quinta-feira, 4 de maio de 2017

Coreia do Norte - Dados Gerais e Poder Bélico

Parada Militar em Pyongyang
República Popular Democrática da Coreia ou mais conhecida apenas por Coreia do Norte, é um país asiático que vem chamando atenção por suas afrontas militares aos países vizinhos e aos Estados Unidos. Seu presidente Kim Jong-un faz muitos anos que vem provocando a vizinhança e parece que agora tem alguém que resolveu responder as ameaças. Ameaças que mesmo não sendo de tamanho poder quanto ele diz, pode fazer estragos gigantescos em potências econômicas próximas como Coreia do Sul e Japão.

Nesta postagem vamos verificar algumas informações sobre este país que vem ficando tão famoso ultimamente.

Capital: Pyongyang

Área: 120.540 km²

Demografia

População total:                 25.155.317 habitantes

Homens:                           12.299.766 habitantes
Mulheres:                          12.855.551 habitantes

População em área rural      39,28 %
População em área urbana  60,72 %

Taxa média anual do crescimento da população:    0,528 %

Economia

Total do PIB: 16.1 bilhões de US$

Só para ter uma ideia, se convertido em reais na cotação de hoje (R$3,15), o PIB da Coreia do Norte é equivalente ao da cidade de Recife no Brasil que tem 50 bilhões de reais de PIB, porém com apenas 4 milhões de habitantes, contra 25 milhões lá no país asiático. Em suma, o país coreano é proporcionalmente 6 vezes mais pobre do que a média de Recife.

População de idade economicamente ativa:   77,1 %

Vale ressaltar neste item que os dados sobre sua economia entre outros, nem sempre são precisos e ou reconhecidos pela comunidade internacional.

É um país um pouco maior em área do que o estado de Santa Catarina, com população um pouco menor do que o Sul do Brasil e com a riqueza equivalente aos municípios de Blumenau, Florianópolis e Joinville somados.

Pode parecer horrível, e do ponto de vista da proporcionalidade é muito ruim mesmo. E parece bem pouco provável que com estes dados o país possa ser muito evoluído. Aí vem algumas questões importantes:

- quem será que pode ajudar este país a fazer coisas importantes?
- qual o volume de ajuda que este país realmente faz ao país?
- quanto custa fazer as coisas num regime totalitarista?

Estas respostas certamente contribuiriam muito para entendermos de fato, porque se preocupamos tanto com a capacidade deste país.

Indicadores sociais

Os dados abaixo são de órgãos ligados diretamente a ONU e estão nas fontes ao fim da postagem.

Calorias consumidas:                                  2.108 Kcal/dia
Esperança de vida ao nascer:                      70,3 anos
Expectativa de escolaridade:                       12 anos
População com acesso a água potável:         100 %
População com acesso a rede sanitária:        82 %
População subnutrida:                                 41,6 %
Alfabetização da pop. maior que 15 anos:     100,0 %

Histórico

País do sudeste asiático, banhado pelo Oceano Pacífico, localizado na porção norte da Península da Coreia. Limita-se com a República da Coreia, China e Rússia. O topônimo Coreia deriva-se de Koryo, "alto e belo", nome da dinastia que governou o país de 918 a.C. até 1392 d.C.

A península, que desde meados do Século XX está dividida em dois países, era o mesmo país, povoado originalmente por povos de linguagem tungu. Estes emigraram da Sibéria, estabelecendo-se, entre os Séculos X e VIII a.C., como diversos grupos tribais ao longo da península. O mais importante destes grupos foi o Antigo Choson, que se estabeleceu na bacia do rio Taedong. Por volta do Século IV a.C. o povo choson aglutinou outras tribos que estavam assentadas entre as bacias dos rios Liao e Taedong. No ano 108 a.C., o império chinês venceu os choson e os redividiu em quatro colônias chinesas: Tchen-fan, Hiuan-t'ou, Lin-toun e Lo-lang.

Mais tarde, a Coreia encontrou sua identidade e integridade política, embora acompanhasse o modelo de governo chinês, baseados no confucionismo.

A partir do Século I a.C., a península se dividiu em reinos rivais de Koguryo, Paeckche e Silla. Os três reinos se fundiram em um Estado, após sucessivas guerras, com o reino de Silla prevalecendo sobre os demais. Ao final do Século VII, o reino de Silla começou a declinar. Em 918, Wang Kong fundou Songak, atual Kaesong, na República Popular Democrática da Coreia e em 936 voltou a unificar a península, fundando a dinastia Koryo, que dá nome ao país.

No Século XIII, Koryo foi invadida por mongóis, que passaram a ter grande influência na corte. E, 1392, Yi Song-gye fundou a dinastia Choson (Yi) que duraria até 1910. Neste ano, o Japão anexou a Coreia.

Guerra da Coreia

A guerra da Coreia foi um conflito militar que ocorreu entre os anos de 1950 a 1953. Tendo de um lado a Coreia do Norte apoiada pela China, e do outro, a Coreia do Sul, com apoio dos Estados Unidos (EUA) e as forças das Nações Unidas.

O conflito foi extremamente violento e levou a morte cerca de 3 milhões de pessoas.

