Série
de postagens de redações que atingiram nota máxima, considerando os critérios
do Enem e ou de importantes vestibulares do Brasil.
A
redação a seguir foi proposta e corrigida pelo professor Nardy Bechtold
Júnior do terceiro ano do Ensino Médio do Colégio Cônsul Carlos Renaux
de Brusque.
Tema:
“Impactos da revolução tecnológica digital
no mercado de trabalho”
Por Francisco De Nardi
Mercado de Trabalho
Contemporâneo
Os
impactos da revolução tecnológica digital no mercado de trabalho consistem em
um assunto de suma importância na contemporaneidade. Com o advento da Terceira
Revolução Industrial, após a Segunda Guerra Mundial, as inovações científicas e
tecnológicas foram implementadas em todos os setores da economia. As
consequências desse processo se intensificaram ao longo dos anos, tornando-se
especialmente evidentes no século XXI. Nesse viés, dois aspectos fazem-se
relevantes: o aumento do desemprego estrutural e a mudança no perfil
profissional.
As tecnologias
digitais prenunciam a substituição da mão de obra humana. A eficiência e alta
produtividade das máquinas, que realizam trabalhos complexos de maneira precisa
e em um curto período de tempo, provocam o desaparecimento de inúmeras
profissões e, consequentemente, o desemprego estrutural. Serviços que não
necessitam de relações interpessoais são mais suscetíveis a esse problema; a
permutação dos caixas bancários por caixas eletrônicos e dos contadores por
sistemas digitais exemplificam a situação. Dessarte, essa adversidade gera
instabilidade profissional, uma vez que os trabalhadores não sabem até quando
seus serviços serão necessários.
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Charles Chaplin em Tempos modernos |
Além
do discutido, há de se ressaltar a alteração no perfil do trabalhador. Segundo
uma pesquisa divulgada pelo Jornal Econômico, o índice de interessados em
trabalhar de maneira autônoma é elevado – no Brasil, 80% dos entrevistados têm
essa perspectiva de futuro. Os resultados são reflexo do novo ambiente digital,
que está em constante mutação e não fornece estabilidade aos empregados fixos –
esses, na maioria dos casos, não pretendem ficar mais de cinco anos no mesmo
emprego. Ademais, a qualificação profissional tornou-se fundamental no atual
cenário, submetendo todos aqueles que não se adequam ao sistema a subempregos.
Haja
vista o supracitado, medidas fazem-se necessárias para resolver os impasses. O
Legislativo deve criar projetos de lei para que o Executivo consiga destinar
parte das verbas públicas para a implementação de instituições de capacitação
profissional, a fim de preparar mais indivíduos para o mercado de trabalho.
Outrossim, é função dos sindicatos garantir a segurança dos trabalhadores por
meio de reivindicações de leis protecionistas e de um aumento dos postos de
trabalho, com o objetivo de barrar o desemprego. Dessa maneira, a revolução tecnológica
deixará de ser um problema e representará avanços positivos na sociedade.
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