Então,
eles são presidentes, eleitos pela urna e são autoritários.
Eu
acabei decidindo não colocar Hitler na lista, pois já fiz uma postagem anterior
sobre ele ter sido eleito e não ter causado golpe algum.
Vivemos
um momento bastante polarizado na política mundial e não é diferente no Brasil.
Estamos num período eleitoral entre turnos nas eleições para presidente e
governadores que foram para o segundo turno. E ficou nítido nas urnas do dia 7
de outubro de 2018 que o país está MUITO polarizado. E desta forma, dois
representantes com muitas características autoritárias disputando os votos de
seus eleitores que estão entre fiéis seguidores beirando ao fanatismo nem
sempre visto diante de astros de rock, e eleitores comuns que simplesmente não
desejam ver o outro lado no poder.
Eu
particularmente fico muito triste com a polarização extremada que tivemos e
fico preocupado com as características que notoriamente são autoritárias da parte
dos candidatos e então decidi lembrar os leitores do blog que existem
atualmente no mínimo 3 presidentes eleitos na urna que ou estão desrespeitando
o legislativo ou princípios básicos dos direitos humanos e com discursos
retrógrados, perseguem, matam, torturam a parcela da população que não agrada.
MADURO - VENEZUELA
Maduro
é um ditador de araque que se manteve no poder após a morte de Hugo Chávez,
este que por sua vez foi eleito pela primeira vez em 1998 fez de tudo para se
manter no poder até sua morte em 2012. Pegou
um país petroleiro em boas condições, viu as guerras no oriente médio favorecer
o aumento do valor do petróleo durante uma década e nadou em dinheiro até o
valor da commodity baixar violentamente e a economia da Venezuela entrar em
frangalhos dependendo 96% da venda do óleo.
Já
faz 18 anos que opositores querem a saída do governo que deixou o país com nem
mesmo itens de necessidade básica sem produção no país. O preço do barril de
petróleo, de 120 dólares em 2008, caiu para menos de 50 dólares a partir de
2014. Além de perder a capacidade de importar, o país não pôde manter os
investimentos sociais, um dos pontos mais positivos do governo de Chávez.
O
controle nos preços, uma medida tomada por Hugo Chávez para evitar inflação,
desestimulou investimentos de iniciativa privada dentro do país. Em alguns
casos, a venda era desvantajosa para empresas privadas devido aos impostos, o
que ajudou a fazer com que os produtos sumissem das prateleiras. A dependência
do Estado na economia prejudica o país, quando esse não consegue, sozinho,
suprir as demandas da população.
Outra
medida de combate à inflação no governo de Chávez também mostra resultado
agora, em tempos de crise. O controle do câmbio, adotado desde 2003 com o
objetivo inicial de impedir a fuga de dólares do país, deu espaço para uma
corrupção interna por parte dos militares e membros do governo. O desvio ilegal
provoca escassez da moeda estrangeira dentro do país, o que agrava o problema
de abastecimento.
A escassez de
alimentos e a crise econômica no contexto atual da Venezuela têm aumentado a
violência na região. Em 2017, o país registrou os índices de homicídio mais
altos da América Latina.
DUTERTE - FILIPINAS
Duterte
foi eleito em 2016 com apenas 38% dos votos válidos, sem segundo turno,
desbancando seus opositores que ficaram na casa dos 20%. Até aí tudo certo, mas
o presidente foi eleito com discurso inflamado e odioso, mesmo em um país de
maioria cristã, chegou a chamar Deus de estúpido, inexistente e ainda xingou o
Papa Francisco.
Na
noite de sua posse, há dois anos, Duterte detalhou durante o jantar oficial a
principal promessa de seu programa. Como sempre, falou como um valentão: “Esses filhos da puta estão destruindo
nossos filhos. Faço um alerta para não mexerem com nisso, mesmo que sejam
policiais, porque, estou falando sério, vou matar todos… Se conhecer algum
viciado, mate-o você mesmo, porque seria muito doloroso pedir para seus pais
fazerem isso… Os que continuam usando drogas já foram alertados durante a
campanha. Aconteça o que acontecer, aviso: sem remorsos. Falei para pararem. Se
acontecer algo [aos viciados], eles procuraram”.
Ok,
mas ele tá querendo cuidar das pessoas de bem não é mesmo? Enfim, não acho que
banalizar a morte é uma coisa bacana. Até porque quantos que estão lendo este
texto conhecem alguém viciado ou não que faz uso regular de alguma droga? Como
ela chegou na mão de seu coleguinha? Só pra que todos por aqui reflitam. A maioria
nem chega a ler até aqui.
Fato é que Duterte
já garantiu a morte de mais de 10 mil usuários e notificou a família de mais de
um milhão deles para que se encaminhem aos tratamentos, que em geral não são
suficientes e acabam se transformando em chacinas!
ERDOGAN – TURQUIA
Há
quinze anos de poder, Recep Tayyip Erdogan é tido como um líder reformador,
combativo, autoritário e repressivo. Promoveu profundas transformações na
Turquia através de megaprojetos de infraestruturas e conduz uma política
externa firme diante do Ocidente, chegando a incomodar seus tradicionais
aliados ocidentais.
Erdogan
é Presidente da Turquia desde 28 de agosto de 2014. Anteriormente, ocupou o
cargo de Primeiro-ministro do país entre 14 de março de 2003 e 2014.

Em
2013, quando a população foi às ruas gritar contra a remodelação do Parque
Gezi, muitos turcos laicos juntaram-se às manifestações para protestar contra
suas inclinações islâmicas, mas foram reprimidos pela polícia. A escalada de violência ganhou força depois
da tentativa de golpe militar, em julho de 2016, quando Erdogan convocou a
população às ruas. Desde então, com o país em estado de emergência, o governo
passou a açodar seguidores do clérigo Fethullah Gulen, a quem o presidente
culpa pelo golpe. Cerca de 45 mil pessoas acabaram detidas e outras 130 mil
foram removidas de suas funções públicas. À imagem de ditador, somou-se o
declínio dos resultados econômicos da Turquia: no ano passado, o PIB cresceu
2,9% em relação ao ano anterior, bem abaixo de 2015. Ainda que tenha conseguido
uma importante vitória no referendo, a popularidade de Erdogan é questionada.
“Cada vez que se sente ameaçado, ele sobrevive com o apoio popular. Olhando
para o referendo, o que não é claro é se esse apoio ainda está lá”.
O
referendo sofreu críticas desde o início das campanhas. Com a imprensa
controlada pelo governo, a oposição teve liberdade limitada. Agora, com o fim
do cargo de primeiro-ministro, Erdogan poderá escolher os membros do gabinete,
o vice-presidente e outros servidores que se reportarão diretamente a ele. Ele também deve indicar a maioria dos
juízes das altas cortes do sistema jurídico turco, em um regime que se
assemelha cada vez mais ao de Nicolás Maduro, na Venezuela, que, inspirado pelo
chavismo, aparelha e controla todas as instituições.
Seja lá qual for o resultado, espero que não tenhamos caminho parecido ou estamos ferrados :(
Jonathan Kreutzfeld
Fonte:
Muito bom ������
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