segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Redação nota 1000 - O docente como protagonista da educação

Este ano teremos uma série de postagens de redações que atingiram nota máxima, considerando os critérios do Enem e ou de importantes vestibulares do Brasil.

A redação a seguir foi proposta e corrigida pela professora Juliana Doerlitz do terceiro ano do Ensino Médio do Cetisa (Centro Educacional Timbó S/A).

Tema: Há como melhorar a educação sem valorizar o professor?

Por Rebecca Raíssa Piovesana

O docente como protagonista da educação

A margem do desenvolvimento de um país é claramente baseada na educação. A educação é o que firma a melhoria de uma sociedade, e também é ela que garante a ordem e o progresso de uma nação. Filósofos modernos, a exemplo de Immanuel Kant, já discutiam a importância da pedagogia para a evolução moral do próprio ser. Contudo, em território verde-amarelista o papel da educação é julgado pelos indivíduos como desprezível e não fundamentalmente necessário para a constituição de cidadãos participativos em seu país, o que resulta em situações vergonhosas em que professores acabam sendo submetidos à violência, além de serem desrespeitados pelas instituições governamentais e pelos próprios alunos, diariamente, através de agressões verbais e físicas, fato que não pode ocorrer.

A violência instaurada no país não se dissemina somente pelas ruas das metrópoles, mas também em várias cidades do interior. Em cidades de todos os estados brasileiros, professores são desacatados e tratados com insignificância pelos estudantes. Isso acontece, pois os educandos são moldados pela sociedade a não reconhecerem o valor do professor como formador ético e intelectual. Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgados pela BBC, no contexto de desrespeito aos docentes, 12,5% desses profissionais afirmam já ter sofrido algum tipo de problema relacionado à violência em sala. Por esse motivo não só para a formação de futuros cidadãos como também pela questão humanitária, a afronta contra este profissional deve ser impedida.

Immanuel Kant afirma que “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”. Porém, se isso for levado em consideração, as frequentes notícias de agressões a esses profissionais que são divulgadas – como o último caso divulgado em mídia nacional e dirigido pela equipe do Fantástico no qual uma professora, na cidade de Indaial, Santa Catarina, foi vítima de ataques físicos e morais de um aluno em ambiente escolar –, mostram que há falhas no sistema educacional.

Portanto, são necessárias medidas para resolver essa situação. Parcerias público-privadas de conscientização à importância do papel desempenhado pelos professores devem ser instauradas. A criação de sindicatos mais atuantes que protejam o trabalho do professor e exijam uma melhor distribuição dos impostos a áreas relacionadas à educação é imprescindível. Inspirado em modelos Noruegueses e, claro, adaptado às condições do país, o Brasil poderá aumentar seus índices educacionais e diminuir as ocorrências de violência contra docentes, pois “A violência, seja qual for à maneira que se manifeste, é sempre uma derrota” (Jean Paul) e consequentemente um retrocesso diante do que se almeja na bandeira nacional.

  

Nenhum comentário:

Postar um comentário