O Irma foi o
furacão mais forte já registado na bacia do Oceano Atlântico fora do Caribe e golfo do México,
assim como o mais forte furacão atlântico em termos de ventos máximos
sustentados desde o Wilma, em 2005, e o mais intenso em termos de pressão desde
o Dean, em 2007.
Ciclone – refere-se a um
movimento de ar giratório que se apresenta em uma grande área, envolvendo centenas de quilômetros. Costuma apresentar
ventos com velocidades iguais ou superiores a 120 km/h e é bastante destrutivo,
pois atinge um grande número de áreas.
Tornado – também é um
movimento de ar giratório, mas que se estabelece em uma área menor, embora se apresente em velocidades maiores, que giram
em torno dos 500 km/h ou mais. O grau de destruição do tornado, nos pontos onde
passa, é até maior que o do ciclone, porém atinge uma área mais restrita.
Os ciclones (tufão e furacão) abrangem
áreas muito amplas
Os ciclones dividem-se em tropicais
e extratropicais. Os últimos ocorrem em áreas de latitudes médias, por um
sistema de baixa pressão e sem calor em seu núcleo; já os primeiros
apresentam-se em áreas tropicais, por um sistema de alta pressão e com grande
calor em seu núcleo. Dessa forma, tufão e furacão são dois tipos de ciclones
tropicais.
A
diferença entre furacão e tufão é apenas a localização geográfica onde ocorrem,
pois receberam nomes distintos nas diferentes regiões em que se apresentaram.
Furacão – forma-se no
Oceano Atlântico ao norte, no Mar do Caribe, no Golfo do México e no Oceano
Pacífico próximo ao litoral da América do Norte.
Tufão – forma-se no
Oceano Pacífico a leste da Linha Internacional de Data, próximo ao Japão, ao
sul da Ásia e também na porção leste do Oceano Índico.
VÍDEO
QUE EXPLICA A DIFERENÇA ENTRE OS FENÔMENOS
Irma
foi também o primeiro furacão de categoria 5 a afetar as Ilhas de Sotavento
setentrionais, e o segundo registado a atingir Cuba com tal intensidade, após
um furacão registado em 1924. Adicionalmente, Irma fez landfall (landfall seria o
equivalente ao epicentro de um terremoto) do furacão, o lugar de maior
intensidade)em Florida Keys com ventos de 215 km/h, tornando-o o furacão mais forte a atingir a
Flórida em termos de velocidade do vento desde o Charley em 2004.
Origem

Formou-se
em Cabo Verde e partiu da costa africana, abasteceu-se de calor e umidade
próximo ao caribe e rapidamente aumentou de intensidade, tornando-se um furacão
de categoria 2 na escala de Simpson em apenas 24 horas. Logo após, tornou-se um
furacão de categoria 3, sendo considerado assim um grande furacão. A intensidade
flutuou durante os dias seguintes, devido a uma série de ciclos de reposição da
parede do olho. Em 5 de Setembro,
tornou-se um furacão de categoria 5, a maior da escala, atingindo no início do
dia seguinte a sua maior intensidade, com ventos de 298 km/h. Isto torna
ele o segundo maior furacão do Oceano Atlântico pela velocidade dos ventos,
apenas ultrapassado pelo Allen, em 1980, que alcançou velocidades de 306 km/h.
Irma manteve esses ventos de 295 km/h durante 37 horas, ultrapassando o recorde
do Allen, que manteve ventos de 285 km/h durante 18 horas.
Danos e
Consequências
Causou
danos catastróficos em Anguilla, Antigua e Barbuda, Bahamas, Ilhas Turcas e
Caicos, Ilhas Virgens, Porto Rico, São Bartolomeu e São Martinho
No
dia 10 de setembro de 2017 o furacão
havia causado pelo menos 30 mortes: uma em Anguilla, uma em Barbados, uma
em Barbuda, onze nas Antilhas Francesas, três em Porto Rico, duas no lado
holandês de São Martinho, quatro nas Ilhas Virgens Americanas, e quatro nos
Estados Unidos contíguos.
