Este blog tem por finalidade ampliar a interatividade no processo ensino-aprendizagem, bem como disponibilizar informações referentes ao ensino de Geografia, Atualidades, Santa Catarina, dicas de vestibular e algumas variedades.
O seguinte trabalho tem
como proposta, avaliar cidades com população semelhantes a Blumenau-SC no que
diz respeito as incidências de casos e óbitos provocados pelo COVID-19.
O trabalho consistiu em
coletar nos Boletins Epidemiológicos dos governos estaduais os dados da doença
necessários para elaboração do comparativo. O Critério de semelhança utilizado
para simples comparação foi o de população. Para suprir esta necessidade, foram
coletados os dados no site do IBGE com projeção para o ano de 2019.
Blumenau
X Brasil
No comparativo da Tabela 1,
foram colocados os 10 municípios maiores e os 10 menores que Blumenau da lista
do IBGE.
Para analisar os dados
obtidos, é um pouco complicado pois acabam sendo municípios com funções muito
diferentes dentro de seus contextos regionais. Há uma disparidade muito grande
de fluxo de pessoas que circula nas cidades, bem como a presença de hospitais,
comércios e presença de universidades, por exemplo, são absurdamente
diferentes.
De todo modo, chamou
atenção a cidade de Olinda que tem o maior número de casos e o maior número de
óbitos, gerando um percentual muito grande de óbitos para cada 100 mil
habitantes. Mas vale ressaltar que no Brasil hoje, temos muito mais precisão
nos óbitos do que nos casos, pois a chance de um óbito ser testado é muito maior
do que casos que por inúmeras vezes nem levam a hospitalização.
Esta provável
sub-notificação maior nos casos do que nos óbitos, devem nos fazer olhar com
cuidado para os dados de Itaquaquecetuba - SP e Caruaru - PE, por exemplo, no
item Taxa de letalidade (Casos x Óbitos).
Destaque muito negativo
também é de Paulista – PE que possui o dobro de casos de Blumenau e possui 20 vezes mais óbitos.
Tabela
1:
Comparativo COVID-19 – Blumenau x Brasil
Blumenau
X Santa Catarina
Já na Tabela 2 temos a
comparação de Blumenau com cidades nem tão semelhantes assim, porém do mesmo
estado e com funções relativamente parecidas em termos regionais.
Em Santa Catarina, até o
momento o epicentro foi no sul do estado com destaques em letalidade para
Criciúma e Tubarão. Mas é possível observar que os picos são muito inferiores
às cidades da Tabela 1, mesmo quando colocados em paridade que na relação para
cada 100 mil habitantes.
Minha hipótese de geógrafo
é que a fortíssima influência italiana no sul do estado contribuiu muito para
que o vírus circulasse com mais intensidade, inicialmente por ali. Pois há
muitos registros recentes de viagens para a Itália entre os residentes da
região.
Tabela
2:
Comparativo COVID-19 – Blumenau x Santa Catarina
Em suma, sabe-se que muita
coisa ainda vai acontecer até o final desta pandemia. E será muito interessante
postar as informações finais para fazer um novo comparativo.
Aula
sobre a urbanização brasileira desde a ocupação do período colonial até os
tempos atuais. Inclui brevemente os ciclos econômicos que favoreceram modelos
diferentes de ocupação do território brasileiro.
Os problemas ambientais no Brasil estão relacionados ao complexo quadro
de crise geral e a falta de uma política quanto ao planejamento da utilização
dos recursos naturais, o qual tem gerado a sua utilização irracional com
algumas perdas irreversíveis, induzindo a importantes implicações econômicas
devido à degradação ambiental.
Os problemas, tanto sociais quanto ambientais, nas áreas metropolitanas,
na maioria das vezes são analisados como se afetassem ao conjunto da população
de maneira indiscriminada. Ainda que isso ocorra, se faz de suma importância
destacar que seus efeitos não atingem igualmente todos os segmentos sociais.
Assim, alguns são mais imediatamente sentidos por determinados grupos, seja por
sua proximidade cotidiana, ou seja, pela escassez de recursos de que estes
dispõem para buscar soluções próprias.