Até 1945 a Coreia era um território de domínio japonês, quando o Japão foi derrotado na Segunda Guerra Mundial e assinou a sua rendição, os EUA e a ex-URSS naquele momento as principais nações mundiais, concederam então autonomia e soberania aos coreanos e a Coreia.

Guerra da Coreia












A Coreia é separada pelo paralelo 38°, como ficou estabelecido na Conferência de Potsdam. Esta demarcação divide a Coreia em dois sistemas políticos opostos:  Coreia do Sul (República da Coreia), capitalista por influência dos EUA, e Coreia do Norte (República Popular Democrática da Coreia), comunista, apoiada pela União Soviética.


Os combates são violentos e as tropas da ONU avançam pelo território da Coréia do Norte. Em outubro, os norte-coreanos são empurrados de volta para o rio Yalu, aproximando-se da fronteira chinesa. A China então, sentindo-se ameaçada envia o seu  exército para ajudar a Coréia do Norte. Com este auxílio, as forças militares das Nações Unidas são expulsas e retornam para a Coreia do Sul e, em 4 de janeiro de 1951, os chineses conquistam Seul, capital da Coréia do Sul.

Entre fevereiro e março do ano seguinte, uma nova ofensiva norte-americana, empurra as tropas chinesas e norte-coreanas de volta ao paralelo 38º. A partir disso, as posições permanecem inalteradas, prolongando esta guerra por mais dois anos, com muitas mortes dos dois lados.  Ao longo de quase três anos, um sangrento  combate entre irmãos mancha a história de uma das culturas mais notáveis da Ásia.

Em 27 de julho de 1953 os países decidem por um Armistício (Um armistício não é o mesmo que um acordo de paz, e sim um acordo de não agressão) que foi assinado na cidade de Panmunjom.  O acordo mantém a fronteira definida em 1948 e constitui uma zona desmilitarizada entre as duas Coréias. O conflito, no entanto, continua sem solução definitiva, e a tensão permanece, com ameaças constantes pairando no ar entre os dois países até hoje.

Os dois governos reivindicam o poder sobre a totalidade do território coreano, o que torna a área de fronteira uma região de crise e incidentes.

Entre 1954 e 1961, Kim II Sung assinou tratados de assistência militar com a URSS e com a China. Em 1972, ele se tornou presidente vitalício da República Popular Democrática da Coreia. Com a sua morte, em 1994, seu filho, Kim Jong II, assumiu o poder, como se o país fosse uma espécie de "monarquia comunista". Atualmente, a República Popular Democrática da Coreia guarda extrema dependência da China, praticamente sua única aliada. Em outubro de 2006, a República Popular Democrática da Coreia explodiu uma bomba atômica apesar dos protestos da comunidade internacional. A ONU aprovou sanções econômicas ao país e, em tempos recentes, o governo norte-coreano concordou em desistir do seu programa militar atômico em troca de ajuda internacional. O líder atual do país é Kim Jong-un.

Poder Bélico

A tabela abaixo revela com base num comparativo de informações do site globalfirepower, o poder bélico conhecido e quantitativo de Estados Unidos e Coreia do Norte.

Como esperado, os EUA estão no primeiro lugar mesmo sem considerar o nível tecnológico das armas. Já a Coreia do Norte fica com a 23ª colocação, o que não é pouca coisa não, o Brasil por exemplo na mesma lista é 17º, o Canadá 25º e a vizinha Coreia do Sul 11º.

Vale ressaltar ainda que as informações de ogivas nucleares e prováveis armas com capacidade de uso não estão na lista deste site e não se tem noção exata da capacidade norte-coreana. Na verdade a Coreia do Norte é que se autodeclara uma potência nuclear.

Comparativo bélico Coreia do Norte x Estados Unidos



MLRS em ação





























Apesar de perder na maioria de itens super importantes, é relevante o poder numérico terrestre que a Coreia possui, principalmente quando se trata de MLRS que são aqueles veículos que possuem vários mísseis conforme imagem ao lado. Mas estes podem ser tecnologicamente facilmente destruídos por alguns destroyers americanos que podem facilmente chegar ao seu litoral. Ou a Coreia teria que ter alguma tecnologia ultrassecreta mesmo.

Vale considerar também que não seria bacana bombardear imensamente um país com inúmeros reféns inocentes, teria que ter coragem de enviar tropas terrestres e tirar do poder os “culpados” protegendo os inocentes. E aí o bicho pega pois os americanos, desde a segunda guerra mundial não vencem nada nessas condições e a capacidade dos soldados coreanos que são treinados por 10 anos obrigatoriamente pode aparecer e tornar o conflito (caso houvesse lógico) bastante cruel como já foi entre 1950-1953.

Jonathan Kreutzfeld

Curiosidades

O link abaixo leva a um excelente artigo sobre a Coreia do Norte e leva a diversos outros links que possuem temas interessantes e esclarecedores sobre o tema.


THE PROPAGANDA GAME - LEGENDADO E COMPLETO


Repórter brasileira que esteve por lá.


Fonte:






2 comentários:

  1. professor, parabéns pelo trabalho. Haverá temas para redação nos vestibulares de inverno? Obrigado

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Desculpe a demora, creio que as postagens deste semestre auxiliam para o caso de ter alguns desses temas em redação. É a finalidade também das mesmas além de auxiliar em questões. att

      Excluir