Relevo submarino
Neste tipo de relevo podemos diferenciar:
Plataforma continental
É a estrutura geológica continental abaixo do nível do mar. Apresenta uma profundidade razoável, contribuindo para que se desenvolva vegetação marinha e conseqüentemente o desenvolvimento de atividade pesqueira. Com o passar do tempo, as depressões do terreno da plataforma continental tornam-se bacias sedimentares de grande importância para a exploração de petróleo no oceano.
Talude
Onde ocorre o encontro da crosta continental com a crosta oceânica, com
inclinação de profundidade que podem chegar a 3 mil metros.
Região pelágica
É o relevo submarino onde encontramos depressões, montanhas tectônicas e vulcanismo. Podendo atingir a 6 mil metros abaixo do mar.
Agentes esculturais
São
os fenômenos de grande importância na transformação do relevo terrestre. São
chamados de agentes de erosão ou esculturais.
Fatores
como: tipo de relevo, natureza das rochas, das águas, presença do homem ou
animais e clima, influenciam na intensidade das ações desses agentes
esculturais.
Esses
fenômenos tem ação lenta, mas constante. São fenômenos da atmosfera, biosfera e
hidrosfera.
Intemperismo
Ação dos agentes físicos, químicos e biológicos, separando e decompondo as
rochas.
O intemperismo
físico é a desagregação das rochas por agentes físicos e biológicos.
A
temperatura do ar e a água são gentes físicos. Por exemplo: as rochas estão
superaquecidas, pelo calor do sol, daí são resfriadas bruscamente pelas chuvas,
dessa forma ocorre a desagregação das rochas. Isto ocorre intensamente nas
regiões de clima áridos, aonde predomina rochas sedimentares detríticas.
Exemplo
de intemperismo físico causado por um agente biológico: o crescimento de raízes
grandes (mangueira) causa ondulações no terreno podendo comprometer algumas
edificações.
O
intemperismo químico é a decomposição das rochas por agentes químicos e
biológicos, por exemplo, formação das cavernas.
A
matéria orgânica produz substâncias que causam a decomposição das rochas, é
portanto, um exemplo de intemperismo químico.
Solo
É o resultado da ação do intemperismo nas rochas. Todo solo tem condições de
vida vegetal, pois adquire porosidade e como decorrência, há penetração de ar e
água.
O
solo, portanto, é constituído por rocha intemperizada, ar, água e matéria
orgânica que formam um manto de intemperismo que recobrem superficialmente a
crosta terrestre.
Tipos
de solos
Expostas as mesmas condições climáticas, cada tipo de rocha produz um tipo de
solo diferente; mas de acordo com a origem podemos classificar:
-
eluviais: quando formados pela alteração da rocha que se encontra abaixo, quer
dizer, o solo foi formado no local onde se encontra. Ex. terra-roxa.
-
aluviais: são formados pela ação dos agentes naturais de transporte (rios,
vento, etc.) Ex. solos de várzea.
-
orgânicos: são formados a partir de matéria orgânica, por isso são férteis e
tem alto valor agrícola. Ex. solos humíferos.
Quanto
a estrutura os solos podem ser: argilosos, arenosos ou argilo-arenosos.
Os
solos de clima tropical sofrem grandes problemas com a erosão, lixiviação e a
laterização.
A
laterização é o surgimento de uma crosta ferruginosa, formada pela decomposição
das rochas com precipitação dos óxidos e hidróxidos de alumínio e ferro, que
acaba com a fertilidade do solo. A lixiviação é a lavagem da parte superficial
do solo, onde se encontra os nutrientes, e retirada dos sais minerais
hidrossolúveis, empobrecendo o solo.
No
Brasil, o escoamento superficial da água é o principal agente erosivo. Para
combater a erosão superficial é preciso manter o solo recoberto por vegetação
ou quebrar a velocidade do escoamento utilizando a técnica de cultivo em curvas
de nível.
Erosão
e acumulação
A erosão é o desgaste das rochas e do solo feito pelas águas, ventos, animais e
o homem.
Em
toda erosão, segue-se o transporte e a acumulação dos sedimentos retirados. Em
geral, a erosão é mais freqüente nos lugares altos e a acumulação nos baixos.
Erosão
e acumulação em regiões geladas
Ocorre quando grandes blocos de gelo se desprendem e descem montanha abaixo,
formando grande vales.
Todo
gelo, neve e sedimentos das rochas que são levados pelos blocos de gelo ficam
acumulados nos sopés das montanhas formando as morainas.
Fiordes- são golfos fundos
e estreitos, bem comum no litoral norueguês, eles se formam quando os vales,
cavados pela ação do gelo, são invadidos pelas águas do mar.
Erosão
e acumulação eólica
A erosão através do vento é bem comum, e pode fazer formas bastante pitorescas,
como em formas de ‘taças’ e ‘cogumelos’.
O
vento pode criar varias formas de relevo através de acumulação de areia, como
as dunas. Estas surgem bem freqüentemente em praias e desertos, aonde a areia é
abundante.
A
erosão eólica pode ser:
-
deflação: os ventos varrem as areias.
-
corrosão: fazendo um certo lixamento, atirando partículas contra um obstáculo.
Erosão
marinha
Age tanto no sentido de construir como de destruir as formas de relevo. Praia é
um exemplo do primeiro caso.
-
restinga: é a acumulação feita nas entradas das baías, formando-se lagoas
costeiras.
-
recife: acumulação de carapaças de animais marinhos, antigas praias e restingas
que se consolidaram em rocha sedimentar, próxima à praia, diminuindo a ação das
ondas. O recife pode ser de origem arenosa ou de coral (biológica).
-
ilhas oceânicas: são geralmente de origem vulcânica ou cumes do relevo
submarino (como se fossem montadas em alto mar). Aparecem em meio oceano, sem
ligação direta com o continente.
Ação
dos animais e do homem
Muitos animais, como tatus, fazem buracos fundos e a areia removida fica
acumulada junto as suas tocas. Eles também são modificadores do relevo.
O
homem age como modificador do relevo de uma maneira mais ampla e intensa.
O
homem constrói túneis, destróis montanhas com dinamite, aterra lagos e
pântanos. O resultado desse trabalho nem sempre é positivo. O homem na maioria
das vezes destrói o natural sem pensar nas consequências e acaba colhendo
resultados desastrosos.
O
desmatamento elevou os índices do processo erosivo. Por causa disso, as
enxurradas escavam vários buracos que crescem e ameaçam as edificações em
muitas cidades.
VEJA
VÍDEO SOBRE EROSÃO EM ROCHAS - TEMPO