O trabalho está dividido em partes, tendo como base
um conceito mais elaborado sobre as Regiões Metropolitanas no território
brasileiro, com os nomes e mapas das devidas regiões e por fim com seus
problemas sociais e ambientais.
Portanto, o trabalho sobre problemas sociais e ambientais das regiões
metropolitanas pretende abordar de forma clara os conceitos e informações sobre
os principais problemas sociais urbanos no Brasil decorrentes da desigualdade
social e das contradições econômicas que se manifestam no espaço geográfico.
Uma região metropolitana é uma área formada por
vários municípios que apresentam uma estrutura ou aglomeração urbana
interligada entre si ou em torno de uma cidade principal, geralmente uma
metrópole. Assim, uma região metropolitana costuma ter um município-sede e as
demais localidades sendo suas cidades-satélites ou área metropolitana.
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), a Região Metropolitana “é uma região estabelecida por
legislação estadual e constituída por agrupamentos de municípios limítrofes
(que fazem fronteiras), com o objetivo de integrar a organização, o
planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum”.
Portanto, cada unidade federativa do Brasil tem
autonomia para criar suas Regiões Metropolitanas, sendo a concentração
populacional e a conurbação os principais critérios utilizados. A formação
dessas áreas objetiva a realização de políticas públicas destinadas à melhoria
da qualidade dos serviços públicos, englobando todos os municípios da Região
Metropolitana.
Por exemplo, quando nos referimos ao município de
São Paulo, estamos falando de uma metrópole que centraliza em torno de si uma
região metropolitana. Quando falamos em “Grande São Paulo” ou Região
Metropolitana de São Paulo, estamos incluindo também as suas cidades-satélites,
tais como Guarulhos, Osasco e muitas outras. Essa região, no caso, é formada
por um conjunto total de 39 cidades, a maior aglomeração urbana do Brasil, com
uma população que se aproxima da casa dos 20 milhões de habitantes, segundo
dados do IBGE de 2010.
Atualmente, o Brasil possui 36 Regiões
Metropolitanas, sendo essas:
(Gráfico IBGE,
Censo demográfico 2010, Regiões Metropolitanas no Brasil)
A implementação de leis para regiões metropolitanas
ocorreu em razão da necessidade de uma maior complementaridade entre as
estruturas que formam essas cidades. Em outras palavras, as cidades de uma
mesma região metropolitana precisam apresentar sistemas de transporte,
comunicação, pavimentação e outros que estejam interligados entre os diferentes
limites municipais. Isso tudo porque essas cidades passaram ou estão passando
por um processo de conturbação, ou seja, um processo em que a área urbana de
duas ou mais cidades fica interligada entre si, de modo a não haver uma
distinção visual entre ambas, ou seja, as áreas urbanas de diferentes
municípios formam uma mesma aglomeração, incluindo aí uma relação
socioeconômica de interdependência, algo característico das regiões
metropolitanas.
Essa “junção” de diferentes municípios desencadeou
problemas nos serviços públicos: transporte, educação, saúde, segurança, entre
outros. Nesse sentido, houve a necessidade de se desenvolver políticas públicas
urbanas integradas entre os municípios envolvidos. Para isso, foram criadas as
Regiões Metropolitanas.
As 10 maiores regiões metropolitanas do Brasil
(2010)
Podemos notar que, apesar de a maioria das regiões
metropolitanas ser liderada por capitais estaduais, isso não necessariamente é
uma regra, tal qual o caso de Campinas, que possui sua própria região
metropolitana sem ser uma capital. Existem também outros casos, como a Baixada
Santista (SP), Londrina (PR), Cariri (CE) e outras.
Um fato curioso é que o estado de Santa Catarina,
cuja população é de 6.248.436 habitantes (11° mais populoso do Brasil), possui
sete regiões metropolitanas. A legislação catarinense considera que um
aglomerado de cidades que reúna 6% da população estadual pode formar uma região
metropolitana.
Essas regiões possuem grande concentração
populacional. Nas últimas décadas, as grandes aglomerações urbanas vêm
crescendo bem mais do que o resto do país. Em 2008, aproximadamente, 56,3
milhões de pessoas (cerca de 30% da população nacional) residiam nas nove
maiores Regiões Metropolitanas do Brasil. A mais populosa é a Região
Metropolitana de São Paulo: 20.309.647 habitantes.
