PIB, porém com apenas 4 milhões de habitantes, contra 25 milhões lá no país asiático. Em suma, o país coreano é proporcionalmente 6 vezes mais pobre do que a média de Recife.

População de idade economicamente ativa:   77,1 %

Vale ressaltar neste item que os dados sobre sua economia entre outros, nem sempre são precisos e ou reconhecidos pela comunidade internacional.

É um país um pouco maior em área do que o estado de Santa Catarina, com população um pouco menor do que o Sul do Brasil e com a riqueza equivalente aos municípios de Blumenau, Florianópolis e Joinville somados.

Pode parecer horrível, e do ponto de vista da proporcionalidade é muito ruim mesmo. E parece bem pouco provável que com estes dados o país possa ser muito evoluído. Aí vem algumas questões importantes:

- quem será que pode ajudar este país a fazer coisas importantes?
- qual o volume de ajuda que este país realmente faz ao país?
- quanto custa fazer as coisas num regime totalitarista?

Estas respostas certamente contribuiriam muito para entendermos de fato, porque se preocupamos tanto com a capacidade deste país.

Indicadores sociais

Os dados abaixo são de órgãos ligados diretamente a ONU e estão nas fontes ao fim da postagem.

Calorias consumidas:                                  2.108 Kcal/dia
Esperança de vida ao nascer:                      70,3 anos
Expectativa de escolaridade:                       12 anos
População com acesso a água potável:         100 %
População com acesso a rede sanitária:        82 %
População subnutrida:                                 41,6 %
Alfabetização da pop. maior que 15 anos:     100,0 %

Histórico

País do sudeste asiático, banhado pelo Oceano Pacífico, localizado na porção norte da Península da Coreia. Limita-se com a República da Coreia, China e Rússia. O topônimo Coreia deriva-se de Koryo, "alto e belo", nome da dinastia que governou o país de 918 a.C. até 1392 d.C.

A península, que desde meados do Século XX está dividida em dois países, era o mesmo país, povoado originalmente por povos de linguagem tungu. Estes emigraram da Sibéria, estabelecendo-se, entre os Séculos X e VIII a.C., como diversos grupos tribais ao longo da península. O mais importante destes grupos foi o Antigo Choson, que se estabeleceu na bacia do rio Taedong. Por volta do Século IV a.C. o povo choson aglutinou outras tribos que estavam assentadas entre as bacias dos rios Liao e Taedong. No ano 108 a.C., o império chinês venceu os choson e os redividiu em quatro colônias chinesas: Tchen-fan, Hiuan-t'ou, Lin-toun e Lo-lang.

Mais tarde, a Coreia encontrou sua identidade e integridade política, embora acompanhasse o modelo de governo chinês, baseados no confucionismo.

A partir do Século I a.C., a península se dividiu em reinos rivais de Koguryo, Paeckche e Silla. Os três reinos se fundiram em um Estado, após sucessivas guerras, com o reino de Silla prevalecendo sobre os demais. Ao final do Século VII, o reino de Silla começou a declinar. Em 918, Wang Kong fundou Songak, atual Kaesong, na República Popular Democrática da Coreia e em 936 voltou a unificar a península, fundando a dinastia Koryo, que dá nome ao país.

No Século XIII, Koryo foi invadida por mongóis, que passaram a ter grande influência na corte. E, 1392, Yi Song-gye fundou a dinastia Choson (Yi) que duraria até 1910. Neste ano, o Japão anexou a Coreia.

Guerra da Coreia

A guerra da Coreia foi um conflito militar que ocorreu entre os anos de 1950 a 1953. Tendo de um lado a Coreia do Norte apoiada pela China, e do outro, a Coreia do Sul, com apoio dos Estados Unidos (EUA) e as forças das Nações Unidas.

O conflito foi extremamente violento e levou a morte cerca de 3 milhões de pessoas.

Até 1945 a Coreia era um território de domínio japonês, quando o Japão foi derrotado na Segunda Guerra Mundial e assinou a sua rendição, os EUA e a ex-URSS naquele momento as principais nações mundiais, concederam então autonomia e soberania aos coreanos e a Coreia.

Guerra da Coreia












A Coreia é separada pelo paralelo 38°, como ficou estabelecido na Conferência de Potsdam. Esta demarcação divide a Coreia em dois sistemas políticos opostos:  Coreia do Sul (República da Coreia), capitalista por influência dos EUA, e Coreia do Norte (República Popular Democrática da Coreia), comunista, apoiada pela União Soviética.