Estados
Unidos
Irma atingiu Florida Keys com categoria 4 e ventos de até 215 km/h, depois de ganhar força durante a noite. Se desloca de modo lento para a costa oeste da Flórida continental a 15 km/h.
Em
Key West a situação é “extremamente perigosa e potencialmente letal”, afirmou o
Serviço Meteorológico Nacional (NWS).
No total, as
autoridades americanas ordenaram que 6,3 milhões de pessoas deixassem as suas
casas na Flórida.
Mais de um milhão já haviam recebido uma ordem de evacuação obrigatória na
Flórida e na Geórgia, o que provocou uma fuga de centenas de milhares de
pessoas de carro e gerou grandes engarrafamentos.
Bahamas e Cuba
Irma
passou na sexta-feira pelo sudeste das Bahamas e não deixou vítimas ou danos
importantes. O poderoso furacão atingiu Cuba pelo arquipélago de Camagüey,
situado no norte da Ilha, na madrugada de sábado, com ventos firmes de 260
km/h.
“Afetou
gravemente” as províncias de Camagüey e de Ciego de Avila, segundo as
autoridades. Ilhas turísticas permaneciam isoladas. As primeiras informações
mencionam grandes danos materiais, mas não foi registrada nenhuma morte
oficialmente. O litoral noroeste registrava fortes inundações, de Matanzas a
Havana, “com ondas de entre 6 e 9 metros”, informou o Instituto de Meteorologia
cubano. A água do mar, que atingiu o simbólico Malecón, avançou 250 metros na
capital. Ao menos 1,5 milhão de moradores abandonaram suas casas na ilha, onde
os ventos derrubaram árvores e postes de energia elétrica.
Haiti
No
Haiti a passagem do furacão causou inundações e deixou vários feridos no
nordeste do país, informou o serviço de Proteção Civil. O furacão passou um
pouco mais ao norte do que o previsto, o que fez o impacto no país, um dos mais
pobres do mundo, menor do que o esperado.
República
Dominicana
Na
quinta-feira, o furacão começou a atingir a República Dominicana.
Os
ventos de 285 km/h e as chuvas obrigaram a retirada de 19.000 pessoas. No
total, 2.135 casas ficaram danificadas.
Porto Rico
O
furacão se aproximou da parte norte de Porto Rico na noite de quarta-feira e na
manhã de quinta-feira, com ventos de até 295 km/h, que provocaram cortes no
fornecimento de energia elétrica e fortes chuvas. Pelo menos duas pessoas
morreram e mais da metade da população de três milhões de habitantes ficou sem
eletricidade.
Ilhas Virgens
americanas e britânicas
Cinco
pessoas morreram nas Ilhas Virgens americanas depois da passagem do furacão,
anunciaram o governador, Kenneth Mapp, e o serviço de emergências. O furacão
varreu a ilha francesa de Saint Barth e depois Saint Martin, que inclui uma
parte francesa e outra holandesa.
De
acordo com o serviço de meteorologia francês Météo France, os ventos alcançaram
os 360 km/h. Dez pessoas perderam a vida na zona francesa de Saint Martin e
duas na parte holandesa. Os danos são “enormes” e Paris e Haia denunciaram
saques. O instituto público de resseguros da França (CCR) calcula os danos em
Saint Barth e no lado francês de Saint Martin em 1,2 bilhão de euros (1,45
bilhão de dólares).
No
arquipélago britânico de Anguilla, um homem morreu no desabamento de uma casa.
Barbuda
Irma
atingiu a ilha de Barbuda na quarta-feira com ventos que alcançaram os 295
km/h, deixando um morto.
O
primeiro-ministro, Gaston Browne, disse que a ilha ficou “totalmente
devastada”.
Jonathan Kreutzfeld
Fonte:
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