A
Guerra dos Seis Dias foi um conflito armado entre Israel, com o apoio dos EUA,
e a frente árabe, formada por Jordânia, Egito, e Síria, apoiados pelo Kuwait,
Iraque, Argélia, Arábia Saudita, e Sudão.
O
crescimento das tensões árabe-israelenses, em meados de 1967, levou os dois
lados a movimentarem as suas tropas. Antecipando um possível ataque do Egito e
da Jordânia, Israel surpreendeu as nações aliadas, lançando um ataque
preventivo e arrasador à força aérea egípcia.
O
Estado-Maior israelita traçou um plano, chefiado pelo general Moshe Dayan,
começou a ser posto em prática ao amanhecer do dia 5 de junho de 1967, quando aviões de Israel atacaram nove
aeroportos militares, destruindo a força aérea egípcia antes que esta saísse do
chão e causando danos às pistas de aterrissagem, inclusive com bombas de efeito
retardado dificultando as reparações.
O elemento
surpresa fez diferença frente um exército muito mais numeroso e equipado.
As forças egípcias consistiam em 7
divisões, 4 blindadas , 2 de infantaria e 1 de infantaria mecanizada . No
geral, o Egito tinha cerca de 100.000 soldados e entre 900 e 950 tanques no
Sinai, apoiados por 1.100 APCs e 1.000 peças de artilharia. Este sistema foi
baseado no modelo soviético, onde as unidades blindadas proporcionavam uma
defesa dinâmica, enquanto unidades de infantaria se envolvia em batalhas
defensivas.
As forças israelenses estavam
concentradas na fronteira com o Egito e incluia 6 brigadas blindadas, 1 brigada
de infantaria, 1 brigada de infantaria mecanizada, 3 brigadas pára-quedista,
dando um total de cerca de 70.000 homens e 700 tanques, que foram organizados
em três divisões blindadas.
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Mirage IIICJ |
Ao cair da noite,
Israel disse que teria destruído cerca de 420 aviões árabes, e perdido 26 de
suas aeronaves nos dois primeiros dias da guerra. Os aviões
israelenses abatidos incluíam 6 caças Mirage IIICJ, 4 caças Super Mystère, 8
aeronaves de ataque ao solo Mystère IVA, 4 aeronaves de ataque ao solo Ouragan
e 5 bombardeiros médio Vautour II. Doze pilotos israelenses foram mortos, cinco
feridos e quatro capturados.
Ao
mesmo tempo, forças blindadas israelenses investiam contra a Faixa de Gaza e o
norte do Sinai. A Jordânia então abriu fogo em Jerusalém e a Síria interveio no
conflito.
No terceiro dia de
combate todo o Sinai já estava sob o domínio de Israel. Nas 72 horas
seguintes, os israelenses impuseram uma derrota devastadora aos adversários,
controlando também a Cisjordânia, o setor oriental de Jerusalém e as Colinas de
Gola, na Síria. Como resultado da guerra, aumentou o número de refugiados
palestinos na Jordânia e no Egito. Síria e Egito estreitaram ainda mais as
relações com a União Soviética, aproveitando também para recuperarem seu arsenal
de blindados e aviões, além de conseguirem a instalação de novos mísseis mais
próximos ao Canal de Suez.

Não
há registro na história militar, de uma vitória tão grande e que foi
conquistada em tão pouco tempo onde em apenas quatro dias um amplo exército é
derrotado.
A
guerra se estendeu até o dia 10 de junho, com Israel controlando toda a
península do Sinai, Cisjordânia, que incluía toda a cidade de Jerusalém, a
Faixa de Gaza, e as Colinas de Golã, na Síria. Por fim, Israel possuía um território quatro vezes maior do que tinha
antes, com um total de 1,5 milhões de pessoas.
Consequências
· Os
estados árabes perderam mais da metade de seu equipamento militar;
· Israel
perdeu cerca de 800 homens, enquanto os árabes perderam cerca de 18.000;
· O
presidente do Egito, Nasser, renunciou ao cargo devido a derrota;
· O
mundo islâmico ficou com aversão ao estado israelita;
· Aumentou
o número de refugiados da Jordânia.
Em
1979 ocorre o Acordo de Camp David. O Egito é o primeiro país árabe a
reconhecer o Estado de Israel. Este, em contrapartida, devolve a Península do
Sinai ao Egito (cláusula cumprida somente em 1982). Em 1981, militares egípcios
contrários à paz com Israel assassinam o presidente Anwar Sadat.
Jonathan Kreutzfeld
Fonte:
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