PROBLEMAS SOCIAIS E AMBIENTAIS URBANOS
Dentre muitos munícipios brasileiros, alguns, acabam
atraindo moradores de outros locais, por concentrar serviços, comércio e órgãos
públicos. Isso quer dizer que eles exercem influência econômica, política e
cultural sobre outros lugares, por causa da melhor infraestrutura urbana e dos
serviços que oferecem. São municípios que apresentam uma grande CENTRALIDADE.
São Paulo é a cidade que tem maior poder de atração sobre cidades de todas as
regiões brasileiras.
Essa relação de atração/influência que os
municípios têm uns sobre os outros é o que denominamos REDE URBANA.
Com a migração de indústrias e de pessoas para as
grandes cidades e para municípios vizinhos a elas, ocorre o crescimento urbano
algumas áreas vão sendo densamente ocupadas a ponto de, muitas vezes, não
conseguirmos distinguir um município de outro. Essa grande aglomeração, que une
municípios vizinhos é denominada CONURBAÇÃO.
Devido a esse processo, em algumas áreas, são
definidas as REGIÕES METROPOLITANAS, formadas por um município central e outros
que estão sob sua influência.
Assim, ocorre um constante movimento de entrada e
saída de pessoas entre os municípios que compõem uma região metropolitana, onde
predominam atividades dos setores secundário e terciário. A maioria das regiões
metropolitanas está situada nas regiões Sudeste e Sul. A região metropolitana
de São Paulo é a que apresenta o maior número de municípios (39). Já a chamada
Grande São Luís é a menor das regiões metropolitanas, com apenas quatro
municípios.
Da população considerada pobre, ou extremamente
pobre, a maioria vive nas cidades, principalmente nas regiões metropolitanas.
Nessas regiões vivem 80% da população moradora da favela.
·Alguns problemas sociais e ambientais das Regiões
Metropolitanas são:
1.Insuficiência ou má qualidade dos serviços de hospitais, moradia, escolas, creches, centros de lazer e cultura;
(Hospital público na cidade de São Paulo)
2.Precariedade nos serviços de saneamento básico é um dos problemas característicos das regiões metropolitanas, fato que
influencia diretamente nos índices de mortalidade infantil.
(Tietê em péssimas condições)
3.Sistema de transporte
coletivo deficiente e precário, com Superlotação a que está sujeito,
principalmente nos horários de pico; Falta de segurança nos pontos de espera e
Impossibilidade de transportar cargas.
(Sistema de Transporte Coletivo da cidade do Rio de Janeiro lotado)
4.Elevados índices de violência, à medida que as cidades passaram a inchar de forma
caótica, desordenada, sem nenhum planejamento, absorvendo também os
trabalhadores do campo, principalmente após a mecanização rural, sua população
foi dividindo os territórios - um centro ocupado pela elite, alguns círculos
habitados pela classe média, e uma periferia crescente que cada vez mais se
expande por todos os espaços desocupados que restam nas metrópoles urbanas. Tudo
isso, somado a um sistema econômico que mais exclui do que inclui as pessoas,
mecanismo cruel que, por um lado, explora os trabalhadores, aliena-os do
produto de seu trabalho, e por outro estimula ao máximo o consumo, através dos
canais disponibilizados pela mídia e pela cultura de massa. Assim, a maior
parte dos jovens, excitados pelo apelo ao consumismo, sem perspectivas
materiais e sociais, abandonados pelo Poder Público, que não investe o
suficiente em políticas educacionais e culturais, vê abrir-se diante de seus
olhos o universo do crime organizado, que eles acreditam lhes proporcionar tudo
o que mais desejam.
(em destaque a “pacificação” do Morro do Alemão na cidade do Rio de Janeiro)
5.Acúmulo de lixo e de esgotos, boa parte dos
detritos pode ser recuperada para a produção de gás (biogás) ou adubos, mas
isso dificilmente acontece. Normalmente, esgotos e resíduos de indústrias são
despejados nos rios. Com freqüência esses rios “morrem” (isto é, ficam sem
peixe) e tornam-se imundos e malcheirosos. Em algumas cidades, amontoa-se o
lixo em terrenos baldios, o que provoca a multiplicação de ratos e insetos.Para quem trafega pelas marginais de São Paulo, por exemplo, e sente o
mal cheiro exalado pelos rios Tietê e Pinheiros, este indicador pode surpreender:
a coleta de esgoto atende a 96% dos domicílios urbanos em São Paulo, segundo a
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).Porém a coleta é
muito diferente de tratamento de esgoto. Este último sim é a solução para boa
parte da poluição dos rios em São Paulo. Entretanto, custa caro, muito caro,
para uma cidade do porte de São Paulo tratar seu esgoto. Exige investimentos
vultosos e muita consciência e participação dos habitantes, empresas e
indústrias.
(em destaque o acúmulo de lixo em Manaus)
6- Desemprego:
provoca um grande crescimento no número de pessoas que atuam no mercado
informal, além de promover o aumento da violência, pois muitas pessoas, até
mesmo pela falta de oportunidades, optam pelo crime;
7- Acaba formando as favelas que apresentam uma concentração de casebres e barracos em
situação precária, desprovidos, em sua maioria, de serviços públicos básicos,
geralmente estão situadas em áreas de risco e abrigam grandes grupos
criminosos, como o tráfico de drogas.
(Favela na cidade do Rio de Janeiro)
8- Formação de Cortiço
corresponde a moradias que abrigam um grande número de famílias, quase sempre
são cômodos alugados em antigas casas enormes situadas no centro, essas
construções se encontram em condições deterioradas.
9- Loteamentos populares e loteamentos clandestinos, o maior problema desse tipo de habitação
é que quase sempre os loteamentos são clandestinos. As casas são construídas
pelo próprio morador ou em forma de mutirão.
10- Enchentes,
enxurradas e alagamentos: os centros urbanos possuem extensas áreas
cobertas por concreto e asfalto, dificultando a infiltração da água da chuva no
solo. As chuvas em grandes proporções ocasionam um acúmulo muito grande de água
e as galerias pluviais não conseguem absorver toda enxurrada e essas invadem
residências, prédios públicos, túneis e comprometem o trânsito. Seja em caso de
transbordamento de cursos de água, ou do próprio sistema de drenagem
insuficiente.
11- Trânsito
e Congestionamentos frequentes, especialmente nas áreas em que os
automóveis particulares são muito mais importantes que os transportes coletivos
muitos moradores da periferia das grandes cidades dos países do Sul, em sua
maioria de baixa renda, gastam três ou quatro horas por dia só no caminho para
o trabalho. Só no município de São Paulo, tem de uma frota de mais de 5 milhões
de automóveis (1 carro para 2 habitantes), 10 mil ônibus e 600 mil
motocicletas. No pico da manhã, a velocidade média é de 23 km/h, à tarde, 27
km/h. Chega a ser um pouco mais rápido do que uma bicicleta a passeio. Há dias
em que são registrados de 120 a 140 km de lentidão. O recorde, no entanto, é
estonteante: incríveis 242 km de congestionamento. Mais do que aborrecedor e
estressante, o trânsito em São Paulo é violento. Em 2006, 1,48 mil pessoas
morreram em acidentes, sendo que 49,4% eram pedestres. Por dia, morreram, em
média, 2 pedestres e 1 motociclista.
12- Poluição
sonora, provocada pelo excesso de barulho (dos veículos automotivos,
fábricas, obras nas ruas, grande movimento de pessoas e propaganda comercial
ruidosa). Isso pode ocasionar neuroses na população, além de uma progressiva
diminuição da capacidade auditiva.
13- Carência
de áreas verdes (parques, reservas florestais, áreas de lazer e recreação,
etc.). Em decorrência de falta de áreas verdes agrava-se a poluição
atmosférica, já que as plantas através da fotossíntese, contribuem para a
renovação do oxigênio no ar. Além disso tal carência limita as oportunidades de
lazer da população, o que faz com que muitas pessoas acabem passando seu tempo
livre na frente da televisão, ou assistindo a jogos praticados por esportistas
profissionais (ao invés de eles mesmos praticarem esportes).
14- - Poluição visual, ocasionada pelo grande
número de cartazes publicitários, pelos edifícios que escondem a paisagem
(Poluição Visual na cidade de Belém)
Esses são alguns dos problemas vividos nas cidades
brasileiras e que podem ser realidade também em outros países, pois todas as
cidades possuem problemas, porém, os acima citados fazem parte de grandes
aglomerações, e dificilmente serão solucionados. As autoridades não conseguem
monitorar todos os problemas devido ao acelerado crescimento ocorrido no
passado. Ou até mesmo por falta de vontade e competência.
CONCLUSÃO
Concluímos este
trabalho escolar compartilhando conhecimento sobre os problemas sociais e
ambientais das regiões metropolitanas. Destacando conceitos técnicos utilizados
e dando como exemplo diversos problemas derivados do acúmulo de pessoas, tais
como a insuficiência ou má qualidade dos hospitais, precariedade nos serviços
de saneamento básico, sistema de transporte coletivo deficiente e precário,
elevados índices de violência acúmulo de lixo e de esgotos, desemprego,
favelas, cortiços, enchentes problemas no trânsito, poluição sonoro, carência
de áreas verdes, poluição visual, entre outros não especificados.
Série de postagens
de redações que atingiram nota máxima, considerando os critérios do Enem e ou
de importantes vestibulares do Brasil.
A redação a seguir
foi proposta e corrigida pelo professor Nardy Bechtold Júnior do terceiro
ano do Ensino Médio do Colégio Cônsul Carlos Renaux de Brusque.
Tema: “Ódio e
polarização política”
Por: Bernardo
Zen
Embora o mundo
esteja cada vez mais conectado e a informação paulatinamente mais difundida, efetua-se
evidente que o ódio e a polarização política configuram-se como assuntos
relevantes em âmbito nacional, quiçá, global. Nesse ínterim, com origem em
tempos pretéritos a radical divisão de ideologias políticas assola o progresso
brasileiro, tendo vindo à tona nas manifestações de junho de 2013 e
agravando-se nas eleições presidenciais de 2018. Dessarte, duas problemáticas
merecem atenção: o reflexo da polarização nas decisões do Congresso Nacional;
e, depois, a falta de instrução política no ensino brasileiro.
Precipuamente,
torna-se notável os prejuízos causados pela divergência extrema de ideologias
aos setores gerenciadores do Brasil. Na esfera legislativa, dentre o Congresso
Nacional, as opiniões políticas têm sido cada vez mais motivadoras de ataques
pessoais entre senadores e deputados durante as sessões. Nesse viés, as ofensas
tomam lugar de discussões pertinentes, gerando impasses para a aprovação de
leis e reformas. Desse modo, evidencia-se que a confinação de ideologias à
extremos, como direita e esquerda, apenas atrasa e prejudica o desenvolvimento
brasileiro.
Obstante isso,
segundo pesquisas do instituto Ipsos, sediado na França, 32% dos brasileiros
entrevistados consideram inútil dialogar com pessoas de visão política
diferente. Tal dado salienta um déficit da educação brasileira: a alienação e o
analfabetismo político. Nesse hiato, fica claro a ignorância de grande parte da
população, pois a negação do debate com o divergente resulta na intolerância,
causa de inúmeras mortes, além de gerar indivíduos alienados, esquecidos de que
os políticos devem servir ao povo e não o contrário.
Por conseguinte, faz-se
nevrálgico apresentar solução para o ódio e a polarização ideológica difundidos
no Congresso Nacional e a carência de educação política no Brasil. Sob essa
óptica, cabe ao Ministério da Educação oferecer instrução política para todos
os níveis do ensino, por meio de aulas inseridas nas matérias de Sociologia,
Filosofia e História; ou seja, proporcionar momentos de debates e reflexão,
sempre promovendo o respeito e combatendo o extremismo. Logo, a nação
brasileira terá uma população consciente e superará as diferenças de pensamento
em respeito às individualidades; afinal, parafraseando o filósofo alemão Kant,
o homem é aquilo que a educação faz dele.