Os combates são violentos e as tropas da ONU avançam pelo território da Coréia do Norte. Em outubro, os norte-coreanos são empurrados de volta para o rio Yalu, aproximando-se da fronteira chinesa. A China então, sentindo-se ameaçada envia o seu  exército para ajudar a Coréia do Norte. Com este auxílio, as forças militares das Nações Unidas são expulsas e retornam para a Coreia do Sul e, em 4 de janeiro de 1951, os chineses conquistam Seul, capital da Coréia do Sul.

Entre fevereiro e março do ano seguinte, uma nova ofensiva norte-americana, empurra as tropas chinesas e norte-coreanas de volta ao paralelo 38º. A partir disso, as posições permanecem inalteradas, prolongando esta guerra por mais dois anos, com muitas mortes dos dois lados.  Ao longo de quase três anos, um sangrento  combate entre irmãos mancha a história de uma das culturas mais notáveis da Ásia.

Em 27 de julho de 1953 os países decidem por um Armistício (Um armistício não é o mesmo que um acordo de paz, e sim um acordo de não agressão) que foi assinado na cidade de Panmunjom.  O acordo mantém a fronteira definida em 1948 e constitui uma zona desmilitarizada entre as duas Coréias. O conflito, no entanto, continua sem solução definitiva, e a tensão permanece, com ameaças constantes pairando no ar entre os dois países até hoje.

Os dois governos reivindicam o poder sobre a totalidade do território coreano, o que torna a área de fronteira uma região de crise e incidentes.

Entre 1954 e 1961, Kim II Sung assinou tratados de assistência militar com a URSS e com a China. Em 1972, ele se tornou presidente vitalício da República Popular Democrática da Coreia. Com a sua morte, em 1994, seu filho, Kim Jong II, assumiu o poder, como se o país fosse uma espécie de "monarquia comunista". Atualmente, a República Popular Democrática da Coreia guarda extrema dependência da China, praticamente sua única aliada. Em outubro de 2006, a República Popular Democrática da Coreia explodiu uma bomba atômica apesar dos protestos da comunidade internacional. A ONU aprovou sanções econômicas ao país e, em tempos recentes, o governo norte-coreano concordou em desistir do seu programa militar atômico em troca de ajuda internacional. O líder atual do país é Kim Jong-un.

Poder Bélico

A tabela abaixo revela com base num comparativo de informações do site globalfirepower, o poder bélico conhecido e quantitativo de Estados Unidos e Coreia do Norte.

Como esperado, os EUA estão no primeiro lugar mesmo sem considerar o nível tecnológico das armas. Já a Coreia do Norte fica com a 23ª colocação, o que não é pouca coisa não, o Brasil por exemplo na mesma lista é 17º, o Canadá 25º e a vizinha Coreia do Sul 11º.

Vale ressaltar ainda que as informações de ogivas nucleares e prováveis armas com capacidade de uso não estão na lista deste site e não se tem noção exata da capacidade norte-coreana. Na verdade a Coreia do Norte é que se autodeclara uma potência nuclear.

Comparativo bélico Coreia do Norte x Estados Unidos



MLRS em ação





























Apesar de perder na maioria de itens super importantes, é relevante o poder numérico terrestre que a Coreia possui, principalmente quando se trata de MLRS que são aqueles veículos que possuem vários mísseis conforme imagem ao lado. Mas estes podem ser tecnologicamente facilmente destruídos por alguns destroyers americanos que podem facilmente chegar ao seu litoral. Ou a Coreia teria que ter alguma tecnologia ultrassecreta mesmo.

Vale considerar também que não seria bacana bombardear imensamente um país com inúmeros reféns inocentes, teria que ter coragem de enviar tropas terrestres e tirar do poder os “culpados” protegendo os inocentes. E aí o bicho pega pois os americanos, desde a segunda guerra mundial não vencem nada nessas condições e a capacidade dos soldados coreanos que são treinados por 10 anos obrigatoriamente pode aparecer e tornar o conflito (caso houvesse lógico) bastante cruel como já foi entre 1950-1953.

Jonathan Kreutzfeld

Curiosidades

O link abaixo leva a um excelente artigo sobre a Coreia do Norte e leva a diversos outros links que possuem temas interessantes e esclarecedores sobre o tema.


THE PROPAGANDA GAME - LEGENDADO E COMPLETO


Repórter brasileira que esteve por lá.


Fonte: